POV. Alice
- Vamos, querida, seu irmão está esperando.
- Estou indo, mamãe.
Hoje é o dia da formatura do meu irmão e todos estão felizes, inclusive eu. O dia vai ser incrível!
Fui para o carro e meu irmão já estava lá. Papai estava nervoso e mamãe tentava acalma-lo.
- Maninho! - Pulei nele dando um dos meus abraços apertados.
- Vai com calma, Alice, vai acabar amarrotado a roupa do seu irmão - Mamãe falou, me restringindo.
- Não tem problema, mãe - Falou ele fazendo cócegas em mim - Faz tempo que não vejo essa pestinha.
- É porque você vive fora - enchi as bochechas pra falar - Nem foi no meu aniversário.
- Isso é verdade, filho, e ela ficou bem triste com isso - Disse minha mãe entrando na conversa de novo.
- Desculpe, Ali - Ele torceu a boca em um sorriso engraçado, franzindo as sombrancelhas - Prometo que no ano que vem eu mesmo planejo sua festa.
- Tá bom - Falei sorrindo e voltando pro meu lugar - Mas ano que vem é meu aniversário de 10 anos, são dois algarismos. Quero uma festa maior.
- Às suas ordens, maninha - Falou rindo.
O clima no carro ficou leve, e permaneceu assim até chegarmos onde seria feita a formatura. Após um tempo de espera, a formatura iniciou, e para comemorar essa vitória do maninho fomos ao shopping. De todas as coisas que estavam lá, o que mais me chamou atenção foi uma loja de pelúcias enorme.
- Mamãe, me compra uma pelúcia?
- Outra, filha?
- Por favor?
- Tá, tudo bem, mas não demora - Finalmente cedeu me dando dinheiro.
Saí correndo em direção à loja. Comprei uma pelúcia de gatinho grande e fofa. Quando estava voltando, havia um tumulto fora da loja, no meio do caminho senti algo no meu rosto, tinha um cheiro estranho é minha visão ficou turva, meu corpo pesado e tudo ficou escuro. Fui recuperando meus sentidos aos poucos, quando reparei que não estava mais no shopping e sim em um quarto estranho.
- Onde estou? - Me perguntei assustada. Alguém abriu porta fazendo barulho.
- Finalmente acordou, fofinha.
- Quem é você?
- Não sou ninguém. Não se assuste, querida - Ele se aproximou e se abaixou, olhando meu rosto - Logo você se acostuma com esse lugar.
Ele se levantou e saiu do quarto, trancando a porta. Estava sozinha em um quarto com apenas um colchonete e um bebedouro. O quarto era gelado e silencioso, me dava medo e eu estava entrando em desespero.
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