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História The Daughter of my Enemy (Second Season) - Mal-me-Quer


Escrita por: annapaz

Notas do Autor


Olá amores, voltei! Quem ai sentiu minha falta??? o/ Obrigada.
Bom, pelo titulo vocês já devem ter tido uma ideia né? Sorry.
Eu queria agradecer todos os comentários e pedir pra quem só lê comentar, ajuda e não dói viu?
O capitulo não foi revisado então existiram erros, me desculpem por isso também.
Apertem minhas mãos e se sintam abraçados.
Amo vocês.

Capítulo 24 - Mal-me-Quer


Fanfic / Fanfiction The Daughter of my Enemy (Second Season) - Mal-me-Quer

POV. JUSTIN

 

 

“Você tenta não se lembrar e percebe que nunca esqueceu. ”

 

 

Minha garganta estava seca. Minha vista estava embaçada. Meu coração martelava furiosamente no meu peito e a mão que segurava a arma tremia.

Depois de tudo, de todos esses anos, eu estava em choque. Sabe aquela sensação de estar preparado para uma coisa, de ter certeza do que vai acontecer, e mesmo assim ficar surpreso? Mesmo assim engolir em seco tentando acreditar? Esse era meu estado atual. E não que eu já soubesse quem era meu pai agora, ou onde ele realmente estava. Eu não sabia. Mas escuta-lo, depois de tanto tempo, falar que queria o meu perdão, que...  Era demais. Demais pra mim.

- Justin!- Chris me chamava preocupado, mas ignorei. Larguei a arma no chão do porão mofado em que estávamos e me sentei abraçando minhas pernas.

Eu só queria entender o por quê. O por quê de ele ter me abandonado. De ter fingido uma morte tão bem só pra me deixar pra trás. Que tipo de proteção ele queria dar a um garotinho de quatro anos privando ele de uma família? Que tipo de merda era aquela? E por que, depois de ter sobrevivido ao incêndio, não me procurar? Por que me deixar mais de quinze anos da minha vida pensando em vingar a morte de alguém que nem ao menos tinha morrido?

Eu não o culpava ou me ressentia de algo. Talvez se as coisas tivessem sido diferentes eu não teria conhecido Valentina ou mesmo todos os garotos que encontrei pelo caminho. Não teria conhecido Ryan. Não teria Peter. Não. Eu definitivamente não o culpava. Mas eu nunca, em hipótese alguma iria entender. Aquele garotinho que perdeu os pais queimados nunca iria entender. Aquela criança que chorou por dois anos seguidos não ia entender.

- Justin- Ryan me chamou desesperado no ponto no meu ouvido me fazendo despertar do meu transe.- Você não pode ficar parado ai. Mexa-se!

­- Só um minuto Ryan- Christian respondeu por mim me fazendo encara-lo agradecido.

- Eu sei que é demais pra você Bieber, mas nós não temos tempo! Aquele sonífero não vai durar o dia todo!

- Ryan, por favor...- peço com a voz rouca.- Se eu for agora alguma merda vai acontecer. Eu estou disperso demais.

- Justin Drew Bieber trata de se mexer agora mesmo antes que a sua cara fique dispersa!- Priscila grita no meu ouvindo e meu rosto se contorce numa careta. Chris não está muito melhor. – Você vai ter todo o tempo do mundo pra falar com o Augusty depois!.

- Jeremy- suspiro quando a palavra sai pela minha boca finalmente me levantando- O nome dele é Jeremy.

- Só vamos logo Justin- Christian pede e eu assinto.

Meu pai me fez esperar a vida toda. Chegou a vez de ele esperar também.

Pego minha arma do chão e a coloco em punho mais uma vez. Já estou no meio do caminho pra salvar a mulher que eu amo. Não vou para por nada e nem ninguém.

- Pra onde Ryan?- Pergunto com a voz mais uma vez determinada, deixando o resto pra lá.

-Reto a esquerda.- ele responde e nós seguimos em frente. Chris assumindo sua postura séria e confiante. – Depois é só subir as escadas e subir mais uma vez pela escada da cozinha. Arthur está no escritório, vamos diminuir a chance de vocês se esbarrarem ao máximo.

- Quanto tempo ainda temos de sonífero?- Christian pergunta e eu o agradeço mentalmente por ter lembrado de perguntar. Sei que Isaac fez tudo certo, ouvi ele fazendo, mas nunca se sabe o que aquele doente pode querer aprontar. E se ele não tiver bebido? E se não tiver feito efeito? Empurro todas as preocupações pro fundo da minha mente e subo as escadas pra fora do porão. Chega de escuridão e mofo.

Olho a cozinha de luxo ao redor e sinto náuseas. Pensar que estou dentro do esconderijo da cobra não ajuda em nada. Calafrios percorrem meu corpo me avisando que tem alguma coisa errada, mas não ligo. Nada vai dar errado. Nada pode dar errado.

