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História The Demon - Don't leave me alone, I can't live with my self


Escrita por: SadGhost_InLove

Notas do Autor


A música é: BMTH-Don't Go.

Capítulo 9 - Don't leave me alone, I can't live with my self


 Após minha mãe dizer isso, eu fiquei pasma. Não sabia como reagir. Eu não acreditava em seres sobrenaturais, nem mesmo nos perfeitos. Meus pais nem sequer falaram disso comigo, acho que eles estavam só deixando eu ter minha própria opinião para mais tarde descobrir a verdade.


 -Seu pai morreu para tentar te proteger, nós estávamos com alguns problemas com sua educação, já que você era muito nova mas já sabia muito, com isso eu digo, você tem na verdade 165 anos, nós apagamos sua memória com um pouco mais de 100 anos, já você viu uma guerra se formar em seu entorno, você viu seu pai morrer... O momento foi muito triste... Mas voltando, seu pai morreu para conseguir que Lúcifer não deixasse você ficar perto de demônios ou criaturas próximas a serem demônios, Lúcifer deixou, mas ele, como sempre, um mentiroso, não cumpriu sua promessa, então seu pai morreu para tentar te deixar longe de más influencias. Mas isso não aconteceu... Mas eu acredito em você e acredito que você não se envolverá com demônios, certo?


 Assenti e ela suspirou me abraçando, logo ela se levantou e foi para a cozinha. Deitei no sofá com um braço em minha testa com mil pensamentos correndo pela minha mente, fechei os olhos e os mesmos arderam um pouco pois estava algum tempo a mais sem pisca-los. Espantei meus pensamentos mais loucos balançando a cabeça e levantando indo para a cozinha ajudar minha mãe; ela iria fazer o almoço, já que ambas das duas haviam acordado tarde. Terminei de ajuda-lá e fui para a sala ligando a TV e vendo um programa qualquer que ali passava.


     […]


 O dia passou lento, como um domingo qualquer, mas era plena quarta feira, estava em meu quarto ouvindo música enquanto mexia em meu celular que havia alguns dias que eu nem pegava nele. Estava conversando com Lee, já que achei ele legal de conversar, então o passei os nicknames das minhas redes sociais, até que ele me disse que as aulas voltariam amanhã, eles só deram o prazo de duas semanas para as aulas voltarem ao normal somente porque era o prazo máximo, bufei com a notícia e comecei a reclamar com ele sobre isso. Fiquei mais algumas horas vendo vídeos engraçados até que meia noite e meia chegou me trazendo sono, então adormeci naquela pilha de cobertores, travesseiros e algumas roupas que eu chamo de cama.


 Acordei com aquela manhã fria e ligeiramente nublada, levantei e fui tomar um banho quente. Saí e coloquei uma calça jeans, um tênis de cano alto, duas blusas de manga comprida e um moletom, desci as escadas e ouvi barulhos vindo da cozinha, fui até lá e vi minha mãe fazendo cappuccino toda alegre, ela me viu e me abraçou forte, logo após ela terminou o cappuccino, colocou em um copo descartável e me deu, quando me dei conta do porque, ela estava me empurrando para fora da casa com minha mochila. Fui para a escola tomando o meu tão adorado cappuccino que somente minha mãe sabe fazer, cheguei lá e desci o líquido morno com gosto de cafeína garganta abaixo. Entrei pelos grandes portões levemente enferrujados e fui para o pátio na esperança de encontrar Oliver e seus amigos, mas logo essa esperança se esvaiu quando pisei dentro daquela escola, o clima ficou tenso, e para mim estava insuportável.


