História The Demon and The Angel - A carta de Grandeeney - Parte I

Natsu – Me... amar? – A loira arregalou os olhos ao perceber o que havia dito.  – Eu... também te amo. – Disse com um sorriso bobo nos lábios. Lucy também sorriu.

CAPITULO 13 - A CARTA DE GRANDEENEY - PARTE 1

Enquanto isso, no palácio real...

Mavis – O Jellal-san e o Gray-san ainda não chegaram? – perguntou à ruiva, enquanto olhava discretamente para os lados, à procura dos dois rapazes.

Erza – Parece que não – Suspirou – mas vamos esperar mais um pouco.

Mavis – Certo. – a pequena confirmou e foi para algum outro lugar do baile.

Erza – O que será que aqueles dois estão tramando? – suspirou, frustada – Pensei que isso seria mais rápido... – a ruiva olhou de relance para a festa e viu dois rapazes. Um loiro e o outro com cabelos esverdeados. Ela nunca os vira antes, será que seriam Jellal e Gray disfarçados?

Ela se aproximou dos dois rapazes, que conversavam calmamente em canto da festa. Uns cinco passos longe deles, ela pôde ouvir o que diziam.

Loiro – Você viu a Erza ou o Natsu? – O garoto de cabelos verdes negou com a cabeça. Ambos suspiraram frustados – Droga, sabia que não podíamos ter demorado tanto...

Garoto de cabelo verde – Foi preciso. – Suspirou mais uma vez.

Erza – Jellal? Gray? – Perguntou um pouco receosa, com medo de que não fossem realmente quem ela esperava e a achassem que fosse louca.

Jellal – Erza? Ufa, pensei que vocês já tinham ido embora – Sorriu aliviado assim que viu a ruiva.

Gray – Mas onde estão os outros? – Indagou o garoto de cabelos verdes, que era Gray. Provavelmente era uma peruca, ele não teria coragem de pintar seus belos fios negros.

Erza – Eu só sei que a Mavis tá por aqui. Eu não encontrei o Natsu, a Lucy nem a Juvia.

Jellal – Bem, isso não importa. Precisamos conversar com você. – Disse seriamente – Mais tarde você pode dizer aos outros do porque de termos demorado tanto. – Erza assentiu.

Antes que a ruiva ou os rapazes pudessem ao menos pensar em se pronunciar, Mavis e Juvia surgiram.

Mavis – Erza, onde você tava? Eu fiquei te procuran... – Se calou ao ver o loiro e o esverdeado (Jellal e Gray) – Quem são esses? – Sussurrou só para que Erza ouvisse, afinal, os garotos estavam praticamente irreconhecíveis com aquelas perucas. 

Erza – São o Gray e o Jellal – Disse entediada, fazendo Mavis entender – Mas então, o que vocês querem falar? – Perguntou à Jellal.

Enquanto isso...

Lucy – Ai meu deus! Precisamos voltar! – Se levantou em um pulo, começando a vestir as suas roupas. 

Natsu bufou entediado e também começou a se vestir.

Pouco tempo depois ambos já estavam novamente na festa.

Natsu – Parece que o Gray e o Jellal apareceram. – Disse normalmente.

Lucy – Como você sabe? – Indagou curiosa, afinal, os rapazes não estavam em seu campo de visão.

Natsu – Da pra sentir o cheiro deles... – Fungou o ar – Vamos – Puxou a loira até o local onde supostamente vinha o cheiro. Logo eles chegaram em uma parte afastada da festa, onde puderam ver Erza, Mavis, Jellal e Gray – que já haviam retirado as perucas e usavam somente uma toca para tampar o cabelo –.

Gray – Bem, é melhor nós irmos para um lugar menos movimentado pois o assunto e sério e... – Parou de falar ao ver Natsu e Lucy se aproximando – Finalmente vocês apareceram! Onde estavam?

Natsu – Por aí... – Desviou o olhar.  (N/A: Por aí, né? Sei ( ͡° ͜ʖ ͡°) )

Erza – Isso não importa agora! Digam logo o que vocês tem pra dizer. – Ordenou, impaciente. 

Gray – Eu já disse, não podemos dizer isso aqui na festa, vamos, figam-me. – Todos, exceto Jellal, suspiraram entediados, porém assentiram. 

(...)

Cerca de quinze minutos depois, todos se encontravam em frente ao portal, na floresta mágica do sul.

Juvia – Ainda não entendo como esse portal pode ficar tão exposto assim, para qualquer um. – Comentou, fitando o imenso portal, que, literalmente, arranhava os céus.

Gray – Isso é apenas uma camada, mas o verdadeiro portal está selado com uma magia muito poderosa. – Respondeu à azulada, tocando o portal e sentindo uma leve magia vindo da imensa estrutura mágica percorrer por seus dedos.

Juvia – Camada? Como assim? – A áurea confusa era notável por seu olhar sob o moreno.

