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História The Determination to Live. - Capítulo 12 - '' O fim? Eu não permitirei. ''


Escrita por: KathSkarlet

Notas do Autor


*Brota*

OI OI OI OI!!!! VOLTEI! CHEGAY PURPURINANDO!

GENTE, SOCORRO, EU TAVA EMPACADA, NAMORALZINHA. DESCULPA MESMO! MAS BLOQUEIO MENTAL FOI SINISTRO! Nem eu acreditei ewe

MAS O QUE IMPORTA É QUE ESSE CARAI SAIU! AEHOOOOOOOOOOOOOOO! Depois de muito se foder fazendo racunhozinhos e escrever coisas que nem serviram pra entrar nesse cap pq sairam uma bosta completa... Finalmente, suado viu.

Me esforcei por vocês meus amores! Solenemente por vocês, um pouco por mim também pq quero terminar essa dlç de fic a qualquer custo :')

Não vou prende-los mais aqui nessa notinhas, nos vemos nas notas finais e,,,

BOA LEITURA!!!!!!!!!!!11!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Meu deus, to tão feliz de ter conseguido fazer esse cap ç.ç

Capítulo 12 - Capítulo 12 - '' O fim? Eu não permitirei. ''


Fanfic / Fanfiction The Determination to Live. - Capítulo 12 - '' O fim? Eu não permitirei. ''

Capítulo anterior.

 

 

 

--- Narração – Terceira Pessoa ---

 

 

 

[...]Alphys se voltou para a garota atrás de si, retirando sua atenção de um monitor repleto de dados, até então coletados sobre sua nova ‘’ pesquisa ‘’, e se surpreendeu quando vislumbrou mais flores douradas sobre o lado esquerdo da cabeça da humana que alcançavam sua sobrancelha e outras três do lado direito sobre o local acima da orelha.

 

- Interessante... – Murmurou ela impressionada com o que via e logo ficou pensativa.

 

- O que? – Frisk ergueu seu olhar para a maior fitando-a de maneira desentendida.

 

- Surgiram mais delas, você não sentiu?

 

- Hã... Não...

 

- Aqui. – Ela se virou na direção de uma bancada e pegou um espelho logo tomando rumo na direção da jovem lhe entregando o objeto. Esta por sua vez rapidamente fitou seu reflexo arregalando as obres douradas.

 

- C-Como? Quando isso...?

 

- Não sei, talvez surjam discretamente e quando se vê já estão lá. Diga, quando isso começou humana?

 

- Frisk, por favor. E após eu dar um pedaço de minha alma para aquela senhora monstra.

 

- Hum... Então isso foi o gatilho. E quando mais?

 

- ‘’ Não posso dizer sobre os saves... ‘’ – Pensou a menor vasculhando sua mente em procura de outra razão. Suas memórias repousaram sobre o instante que usou sua magia destrutiva pela primeira vez, e então tudo fez mais sentido. - ... Eu acho que já sei a causa.

 

- Então diga, oras.

 

- Eu sou uma humana, e pelo que sei, humanos não deveriam usar magia... Provavelmente elas aumentam sua quantidade quando utilizo tal habilidade.

 

- É, faz total sentido. Acho que sei o que fazer para diminuir as chances de mais delas surgirem.

 

- Realmente?! – Exaltou-se a menor pulando da mesa enquanto um grande sorriso se desenhava sobre seus lábios.

 

- Claro, vamos, siga-me. – Apenas disse isto e logo saiu em direção a outra porta presente no local[...]

 

[...]Alphys sorriu mais largamente enquanto mexia em alguns dos vários computadores ali presentes, abriu o compartimento que havia na maquina e Frisk entrou no mesmo como um peixinho caindo na rede de um pescador. Fechou a câmara e segurou o riso, algo que não fora um sucesso em se fazer.

 

 

- O que? – Perguntou para o nado ao ouvir a estridente e enlouquecida risada abafada vinda do lado de fora, digna de uma verdadeira cientista maluca.

 

- Humana tola! Achou mesmo que eu perderia uma chance de ouro como essa?! Caiu como um coelhinho na minha brilhante armadilha.

