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História The Demon and The Angel - Família


Escrita por: Hallsdeplyz

Notas do Autor


Oláááá chegay, tavam com saudades?
Gent, eu tava olhando uns bagui da fic aqui e vi que já faz UM ANO desde que postei o primeiro capitulo <3 sério to mt emocionada. Mt obrigada a todos que estão acompanhando até hj e não me abandonaram mesmo que eu tenha ficado 7 meses sem postar. Obrigada a todos que n deixaram a fic flopar :,)
Cara, eu lembro quando eu postei a fic kkkkj, de primeira ngm tinha favoritado ela nem nada e eu cheguei a apagar ela kkkk dai uns dias depois eu postei ela dnv e ai foi o verdadeiro começo de tudo kkk <3
enfim, obrigada a todos que leem a fic e obrigada ate msm a vcs, leitores fantasmas ><
enfim, chega de blá blá blá e vamos a mais um capitulo, que ta meio pequeno mas tá cheio de surpresas e emoções \o/ huehue

Capítulo 20 - Família


Fanfic / Fanfiction The Demon and The Angel - Família


 

Naquele momento, Natsu e Lucy descobriram que o amor não era simplesmente uma ilusão criada pelos humanos. E no inicio, ambos estavam decididos que iriam reinar seus respectivos impérios sem distrações, por seus ancestrais. Mas o destino resolveu pregar uma peça em ambos, assim os mostrando algo surreal e que prendia suas almas em um laço irreversível, o amor.
 

Família
  

 Já havia se passado quase um dia inteiro e Gray ainda se encontrava naquela apertada cela, ainda se perguntando o que estava acontecendo. Depois que aquela misteriosa garota apareceu, ninguém mais foi lá para falar com ele. Será que haviam o esquecido ali? Várias perguntas martelavam sua mente, e nem uma possuía resposta. 
 

   E depois de muito tempo pensando, o garoto finalmente decidiu que escaparia dali. Ele sentia que Jellal precisava de sua ajuda, e ficar parado ali não seria nem um pouco útil.
  

 Gray levantou-se um pouco zonzo depois de horas sentado e com a ajuda de sua magia de manipulação de gelo, criou uma replica da chave da grade encaixando-a na fechadura, mas como o local era de um calor estridente, a replica derreteu.
    

— Oque? Eles deixaram essa sala quente de propósito, para que assim eu não conseguisse usar meu gelo aqui, provavelmente. Parece que não vai ser tão fácil assim sair daqui.
  

 Suspirou derrotado e sentou-se novamente no chão, perguntando-se o que acontecia lá fora enquanto ele estava preso.

    

 

 

Minerva estava sentada em um dos sofás da enorme sala da mansão. Ela observava a decoração da sala, entediada — Um piso de madeira clara, paredes vermelhas com desenhos indianos, sofás vermelhos de veludo, um grande e gracioso tapete branco, que cobria todo o centro da sala, uma grande lareira cinza, enquanto que em cima, sobreposto na parede uma TV de 50 polegadas —. Ela tinha que vigiar Gray — que estava no sotão — para caso ele tentasse fugir, e se lastimava de tédio. 
    

O demônio jogou sua cabeça para trás, suspirando. Até que fora surpreendida por um barulho estrondoso vindo do lado de fora. Ela lenvantou-se do sofá em um pulo e retirou sua luva, que a impedia de usar seu poder de petrificação. Em passos silenciosos porém largos, ela dirgiu-se até a porta da frente, segurando a fria maçaneta de madeira perfeitamente escupida, girando-a rapidamente e abrindo a porta de uma vez.
    

Ela rolou seus olhos pelo enorme jardim do lado de fora, não percbendo nada de estranho. Nem portões arrombados, nem arvores derrubadas. Minerva estranhou aquilo. De onde o estrondo havia vindo então?
  

 — Bu — Uma voz masculina ecoou em seus ouvidos por trás de si. 
  

 Ela virou-se rapidamente, dando de cara com um homem um pouco maior que ela, pele morena, com várias tatuagens pretas por seu corpo e cabelo longos e espetados prateados, e olhos negros avermelhados.
    

