História The Demons;; yoonjin - Help me!

Por mais estranho que posso ser, é tudo real. A magia é real, e ela é perigosa.

Com meu olho direito eu consigo ver os demônios, os espíritos, o oculto fica visível. E com essa ajuda eu consegui ir até Seattle sem interferências, agora, meu objetivo é encontrar Jisoo.
Passei dois dias procurando rastros dela pela cidade, já estava na terceira noite. Eu estava andando pelas ruas mais vazias, em uma parte mais podre da cidade, deve ser por volta as oito da noite ou mais.

Avistei alguém de longe, estava vestindo roupas azuis escuras. Puxei o tapa olho para cima, para que eu pudesse ver, muitas sombras negras, monstros... Estavam ao lado dessa pessoa, era assustador. Me aproximei para perguntar sobre Jisoo, só então notei que era ele... Então corri em sua direção.

— Você de novo? — perguntou o garoto de cabelos negros e brilhantes olhos castanhos, virando-se rapidamente pra mim.

— Yoongi! — sorri. — O que você está fazendo aqui? — perguntei.

— Pergunto o mesmo, o que faz aqui, garoto? — ele cruzou os braços.

— SeokJin. — respondi, seriamente. — Mas pode me chamar de Jin. Eu estou procurando por Kim Jisoo, minha tia.

— Tá bom, Jin. — respondeu simplesmente, e virou as costas pra mim, andando em direção a esquina.

— Hey! Eu quero sua ajuda.

— Não, obrigado. — falou sem me olhar. — Eu não ajudo pessoas.

— Por favor, Yoongi quero sua ajuda. — repeti, não que eu fosse implorar à ele ou algo assim, mas eu realmente precisava da sua ajuda.

— Eu disse não, garoto! Que inferno, vá brincar de bonecos e me deixa em paz! — exclamou ele, puxando rapidamente uma enorme faca personalizada do sobretudo cinza, e apontando-a para mim.

Não respondi, apenas nos encaramos por um longo segundo, e ele abaixou a faca e virou-se novamente.
Antes que ele pudesse andar eu o segurei pelo braço e falei rapidamente:

— Você pode matar algumas pessoas, e se der problema, você sai como se nunca tivesse estado lá.

Ele deu um pequeno sorriso no canto da boca, mas logo o fechou.

— Não preciso que ninguém acoberte nada, não tenho medo da polícia. — respondeu. — Mas... Aceito, desde que seja divertido. — continuou.

— Vai ser divertido, Yoongie. — respondi sorrindo.

Contei a ele o que precisa saber para me ajudar, sobre Jisoo e o que eu pretendia fazer com ela, só assim ele poderia me ajudar a encontrá-la.

Saímos do quarteirão e fomos para o outro lado da cidade, em total silêncio. Os seus sapato colidiam com o chão, me fazendo revirar os olhos com aquele barulho chato. Tentei puxar algum assunto.

— Qual é a sua história, YoonGi? — perguntei.

— Minha história? — ele riu.

— É... Do porque você escolheu matar as pessoas.

— Eu não escolhi. — ele falava sem expressão alguma, com o olhar frio. — Achei que os jornais já haviam publicado a minha "história".

— Poucas coisas. — falei. — Você matou seu irmão, né?

Ele parou, e me encarou seriamente. Não entendi e ergui uma sobrancelha.

— Cale a boca.

— Tem algum problema com o Jungkook? — falei, encarando-o.

— Não fale o nome dele! — ele gritou, acho que o assunto de seu irmão o pertubava.

Ele me empurrou e eu caí no meio da rua, praticamente jogou-se por cima do meu corpo, quase colando nossos narizes; pegou a faca novamente e colocou a mesma no meu pescoço. Eu segurei o pulso dele com as duas mãos, com toda a força, tentando afastar a lâmina.

— Você não vai me matar! 

— Ah eu vou sim, eu só você provocar, garota. — ele forçava cada vez mais a faca e seus lábios se aproximavam cada vez mais dos meus.

Deixei uma risadinha escapar. Não seria nada mal sentir o gosto dos seus lábios rosadinhos.

— Você quem sabe, e eu sou um garotO.

Chutei a barriga dele com meu joelho e o puxei para o lado, fazendo com que ele caísse e derrubasse a faca, peguei o pequeno canivete no meu bolso e rapidamente joguei na direção dele, porém ele rolou mais rápido e o canivete trincou no chão, quebrando a ponta do objeto. YoonGi chutou minha perna e me fez cair de frente, se levantou rapidamente, colocou o pé sobre minhas costas, e pôs a faca no meu pescoço, fazendo eu inclinar a cabeça para trás e fitar o céu.

— Certo YoonGi... Você ganhou. — falei, recuperando fôlego e sorrindo ladino.

— Isso não é uma brincadeira, princesa. — falou seriamente. — Você é só uma criança ainda, já deveria estar morto.

— Você também é uma criança ainda, Yoongi — respondi.

Ele parou, retirou a faca, deixou eu ajeitar-me e caminhou a minha frente.

— Eu não sou criança há muito tempo, garota. — ele estendeu a mão para me ajudar a levantar, e eu aceitei.

— E é garotO, não fique confundindo meu gênero. — falei, limpando minhas calças na parte de trás.

Continuamos caminhando, como se nada disso tivesse acontecido, porém de minuto em minuto ele me olhava de canto, chegava a ser intimidador.

Depois de quase meia hora caminhando, chegamos a um hotel, que provavelmente era o que Jisoo estava morando.

— Sua tia mora nessa porcaria aqui? — perguntou YoonGi, cruzando os braços.

— Provavelmente. — dei de ombros.

— Ridículo, então, já posso matá-la? Não me parece que vai dar trabalho. — YoonGi falava como se fosse algo completamente normal, embora aparentasse ser um adolescente normal, não posso esquecer que ele é um assassino de sangue frio. 

— Ainda não, nem sabemos se ela está mesmo aí.

— Então vem. — YoonGi entrou na frente.

Falamos com a recepcionista sobre Jisoo e ela confirmou que o quarto duzentos e doze pertencia a ela, era ali mesmo.

Informei a eles que eu era sobrinho de Jisoo e vim visitá-la, e eles me deixaram subir em seu apartamento, mesmo ela não estando, foi fácil demais.

Entramos e as primeiras coisas que vimos foram quadros, tinha muitos quadros em todas as paredes, era um local grande e bonito, ela até que tinha bom gosto. No quarto dela havia fotografias nas paredes, em uma delas estava eu quando era bebê e minha mãe, foi a primeira vez que a vi, eu realmente era parecido com ela, como a vovó falava.

Ela tinha cabelos escuros e claros como os meus, e olhos castanhos. Era linda...

— Não fique pensando no passado... — falou YoonGi, interrompendo meus pensamentos. — É inútil e desagradável.

Ele ficou me encarando enquanto pensava, sua pele branquinha me chamava a atenção juntamente com seus cabelos negros, iria elogiá-lo, mas apenas ignorei-o e comecei a procurar mais coisas no local. Não achei nada que fosse útil, ou que pudesse provar que ela era uma bruxa realmente.