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História Gossip Girl - Outro fã de n


Escrita por: xcstylesx

Notas do Autor


tô pensando em trocar a Perrie pelo Liam o que Acham? Ziam?

Capítulo 9 - Outro fã de n


Se Michael Clifford pudesse ouvir o que aquelas pessoas do segundo grau estavam falando de Niall Horan, seu ídolo, teria expulsado todos a socos. Assim que as orações acabaram, Mike passou pelos colegas de turmas aos empurrões e disparou para o telefone para dar um telefonema. Seu irmão Zayn ia se borrar todo quando ela contasse.

- Alô? – Zayn Malik(Mike e zayn eram filhos de pais diferentes) atendeu ao celular no terceiro toque. Estava parado na esquina da rua 77 com a West End Avenue na calçada da escola preparatória Riverside, fumando um cigarro. Semicerrou os olhos castanhos- escuros, tentando bloquear a forte luz solar de outubro. Zayn não ficava no sol. Ele passava a maior parte do seu tempo livre no quarto, lendo poemas existencialistas mórbidos sobre o destino amargo do ser humano. Era meio moreno, seu pai era muçulmano seu verdadeiro pai  boatos, cabelos em um topete, e magro como uma estrela de rock.

De alguma maneira o existencialismo acabava com o apetite dele.

- Adivinha quem voltou? – Z ouviu seu irmãozinho guinchar excitado ao telefone.

Como Z, Mike era meio solitário. Quando precisava conversar com alguém, ele sempre ligava para ele. Foi Mike quem comprou celulares para os dois.

- Mike,  dá para esperar... –  começou a dizer, parecendo irritado como só os irmãos mais velhos ficam.

- Niall Horan – Mike o interrompeu. – Niall voltou. Eu o vi nas orações. Dá para acreditar nisso?

Zayn olhava um copo de café de plástico sendo evado pelo vento na calçada. Um Saab vermelho passou voando pela West End Avenue através de uma luz amarela. Suas meias estavam úmidas dentro dos Hush Puppies de camurça marrom.

Niall Horan. Ele deu um longo trago em seu Camel. Suas mãos tremiam tanto que ele quase errou a boca.

- Z? – guinchou o irmão ao telefone. – Está me ouvindo? Ouviu o que eu disse? Niall voltou. Niall Horan. Zayn respirou fundo.

- É, eu ouvi – resmungou ele, fingindo desinteresse. – E daí?

- E daí? – disse Mike incrédulo. – Ah, tá legal, como se você não estivesse tendo um minienfarte. Você é tão presunçoso, Zayn.

- Não, eu sou sério. – estava irritado. – Para que você me ligou? O que eu tenho com isso?

Mike suspirou alto. Às vezes Zayn era tão irritante. Por que não podia parecer feliz pelo menos uma vez? Ele estava tão cansado daquele modelito introspectivo moreno e infeliz.

- Tá legal. Deixa pra lá. A gente se fala mais tarde.

Ele desligou e Zayn enfiou o celular de volta no bolso da calça de veludo cotelê preta e desbotada. Pegou um maço de cigarros do bolso de trás e acendeu outro com a guimba do que já estava fumando. Seu polegar se queimou, mas ele nem sequer sentiu. Niall Horan. Eles se conheceram numa festa. Não, essa não era exatamente a verdade. Zayn a vira numa festa, na festa dele, a única que ele deu no apartamento da família na rua 99 com a West End Avenue.

Era abril, na sexta série. A festa foi idéia de Mike, e o pai deles, Tom Clifford (Tom Cruise), o infame editor aposentado de poetas beat pouco conhecido e um fominha de festas, ficou feliz em concordar. Tom nao era pai verdadeiro de Zayn o mesmo nem ligava já que o seu verdadeiro pai nunca quis saber dele. A mãe já havia se mudado para Praga alguns anos antes para “se concentrar em sua arte”. Zayn convidou toda a turma e disse a eles que podiam chamar quantas pessoas quisessem. Mais de cem crianças apareceram, e Tom manteve a cerveja rolando de um barrilete na banheira, deixando muitos garotos bêbados pela primeira vez na vida. Foi a melhor festa que Zayn já viu, mesmo que ele dissesse isso só para si mesmo. Não por causa da bebedeira, mas porque Niall Horan estava lá. Pouco importa que ele tenha perdido tempo com um jogo imbecil de latim e tenha beijado a barriga toda rabiscada com marcador de um cara que estava lá. Zayn não conseguiu tirar os olhos dele.

Depois, Mike disse a ele que Niall ia à escola dele, e a partir daí Mike era seu pequeno espião, relatando tudo que via Niall fazer, dizer, vestir, etc., informando a Zayn de qualquer evento futuro que ele pudesse vê-lo novamente. Esses eventos eram raros. Não porque não fossem muitos – porque eram -, mas porque não havia muitos deles que Zayn tivesse oportunidade de ir. Zayn não vivia no mesmo mundo que Niall, Louis, Luke e Harry. Ele não era ninguém. Era só um garoto comum.

Por dois anos Zayn seguiu Niall, ansiosamente, a distância. Ele nunca falou com ele. Quando Niall foi para o internato, Zayn tentou se esquecer dele, certo de que nunca a veria de novo, a não ser que por mágica eles terminassem na mesma faculdade. E agora ele estava de volta.