Antes que Minerva pudesse fazer algo, o rapaz segurou seu rosto e a encarou fundo nos olhos. Ela se debateu, tentando se soltar, mas aos poucos sua força foi se acabando e ela se viu hipnotizada por aquele par de olhos. Ela sentiu suas pernas fraquejarem e sua alma parecia ser sulgada só com o olhar dele. Depois de alguns segundos, ele jogou-a mole no chão e deus as costa, indo em direção ao porão, onde Gray se encontrava. Ele havia sulgado sua alma quase que por inteiro.
    

— Quem é você? — Perguntou Minerva, com o resto do ar que lhe restava.
    

Ele sorriu irônico. 
    

— Acnologia. — Ele olhou-a por cima do ombro, arrogante — E espero que não se esqueça nunca. — E desceu as escadas.
    

Minerva fechou lentamente seus olhos, até que finalmente morreu.

 

 

 O rapaz de cabelo prateado desceu as escadas indo em direção à cela de Gray. Assim que chegou lá, encontrou o moreno sentando no chão. Ele parecia cansado, já que havia usado muita magia tentando sair dali — porém todas foram inuteis.

 

 — Levante-se — Ordenou com desprezo — Vim te tirar daqui.
    

Gray virou o pescoço sem forças, e viu Acnologia destrancando a cela.
  

 — Quem é você? 
    

— Não temos tempo para questionários, logo ela estará aqui, e não sei se tenho poder o suficiente para lutar — Terminou de abrir a cela, indo em direção à Gray e o levantando a força — Vamos.
  

 Gray acabou indo sem hesitar. A esse ponto, sem forças, qualquer coisa era melhor do que ficar preso ali. 
    

Assim que passaram pela sala, a porta fora aberta com força, logo tendo-se a imagem de Kyoukura, Sting e Zeref.
  

 Kyokura rapidamente correu até Minerva, ajoelhando-se ao seu lado.
    

— Minerva! Fale comigo! — Ela dizia desesperada. Mas a garota já estava morta, e assim que Kyokura percebeu, olhou para Acnologia com ódio — VOCÊ A MATOU!!!
    

Quase que na velocidade da luz, ela pegou sua espada e avançou para cima do rapaz, que parecia tranquilo. Assim que ela se aproximou suficientemente perto dele, ela ergueu sua espada para atacá-lo.
    

— KYOUKURA! NÃO! — Sting gritou, porém era tarde demais. Acnologia simplesmente parou a espada de Kyoukura com a mão e a encarou no fundo dos olhos, logo fazendo o mesmo que fez com Minerva. Cerca de cinco segundos depois, ela caiu no chão. Estava morta.
  

 Gray apenas observava tudo surpreso e confuso. O que estava acontecendo, afinal? Quem era ele? Por quê o resgatara?
  

 Zeref também observava tudo e parecia desacreditado.
  

 — O que? Ele sulga almas? Mas só os demônios mais fortes podem fazer isso...  — pensou um pouco — Espera... será que ele já fez parte dos mais poderosos? Não é possivel... 
    

Zeref decidiu que não era bom lutar daquela forma, por isso pisou no chão com força, transmitindo ao solo uma força surreal, logo causando um terremoto. A casa começou a tremer e aos poucos ela foi desabando.
    

— Temos que sair daqui. — Acnologia avisou a Gray, que assentiu.
  

 Mas antes que eles pudessem dar um passo, uma parte do teto caiu sob eles. Zeref foi para cima de Acnologia — Que ainda saia dos destroços — E o atacou com um soco com magia em seu rosto.
    

— Urgh! Desgraçado covarde! — Ele disparou.
    

Tudo estava sob poeiras e o chão tremia, o que dificultava a luta. Zeref decidiu sair dali, antes que caísse no feitiço de Acnologia e tesse sua alma sulgada para sempre. Porém ele não encontrava Sting. Droga, ele tinha que sumir justo agora? Se lastimava.
    

Gray viu que agora era a hora certa para fugir. Ele retirou o ultimo destroço de cima de si e correu em direção à porta principal. Tinha que encontrar Lucy e avisá-la que não era seguro confiar em seus irmãos. 
    

Ele saiu da casa e viu que quase toda a cidade estava tremendo. Em alguns lugares o chão chegava a se abrir, e algumas pessoas caíam lá, logo sendo esmagadas.
    

Ele tinha que tomar cuidado.
    

Em passos rápidos, ele foi passando entre as milhares pessoas, que corriam em pânico, fugindo dos prédios que desabavam. Aquilo parecia um formigueiro.
    