 

 

Ela se xingou internamente ao ouvir aquilo, como pode confiar cegamente naquela monstra? Sans havia deixado explícito que de Alphys poderia se esperar de tudo e ela mesmo havia visto que ela era mais ‘’ sensata ‘’ que a mulher peixe. Talvez ela tivesse achado que realmente havia mudado alguma coisinha no interior da monstra por estar constantemente mostrando que não tinha intenções ruins. Ela se odiou naquele momento por ter esquecido algo que aprendeu com os humanos de forma tão dura e cruel.

 

Não se deve acreditar em todos, pois não é todo mundo que vai querer ver você feliz.

Não é todo mundo que deseja seu bem estar.

Nem todos irão sempre lhe contar verdades.

Sempre haverá alguém para lhe esfaquear por trás, para rir de sua desgraça e desejar sua derrota.[...]

 

 

 

[...]Ela tampou em desespero os tímpanos tentando parar aquele barulho enlouquecedor que vinha de dentro da própria cabeça e gritou tão alto que a fez sentir que estouraria suas cordas vocais. Seu corpo enfraqueceu e a mesma caiu sentada sobre o chão da câmara. Mas quem disse que ela desistiria?

 

Os irmãos esqueletos e a flor, pouco após chegarem ao local que possivelmente elas estariam, ouviram um grito de desespero e dor. Flowey ficou estático e logo agitou-se, sabia a quem pertencia tão grito sôfrego. Já Sans, sentiu suas estruturas ósseas fraquejarem e algo dentro de si quebrar-se em vários pedaços, ouvir aquele grito de Frisk o pegou com total força. Papyrus, por sua vez, ficou mais sério e tomou as rédeas da situação, agarrou a mão e Sans e saiu correndo seguindo pelo caminho que imaginou ter ouvido tal barulho.

 

- Temos de salva-la, de seja lá o que, mas rápido! – Exclamou o irmão mais novo fazendo o mais velho despertar da situação.

 

Onde antes era um mar negro, uma chama escarlate se ascendeu, seu olho esquerdo se iluminou e sua magia borbulhou.

 

Sans encheu-se de FÚRIA.

 

 

Enquanto que Frisk, transbordou em DETERMINAÇÃO.[...]

 

 

 

Capítulo 12 – O fim? Eu não permitirei.

 

 

 

Sans, sem perder tempo, acelerou seus passos desengonçados que prontamente tornaram-se firmes demonstrando toda a fúria que tomara conta de seu ser. Aquilo surpreendeu Papyrus, o mais novo nunca vira o irmão preguiçoso tão disposto a fazer algo. Muito menos o vira daquela maneira, da qual o mesmo se encontrava, e mal poderia imaginar que a magia deste, considerada fraca perante o mais rele dos monstros, faria até os pelos inexistentes de seus ossos arrepiarem. Se Papyrus tivesse tais coisas em si, com toda a certeza estariam tais pelos ouriçados dos pés aos mais novos fios de cabelo.

 

A risada estridente de Alphys era facilmente ouvida pelo extenso e único corredor ao qual eles seguiam. Flowey se escondera dentro do cachecol vermelho e chamativo de Papys, não estava pronto para vislumbrar o que se seguiria.

 

 

- Solte-a! – Exclamou o esqueleto menor ao finalmente adentrar a sala em que a monstra amarela se encontrava.

 

Ela, por sua vez, virou-se de maneira calma na direção dos irmãos e com um extenso sorriso desenhado na face, que revelava seus diversos dentes afiados como os de Sans e Papyrus, deu de ombros em forma de deboche.

 

- Tarde demais, comparsa.

 

- Nunca é tarde. – Afirmou o mesmo trincando o maxilar e deixando sua fúria ainda mais aparente.

 

Para Alphys, apenas Papyrus apresentava um real perigo ali, pois em sua mente, aquela forte energia mágica provinha-se do mesmo. Ela estava mais do que enganada. Papys olhou para Sans de soslaio e depois para a monstra retribuindo assim o sorriso que a mesma dava tal como o dar de ombros ao ar. Confusa, ela observou o esqueleto mais novo que murmurou para a mesma ‘’ Você está ferrada. ‘’ E não deu outra, em um piscar de olhos, o mais velho erguera seu braço esquerdo invocando assim uma quantidade generosa de seus ossos engolidos pela sua magia escarlate.

