História The Destroyer of Hearts - Só mais dois meses...

Ao contrário do sábado, o domingo amanheceu totalmente chuvoso. E não era chuvinha de nada. Chovia tão forte que cheguei a pensar que o mundo iria acabar.
Eram quase 16h da tarde quando Harry me ligou.
Ligação On
– O Louis acabou de me ligar.
– O que ele disse? – Perguntei curiosa
– Ele já deve saber de tudo. Ele estava muito nervoso, estou preocupado. Disse que está vindo para cá.
– Nessa chuva?! É muito perigoso. – Agora sou eu que estou preocupada.
– Foi o que eu disse, mas ele não deu a mínima.
– Meu Deus do céu

P.O.V Louis
Meus olhos ardem, minhas bochechas estavam molhadas devido ao fluxo intenso de lágrimas quentes e tristes. Não pude conter minha raiva. Deixei meu abajur em pedaços no chão do quarto, minha cabeça doía devido ao choque de informações. Nunca imaginei ouvir a palavra “traição” no casamento dos meus pais.
A chuva forte deixava o dia mais triste. Abro a porta da frente e caminho até meu carro, não ligo com a blusa sendo encharcada pela chuva, minhas lagrimas se misturaram com a tempestade. Entro no meu carro e giro a chave, o para-brisa está embasado devido à chuva, minha visão está falha devido ao choro, me olho no retrovisor, meu rosto está vermelho e inchado.
Aciono as palhetas do para-brisa e ligo os faróis, pego o celular e disco o número de Harry
Ligação On
– Harry?
– Oi, Louis. O que foi cara?
– Eu... eu preciso de alguém para conversar
– Louis, você está bem?
– Acabei de descobrir que... q- que minha mãe, e- ela traiu meu pai. Com o pai da Alice. – Minhas bochechas já estavam secas, mas logo mais lágrimas as molharam de novo.
– Cara, eu... eu sinto muito.
– Estou indo para sua casa, agora.
Ligação off
Dirijo em alta velocidade a caminho da casa de Harry, sem me importar se havia outros carros na estrada. Pelos meus cálculos eu não demoraria muito para chegar. Passei por uma curva rapidamente, os pneus derraparam no asfalto fazendo um ruído agudo, mesmo com os faróis ligados o breu permaneceu. 
Eram 16:15h da tarde, mas as nuvens escuras e expressas não permitiam a penetração da luz do sol. Girei o volante para tentar não perder o controle do carro, quando vejo em frações de segundos um garoto em uma bicicleta vindo em minha direção, giro rapidamente o volante e ele bate no retrovisor direito do carro e cai, olho para frente e vejo uma árvore em minha frente, perto demais para desviar. 
Sinto o sopapo do carro contra a árvore e vejo o capô levantar com o impacto, minha cabeça bate no volante e sinto tudo escurecer e um líquido quente descer por minha testa e apago.
P.O.V Harry 
Já faziam 5 minutos desde que Louis me ligou, estava em uma chamada com a Alice. Que estava preocupada assim como eu. A chamada parou, olhei para o visor que indicava uma nova chamada, era o Louis. 
Ligação on 
– Louis! Graças a Deus, onde você está? – Eu estava aflito
– Você é parente de Louis Tomlinson? – Uma voz desconhecida perguntou 
– Ele é meu amigo, por que?
– Ele sofreu um acidente, levaram ele para o St. Mary's Hospital.
– Acidente? O que? Como? Onde? Ele está bem? – Pergunto tudo tão rápido que acho que o homem não entendeu absolutamente nada.
– Calma, rapaz. É melhor você avisar a família e ir para o hospital. – Disse calmamente 
– Tudo bem. Obrigado. 
– Por nada. – Finalizei a chamada.
Avise a Alice e o resto do pessoal, e a mãe do Louis também.
Em poucos minutos eu já estava lá, juntamente com a Vick. Tia Johannah foi a primeira a chegar, ela estava sentada na sala de espera. Eu e Vick nos sentamos ao seu lado. Logo todos já haviam chegado. 
Alice e Niall foram os últimos a chegar, Alice sequer olhou para Johannah. Tenho certeza que se não fosse pela situação, Alice já estaria aos berros, xingando Johannah com todos os nomes possíveis. Fiquei ao seu lado o tempo todo. 
Para felicidade e alivio de todos, o médico não demorou muito para nos informar sobre o estado do Louis.
– Como ele está Doutor? – Todos perguntamos em coro.
– Está estável, com alguns arranhões e um corte na testa, mas estável. Ficara bom em breve. – Suspiramos aliviados. 
– Obrigada. – Johannah agradeceu 
Quando o médico liberou as visitas, tivemos que nós dividir para entrar, éramos muitos. Fui o último a velo.

– Você me deu o maior susto. – Falei me aproximando dele 
– Era a intenção. – Riu fraco 
– Como está se sentindo? 
– Bem, eu acho. Só minha cabeça que dói um pouco. – Ajeitou-se na cama – Quero sair logo daqui. 
– E irá – O Doutor Parker, se não me engano, falou entrando no quarto – Quero que passe essa noite aqui, em observação. Para nos certificarmos de que está tudo bem mesmo, amanhã você será liberado – Disse com um sorriso no rosto 
– Graças a Deus. – Louis comemorou, fazendo o Dr. Parker rir
–Você teve sorte rapaz. Poderia ter acontecido algo grave – Alertou 
– Sou grato por não ter acontecido –Respondeu um pequeno sorriso 
– Até amanhã, tenha uma boa noite. 
– Até, igualmente. 

Fiquei conversando com Louis por um tempo, contei para ele que já estava sabendo de tudo antes que ele me contasse, pois Alice me contou. O mesmo disse que havia se desculpado com Alice, mesmo ele não tendo culpa alguma, como esperado ela o compreendeu totalmente. 
Quando cheguei em casa já se passava das 20:00hrs, mamãe assistia ao jornal na sala, enquanto meu pai lia algum livro, fui para cozinha comer algo, quando terminei fui para o meu quarto, tomei um banho longo e relaxante, me deitando para dormir logo em seguida.

P.O.V Alice
Acordei como de costume no mesmo horário de sempre, eu estava com uma preguiça mortal para ir a escola hoje, assim como estou quase todos os dias. Me levantei para fazer minha higiene matinal, depois um banho rápido e fui procurar algo para vestir (1), depois de pronta pego minha mochila junto com meu celular e saiu apressadamente, já estava atrasada. 
Sabe aquela sensação de monotonia? Pois então, é ela que estou sentindo. Todos os dias os dias acontecem a mesma, a mesma rotina que se repete. Estava cansada de tudo isso.
– Se animem, as férias estão chegando – a professora Marin disse animada
– Graças a Deus. – Alguém falou e a turma riu
“As férias estão chegando” ouvir aquilo me fez sorrir de orelha a orelha. Só mais dois meses para as férias e para a formatura Alice, dois meses...