Assim que ele virou uma rua, onde haviam vários prédios que já haviam ido ao chão e algumas pessoas saquiavam lojas e caminhões, ele se viu de frente com Zeref.
  

 — Onde pensa que vai? Avisar aos outros que estão em perigo? — O mago negro riu sarcástico — Não, eu acho que não.
    

Ele segurou Gray pelo pescoço, prensando-o na parede. Seus olhos vermelhos transmtiam um ódio que nem ele mesmo entendia.
  

 Porém o Fullbuster foi mais rápido, usando sua magia para congelar quase metade do corpo do demônio, logo o dando um soco, o desequilibrando. Caso ele caísse, suas pernas seriam quebradas em mil pedaços. Tinha que tomar cuidado.
  

 — Parece que o jogo virou, não é mesmo? — Gray sorriu sarcásticamente vitoriano. Ele podia ficar e lutar mais, mas não tinha tempo para isso — Adeus.
  

 E assim ele correu para longe dali, em direção ao prédio mais alto. Ele tinha que abrir um portal clandestino, porém não poderia ser visto e ninguém se encontrava naquela grande estrutura de concreto agora. Seria perfeito. Depois de alguns minutos usando o elevador — Já que não podia usar suas asas — Ele chegou ao último andar, o terraço.
  

 Porém um surpresa o esperava lá. Zeref.

  

 

 Já era de dia no submundo. Lucy espreguiçou-se na cama e abriu lentamente os olhos, tendo a imagem de um rosado dormindo serenamente ao seu lado. Ela sorriu e levantou-se sem fazer barulho, indo em direção ao banheiro, logo ligando o chuveiro, deixando a água gelada entrar em contato com sua pele, arrepiando-a na hora.
  

 Cerca de vinte minutos depois, ela saiu do banheiro enrolada em uma toalha. Ao rolar os olhos pelo quarto, viu que Natsu já não se encontrava mais lá. Porém havia uma muda de roupa limpa, que provavelmente era para ela. Uma coeca box preta e uma camiseta branca com um 98 na frente. Então quer dizer que Natsu gostava de basquete? A loira riu com isso.
    

Ela vestiu as roupas e logo depois desceu as escadas, encontrando Erza, Meredy e Chelia tomando um café da manhã.
    

— Hum... oi — Lucy se aproximou da mesa, sorrindo timida.
    

— Olá, Lucy-san! — Chelia subiu em cima da mesa para chegar até Lucy — Então você é a namorada do Nii-san? — Sorriu. Lucy arregalou os olhos.
    

— Chelia! — Meredy a repreendeu — Desculpe Lucy-san, chelia é um pouco intrometida. Sabe como é, irmã caçula. — Riu.
    

Lucy sorriu, um pouco mais tranquila.
    

— Tudo bem. — Ela encarou Chelia — Bom, não sei se posso dizer que somos... ahn... namorados, sabe? 
    

A ruvinha pulou de alegria.
    

— Um amor proibido! Que incrivel!
    

 Erza e Meredy riram.
    

— Não quer tomar café da minhã com a gente, Lucy? — A ruiva maior perguntou.
  

 — Não, obrigada. Estou um pouco enjoada.
    

Erza a encarou desconfiada por alguns segundos, mas logo balançou a cabeça negativamente.
    

— Certo. — Ela se levantou — Natsu, Mavis e Jellal estão nos esperando no jardim. Vamos.
    

Lucy assentiu e a seguiu, despedindo-se de Chelia e Meredy.
    

A loira e a ruiva saíram do palácio, e assim que as duas chegaram ao jardim, em uma área um pouco afastada, viram os três conversando.
    

Erza e Lucy se aproxmaram.
  

 — Então, já estamos aqui. O que está acontecendo? — Erza foi a primeira a se pronunciar, indo direto ao assunto.
    

— Gray sumiu. Eu cheguei a pensar que ele havia viajado, mas não faz sentido. As roupas dele ainda estão lá, e ele não entrou em contato. Temo que ele foi sequestrado.
  

 — Mas por quem? — Lucy perguntou. 
  

 — Creio que tenha sido Zeref e sua gangue. — Respondeu o azulado.
  

 — Mas a troco de que? — Dessa vez foi Natsu quem perguntou, que por sinal não haviam mantido contato visual com Lucy desde que ela apareceu ali.
    

— Essa é a questão — Suspirou.
    

— O que nós faremos então? — Mavis se pronunciou.
    

