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História The Daughter of my Enemy (Second Season) - Passado é Passado


Escrita por: annapaz

Notas do Autor


Vocês já sabem quem é o garoto na mídia, certo? Apenas o amem.

Capítulo 27 - Passado é Passado


Fanfic / Fanfiction The Daughter of my Enemy (Second Season) - Passado é Passado

POV. Valentina

 

 

“Era assustador porque, a pessoa que

me tirava lagrimas, era a mesma que

me arrancava sorrisos.”

 

Festa.

Essa era a ultima coisa que se passava pela minha mente depois de tudo. Não que eu não estivesse feliz ou não quisesse comemorar, longe disso. Mas depois de quatro anos vivendo um inferno, um tumor, a distância e a saudade do meu filho tudo que eu esperava e queria era respirar. Sentar ao lado da minha família e deixar que o ar puro invadisse meus pulmões.

Perda de tempo.

“Nós precisamos comemorar.” Priscila havia dito mais cedo logo após praticamente me matar sufocada em um abraço cheio de saudade e raiva. Raiva contra mim por tê-la deixado sozinha por longos quatro anos com apenas Kate pra conversar. “Não quero nem ouvir os seus protestos mocinha, eu quase virei mãe antes do tempo hoje!”

Tentar argumentar contra ela foi quase tão eficiente quanto conversar com uma formiga. Nem Christian baleado foi motivo suficiente para para-la. Todos estávamos exaustos, é claro, mas ninguém conseguiu reclamar quando meia hora depois ela voltou com litros e mais litros de whisky ligando um som no máximo na sala.

Era estranho estar no meio da confusão de novo. Ryan e Chris me deram abraços apertados e reclamaram do quanto o Justin havia ficado totalmente insuportável ao longo dos anos. Reclamação essa que rendeu a eles um bom soco no braço.

Velhos hábitos não morrem.

Jeremy havia elegantemente dado o fora dizendo que tinha “coisas pra fazer” e Clary rapidamente se encarregou de trocar os curativos e dar os remédios ao Chris. Foi até engraçado vê-la corar quando ele a chamou de linda.

Isaac praticamente expulsou Justin do meu quarto e me levou até a banheira lavando meus cabelos enquanto me contava tudo que tinha acontecido enquanto eu estava fora.

O apoio do Justin, sua briga com o Liam, as coisas que o irmão havia lhe dito, o que ele havia lhe forçado a fazer e finalmente a morte dele. Isaac ficou tão emotivo enquanto falava que eu simplesmente o puxei para os meus braços e fiz carinho na sua cabeça, tentando tirar toda a dor que ele devia estar sentindo como uma mãe que ele precisava. Pouco me importando se eu estava o encharcando ou não.

Seu choro cessou com o passar do tempo e ele me ajudou a vestir uma roupa que, segundo Priscila, ficaria linda em mim.

E finalmente, finalmente Peter.

Quando nós chegamos ele estava dormindo e todos haviam me cercado me impedindo de conversar a sós com Justin e de ver o meu pequeno. Depois Isaac queria conversar e Justin, sem mais nada pra fazer, levou o meu menino pra passear, mas, segundo Ryan, não lhe contou que eu estava aqui.

Agora eu estava na sacada, aguardando pacientemente que ele chegasse para poder lhe abraçar e pedir desculpas por ter passado tanto tempo longe. E evitando as risadas e falas desconexas que vinham de dentro.

- Tira essa expressão do rosto agora mesmo!- Priscila reclamou aparecendo furtivamente ao meu lado. Alegre mas não louca o suficiente.- Você vai assustar o garoto.

- Por que eles estão demorando tanto?- Pergunto ignorando totalmente seu comentário anterior. Eu só quero envolver os dois homens da minha vida em um abraço e não soltar nunca mais.

O resto fica pra depois.

Priscila ri da minha ansiedade e toma mais um gole do conteúdo escuro no copo as suas mãos.

- Justin foi leva-lo para tomar sorvete e cortar o cabelo. Segundo o Peter, aquela “coisa encima da sua cabeça iria faze-lo tropeçar se crescesse um pouco mais.”

Abro a boca chocada e ela ri ainda mais da minha cara.

- Eram cachos maravilhoso!- digo sem acreditar.

- Valentina, ele é um menino não uma garota.- reviro os olhos e volto a olhar os prédios e carros a minha frente.- Se bem que ele está mais parecido com o Justin agora que o cabelo ficou mais claro.

- Claro?

- Não sei se foi o sol ou o shampoo de camomila mais agora o cabelo do garoto tem um adorável tom de loiro escuro. O mesmo do Justin, acho.

Tento imagina-lo com o cabelo mais parecido com o do pai e automaticamente meu coração se aperta. Nada ruim, no entanto. Mais um sentimento quente e acolhedor que me envolve por inteiro.

- Mamãe?

Meu coração dá um pulo e sinto que vou desmaiar assim que ouço aquela voz fraca e agora chorosa que eu tanto senti falta.