 Fui andando devagar em direção à arquibancada, enquanto olhava os diversos alunos que ali tinham, eles me olhavam com repúdio e ódio em seus semblantes e olhos, me encolhi começando a andar mais devagar quase parando. Quando estava quase chegando a arquibancada, um grupo de garotas começou a cochichar olhando diretamente para mim, consegui ouvi-las dizendo que fui eu que estraguei o futuro de todos eles por uma frescura besta. Não consegui segurar o peso da tensão e raiva sobre mim, então uma lágrima solitária escorreu por meu rosto, deixando pingar também um pouco de minha dignidade, abaixei minha cabeça e deixei a lágrima cair em minhas mãos. Ouvi vozes conhecidas se aproximando de mim e olhei para cima, vendo Oliver e os garotos a pelo menos um metro e meio de distância de mim, abaixei a cabeça e entrelacei minhas mãos. “Eu sou uma aberração, e todos agora sabem disso, eu tenho certeza... Eu estou sozinha... Eu não consigo aguentar isso por conta própria...” pensei quase deixando uma lágrima escapar, mas senti alguém levantando meu rosto com o dedo indicado me fazendo olhar diretamente para o rosto da pessoa.


 Oliver, ele estava com o rosto com uma expressão um tanto triste, virei a cabeça para o lado evitando de olhar Oliver mas ele novamente fez eu olha-lo, ele parecia querer dizer algo somente com sua expressão, algo muito triste... Ele, sem dizer nada, me abraçou forte e logo sussurrou em meu ouvido um “Eu te entendo...". O sinal tocou indicando o inicio do primeiro período, nós dois nos levantamos e fomos para a sala encostado um no outro com os passos perfeitamente compassados. Entramos na sala e sentamos no fundo aonde era o nosso lugar em todos os períodos, conforme os alunos vinham entrando, mais raiva e tensão havia naquele ambiente e aquilo estava acabando comigo. Oliver, que estava sentado na minha frente, passou a mão para trás pegando na minha e as entrelaçando. Logo depois ele soltou da minha mão e começou a escrever algo em seu caderno e então rasgou o pedaço de papel e me deu, nele estava escrito “Podemos ir na sua casa hoje assistir uns filmes?", olhei para ele e ele me encarava com uma expressão de “por favor moça, me adota", fiz um gesto querendo dizer que responderia depois e ele assentiu virando para frente.


               […]


 O intervalo chegou, e junto com ele um mar de reprovações de todos que estavam naquele lugar por obrigação. Fiquei junto de Oliver o tempo todo, no meio de todo aquele caos e discórdia, eu me sentia segura perto dele, sentamos em uma das mesas do refeitório, e ficamos juntos conversando com os garotos, mas a tensão estava muito presente naquela mesa retangular, então estava muito estranho conversar com eles, principalmente quando um silêncio perturbador se instalou ali. Depois de 2 minutos que para mim foram uma eternidade, Oliver olhou para mim e perguntou:


 -Então, podemos ir ou não ir ver uns filmes na sua casa hoje a noite, Annie?


 Olhei para baixo pensando se poderia mesmo, lembrei que enquanto não prestava muito atenção no que mamãe dizia, ela disse que hoje a noite ela teria de trabalhar, mas seria somente naquela noite, e por 10 dias ela não iria trabalhar, então olhei para Oliver e assenti com um leve sorriso nos lábios. Ele me abraçou e beijou minha testa, me fazendo abrir um sorriso maior, logo conforto e calma apareceu naquela mesa, é como um buraco de calmaria em meio ao inferno


                        […]


 Eram sete da noite, mamãe havia saído a meia hora, e em meia hora os garotos iriam chegar. Comecei a arrumar somente a sala, já que eles não iriam e nem poderiam sair daquele cômodo, já que se eu os deixasse à vontade, eles iriam destruir minha casa, e eu não quero que isso aconteça. Enquanto arrumava as almofadas do sofá, uma sensação ruim cresceu em mim, me rasgando de dentro para fora, tentei ignorar isso me ocupando em arrumar tudo, mas eu não conseguia, minha respiração estava um pouco ofegante, eu sentia meu coração batendo mais rápido, eu tremia, tentei sentar um pouco e descansar mas não adiantou nada. Quando eu estava quase morrendo de ter quase um ataque de pânico repentino, a campanhia tocou, me fazendo melhorar um pouco, mas a sensação ruim ainda estava tentando me consumir por inteiro.