— "Nós"? — Erza fez aspas — Os únicos que farão algo aqui serão nós — Apontou para Jellal, Natsu e por fim ela mesma — Vocês duas vão voltar para o céu. Ficaram muito tempo fora, isso pode causar um novo desequilibrio. Vocês voltam hoje mesmo.
  

 — Está nos expulsando? — Lucy perguntou indignada.
  

 — Estou. Agora vão.
    

As duas loiras bufaram e saíram dali em direção ao palácio.
    

— Então, por enquanto, só podemos esperar. — Disse Jellal quando as duas já haviam se afastado.
    

— Certo. Qualquer coisa, nos avise. — Natsu disse. Jellal assentiu.
  

 Antes que Erza pudesse sair dali junto com Natsu, ela sentiu Jellal segurar seu braço, impedindo-a de ir. 
    

— Jellal? O que foi?
    

Ele suspirou.
    

— Nada, eu só... — Ele queria dizer algo, mas não conseguia — Só tome cuidado.
    

Erza estranhou aquilo, mas assentiu. Jellal a liberol e ela finalmente saiu dali.
  

 O azulado bufou um pouco frustado. Queria poder dizer tudo o que sentia. Mas quem disse que ele era forte para isso? Covarde. Era isso que ele pensava de si mesmo.
    

Sem esperar mais, ele abriu um portal clandestino para voltar para o mundo humano. Não podia ficar mais ali, já que ainda era procurado no submundo. Ele então entrou no portal e se foi, xingando-se mentalmente por ser tão... fraco.
    

 

Lucy descia as escadas com Mavis já prontas para sair, quando a loira maior avistou Natsu passar pela porta principal, e ainda sem encará-la, passou por ela. 
    

— Ei! Por quê está me ignorando?
    

O rosado já ameaçava subir as escadas.
  

 — Natsu!
  

 Ele finalmente parou e sevirou.
  

 — Sim?
    

A loira arqueou uma sobrancelha, esperando que Natsu se desculpasse.
    

— Desculpe — Suspirou derrotado — É que aconteceram coisas...
    

— Que coisas? — Cruzou os braços.
    

— Igneel morreu.
  

 Nesse exato momento, Erza entrava pela porta e escutou a afirmação do rosado, surpreendendo-se. Então ele já sabia? A ruiva pensou.
  

 — Encontraram o corpo dele hoje, próximo ao templo da muralha. Parece que ele foi assassinado.
  

 Lucy já sabia de tudo, mas ao ouvir aquilo pela voz do rosado, ela sentiu seus olhos lacrimejarem, imaginando seu sofrimento.
    

— Eu sinto muito.
  

— Não sinta. — A cortou — Igneel morreu pra mim há muito tempo. Desde que minha mãe morreu, ele havia mudado. Parecia não nos amar mais. Nos culpar por sua morte.
    

Naquele momento Natsu se lembrou da fotografia antiga que havia sua famila e que estava escrito "foi tudo culpa deles", assim finalmente se tocando que foi Igneel quem escreveu aquilo, se referindo aos seus filhos.
    

Lucy, Erza e Mavis se surpreenderam com as palavras do rosado. 
    

— E acho que foi melhor assim. Ele estava tomado pelo ódio. — Ele suspirou pesadamente.
    

Lucy o encarou por alguns segundos em silêncio, até que correu em sua direção e o abraçou. O rosado rapidamente retribuiu o abraço.
    

Erza e Mavis sorriram com a cena fofa dos dois.
    

— Mas de qualquer forma — A ruiva começou, chamando a atenção dos outros — Temos agora que nos preocupar com Zeref e Zancrow. Com certeza eles sabiam que uma guerra ocorreria se Igneel morresse, agora só temos que descobrir o que eles ganham com isso.
    

— Erza tem rasão. Eles não botariam o reino que eles querem conquistar a perder por qualquer coisa. — Mavis afirmou.
    

— Nós investigaremos mais sobre Zancrow, para ver se descobrimos algo. — Lucy disse, se referindo à ela e Mavis, que assentiu.
    

— Certo. Nós veremos o que poderemos fazer aqui. — Disse Erza.
    

Lucy despediu-se de Natsu e saiu do palácio juntamente com Mavis, enquanto eram acompanhadas por Erza.
    

— Erza — Lucy a chamou — Desculpe a pergunta, mas... Como a mãe de vocês morreu?
    A ruiva suspirou.
    