 

Sem dizer uma palavra sequer, ou mover um osso, os projéteis ósseos se lançaram contra os equipamentos que mantinham a maquina ligada e em funcionamento, passaram por milímetros de várias partes do corpo de Alphys que se manteve estática no lugar ao qual estava.

 

Sorte, a maquina mal fizera algo para Frisk  já que esta teria começado a funcionar mesmo há poucos instantes antes deles alcançarem o local, porém, as portas daquela invenção não moveram-se um milímetro sequer o que deixou Sans inquieto e ainda mais irritado.

 

- Por que diabos essa droga não está abrindo?! – Brandou o mesmo aproximando-se perigosamente de Alphys.

 

- Você destruiu o único meio de abri-la, esqueleto idiota! – Rosnou a mesma em uma afrimação retribuindo o olhar de fúria de Sans.

 

Frisk era capaz de ouvir perfeitamente bem tudo o que ocorria fora daquela câmara, mas aquilo não era de muita importância para a mesma que mantinha-se estranhamente quieta e calma. Por algum motivo, o corpo fragilizado se acostumara rapidamente com a força e pressão excessivamente surreal que a maquina causava. A garota só conseguia pensar em como aquele calor era irritantemente insuportável, ela resmungou baixo sobre como preferia mil vezes o frio exagerado de Snowdin. Pensar neste tipo de coisas abstratas a estavam ajudando a se isolar da situação na qual se encontrava, aprofundando-se assim de tal forma em seus pequenos pensamentos que nem prestava a devida atenção nas coisas que lhe rodeavam.

O pequeno e simples incomodo com o calor, desencadeou em algo maior. Não seria mais uma surpresa que ela tinha uma estranha afeição com a magia em tão pouco tempo, mas era um tanto surreal aquilo ainda. Se duas magias tão distintas habitam em um só corpo, sem causar um grande desequilíbrio, o que seria de Alphys ao descobrir que não era apenas as magias destrutiva e construtiva que se encontravam em Frisk? Bem, ela junto aos irmãos e a flor descobririam agora mesmo sobre isso.

A jovem estava sentada de maneira desleixada sobre o piso da câmara, costas recostadas entre o canto de uma parede à outra e olhar fixo de forma desinteressada ao topo do local. Ela se sentia um tanto quanto indiferente naquele momento, como se nada fosse mais de seu interesse e todo o resto não valesse mais a pena. Nem ela mesma sabia explicar bem aquele sentimento tão frio e vazio que a invadiu tão avassaladoramente e de repente. Com o braço esquerdo relaxado sobre o joelho dobrado da perna correspondente, a mesma repousava parte de seu peso sobre o outro braço ao qual mantinha apoiado ao chão que lentamente, para a sua grande felicidade, esfriava. Quem diria que seu momento de felicidade estava sendo causada inconscientemente por si mesma.

Pequenos e brilhantes pontos se revelavam aqui e ali pela máquina, o que não passou despercebido por Sans e Flowey que, usando de sua mais profunda coragem, saiu de seu ‘’esconderijo’’ o cachecol de Papyrus, este que por sua vez apenas observava uma Alphys irada mantendo-se calado e firme em seu lugar. O esqueleto menor e a flor rapidamente trocaram olhares cúmplices e o mais velho prontamente entendeu a mensagem, aquilo só podia ser trabalho de Frisk e ele não duvidava disso nem um pouco, sendo assim, decidido, ele ignorou de vez a monstra seguindo em direção à maluca invenção que ele sabia que fazia parte de algum dos perdidos projetos de seu pai Gaster.

 

A amarelada virou-se bruscamente na direção de Sans pronta para soltar algum xingamento pelo ignorar do mesmo, mas, ao ver o estado atual de sua ‘’criação’’ (que estava visivelmente congelada de forma parcial) teve seu queixo a cair em descrença.

 

- Mas o que?! Puta merda, o que caralhas está acontecendo por aqui? – Soltou incrédula mais para si mesma, sendo ainda assim ignorada.

