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História The Day You Arrived - Aquele Lugar


Escrita por: kimiyoonk

Notas do Autor


olá meus amores, como estão?
já se passaram uma semana, e foi difícil n poder atualizar quarta :(
mas enfim, cap novo ♡

Capítulo 16 - Aquele Lugar


Enquanto corria, as lágrimas cada vez mais desciam pelo meu rosto e o nervosismo tomava conta do meu interior. Naquele momento, não quis voltar para casa, então mudei minha rota até um lugar que havia tempo que eu não ia. Meu lugar favorito.

Tomei caminho até avistar a estrada. Naquela hora ela não costumava estar movimentada. Atravessei-a, logo entrando pelo caminho formado entre as árvores, que se abria e que, dali, podia ser visto o campo. Naquela época, ele já tinha florido, então não estava tão bonito, mas não deixava de ser um bom lugar. Parei por um instante e fui andando até o paredão que tinha ali. Olhei para baixo e logo desviei para o horizonte. Nessa hora, meu coração parecia saltar pela boca, minha respiração estava descontrolada, assim como as lágrimas que escorriam pelo meu rosto.

Me afastei um pouco da borda, joguei minha mochila no chão e sentei no mesmo, sentindo o vento bater de leve em meu rosto. Logo voltei a chorar. Nos próximos dias, minha vida seria um verdadeiro inferno. Como sabia disso? Essa não é a primeira vez que ela faz esse tipo de coisa comigo. A primeira vez já havia um tempo, mas demoraram tanto para esquecer daquilo. Tinha dias que eu cheguei a faltar aula porque não aguentava, e passar por essa situação de novo me faria ficar pior do que já me encontrava.

Nem parecia que, horas atrás, eu estava pulando de felicidade e de bem com a minha vida. Mais uma vez, me afastaria das coisas que eu mais gostava para ficar deitada em minha cama, chorando. Desejei internamente que ou Emma estivesse aqui ou eu poder morrer ali mesmo. Tudo de ruim que eu não sentia havia dias estavam voltando à tona, em forma de gotas do líquido que descia do meu rosto e que encostavam nas palmas de minhas mãos que cobriam o mesmo.

Fiquei assim durante pouco tempo, no silêncio, com apenas o pouco barulho do vento se chocando com as árvores que tinham aqui perto.

– Mirana? – quando ouvi aquela voz, me virei, levantei-me rapidamente e corri em sua direção, fazendo nossos corpos se chorarem com um pouco de força de certa forma em um abraço.

– Jackson... – eu apertei seu corpo contra o meu enquanto ele também me abraçava enquanto fazia um cafuné em mim e minhas lágrimas molhavam a roupa dele.

Ele nunca havia me visto daquela forma. Era a primeira vez. Na escola eu nunca chorei, é claro, desde que ele chegou, e quando estávamos na rua, era só sorrisos e felicidade de minha parte. Mas senti que, com ele, eu podia ter aqueles momentos. Perto dele, eu podia chorar que ele ia me confortar, igual era com Emma.

– Eu fiquei sabendo do que aconteceu...

– Até v-você? – disse, começando a soluçar.

– Sim.

– Ela q-queria me prejudicar mesmo.

– Mas já passou, estou aqui com você – aquelas palavras que ele disse mexeram comigo. Eu não queria que ele se sentisse na obrigação de ficar do meu lado, me protegendo sempre, mesmo que aquilo fosse um desejo meu.

– Não, não passou... Amanhã vai ser pior.

– Não fique se importando com o que vai ou pode acontecer amanhã. Aquilo não passa de uma mentira.

– E-eu sei, mas todo mundo acredita que é verdade.

– Eu sei que não é, nem sua amiga, nem meus amigos.

– Mas o resto da escola sim.

– E vai se importar com o que aquelas pessoas medíocres vão pensar e dizer sobre você? Ainda mais com uma mentira dessas vinda da cabeça de uma garota que não presta?

– É que... Essa não é a primeira vez que acontece esse tipo de coisa, e mais... Eu estava tão bem, estava preparada pra qualquer merda que acontecesse, mas não seria isso. Eu fico bem mal quando fazem isso comigo, mesmo que eu já esteja meio que acostumada com isso, sempre me machuca. Minha história também não colabora com nada disso.

– Prefere não comentar disso agora?

– Por favor...

– Tudo bem, não irei insistir. Só não quero te ver chorando mais, me dói um pouco – disse agachando na minha frente e segurando meu rosto com cuidado e limpando minhas lágrimas.

– Mas você não tem culpa.

– Mas, um dia, eu posso ter. E de qualquer jeito, vai me doer porque me importo com você e não te quero ver mal – aquelas palavras me lembraram, de certa forma, o dia da minha conversa com o Jack pelo twitter, e isso me fez sentir bem.

– Obrigada.

– Não precisa me agradecer por isso, mas me diz: como encontrou esse lugar?