— Um dia fomos atacados por um grupo terrorista, estávamos só Natsu, Meredy e eu no palácio. Éramos crianças ainda. Quando um dos membros estava prestes a cravar uma espada com magia negra em Natsu, nossa mãe apareceu e se colocou na frente dele e foi atingida. Os guardas capturaram o grupo e os enforcaram, enquanto que nossa mãe acabou ficando adoecida por conta da espada. Depois de três dias ela morreu.
    

— Sinto muito. Sei como é. — Disse Lucy, sincera. 
    

Erza sorriu.
    

— Tudo bem. Mas sabe, acredito que Igneel só queria aqueles Hogyokus para trazer nossa mãe de volta. 
  

Lucy suspirou.
  

— Isso não é possível, né? — Perguntou a loira. 
    

Erza negou.
    

— Quando a morte passa de um dia, já não é mais possível trazer de volta. 
    

—Entendo.
    

— Mas enfim, o problema agora é a coroação e a guerra. Não sei se Natsu conseguirá lidar com isso — Erza mudou o assunto — afinal, você tem sorte de ter a Mavis. Soube que ela é uma boa estrategista de guerra.
    

— Obrigada. Faço o que posso. — A loira menor sorriu.
    

Erza também sorriu.
    

— De qualquer forma, não queria que essa guerra ocorresse. Mas não posso evitar. Parando para pensar, terei que guerrear contra Natsu. — Lucy Suspirou.
    

— Daremos um jeito. — Mavis disse.
    

Lucy apenas assentiu, enquanto observava Erza abrir um portal clandestino.
    

— Boa sorte pra nós então. — A ruiva disse — Até mais.
    

— Até. — As duas se despediram de Erza e entraram no portal, de volta para o céu.

    

 

— Você de novo? — Gray perguntou entediado. Aquilo estava o cansando.
    

— Desculpe, mas eu terei que lhe matar. 
    

Gray deu um passo para trás.
    

— O que você quer, Zeref? Por quê está fazendo isso?
    

— Por que? POR QUÊ!? — Se exautou — PORQUE VOCÊ ME ABANDONOU. DISSE QUE IRIAMOS SEMPRE ESTAR JUNTOS, MAS VOCÊ SIMPLESMENTE SE ESQUECEU.
    

Gray franziu o cenho.
    

— Ahn?
    

Zeref se irritou mais ainda e o deu um soco, fazendo-o cair na grade de segurança que o impedia de cair de lá de cima. Gray olhou por cima do ombro e viu a altura que era aquele predio, engolindo em seco. O demônio o segurou pela gola.
    

— Sabe, eu cheguei a acreditar que tinha familia. Mas não. Foi tudo uma ilusão. — Sorriu sem humor, com os olhos merejados.
    

Gray continuava sem entender.
    

O mago negro deu mais um soco no garoto, fazendo a grade se romper. Gray moveu os braços rapidamente, tentando pegar equilibrio, porém foi inútil. Ele caiu do predio.
    

Zeref olhou para baixo e viu que ele estava em um pequeno espaço de concreto.
    

— Porra! Eu quase caí!
    

— "Quase", não. VAI cair.
    

Zeref pulou no mesmo espaço de concreto que Gray e bateu o pé na pequena viga, fazendo um mini terremoto. Gray se segurou um cano de ferro para se segurar.
    

— Você não morre, não? — Zeref bufou.
    

— Por que está dizendo essas coisas sem sentindo? Afinal, o que eu fiz pra você?
    

— O que você fez? VOCÊ SE ESQUECEU DE MIM!
    

— Como assi-
    

— GRAY, EU SOU O SEU IRMÃO. 
    

Gray paralisou.
    

— NÃO! — Ele se negou a acreditar — O MEU IRMÃO...
    

— "O SEU IRMÃO" OQUE, GRAY?! — Gritou com mais raiva ainda — O SEU IRMÃO ERA UM GAROTO BOM E JAMAIS FARIA AS COISAS QUE EU FAÇO!?
    

Gray não se encontrou muitas vezes com Zeref, mas sabia quem ele era e suas artimanhas. 
    

— É! 
    

Zeref riu sem humor.
    