 

- Talvez esse estado seja o suficiente para os Gaster’s Blasters destruírem a porta sem afeta-la... – Murmurou o esquelético enquanto suas obres brancas, que retornaram ao mar negro de suas orbitas, percorriam pela porta que estava quase que toda naquele estranho estado de congelamento e, com tais pensamentos em mente, sem mover um osso de seu corpo novamente ele invocou dois de seus Gaster’s Blasters que sem perda de tempo ativaram-se atingindo a atual frágil porta com tudo fazendo-a desfazer-se em pó.

 

Azar, o pouco tempo de funcionamento da máquina havia sido o suficiente para levar consigo uma pequena parte da alma da garota que mantinha-se escondida dentro de si. Assim que a poeira da destruição da porta abaixou, logo de cara se fora possível vislumbrar uma mudança gritante na garota que estaria desacordada dentro da máquina. Mesmo por entre as plumas do capuz do casaco que Sans lhe dera, que estava posto sobre seus ombros de maneira desajeitada, os botões de ouro eram visíveis por algumas partes aqui e ali em seu pescoço, maior parte concentrando-se sobre o lado direito do mesmo. Estes que antes revestiam um pequenino pedaço do lado esquerdo da cabeça da menor agora lhe cobriam completamente o olho e alguns repousavam de maneira gentil sobre a bochecha. Sans se dispôs a analisa-la de cima a baixo, notando que não somente seu rosto havia sido tomado ainda mais pelas flores, mas que as suas mãos também continham conjuntos de flores sobre a parte superior da mesma.

 

Flowey, preocupado, tentava de toda forma visualizar sua querida amiga e literalmente irmã para saber como ela estava e se estava bem no fim das contas, mas Sans lhe tampava a visão da mesma o deixando ligeiramente mais aflito. Papyrus sorria de canto com um ligeiro toque de orgulho por presenciar a potente e escondida força de seu irmão mais velho, sempre soube que ele era tão forte quanto parecia, e por essa razão ele resolveu crescer seu Love para que o mais velho sentisse tanto orgulho de sua força quanto o mais novo sentia da do irmão. Alphys no entanto, alternava olhares entre os irmãos e a flor tentando compreender o por que deles estarem ajudando aquela simples humana que simplesmente serviria para liberta-los do inferno que Underground era, com a sua devida morte para que usassem sua alma para tal feito.

 

O mais velho aproximou-se mais da garota e se agachou diante esta logo a puxando para si em um singelo abraço enquanto erguia-se cuidadosamente do chão. Com tal ato de Sans, os outros três foram capazes de ver o atual estado da jovem e até mesmo Alphys se assustou com o surgimento de mais flores. Estranhamente calmo e quieto, um vento frio se alastrou pelo cômodo arrepiando até mesmo Papyrus que não continha quaisquer pelugens, cansando-lhe assim um intenso frio na espinha, e então uma pressão surreal se alastrou logo em seguida fazendo que a cientista engolisse em seco arranhando drasticamente sua garganta. O esqueleto menor virou-se lentamente na direção da monstra revelando primariamente sua obre direita novamente engolida na escuridão enquanto que eles já podiam visualizar as chamas que sua magia causava ao ser ativada. Esta tremulava sob o olho esquerdo dele, demonstrando o quão sério encontrava-se agora e Papyrus sabia que, aquele era o melhor momento para sair dali, e foi o que rapidamente fez, pois seus instintos lhe diziam, seja lá o que ele pensava em fazer, o mesmo não seria capaz de fazer qualquer mísera coisa para impedir.

 

A cientista ao vislumbrar todo aquele ódio direcionado a si correu os olhos para trás de si sentindo rapidamente sua base ceder ao notar que ficara sozinha naquela situação crítica. Ela lidava com Undyne ajudando-a a crescer mais de sua magia e nunca antes havia sentido uma manifestação mágica tão impactante e forte como aquela, era quase que surreal e por instantes desejou pesquisar a fundo o porquê de ele ser tão poderoso assim sabendo, tal como todos de Underground, que o irmão mais velho e Papyrus não possuía nenhum status de LOVE e afins, já que até era um protegido do mesmo.