Gray – Isso que nós vemos e tocamos é apenas uma ilusão. Ninguém realmente sabe como é o verdadeiro portal. Somente, é claro, os guardiões. – Respondeu suspirando.

Mavis – Acho que já ouvi falar disso. – Comentou.

Jellal – Bem, não viemos aqui pra falar disso, não é? – chamou a atenção dos demais – Eu e Gray descobrimos quem foi que destruiu o portal.

Erza – Sério?

Lucy – Quem foi?

Gray – Acalmem-se – Disse com uma gota na cabeça – Nós descobrimos que foi o Zeref.

Mavis – O Zeref? Mas por que? – Perguntou confusa. Por qual motivo o mago das trevas faria isso? Não tem sentido.

Gray – Não sabemos, mas com certeza ele tem algum plano em mente. – Disse seriamente.

Natsu – Mas vocês tem certeza que foi ele? – Perguntou confuso – Sei lá, não tem sentido ele fazer isso.

Jellal – Sim, temos certeza. –Respondeu pelo moreno – Eu o Gray pegamos um fragmento da magia negra que estava no portal e estudamos um pouco. E essa é a magia do Zeref, sem sombra de duvidas.

Erza – Tá, mas por que vocês estão nos dizendo isso? Em que isso nos vai ajudar?

Jellal – Apenas queremos dizer para vocês tomarem cuidado. – O azulado suspirou ao ver os outros, exceto Gray, confusos – Se o Zeref fez isso no portal, é por que ele tem algo em mente, então ele vai atacar novamente, é só questão de tempo, então tomem cuidado. – Completou e os outros assentiram.

Natsu – Tá, tá. Mas e os Hogyokus?

Gray suspirou – Vamos ter que adiar um pouco mais o selamento dos Hogyokus...

Lucy – Mas por que?

Gray – Só precisamos de tempo. Temos que estudar um pouco mais sobre isso. – Respondeu, dando fim ao assunto.

Erza – Ok, então. Vamos voltar pro baile? – Disse calmamente e os outros assentiram, voltando em direção ao palácio.

Enquanto isso...

Em uma grande sala, encontrava-se somente uma garota sentada no grande trono que ficava em meio do local. As velas à sua volta traziam luz e só podiam ser ouvidos a sua voz cantarolando uma musica qualquer. 

De repente, ouve-se batidas repentinas na porta, porém não foi o suficiente para assusta-la.

??? – Entre. – Disse calmamente e assim o fez. A grande porta de madeira fora aberta, revelando o demônio das trevas, Zeref.

Zeref – Com licença, mestra – Se curvou – Vim avisar que aquele bando de garotos descobriram que fora eu quem destruiu o portal, porém só sabem disso.

??? – Você tem certeza? – Perguntou seriamente. Ninguém poderia nem ao menos sonhar em saber dos seus planos.

Zeref – Hai. – Confirmou – Eu ouvi a conversa deles e eles nem se quer pensam que é você quem está por trás de tudo. – Completou.

A garota sorriu – Entendo...

Zeref – Mas então, o que faremos? – Perguntou seriamente – Aqueles dois soldados que foram banidos estão com eles e eles são muito espertos e...

??? – Não se preocupe quanto a isto – Interviu sorrindo, deixando o mago das trevas confuso. Como ela não poderia estar preocupada com tal coisa? Gray e Jellal não devem ser subestimados – Tudo "isso" faz parte do meu planinho. A destruição do portal é só uma... distração. – Sorriu mais uma vez – Não se preocupe.

O mago das trevas então assentiu e deixou a sala, um pouco mais aliviado. Afinal, não era pra menos, sua "mestra"  – como ele a chama – é inteligente, ela jamais daria um passo sem calcular as consequências antes.

??? – Natsu, você me pagará por roubar tudo que era meu por direito. – Pensou seriamente, com os olhos opacos, enquanto um sorriso diabólico tomava conta de sua face.

Enquanto isso...

Os sete adolescentes finalmente chegaram ao palácio, e para o alivio deles, ninguém havia perguntado nada por terem sumido repentinamente.

Juvia – Bem, eu vou servir os convidados, boa sorte, pessoal. – Disse dando um leve sorriso. Os outros deram um mesmo sorriso e azulada sumiu de suas vistas.

Jellal – Não se esqueçam, fiquem de olhos abertos. – Avisou seriamente.

Mavis – Calma, não é como se o Zeref tentasse nos atacar bem aqui, onde estão os seres mais poderosos do céu e do inferno.

Erza – A Mavis tem razão, então não fiquem tão tensos assim.

Jellal suspirou – Vocês tem razão, mas de qualquer forma, não abaixem a guarda. – Os outros assentiram e eles então se separaram, indo para locais opostos da festa.

(...)