— Faça-me o favor, Gray. — Disse sarcástico — Você sempre foi aquele garoto ganancioso, egoísta e que sempre se importou só consigo mesmo. Aos 21 anos, chegou a ser uma das pessoas mais ricas do planeta. Dono de uma empresa multi-milionária. Mas você achava mesmo que me enganava? Eu sabia de tudo. Sabia que você era um traficante. Um dos mais poderosos, aliás.  
    

Gray o encarou, incrédulo. Mas antes que ele pudesse dizer algo, Zeref deu continuidade.
    

— Eu ainda me lembro quando aqueles traficantes invadiram nossa casa, que haviam sido contratados pelo seu maior rival. Pablo Escobar, se não me engano. E naquele momento você havia me dito que jamais se esqueceria de mim, e que me amaria para sempre e blá, blá... MAS NÃO! — Seu humor foi de mal a pior — Você me esqueceu!
    

— M-Mas ele era um garoto bom... Impossível ter ido para o inferno. Eu tenho certeza que se você fosse ele, teria ido para o céu. 
    

— Eu já fiz parte do céu, imbecil. — Revirou os olhos — Mas eu matei o antigo rei, pai de Makarov, e acabei sendo exilado para o inferno. 
    

Gray então, naquele momento, havia descoberto finalmente aonde estava seu irmão. Ele sentiu seus olhos arderem e sua garganta se fechar.
    

— Então você estava aqui, no final das contas? — Ele sussurrou, sentindo as lágrimas descerem. Zeref o encarou.
    

Ele não sabia ao certo o que sentia. Raiva? Felicidade? Culpa? Seu irmão estava ali o tempo todo, porém Gray havia o transformado naquilo. Naquele  assassino sanguinário.
    

Porém, nada mais importava. Gray só queria abraçar o seu irmãozinho depois de tanto tempo. E foi isso que ele fez. Puxou Zeref e o abraçou com todas as suas forças, fechando os olhos fortemente e sentindo grossas lágrimas escorrerem. Zeref arregalou os olhos surpreso, mas logo retribuiu o abraço. Depois que ambos morreram, foram para mundos diferentes e nunca mais se encontraram. E quando Zeref morreu, ainda era uma criança, e talvez fosse por isso que Gray não o reconhecia. Mas agora tudo se encaixava, tudo fazia sentido.

    

 

Enquanto isso, a garota estava sentada em sua poltrona, de frente para a lareira. Ela prestava atenção em cada chama.
    

— Natsu... — Jogou uma bolinha de papel na lareira, que logo foi sugada pelas chamas — Jellal... — Jogou outra bolinha — Erza... — E assim, mais uma — Igneel já foi. Vocês serão os próximos. Pricipalmente você, Natsu. Não conseguirá escapar da morte desta vez, nem que eu tenha matar Lucy de verdade para isso.
    

Ela levantou-se da confortável cadeira e girou seus olhos pelo local. Uma sala ampla com uma decoração vintage.
    — Está na hora — Ela gritou, erguendo o canto de seus lábios vermelhos, assim formando um sorriso — Chegou a hora de pegar de volta o que sempre foi meu por direito.

    

 

De volta ao reino sagrado, Mavis e Lucy agora entravam pela porta principal do castelo sem tentar fazer barulho.
    

— Onde estavam? — A voz de Zancrow ecoou por todo o recinto. Era praticamente impossível entrar naquele castelo sem que ele percebesse.
    

Elas gelaram.
    

— A-Ahn.. — Lucy começou — Em outra missão? 
    

Zancrow franziu o cenho descendo as escadas.
    

— Você estava no submundo? — Retrucou a analisando dos pés a cabeça —  Isso deve explicar essas roupas.
    

Lucy ainda estava com a roupa de Natsu.
    

— Mavis, suba. Eu já vou. — Lucy cochichou a Mavis, que assentiu e passou por Zancrow, subindo as escadas e sumindo de suas vistas.
    

A loira suspirou, voltando sua atenção ao mais velho.
    

— Sim, eu estava. 
    

— Por que?! Você sabe que falta menos de uma semana para a sua coroação? — Ele elevou a voz.
    

— E você sabe que o atual rei do submundo foi morto? E que isso vai causar uma guerra? — Lucy permaneceu firme.
    

— Você é a rainha, não pode fazer o que quiser? — Perguntou o loiro com o sarcasmo estampado em si.
    

— Não depende só de mim. Também tem os anjos mais fortes, o conselho espiritual, a elite, as almas cumuns...
    