 

- O-Olha, e-eu se-sei que fi-fiz algo im-imperdoáve-vel... – Começou a divagar nervosa sendo incapaz de não gaguejar. – M-Mas eu f-fi-fiz por fins cie-entíficos! I-Isso! Pra-Pra fin-fins cientí-tificos! – Comentou claramente procurando uma justificativa, e de todo não estava mentindo. - P-Po-Por favo-vor! N-Não me ma-ate!!! – Exclamou quase que literalmente mijando-se nas calças enquanto recuava desesperadamente a cada minúsculo passo que o esqueleto estava dando e, ao chegar no limite para a saída da sala, sentiu suas costas baterem com tudo em uma parede e, assim, com um sobressalto assustado olhou por cima do ombro para onde havia batido notando ser uma parede de tamanho igual às do local só que feita de ossos avermelhados. Aterrorizada, ela fitou Sans tentando processar como e quando ele havia feito aquilo sem que visse, afinal estava com os olhos vidrados de medo nele o tempo inteiro e ele não movera nada de seu corpo a não ser as pernas que mantinham-se levando-o perigosamente para mais próximo de Alphys enquanto carregava Frisk desacordada, na mesma posição que a pegara, em seus braços.

 

- Não mata-la...? – Indagou frio com a expressão agora indecifrável, se não fosse pela sua magia borbulhante em ódio e raiva ela poderia dizer que ele até estava calmo e relaxado como de costume, claro, até seu tom de voz deixava evidente o tamanho de sua ira. Sans soltou uma estridente risada diante o pedido da monstra e só assim sua face se contorceu em suas verdadeiras emoções deixando-as expostas de vez. – Você não teve piedade de Frisk, minha querida Frisk. Acredita mesmo que terei qualquer pena de você? Inocente demais, Alphys, eu diria até mesmo burra para a pessoa que supostamente você deveria ser. – Afirmou apertando levemente a garota com seus esqueléticos braços. 

 

O que se seguiu, pode se dizer que o pior pesadelo da vida de Alphys e ainda pior por ser completamente real. Dizer que nunca correu tanto em sua vida e desviou de ataques vindos de diversos lugares poderia ser mentira já que treinara muito com Undyne para auto defender-se, mas com sua companheira era diferente já que sabia que ela pegava até mesmo leve consigo. Por outro lado, naquele instante, mesmo agradecendo pelos treinamentos da ruiva, ela tinha certeza que não duraria por muito tempo, os ataques passavam perigosamente perto de si há todos instantes e uns já haviam causados sérios machucados aqui e ali. Sans usava de projéteis de ossos bem diferentes daqueles que utilizara para destruir os computadores, que possuíam as extremidades iguais, esses possuíam uma das pontas extremamente pontudas mostrando que eram feitas exatamente para aquilo. Matar.

 

Se os projéteis de ossos já eram difíceis de desviar, piorava quando ele resolvia brincar com seus Gaster’s Blasters. Os que passavam perto chegavam a quase queimar sua pele escamosa ressecando-a ainda mais.

 

Cansaço. Os músculos das curtas pernas de Alphys que mesmo estando engolidos e entorpecidos em adrenalina suplicavam por descanso, um descanso impossível de se fazer enquanto certo esqueleto parecia ter magia infinita apenas para lhe matar por algo considerado um tanto banal em sua visão. Talvez pelo visível cansaço ou por falta de sua sorte, ela teve a capacidade de tropeçar em si mesma, embolando-se com os pés em meio à corrida e de um desvio seguido de outro caindo então com tudo de cara ao chão. Naquele momento ela soube que seria seu fim, por isso, fechou os olhos e encolheu-se ali mesmo esperando pelo ‘’golpe final’’.

 

--- Narração – Terceira Pessoa - Off ---

 

--- Narração – Primeira Pessoa – Frisk ---

 

 

Barulhos estranhos invadiam-me a audição, aumentando gradativamente sua proximidade e intensidade.