Seguimos um ao lado do outro, Chris na minha retaguarda e eu abrindo as portas. Pisando silenciosamente e nos esgueirando pelas paredes. Se estivéssemos em um filme ele seria o Matrix.

- A Clarissa conseguiu mesmo desligar as câmeras?- pergunto preocupado ao notar elas escondidas por toda a casa.

- Sim- Priscila responde e quase sinto o sorriso nos seus lábios- Estou de olho em tudo Justin.  Mas um corredor, a porta dela é a branca.

- Ok- eu e Christian murmuramos em uníssono.

Continuamos andando o mais silencioso possível e logo chegamos a porta indicada.

- Foi fácil demais- Chris retruca sorrindo e girando a maçaneta. A porta não abre.

- Droga Christian por que você foi abrir a merda dessa boca?- Pergunto irritando empurrando ele pra longe de mim.  Checo a porta detalhadamente procurando por engrenagens ou algum indicio de um sistema de segurança mais não encontro nada.

- Parece que vai ter que ser igual aos velhos tempos Bieber- o moreno retruca irônico e me controlo pra não socar a cara dele.

Tiro do bolso meu antigo kit para abrir portas e começo a forçar a fechadura. Faço uma leve pressão por dentro e tento ouvir mais de perto procurando o inconfundível estalar da vitória. Mas ele não vem.

- Não está abrindo!- resmungo empurrando o ferro com mais força.

- Você não vai abrir assim Justin!- Chris reclama tomando o aparelho da minha mão.- Seu desespero não vai nos ajudar em nada. Deixa que eu abro essa porcaria.

- Por que vocês estão demorando tanto?- ouço Ryan perguntar e reviro os olhos.

- Não dá pra atravessar a porta espertão.- retruco e ele ri do outro lado.

- Perdendo a manha Bieber?

- Vai pro inferno!

- Abri!- Chris grita ao meu lado e paro de prestar atenção nas baboseiras do Ryan.

Dou um aperto agradecido no seu ombro e faço menção de dar um passo à frente quanto ouvimos o tiro.

Paraliso ao lado de Chris e viro pra trás lentamente.

- MAS QUE MERDA!- Ryan grita e sinto o nervosismo penetrar meu corpo.

- O que ouve?- ouço Christian perguntar com a arma em punho.

- Chris você precisa descer!- Priscila ordena assumindo o comando.- Alguns seguranças desconfiaram do nosso plano e voltaram pra casa novamente. Clary e os outros estão com problemas!

- Onde está o Arthur?- pergunto preocupado enquanto observo Christian trocar o revolver por um mais potente.

- Eu não estou olhando aquele doente agora Bieber! NOSSOS AMIGOS ESTAO CORRENDO RISCO DE VIDA! ANDA CHRISTIAN!

Ouvimos outro tiro sendo disparado e Christian sai correndo em direção à escada. Coloco mais uma vez a arma em punho ciente de que estou sozinho agora e entro de uma vez no quarto da Valentina.

- Valentina?- a chamo olhando ao redor. Procurando possíveis rotas de fuga pro caso de Christian não conseguir deter os seguranças daquele maldito. – Valentina?

- Justin?

Olho ao redor atordoado, o coração pulando dentro do peito, e finalmente a vejo.

Parada no canto no quarto, usando um vestido de algodão roxo, olhos azuis arregalados e lábios entreabertos. Eu nunca amei tanto uma mulher.

Solto um longo suspiro e não consigo decidir quem avança primeiro em direção ao outro. E quando os nossos corpos se chocam e ela apoia o rosto na curvatura do meu pescoço sei que encontrei a felicidade outra vez.

- Você veio- ela observa com a voz tremula, quase como se não acreditasse que eu realmente estou na sua frente.

Aperto-a com mais força, notando suas curvas mais magras e mesmo assim exuberantes e me pergunto como consegui sobreviver tanto tempo longe disso.

- Você ainda duvidava?- questiono a afastando para olhar seu rosto. Seus olhos estão lagrimando e ela sorri pra mim aquele sorriso que eu tanto senti falta. Só agora percebo o curativo na base da sua cabeça. Passo as mãos lentamente por ele tentando lhe passar toda a ternura e carinho que eu sei que ela merece. – Eu te amo Valentina. Eu iria no inferno por você.

Ela abre um sorriso mais amplo ainda e finalmente me puxa pra ela separando a distancia entre nossos corpos. Seus lábios tocam os meus de leve e quando eu passo a língua pelo seu lábio inferior ela abre a boca me permitindo desfrutar sua gosto. O beijo que antes tinha começado lendo torna-se urgente e necessitado e não consigo evitar um gemido quando ela morde meu queixo e beija meu pescoço.

- Eu senti tanto sua falta- ela diz e um sorriso estampa meu rosto.

- Ainda bem. Porque eu não senti nenhum pouco a sua.

O tapa que eu recebo vale a pena.

- Seu mentiroso! Você não matou meu filho, matou?- ela pergunta fingindo preocupação e eu começo a rir.

