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História The Determination to Live. - Capítulo 4 - '' O sonho e a possessividade ''


Escrita por: KathSkarlet

Notas do Autor


Gente, socorro, eu to escrevendo mais a cada cap! meu deus!
Okay, é só isso, boa leitura.q
QUALQUER ERRO ME AVISEM!

*vai pro cantinho comer pipoca enquanto relê*

Capítulo 4 - Capítulo 4 - '' O sonho e a possessividade ''


Fanfic / Fanfiction The Determination to Live. - Capítulo 4 - '' O sonho e a possessividade ''

Capítulo 4 - " O sonho e a possessividade. "

 

 

Narrativa – Sans

 

 

Mais um dia entediante nesse lugar nevado. Papyrus havia me pedido para calibrar aqueles malditos Puzzles e o babaca aqui estava fazendo o que? Exatamente o que ele ‘’ pediu ‘’.

 

- " Pode aparecer um humano a qualquer hora " - Falei tentando imitar a voz dele. - " Deixa de ser preguiçoso e vá trabalhar! " Tsk, eu podia estar dormindo que seria mil vezes melhor que ficar andando por essa neve procurando e ajeitando as dúzias de puzzles que ELE fez. - Bufei após terminar de calibrar um dos últimos que me faltavam e assim me levantei daquele chão nevado e coloquei as mãos dentro dos bolsos de meu casaco. - Ótimo, só faltam dois e eu vou até a porta fazer mais piadas toscas de tock tock com a Guardiã, pelo menos alguém ri de minhas piadas sem se forçar a fazer isso. - Dei de ombros mantendo o típico sorriso debochado no rosto.

 

 

 

...

 

 

 

Após alguns minutos caminhando pelo caminho que levava a "saída das ruínas", decido que era bem melhor voltar e dormir um pouco já que como sempre nenhum humano passaria por aquele local, mas por algum motivo desisti dessa ideia e continuei a seguir por aquela direção.- Tsk, odeio quando contrario minhas próprias vontades. Eu ainda tento entender por que tenho que ficar calibrando esses puzzles que certamente continuarão sem nenhuma utilização... - Digo um tanto aborrecido.

 

A grande porta roxa chamava atenção naquela imensidão branca, finos flocos de neve pousavam suavemente em cada folha dos pinheiros que margeavam o caminho. Inconscientemente eu ainda insistia em retirar a fina camada de neve que me caia sob o meu casaco, mesmo sabendo que aquilo não me afetaria muito.  - Espero que ela esteja muito afim de sorrir hoje! - Exclamo com certa excitação.

 

Não demorei muito para chegar a meu destino e assim bati duas vezes na grande porta roxa de forma pausada falando ‘’ Tock, Tock ‘’, mas o silencio foi minha resposta. - ... Acho que ela não chegou aqui ainda... Tsk... Vou dormir aqui mesmo então. – Suspirei pesadamente enquanto o contínuo sorriso se desfazia dando lugar a uma expressão séria e sem humor algum posta ali, assim me sentei no chão recostando minhas costas sobre a grande porta. *N/A: Meu desu Sans! Você ama um tsk! e_é*

 

 

 

//Quebra de tempo, uma hora após dormir\\

 

 

 

Dormi por um "curto período" de tempo e acabo por acordar ao ouvir um som de vozes que estavam se aproximando da porta, vinham do outro lado desta.

 

- Hm...?

 

Acabo por me levantar do chão e assim me afastei da porta notando que, Toriel não viria ouvir minhas piadas de tock tock naquela manhã de qualquer jeito. Acho melhor eu me esconder atrás desses pinheiros e ver oque irá sair dessa porta. Será que após tantos anos vira outro bárbaro da superfície nos incomodar? Caminho de maneira desleixada até uns pinheiros mais afastados tornando assim mais difícil que me percebam naquela imensidão branca, me escondi atrás do tronco de uma das várias árvores ali presente.