– Bom, é uma história um pouco longa sabe... – eu dizia enquanto andávamos juntos até onde eu estava anteriormente, logo nos sentando – Eu descobri esse lugar ano passado, uns dias depois de minha amiga ir para os Estados Unidos. Ela sempre esteve do meu lado em todas as situações. Ela é uma irmã pra mim. Eu estava mal já havia alguns dias porque o pessoal ficou me zoando que, agora, eu não teria quem me defender da Alex, que já havia feito isso comigo dias antes. Ai, um dia, eu estava bem mal com isso e eu cheguei em casa e encontrei minha mãe discutindo com o meu pai pelo telefone. Eles são separados e faz anos que eu não o vejo. Aquilo me deixou nervosa e, logo depois, ela começou a descontar essa raiva em mim. Então assim que ela subiu para o quarto dela, sai correndo de casa e só parei quando achei esse lugar. Desde então, quando eu fico bem mal, eu venho para cá.

– Nossa...

– Você é a primeira pessoa, depois da minha amiga, que sabe daqui, e eu peço que não conte pra ninguém. Ninguém mesmo.

– Seu segredo está guardado às sete chaves comigo.

– Obrigada – sorri sincera para ele. Finalmente eu havia achado alguém em que podia confiar, e estava aliviada com isso.

– Quer que eu fique aqui com você?

– Claro – disse num tom bem empolgado, apesar de ainda estar mal.

– Então vem cá... – ele esticou os braços pra mim e fui ao encontro deles, sendo envolvida pelos mesmos.

Encostei minha cabeça em seu peito e comecei a ouvir seus batimentos, que se transformaram em música para mim. Uma música lenta, calma e única. Essa música que continha o poder de mexer comigo, amolecer meu coração e me sentir bem, controlar minha respiração e pensamentos. Estar sentindo àquela sensação de novo estava me fazendo bem. Bem até demais.

Ficamos daquele um jeito durante um tempo. Em certo momento, deitei minha cabeça em seu colo e virei meu rosto para o horizonte, o qual estava com o céu azul, com poucas nuvens. De lá, podia se ver uma parte d’uma floresta e um riacho que a cortava.

Aquilo foi mais do que suficiente para me fazer adormecer em seu colo. Eu nem havia percebido, mas estava tudo tão calmo, me senti acolhida com aquela atitude dele. Eu acho que precisava daquilo mais do que imaginava. Só acordei quando senti ele beijar de leve minha testa e sussurrar algo em meu ouvido.

– Mi...

– Oi?

– Temos que ir.

– Quantas horas são?

– Vão dar 15h já.

– Nossa, eu dormi tanto assim?

– Acho que sim.

– Me desculpe, eu nem sabia se você tinha algo para fazer. Só tomei seu tempo – disse me sentando ao seu lado.

– Que nada, você não atrapalhou em nada. Isso foi até bom – ele sorri, e retribuo àquele gesto.

– Melhor irmos então. – disse me levantando e terminando de me arrumar. Ele se levanta e pega suas coisas, assim como eu.

– Deixa que eu levo para você – ele diz pegando minha mochila de minhas mãos. Nem tive tempo de reagir àquilo.

Então deixamos o local e fomos para minha casa. No caminho, comprei uma água para mim e compramos algo para comermos. Durante o mesmo, não deixamos de soltar nossas mãos, e em alguns momentos, ele fazia questão de beijá-la. Aquilo mexia um pouco comigo. De certa forma, ele me fazia bem. Bem até demais. Ele estava mexendo demais comigo. Estava começando a desconfiar de algo, mas não tinha certeza daquilo.

– Enfim, chegamos – disse ele quando estávamos na porta da minha casa, após ele entregar a mim minha mochila.

– Dessa vez, eu nem sei como te agradecer...

– Não precisa, somos amigos, isso basta.

– Não é assim que funciona. Queria te retribuir esse carinho e preocupação que está tendo comigo esses tempos.

– Já disse que não precisa se preocupar com isso. Só de te ver bem é o bastante.

– Tem certeza?

– Toda.

– Então tá. Tchau – disse lhe abraçando pelo pescoço e beijando seu ombro.

– Tchau pequena, e se cuida.

– Ok – disse me desfazendo de seus braços e entrando em casa. Assim que entrei, respirei fundo, deixei minha mochila ali mesmo, no chão perto da porta e me joguei no sofá. Com o celular em mãos, desbloqueei-o e logo mandei uma mensagem pra Emma.

[Eu]: Emma

[Eu]: acho que estou gostando do Jackson


Notas Finais


acha? Mi, ta mais do que óbvio a 84 anos que tu gosta dele kskks
Eu estava analisando o período que eu irei postar a fic ainda e concluí que, talvez, até o final de outubro a fic esteja concluída, isso se a semana de testes, provas e os trabalhos não atrapalhem.

bom, esse foi o cap de hj, espero que tenham gostado, se sim, deixe seu fav, isso é mto importante e motivante para nós escritores ✩

bjos e até sábado ♡


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