 

Pelos poucos instantes que havia desacordado, tinha ido atrás de Gaster no Void para tentar compreender melhor o que estava acontecendo comigo, ou seja, se ele tinha uma pequena ideia do por que eu ser capaz de utilizar magia e até mesmo mais de uma. A teoria mais forte na opinião dele era que, eu poderia ser uma descendente de um dos magos ou feiticeiros que criaram a barreira que mantinha os monstros no subsolo, e ainda por cima, pode haver a possibilidade de haver dois magos nessa linhagem. Gaster me afirmou que a magia não era exclusiva para os monstros e que humanos aprendiam com eles a utiliza-las usufruindo do que suas almas poderiam oferecer de melhor, mas que com o aprisionamento dos monstros isso provavelmente se perdeu no tempo, porém, um traço da magia definitivamente ficaria marcada na genética da pessoa em questão e consequentemente de seus descendentes. E aquilo não estava de todo errado, era mais do que certo ser aquilo mesmo. Talvez muitos humanos ainda tenham a grande capacidade de utilizar a magia, mas como não podem ter um incentivo de desperta-la morrem sem saber de sua verdadeira existência. De toda forma, minha magia era mais do que bem-vinda e eu a usarei e usufruirei dela para alcançar meu atual objetivo!

 

Já tinha mais do que o suficiente para me obrigar a acordar e aquele barulho de luta estava me importunando mesmo que estivesse ainda parcialmente desacordada e, ao despertar de vez, sentir um estranho e reconfortante calor me rodeando em um carinhoso, porém firme e forte abraço. Meu corpo estava completamente relaxado com aquela presença que eu sabia bem de quem era, mas também soube logo de cara que algo estava errado, sentia uma estranha pressão ao redor que não sabia dizer bem o que era. Só que, além dessa estranha sensação, o maior incomodo foi diante a escuridão instalada sobre meu olho esquerdo, queria saber direito o motivo de não estar conseguindo enxergar por tal, porém não podia erguer nenhum de meus braços por conta do firme e insistente abraço de Sans, por tanto deixei aquilo de lado por enquanto. Eu também sentia que ele estava em movimento, passos lentos e pesados, e então meus ouvidos aguçaram-se ao captarem o som de coisas atingindo talvez chão, paredes e com certeza alguns objetos metálicos logo atrás de mim. Logo alguns instantes depois, quando já estava ainda mais desperta, porém havia resolvido me manter quieta por não saber o que diabos estava acontecendo, escutei o banque de algo caindo com tudo ao chão e me assustei.

 

O peito de Sans estremeceu contra o meu peito ao ele deixar uma risada seca lhe escapar. – Desistiu e aceitou o que merece, Alphys? – Ele proferiu me arrepiando os pelos de meu corpo em medo, o tom de sua voz estava assustadoramente fria e escuta-la tão de perto foi aterrorizante. – Se acredita que esses míseros minutos foram o seu pior pesadelo, o que tenho certeza que pensou ser, está muito enganada. Tem um lugar especial que você merece conhecer e lá experimentar o verdadeiro temor e terror. Ah! E quem sabe, você não poderia dizer um ‘’ Olá ‘’ ao antigo cientista real?

 

- Void? – Pensei descrente, como ele podia saber da existência do Void? Sans, o que eu ainda preciso conhecer de você? Ah, esqueci, não nos conhecemos a tanto tempo para eu dizer que o conheço muito bem... Admitir isso até dói. Espera. Não posso deixar isso acontecer!! – Sans!!!! N-Não faça isso! – Exclamei em susto assim que raciocinei melhor os dizeres dele, mesmo sem saber como ele poderia fazer aquilo, era melhor não correr riscos.

 

- Frisk...? – Murmurou incrédulo, ele talvez não esperasse que eu acordasse tão cedo. Afastou-me de si e cuidadosamente colocou meus pés sobre o chão enquanto suas mãos seguravam-me de maneira gentil sobre a cintura contradizendo totalmente o tom de voz que ele possuía ao falar com Alphys em algum lugar atrás de mim. – Você está bem? Se sente tonta? Sente dor em algum lugar? Sweetheart... Eu... – Ele suspirou e ergueu levemente a visão por cima de mim e endureceu a expressão. – Frisk, você não está cogitando em...

 

- Sim, estou exatamente dizendo que a de Piedade. Eu não quero que mais monstros morram! Muito menos sendo mortos por outros de sua espécie!! Já basta humanos matando uns aos outros desde motivos por poder e dinheiro à sobrevivência e comida. Por favor Sans, por mim, tenha piedade dela.