Me viro lentamente e o encaro. Os olhos azuis arregalados, quase como se não acreditasse no que vê, o cabelo claro cortado lhe deixando com um ar de rapazinho sério, mas o rubor nas bochechas gordinhas denunciando sua fofura e idade.

- Meu amor...- Não é preciso mas nada para que ele largue a mão de Justin e corra na minha direção apertando seu corpinho ao meu redor quase como se quisesse nos fundir em um só.

Me levanto com ele no meu colo e fecho os olhos só sentindo seu coração bater contra o meu e seu corpo tremer pelos soluços que ele deixa escapar perto do meu pescoço.

- Eu sen-senti... t-tanto a sua falta.- ele diz fraco e eu o aperto mais ainda sentindo uma lagrima solitária descer pelo meu rosto.- Me-meu aniversario es-está chegando e e-eu pens-pensei que...

- Shiuuu...- peço e o puxo para que ele me encare. Seus olhinhos estão vermelhos e ele coça o nariz tentando parar de fungar. – Eu prometi que ficaria sempre ao seu lado, não prometi?- Pergunto e ele assente rapidamente segurando meu rosto com as duas mãos, numa adoração silenciosa que faz meu coração aquecer.

- Eu te amo mamãe.- ele diz e um sorriso se abre no meu rosto. Tão grande que posso senti-lo partindo meu rosto no meio. – E você também papai.- ele diz puxando Justin pra mais perto e sinto meu corpo se arrepiar quando ele enlaça a minha cintura, os dedos brincando com os botões do meu vestido.- Obrigada por trazer a mamãe de volta.

- Eu prometi, não foi?- Justin questiona sorrindo e lhe dá um beijo na testa.- Eu não ousaria quebrar uma promessa de mindinho.

Peter ri e nos envolve num abraço grupal, mas alegre do que já o vi em toda a sua vida.

E é exatamente assim que tem que ser.

- Sabe o que eu percebi mamãe?- Peter pergunta depois que nos libera dos seus bracinhos acolhedores.- Que aquela história dos dragões que a senhora me contava estava errada.

O olho confusa e Justin levanta os braços ao meu lado claramente insatisfeito por não saber do que nós estamos falando.

- Por que está errada?

Ele se inclina depositando um beijo no meu rosto e faz aquela cara de nerdzinho que sempre decora seu rosto quando ele está perto de explicar algo fantástico ou nos contar suas mais novas ideias.

- Lembra como a princesa sempre achava uma armadura negra pra se defender do dragão branco?- ele questiona e eu assinto com a cabeça.- Eu tenho quase certeza que a princesa não iria conseguir se proteger só com isso mamãe ou mesmo derrotar o dragão. Pra mim ela era dona do castelo, da armadura e do dragão. Ela era uma guerreira mamãe, assim como você.

Mordo meus lábios pra evitar o choro e beijo sua testa tentando lhe transmitir todo o amor que explode no meu peito toda vez que vejo seus olhos ou sinto sua mão buscando a minha.

- Eu te amo, meu amor.- sussurro no seu ouvido e sinto as mãos de Justin na minha cintura, esperando pacientemente seu momento ao meu lado.- E não importa o quão rápido você cresça, ou o quão independente se torne ou o quão velho você esteja Peter. Você sempre vai ser o meu bebê. E eu sempre, sempre vou te amar incondicionalmente.

Sua cabeça descansa no meu ombro e sinto ele sorrir.

Eu esperei tanto tempo pra poder falar essas coisas sem ter medo de quem estava atrás da porta ou o que aconteceria conosco que agora nada parece o suficiente.

Se eu pudesse diria a ele a todo instante o quanto ele é importante na minha vida. Porque quanto tudo estava desmoronando ele estava lá, ele me salvou. E eu serei eternamente grata.

- Eu vou brincar com o Isaac agora mamãe.- ele diz decidido descendo dos meus braços.- Preciso dizer a ele pra não ficar chateado com a tia Clary. Ela não tem culpa se o Chris a notou.

E ele sai correndo, sumindo no meio das pessoas sem se preocupar com mais nada. Vivendo a vida de uma criança de cinco anos.

- Você acha que seria muito errado eu estar com ciúmes do meu próprio filho?- Justin pergunta com a voz rouca as minhas costas e meu corpo se estica. Os nervos se remexendo e acordando. Relembrando aquela velha sensação de calor intenso e paixão avassaladora.

- Tenho certeza.- retruco entrando no seu jogo e finalmente me virando para observa-lo. Realmente observa-lo dessa vez.

Ombros mais largos, músculos maiores, cabelo mais claro e maior, mais tatuagens. Agora elas cobrem um braço inteiro e metade de outro. A camisa regata deixa muito pra imaginação e a calça de moletom abraça sua cintura de uma forma sexy e bonita.

Só uma coisa continua o mesmo. Os olhos.

