História The Demons;; yoonjin - Kiss (?)

A viagem seguia extremamente tranquila. Uma hora ou outra, YoonGi direcionava seu olhar para mim e mordia o lábio inferior. Eu já estava ficando preocupado com isso, porém deixei de lado. 

Fui notificado por YoonGi que a viagem não seria longa, bom, pelos meus cálculos e estudos geográficos também. Mas algo errado aconteceu, já estava anoitecendo e ainda não havíamos chegado no local desejado.

— YoonGi-ah? Têm certeza que estamos no caminho certo? — indaguei, com a sobrancelha erguida e meus olhos fixos no seu maxilar, que me chamou atenção no momento.

— Tenho, Jin. — disse, firme e seguro.

Depois de alguns segundos, ele começou a ajeitar-se no banco e tombar sua cabeça de um lado para o outro, como se procurasse algo naquela escuridão.

Abri a janela ao meu lado e senti a brisa fria sobre meu rosto pálido. Inspirei o ar gélido, que invadiu minhas narinas de repente. Senti o odor de campo, o que me deixava animado. Cresci em um lugar muito humanizado, não tive a mínima oportunidade de sair e ver o que havia mundo a fora.

Fechei meus olhos com força, para que a sensação fosse melhor e mais... Sensitiva. 

— Oh porra! — YoonGi disse.

Em um piscar de olhos saí de meus devaneios e olhei para si, que agora mexia em trilhões de botões do carro, os quais eu nem sabia porque servia. 

— O que aconteceu? 

— Merda, merda, merda... — sussurrava mais pra si mesmo do que para eu ouvir.

Virei mais meu corpo para si e lhe perguntei novamente: — O que aconteceu?!

— Estamos fudidos. — falou.

Ele parou o carro e olhou para mim. Estava com a respiração pesada e com uma expressão assustada.

— Seu inútil! Seu olho não serve pra porra nenhuma também?! — gritou, me olhando incrédulo.

Bateu ambas as mãos no volante e encostou sua testa mo mesmo. Bufou. 

Eu olhei para frente e retirei meu tapa olho. Arregalei os olhos ao ver um ser alto, com braços longos, terno preto, uma gravata vermelha e uma calça escura. Seu rosto não havia olhos e muito menos nariz. Slenderman.

— Oh porra! — gritei e desesperei-me.

— Agora que você percebeu que estamos mortos? — sussurrou e sorriu falso.

Eu olhei para o lado da minha janela. Havia uma floresta escura ao lado, não havia luzes, estava tudo deserto. Virei meu rosto para frente e cerrei os olhos, pude ver claramente que ele chegara cada vez mais perto de nós. 

Me estiquei. Passei o braço pelo colo de YoonGi e consegui chegar minha mão até a trava da porta ao seu lado. Abri-a e YoonGi me olhou, como se eu tivesse feito a pior coisa do mundo. Voltei à minha posição inicial e abri minha porta também.

— Me segue. — falei simples e saí do carro. 

YoonGi pareceu hesitar, mas depois que percebeu que aquela seria nossa única opção de saída, repensou e começou a me seguir.

Corri até a floresta. Eu sei que era uma área perigosa, mas não deveríamos ficar sem fazer absolutamente nada diante daquela situação.

— Até quando... Vamos correr? — perguntou YoonGi, ofegante.

Continuei correndo. 

Depois de alguns minutos, chegamos em uma área perto de um lago. Lá havia terra e grama, como uma praia deserta. A água estava visivelmente suja, mas não me importei. Retirei meu sobretudo e joguei-o em um canto aleatório do ambiente.

Joguei-me na areia e estendi os braços, como se estivesse cansado o suficiente para não fazer nada. 

YoonGi parou ao meu lado, colocou ambas as mãos nos joelhos e tentava controlar sua respiração. Seus cabelos grudavam em sua testa suada enquanto sua blusa um tanto aberta dava uma visão perfeita de sua clavícula.

Sorri, porém ele não pareceu contente. 

— Esse era seu plano, SeokJin? 

Desfiz minha expressão serena e olhei para o lado, enxergando a água do lago. Levantei-me, corri e sentei-me na beira, juntei minhas coxas ao meu peitoral, envolvendo meus braços nas minhas pernas e apoiando minha cabeça em meus joelhos. Observei a lua.

Escutei passos leves vindos de trás de mim. Presumi ser YoonGi.
Sentou-se ao meu lado, esticando as pernas e deixando seu corpo inclinado para trás, apoiando seus braços na areia fina.

— O que faremos depois? — perguntei.

Pude perceber YoonGi ficar com uma expressão confusa, então logo indagou: — Depois?

— É. Depois que matarmos Jisoo. — respondi, simples.

YoonGi soltou um longo suspiro. Provavelmente pensando na resposta que iria me dar. Mas acabou por ficar em silêncio, me dando calafrios.

Senti algo se mexer e olhei para o lado, dando de cara com os olhos fascinantes de YoonGi. Ele me encarava com suavidade, como se eu fosse um anjo que tinha a probabilidade de salvar-lo. Mas o problema era que eu não era um anjo.

Seus olhos se direcionaram para os meus lábios. Senti meu coração saltitar mais do que o normal, sua aproximação estava quase terminando. Seu nervosismo era visível, talvez nunca estivesse perto de um garoto como agora. Eu só sentia as famosas borboletas no meu estômago.

Logo, ele limpou sua mão na sua calça e direcionou-a para minha bochecha, fazendo um carinho com o dedão. Eu comecei a encará-lo de forma intensa e era recíproco. 

Quando me dei finalmente conta, os lábios finos de YoonGi já estavam juntamente aos meus. Senti minhas bochechas arderem. Logo, ele pediu passagem para que aprofundassemos o selar, e assim eu concedi. Sua língua explorou minha boca com uma certa demora, mas tudo no seu tempo certo. Sem muito esforço, YoonGi levou sua mão disponível até minha camiseta. Seus dedos começaram a explorar cada canto do meu pescoço e logo desceram até minha clavícula, deixando um aperto leve ali. Arfei e ele desgrudou seus lábios dos meus, sorriu e logo voltou a atacar-los novamente.

Quando ele iria passar seus dedos frios pelo meu mamilo ouvimos um barulho alto. Ele parou e logo direcionou sua cabeça para onde o barulho havia ecoado. 

Ele olhava por trás de meus ombros e eu sentia o odor de algo horrível. Fiz uma careta e YoonGi logo fez uma expressão preocupada.

Pegou meu pulso e levantou-me da areia em um impulso grande. Nós corremos para o carro novamente, e logo adentramos o veículo, ofegantes.

YoonGi deu partida e eu tentei controlar minha tensão. Sorte que eu não estava muito excitado, senão minha ereção seria vista de longe.