- O nosso filho é tão perigoso que deixou um Ryan muito furioso e ensaboado num banheiro sem agua.- dito e ela cai na risada fazendo meu coração acelerar.

- Duas semanas e você o transforma num monstro Drew?- ela questiona negando com a cabeça- O que é que eu faço com você?

- Case comigo.- digo vendo seus olhos se arregalarem em surpresa.

- Jus eu...

- Bieber sai dai! Puta merda sai dai agora!     

- Você?- pergunto nervoso ignorando a voz apavorada de Priscila ao meu ouvido.

­- JUSTIN!!!

Valentina sorri e abre a boca pra me responder quando seus olhos se arregalam fazendo o meu sangue gelar.

Ouço palmas as minhas costas.

FILHO DA PUTA!

Empurro Valentina pra trás de mim e tiro a arma do cós da calça. Arthur está em pé a minha frente, os olhos verdes banhados de ódio e maldade, aplaudindo como se um espetáculo tivesse acabado de terminar.

- Que atuação esplêndida Justin!- ele diz sarcástico e sinto meus dedos apertando a arma com mais força. Por que diabos eu não escutei a droga da Priscila???­- Eu quase chorei, sério!

- Pensei que você estivesse morto demônio.- retruco dando passos mínimos pra trás.

- Pensei que você fosse inteligente Bieber.- Ele rebate e sinto a derrota me abater com força.

Não! Ele não vai vencer novamente! Não vai acabar com a minha vida de novo! Não vai!

- E eu sou Arthur- retruco fingindo despreocupação. – Só estou dando um tempo aqui pra poder assistir sua derrota.

- E cadê seus reforços Justin?- ele pergunta irônico fazendo meu sangue ferver- Acho que não estou vendo ninguém além de você aqui.

- Não se preocupe com os meus homens Arthur. Você é quem está desarmado aqui.- Valentina aperta meu braço me fazendo ter certeza de que estou escolhendo um caminho perigoso. Se Christian não apareceu até agora, ele não virá. Ficar blefando não vai me levar a nada.

- Você não vai atirar em mim meu amor- Arthur diz sorrindo e sinto meu estomago embrulhar.

- Experimenta pra ver.- digo tentando não deixar meu desespero transparecer. Por Valentina e por mim.

­- Justin, nós não podemos fazer nada- ouço a voz chorosa do Ryan e sei que estamos perdidos.- Eu sinto muito irmão.

Engulo em seco e pego uma das mãos da Valentina com a minha, entrelaçando nossos dedos.

- Eu amo você- ela sussurra pra mim.

Arthur ri mais alto e se senta num sofá a nossa frente, como se tivesse todo o tempo do mundo.

- Quando eu achei o corpo do meu melhor amigo Bieber, sabia que você viria. Facilitei toda a sua vida e você caiu como um patinho não foi mesmo? Mandar o irmão que sempre odiou o Liam vir chorar a morte dele foi muito cruel da sua parte. Muito cruel Bieberzinho! Você realmente achou que eu seria idiota a esse ponto? Que meus seguranças seriam idiotas a esse ponto! Faça-me o favor!

Continuo calado e sinto Valentina apertar meus dedos com mais força.

- Sabe o papai Justin?- Arthur pergunta e sinto minha mão na arma tremer- Espero mesmo que eles não peguem pesado com ele. Seria uma pena te deixar órfão de novo, não é mesmo?- o sorriso nojento preso nos seus lábios me dá vontade de atirar de fez na sua cara. Mas me contenho. Não posso ser apressado.

- Eu tenho nojo de você- digo o fazendo arquear uma sobrancelha.

- Eu não dou a mínima.- engulo em seco. Pensa Justin, pensa!- Eu te roubei tudo Drew. Mulher, filho, sua vida... até seu pai.

Valentina me segura no lugar quando sinto meu corpo reagir inconscientemente. Eu vou te matar seu desgraçado!

- Qual é a droga do seu problema?!? O QUE VOCÊ QUER PRA ME DEIXAR EM PAZ!?!

Arthur abre lentamente um sorriso diabólico e sei que não deveria ter feito essa pergunta.

- Eu quero você Justin Drew Bieber. E agora que eu tenho todos os seus amigos sob a mira de uma arma, sei que você vai fazer o que eu mandar.

Meu corpo treme e Valentina arqueja atrás de mim.

- Agora baixe essa arma Bieber. Você sabe que perdeu. Que é inútil! Que falhou! Seu filho vai ficar órfão e a culpa é toda sua! Abaixe essa droga seu imprestável! ABAIXE!

Quando a arma das minhas mãos cai no chão com um estalo percebo que por mais que a minha mente grite em protesto, meu corpo já desistiu.

- Prometa que vai cuidar do meu filho Ryan.

- Eu prometo.


Notas Finais


Eu vou ser linchada??? Eu juro que melhora.
Eu fiz uma capa monas, to orgulhosa!
Obrigada e amo vocês.
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