Ele ainda tem aqueles olhos mel profundos que queimam amor e adoração quando ele me encara com a mesma intensidade. Absorvendo os detalhes que se perderam durante os quatro anos em que nós passamos longe um do outro. E o mesmo sorriso.

O mesmo sorriso de lado, com dentes brancos perfeitamente alinhados que tinham me feito amá-lo e odiá-lo ao mesmo tempo.

Justin. Meu Justin.

Meus pés se movem por vontade própria e meio segundo depois eu estou em seus braços. Seu queixo apoiado na minha cabeça, nossos corações parecendo bater no mesmo ritmo.

- Eu senti tanto a droga da sua falta.- ele sussurra e eu me aperto ainda mais ao seu redor.- Tiveram dias em que eu realmente pensei que tinha te perdido. Que você tinha ido embora levando tudo de mim e só tinha me deixado aquele maldito bilhete.

- Você achou?- sussurro e o sinto rir, seu corpo balançando levemente enviando ondas de prazer para o meu.

- Eu quase enlouqueci quando você foi embora.- ele admite e eu levanto a cabeça para olha-lo nos olhos. – Pensei que você tivesse me usado e fugido com ele.

- Justin...

- O que você queria que eu pensasse? Eu estava te esperando e depois... você simplesmente...

Coloco um dedo sobre seus lábios e ele se cala. Me olhando como se eu fosse a coisa mais preciosa que ele já tinha visto.

- Eu não podia deixar que ele te machucasse. - olho pra dentro da casa onde Priscila está rindo loucamente de um Ryan bêbado tropeçando pelos móveis. - Não podia deixar que eles se machucassem. Eu nem sabia que estava gravida, mas quando os enjoos vieram eu agradeci aos céus por ter pelo menos uma parte sua comigo.

- Você devia ter me contado.- ele diz sério, apertando minha cintura de modo possesivo.

- E no que isso iria adiantar?- questiono e ele desvia o olhar. Focando em algum ponto a minha direita.- Eu só iria te colocar em um risco ainda maior. E eu não me arrependo Bieber, eu faria tudo de novo.

- Eu sei que sim.- ele resmunga a contra gosto e eu rio passando meus dedos pelo seu braço, do pulso até os ombros. Pequenos carinhos que eu precisava desesperadamente. Pele com pele.- Eu te amo.- ele declara levantando meu rosto para encara-lo.

Sorriu e o puxo pra mim, reivindicando seus lábios com vontade.

Puxo seus cabelos e passo a língua pelo contorno da sua boca, esquecendo todo o carinho e as frescuras que deveríamos fazer. Ele geme e abre a boca pra mim. Me deixando chupar sua língua e explorar sua boca tentando tirar todo o seu gosto. Extrai-lo até a ultima gota.

Não percebo quando ele me coloca no colo ou quando ele se senta em uma espreguiçadeira me levanto junto. Eu só quero tê-lo pra mim. Lembrar onde ficam seus pontos sensíveis e leva-lo ao máximo.

Nos separamos por falta de ar e ele desce os lábios para o meu pescoço, mordendo e chupando a pele sensível em baixo da minha orelha me fazendo contorcer no seu colo.

- Eu preciso de você .- resmungo sentindo seus lábios na minha clavícula. Um chupão sendo deixado na minha pele branca que provavelmente estaria mais do que visível amanhã.

- Casa comigo.- ele pede e meu corpo trava ao seu redor.

Ele já havia pedido mais cedo, é claro, mas eu pensei que fosse apenas mais uma das suas brincadeiras.

- Isso é serio?- pergunto e ele me encara curioso, sorrindo pra mim como se eu fosse uma criança que precisa ser ensinada.

- Eu passei quatro anos da minha vida te procurando Valentina- ele diz dando de ombros.- É claro  que é serio.

Um sorriso de gato se abre no meu rosto e me pergunto quando ele vai parar de me fazer tão feliz.

Pelo bom Deus, que ele não pare.

- Sim- sussurro e ele sorri feliz.- É claro que eu aceito seu idiota. Que tipo de pergunta é essa?

Seus lábios se encontram com o meu novamente e não consigo evitar um gemido quando ele morde meu lábio inferior.

- Nós vamos ter uma lua de mel incrível, isso eu posso garantir.- abro a boca num falso choque e finjo indignação ao me afastar dele o empurrando pra longe de mim.

- Você vai se casar comigo ou com o meu corpo Justin Drew Bieber?

- Com os dois.- ele responde e aquela aorriso cafajeste se instala nos seus lábios.

Estou prestes a responde-lo a altura quando um Isaac muito corado surge na porta.

- Desculpa interromper casal vinte, mas o Peter acabou de dormir no sofá. Acho melhor leva-lo para o quarto, certo?

Assinto com a cabeça e pego a mão no meu noivo me preparando para botar meu filho pra dormir.

Uma família. Finalmente eu tenho uma família. 


Notas Finais


Dois capítulos na mesma semana, me agradeçam. ASUAHSUSHSUSHAUSH papo.


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