ZAYN andou metade do quarteirão, depois se virou e fez o caminho de volta. Sua cabeça estava a mil. Ele podia dar uma festa. Podia fazer os convites e Mike enfiaria um no armário de Niall na escola. Quando Niall chegasse na casa dele, Zayn iria direto a ele e pegaria seu casaco, dando-lhe as boas-vindas a Nova York.

Choveu o tempo todo em que você esteve fora, diria ele poeticamente.

Depois escapuliriam para a biblioteca do pai e tirariam as roupas um do outro, e se beijariam no sofá de couro na frente da lareira. E, quando todos tivessem ido embora da festa, eles dividiriam uma tigela de sorvete de café Breyers, o favorito de Zayn. A partir daí, passariam cada minuto juntos. Depois iriam para a Colúmbia e morariam em um estúdio perto de lugar nenhum, mas com uma cama enorme. Os amigos de Niall tentariam seduzi-lo  a voltar para a antiga vida, mas nenhum baile de caridade, nenhum jantar exclusivo em black-tie, nenhuma festa cara poderia tentá-lo. Ele não se importaria de abrir mão de seu fundo de fideicomisso e dos diamantes da bisavó. Niall  estaria disposto a viver num chiqueirinho se fosse para ficar com Zayn.

- Porra, a sineta vai tocar daqui a cinco minutos – Zayn ouviu alguém dizer em uma vozinha chata.

Dan se virou, e é claro que era Harry Styles, ou o “Porta-cachecol”, como Zayn gostava de chamá-lo, porque Harry sempre usava aquele cachecol de cashmere ridículo com o monograma. Harry estava parado a apenas seis metros com dois colegas da Riverside Prep, Justin Bieber e Ashton Irwn. Eles não falavam com Zayn e nem o cumprimentavam com a cabeça quando o encontravam. Porque deveriam? Toda manhã esses caras atravessavam o Central Park de ônibus para ir à escola, pegando na rua 79, saindo do pretensioso Upper East Side, só se aventurando ao West Side para ir à escola ou comparecer a uma festa esporádica. Estavam na turma de Zayn na Riverside Prep, mas certamente não eram da turma dele Ele nada tinha a ver com eles. Certamente eles nem o notavam.

- Cara – disse Harry aos amigos. Acendeu um cigarro. Harry fumava seus cigarros como se fosse de maconha, segurando-os entre o dedo indicador e o polegar e puxando forte.

Ridículo demais para merecer atenção.

- Adivinha quem eu vi ontem à noite? – insistiu Harry, bafejando um jorro de fumaça cinza.

- Calum Hood? – sugeriu Ashton.

- É, e ele deu em cima de você, né? – brincou Justin.

- Não, ele não. Niall Horan – disse Harry.

Os ouvidos de Zayn se aguçaram Estava quase na hora de entrar na sala de aula, mas acendeu outro cigarro e ficou quieto para poder ouvir.

- A mãe de Louis Tomlinson deu uma festinha e Niall foi com os pais dele – continuou Harry.  – E ele deu em cima de mim. Tipo assim, ele é o garoto mais devasse que eu já vi – Harry tirou outro trago do cigarro.

- É mesmo? – disse Ashton.

- É verdade. Primeiro eu descobri que ele estava fodendo com o Luke Hemmings desde a oitava série. Depois ele definitivamente se educou no internato, tá ligado? Eles puseram Niall para fora, de tão piranha que ele é.

- De jeito nenhum – discordou Justin. – Qual é, cara, ninguém é expulso por ser galinha.

- É expulso se você registra cada cara que você dormiu e mete os caras nas mesmas drogas que você toma. Os pais dela tiveram de ir lá para buscá-lo. Ele estava, tipo assim, assumindo o controle da escola! – Harry estava cada vez mais exaltado. Seu rosto estava vermelho e ele cuspia enquanto falava. – Eu soube que ele pegou doenças também. Tipo assim, DSTs. Alguém viu Niall indo a uma clinica no East Village. Ele estava de peruca.

Os amigos de Harry sacudiram a cabeça, grunhindo de espanto.

Zayn nunca tinha ouvido uma porcaria dessas. Niall não era piranha, era perfeito, não era? Não era?

Isso ainda tinha de ser descoberto.

- E ai, tá sabendo daquela festa dos pássaros? – perguntou Justin. – Vocês vão?

- Que festa dos pássaros? – disse Ashton.

- Aquela festa para os falcões peregrinos do Central Park – acrescentou Harry. – É, o Louis me falou disso. Vai ser na antiga loja da Barneys – deu outro trago no cigarro. – Cara, todo mundo vai.

Todo mundo não incluía Zayn, é claro. Mas definitivamente incluía Niall Horan.

- Estão mandando um monte de convites essa semana – tornou Justin. - Tem um nome engraçado, não consigo lembrar qual é, um troço de mulherzinha.

- Beijo na Boca – Harry esmagou o cigarro com os detestáveis sapatos Church of England. – É a festa Beijo na Boca.

- É isso ai – disse Ashton. – E aposto que vai rolar muito mais que beijo na boca por lá – deu uma risada. – Ainda mais com Niall por lá.

Os garotos riram, congratulando-se por sua incrível inteligência.

Zayn já ouvira o bastante. Atirou o cigarro na calçada a poucos centímetros dos sapatos de Harry e foi para a entrada da escola. Quando passou pelos três meninos, virou a cabeça e fez um beicinho, produzindo um som de beijo três vezes, como se estivesse dando em cada garoto um beijo estralado na boca. Depois se virou e entrou, batendo a porta atrás de si. Dêem um beijinho misto, babacas.

Notas Finais


comentem Vagabundas!


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