— Que seja. — Revirou os olhos.
    

— Ótimo. Eu já tenho quase 18 anos e sei muito bem o que estou fazendo, então se me der licença. — A loira, pela primeira vez, enfrentou seu irmão mais velho, que arregalou os olhos, mas logo se irritou, segurando o braço da irmã com força.
    

— Você está muito atrevida para o meu gosto. — A olhou da cabeça aos pés — Perdeu a noção do perigo?
    

— Só percebi que não devo ter medo de alguém como você. — Cuspiu as palavras.
    

— OLHE BEM COMO FALA COMIGO! — Gritou o loiro — Está se achando assim porque viu como os demônios são e quer ser "rebelde" como eles!?
    

— Isso deve se aplicar melhor em você. Tenho responsabilidades e sei lidar com elas.
    

— Tem responsabilidades? — Gargalhou — Não é o que parece quando você vai para aquele lugar repugnante só para se encontrar com aquele demônio. Ou acha mesmo que não sei?
    

A loira arregalou os olhos, porém continuou firme.
    

— Sim. Eu vou lá para me encontrar com ele sim. Sabe porque? — Ela o encarou por alguns segundos — POR QUE EU O AM-
    

Antes que Lucy pudesse completar, ouviu um barulho alto de estalo e seu rosto ser virado brutalmente. Logo uma ardencia tomou conta de sua bochecha direita.     Zancrow havia lhe dado um tapa.
  

 — Nunca mais repita isso. — O loiro disse entre os dentes, a olhando de uma forma superior. Lucy permanecia estática — Não sei como aquele velhote quis te colocar como rainha. Você é uma vergonha não só para a nossa familia, mas para toda a raça de anjos. 
    

Lucy cerrou os punhos, abaixando a cabeça.
    

— Amar um demônio? — Zancrow continuou — Não seja tola. Amor não existe. Só imbecis para acreditarem nessa ilusão que os humanos criaram.
    

A loira finalmente levantou a cabeça, encarando seu irmão. 
  

 — Amor não existe? — Riu sarcástica — Imbecis são seres como você, que são tão rancorosos que não conseguem sequer sentir o vento sob a pele. EU tenho nojo de você. 
    

A loira permanecia firme. Zancrow levantava a mão para dar novamente um tapa em Lucy quando Laxus interrompeu.
  

 — Zancrow? 
  

 O loiro de cabelos longos abaixou a mão, controlando a raiva e encarou Laxus, que estava no topo da escada.
  

— O que quer?
    

Laxus encarou Lucy por alguns segundos, até que pousou seus olhos em Zancrow novamente.
    

— Parece que tivemos um problema. — Ele fez mensão para que Zancrow o seguisse.
    

Ele apenas bufou e virou-se para Lucy.
    

— Vá para o seu quarto agora. Chega de causar desgostos por hoje não é? Ou vai correr para os baços daquele demônio e se esfregar nele feito uma vadia? — Cuspiu as palavras, logo saindo dali em direção à biblioteca, onde Laxus o esperava.
  

 Lucy cerrou os punhos com tanta força que chegou a sentir suas unhas perfurando sua pele. Seus olhos lacrimejaram de ódio. Ela sentia sua barriga dar leves pontadas, mas não se importava com nada disso.
  

 Ela odiava Zancrow. Odiava Laxus. Odiava Sting. Odiava a todos eles, e sabia que eles não amavam nem Makarov, nem Grandeeney. Estavam de olho somente na coroa. E sabia também que eles iriam fazer de tudo para tê-la. Principalmente Zancrow. 
    

Mas ela não iria deixar. Ela tinha uma promessa a cumprir. Prometeu à seu pai que reinaria aquele império com garra e protegeria a coroa. E era isso que ela faria. Com as mãos trêmulas, secou as lágrimas que lutavam em escorrer por seu rosto e subiu as escadas, indo em direção à biblioteca, onde se encontravam seus irmãos mais velhos. Ela iria de uma vez por todas descobrir de verdade o plano deles.
 

Continua...


Notas Finais


oloooooooco aposto q ngm esperava que zeref fosse irmão do gray ein
e essa familia da Lucy? Super harmoniosa, os irmão se amam e se respeitam... -qqqqqqqqq
LEI MARIA DA PENHA NO ZANCROW AGORA
enfim, comentem ai povo \m/ e kissuuuuuss (~*-*)~


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