 Abri a porta e vi Oliver e os garotos juntos sorrindo, abri espaço para eles e foram para a sala enquanto eu fechava a porta, nesse momento a sensação ruim sumiu. Fui para a sala e coloquei o primeiro filme, sentei no chão já que no sofá não caberia todos, então somente dois ficaram no sofá e o resto no chão. Começamos assistindo o filme não prestando muita atenção já que teria mais alguns para assistirmos, então, largamos mão do primeiro filme. O tempo foi passando, o primeiro filme acabou, e estava na metade do segundo filme, esse era mais empolgante então prestamos mais atenção, mas estava meio tarde então ficamos meio que com sono. O terceiro começou e Kean teve de ir embora, meia hora depois Nicholls também foi embora, quando o terceiro filme acabou, Lee e Jordan foram embora, restando somente eu e Oliver. Oli, achando que deveria ir embora também, já foi se despedindo, mas antes mesmo de conseguir levantar, o puxei pelo braço fazendo-o parar e me encarar. Abaixei a cabeça e sussurrei:


 -Fique... Por favor... Eu não consigo viver comigo mesma...


 Ele então sentou no sofá e me puxou para sentar com ele. Levantei a cabeça e fiquei fitando os olhos verdes dele, ele sorriu e colocou a mão em minha bochecha fazendo carinho, mas então a expressão dele mudou para uma tristeza profunda, então a sensação ruim voltou, ele encostou nossas testas e uma lágrima escorreu por seu rosto. A sequei e tentei sorrir pra ele, mas uma tristeza me consumiu sem igual, e então ele disse:


 -Annie, eu sei que descobriu que é um ser sobrenatural, e nós dois somos perfeitos opostos, mas por alguma razão, eu me sinto seguro perto de você, mesmo com os espíritos ruins e más vibrações vindo de você, eu me sinto seguro.-Ele olhou em meus olhos prestes a chorar.


 -Oli, eu também me sinto segura perto de você, é por isso que não te largo por um segundo, eu sinto que algo horrível irá acontecer se não tiver você perto de mim.-abaixei meu olhar para minhas mãos.


 -Todos nós temos nossos horrores para lutar contra, mas são tantos que nós estamos paralisados, então como vamos ganhar? Toda noite, quando durmo, eu sempre tenho pesadelos, pesadelos terríveis, eu sempre acordo no meio da noite me sentindo sufocado pelos meus medos, então eu tento ficar acordado o máximo possível, mas sempre acabo dormindo e isso acontece denovo....


 O encarei e várias lágrimas inquietantes escorriam por seu rosto, ele me olhou e começou a soluçar baixinho, ele então, me abraçou chorando mais ainda.


 -Eu ficarei esta noite -Ele disse com a voz embargada- Para nos salvar dos que nos assombram de noite.


 Comecei a chorar com ele também, me lembrando de tudo que ruim já aconteceu comigo, o abracei forte e ficamos ali, soluçando baixinho, enquanto nos afogavámos em lágrimas, mas nunca afogaríamos nossos demônios, eles sabem nadar. Enquanto nós estávamos nos acalmando, vi uma fumaça negra densa saindo de nossos corpos, conforme eles iam subindo, iam desaparecendo, Oliver, que ainda estava chorando, mas bem pouco, não viu isso, mas logo que a última fumaça desapareceu, ele parou de chorar. Ele olhou para mim, sorriu com os lábios e então me beijou, foi um beijo calmo, confortante, apenas para nós ficarmos calmos. Nós nos separamos e sorrimos um para o outro deitando no sofá, como não cabíamos um do lado do outro, tive que deitar por cima de Oliver, com a cabeça em seu peito, ele começou a fazer cafuné em minha cabeça até adormecer, e logo depois, eu dormi, pela primeira vez em tempos, me sentindo segura.


Notas Finais


Um pouquinho grande não? Oque acharam?


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