 

- ...

 

O silêncio que se instalou no local era até mesmo sufocante, nem a respiração de Alphys eu era capaz de ouvir, muito provavelmente ela prendia a mesma com medo de que aquilo fosse o suficiente para ele a matar. Por outro lado, Sans suspirou de maneira pesada enquanto apoiava a cabeça sobre meu ombro esquerdo, fiquei imóvel no lugar, queria vê-lo pelo canto do olho, mas aquilo era meio que impossível agora por um motivo que ainda me era desconhecido.

 

- Vocês humanos são sempre tão piedosos assim Sweetheart? – Ele murmurou enquanto eu sentia aquela pressão incomoda diminuir. O calor da chama escarlate que se mantinha acesa sobre o olho esquerdo dele gradativamente fora diminuindo e por fim me permiti abraça-lo gentilmente enquanto que o mesmo me mantinha firme perto de si sem retirar um segundo sequer suas mãos de minha cintura. Ri baixo e olhei por cima de meu ombro direito para uma Alphys sentada e assustada ao chão, sorri para a mesma docemente e como se a culpa recaísse sobre seus ombros ela abaixou a cabeça envergonhada murmurando um ‘’ obrigada ‘’.

 

- Nem todos Sans... Apenas aqueles capazes de engolir seu ódio e ira para com as pessoas que lhe causaram tais sentimentos... Não são muitos os capazes disso, mas os que são, são dignos de respeito.

 

- Você... Depois de eu engana-la, ainda diz isso e me concede piedade...? – Pude ouvir Alphys dizer descrente em uma voz claramente aliviada, ela finalmente havia se sentido segura para se manifestar pelo visto.

 

- Claro oras. É uma dádiva que poucos ousam utilizar. A piedade não é algo que se deve ver torto e sim como um ato heroico. Além disso, ser piedoso, por mais difícil que seja, sempre trará suas devidas recompensas. Lembre-se disso.

 

- Recompensas? Que recompensas você acha que terá de mim? – Ela indagou-me com um toque irônico na voz. Senti Sans ficar tenso, mas ele logo relaxou ao eu lhe acariciar as costas.

 

- Não eu, e sim você. Eu disse para Undyne e agora direi para ti... A barreira só pode ser quebrada por humanos, e não falta uma alma e sim 2/3 de uma. Se usassem uma sétima inteira, daria errado com certeza já que a quebra não seria feita pelas mãos de um humano e aquelas almas utilizadas se perderiam para sempre. Não quer ter o trabalho de esperar mais tempo e lidar com mais humanos ruins para pegar suas almas, não? Apenas eu posso tira-los daqui, com minhas próprias mãos. – Falei séria, havia voltado a cabeça para frente fitando um local qualquer da parede do cômodo que se encontrava toda marcada por vários cantos.

 

 

Ter ao menos uma ligeira ideia do por que é capaz de utilizar a magia e de ter salvado Sans de si mesmo.

 

Isso lhe enche de DETERMINAÇÃO.

 


Notas Finais


Gente, que que é isso... FRANS PORRAAAAAAAAAAAAAAAAA Meu deus, como amo esse casal, puta merda...

É bem, imagino que muitos queriam Alphys morta, eu admito que por uns instantes eu também.q (piranha vagabunda, cof,cof.) mas devemos lembrar que nossa Alphys é um reflexo dos acontecimentos em Underground, ou seja, ela não é verdadeiramente quem é atualmente na estória....

Frisk tem mais um poder!!! O poder de Gelo ativasse quando ela se sente indiferente, e pode ser ativado também ao pensar ou dizer coisas com o sentido que envolvem o frio e congelar podendo até ser frases que podem ter um significado ao pé da letra.

Bem, é isso meus amores! Desculpa a mega demora mesmo viu?? :(( Vou tentar fazer meu melhor para compensar e lançar o cap 13 e quem sabe, o Metta finalmente aparece! Ainda estou formulando ele. Pior que Alphys pra mim, vai ser Metta ç.ç

Amo vocês! É isso e até o próximo capítulo!!


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