Pouco depois, o baile já haviam se encerrado e os demônios já haviam voltado para o submundo, enquanto que os anjos permaneceram no céu. Jellal e Gray também voltaram para o mundo humano.

Lucy entrou em seu quarto pela primeira vez naquela noite e soltou um longo suspiro. Aquela noite havia sido longa.  Primeiro, o "acontecimento" inesperado com Natsu. Depois, Jellal e Gray, que apareceram do nada, dizendo coisas sem sentido e, ainda por cima, não selaram os hogyokus. Eles estavam tão apressados para isso e depois, do nada, decidem adiar. Essa noite foi realmente... estranha.

A loira então foi ao banheiro de seu quarto e encheu a banheira, e rapidamente a água quente e espumante se encheu. Ela se despiu e entrou na água convidativa, o que relaxou todos os seus músculos tensos.

Minutos depois, a loira saiu da água, mesmo que seu corpo cansado implorasse para que ela voltasse. 

Lucy colocou uma lingerie preta de renda e, por cima, um vestido simples de alcinha,  verde água, que chegava até a metade de suas coxas. Ela se deitou na cama, bufando. Estava entediada. O baile já havia acabado há algumas horas mas os empregados ainda limpavam o castelo. A loira se perguntava mentalmente o porque de Zeref ter destruído o portal. Claro, ele não era "do bem", mas não havia sentido. Havia então alguém por trás disso? Se isso realmente for verdade, então matar Makarov estava em seus planos?

A loira bufou novamente, se sentando na cama e encarando o vazio. Ela então decidi ir à biblioteca. Talvez algum livro de lá a distraísse. Ela se levantou – Descalça mesmo – e abriu a porta do seu quarto, dando uma espiada no corredor. Não havia ninguém. Em passos rápido e silenciosos, rapidamente chegou à biblioteca, que por sinal, era o local menos frequentado do palácio, porém, o mais amado por Lucy.

Assim que a loira entrou no local, pôde sentir o cheiro de livros antigos. Começou a vasculhar as imensas prateleiras de madeira, que cobriam as grandes paredes do local. Porém, nenhum livro a interessava. Ela suspirou, puxando um livro aleatório qualquer, logo depois, olhando a capa. 

"Livro de magias"

Grande quantidade dos livros da biblioteca falavam sobre magia. A loira então, entediada, o abriu e virou-se de costas para a estante que havia pegado o objeto e começou a lê-lo.

"Magia é uma antiguidade privilegiada dos anjos e demônios. Isto, em mãos humanas, seria o caos."

Lucy – Que chatice – Fez uma careta entediada, foleando o livro novamente e parando em uma página que lhe chamara a atenção.

"Os três Hogyokus"

Lucy – Três? Pensei que eram só dois... – Pensou por alguns segundos, logo depois começando a ler.

"Os Hogyokus são esferas de magias incrivelmente poderosas, que podem destruir um continente no mundo humano facilmente. Caindo em mãos erradas, seria um caos. 

O primeiro Hogyoku é o do céu. Seu poder é capturar e materializar o coração de tudo que existe ao seu redor. 

Em outras palavras, tornar real os desejos de pessoas fortes, pois não basta a pessoa querer e estar perto, ela precisa também ser forte o suficiente para que seus desejos e vontades se tornem realidade.

O segundo Hogyoku é o do inferno. Seu poder é capturar e materializar os medos mais profundos que existem nos corações das pessoas ao seu redor.

Em outra palavras, tonar real os pesadelos de pessoas fracas. Pessoas fortes tendem se livrar facilmente desse poder, porém, não é 100% certeza disso.

Ambos os Hogyokus são selados nos reis e rainhas de seus respectivos mundos, que, quando tem filhos, o Hogyoku escolhe em qual ele será selado, e, quando escolhido, a criança que foi selada será o futuro rei/rainha."

Lucy – Isso explica muita coisa... – Disse pensativa. Logo ela voltou a ler.

"O terceiro Hogyoku..."

A loira não conseguiu terminar de ler.

A página havia sido arrancada.

Mas por que?

O único livro que falava do terceiro Hogyoku na biblioteca inteira está com a página rasgada? Lucy ficou frustada. Sua curiosidade gritava para saber do que se tratava esse terceiro Hogyoku, porém, não se tinha muito o que fazer. Ela suspirou e se virou novamente para a estante em que havia pegado o livro, para coloca-lo novamente no lugar.

Eis uma surpresa.

A estante estava "virada", como uma passagem secreta. Não se dava para ver direito, porém era notável que aquilo era uma espécie de túnel. 

A loira exitou em entrar ali. Seria uma armadilha? Ela acabou deixando esses pensamentos de lado e adentrou no túnel secreto de pedra, que era iluminado somente por uma tocha. Sua curiosidade aumentava à cada passo que ela dava em direção aquele local secreto que nunca vira antes.

Seria aquilo então a resposta para as suas perguntas?

Continua...