 

- Espero que Papyrus não venha me importunar tão cedo com suas ordens para calibra outros puzzles que desconheço. – Comentei em um sussurro. - Apesar de considerá-lo tanto a ponto de amá-lo bastante por ser meu irmãozinho, acho que ele não deveria ser tão mandão, muito menos agressivo sem motivo às vezes. - Sorri de canto continuando com o mesmo toque de deboche de sempre. - Às vezes sinto tanta falta de suas conversas que eu chego a cuidar dos puzzles com mais animaç... - Paro de sussurrar quando percebo que venho falando sozinho há bons minutos, por tanto, me concentrei somente em fitar a porta que não demorou muito para ser aberta e de lá saiu uma mulher humana que em seus braços carregava uma bota com uma flor dourada?

 

- A-Asriel, n-não est-ta com fri-frio não?! – Pude ouvir a menor dizer, não sabia que ainda tinha uma boa audição depois de Papyrus gritar tanto no meu ouvido. Espera, ela chamou a flor de Asriel? Acho que ouvi coisas.

 

- Não... Frisk, você está agasalhada! De onde você está sentindo tanto frio? – A flor indagou à humana, ele parecia preocupado com ela. Huh, um monstro preocupado com uma humana? Conte-me outra piada.

 

 

 

- E-Eu não sei... D-Deixa para lá! V-Vou andar, ta-talvez isso me aque-queça! – A mesma disse enquanto tremia de forma um tanto exagerada, frio talvez? Humanos são sempre tão fracos assim? Logo a garota começou a andar e parecia olhar para os lados de relance vez e outra, será que ela podia sentir minha presença? Passei a segui-la cautelosamente por trás das árvores – A-Asriel... É-É só eu o-ou... Vo-Você também se sen-sente observa-vado? – É ela definitivamente chamou a flor de Asriel! Acho que ela tem um parafuso a menos. E esta humana com certeza sentiu minha presença, mas como diabos ela fez isso?! A flor pareceu hesitante ao afirmar com a cabeça que também se sentia da mesma forma que ela.

 

Algo parecia errado nela quando a mesma parou de andar sem mais nem menos ficando imóvel e trémula no mesmo lugar, ela parecia que iria desabar ali mesmo a qualquer instante. A flor em seus braços também notara isso.

 

- Está tudo bem Frisk...? – Perguntou o mesmo novamente com aquele toque de preocupação com um traço de medo em seu tom de voz.

 

- E-Eu aguento... S-São ape-penas sin-intomas do que te-tenho, A-Asriel... – Falou sorrindo de canto, parecia querer reconforta-lo de seja lá o que. Tsk, quanto drama.

 

- Hey, Humana. – Falei em alto e bom som assustando aos dois e rapidamente continuei enquanto meu sorriso típico imerso em sarcasmo e deboche se fazia presente na minha face craniana. - O que você faz aqui que ainda não está morta? Heh, vejo que conseguiu passar pela Guardiã das ruínas. O que fez? Passou por ela de fininho que nem os anteriores ou fez o que nenhum outro conseguiu que foi a matar? – A jovem virou-se bruscamente para me fitar com uma expressão de indignação e exageradamente cansada.

 

- E-Eu jamais ma-machucaria T-Toriel! – Defendeu-se ao exclamar isso, não entendo o porquê, mas aquilo mexeu com os meus ossos. Bom, pelo menos tenho certeza que ainda vou trocar piadas de tock tock com aquela mulher.

 

- É isso mesmo! E Toriel também não faria nenhum mal a um fio de cabelo de Frisk, seu saco de ossos! – Aquilo fez meu sorriso diminuir para um de insatisfação, quem essa florzinha acha que é?

 

- F-Flowey, não d-diga co-coisas assim para q-quem pode se i-irritar e faz-zer algo te-terrível pa-para nós! – Repreendeu-o o que fez meu sorriso retornar minimamente de canto. Garota esperta, ela sabe que não pode mexer com quem não se conhece.

 

- D-Desculpa eu me empolguei... – Ah vamos lá! Isso ta parecendo conversinha de casalzinho apaixonado, ‘’pelamor’’. Pera, por que mesmo que eu estou calado deixando-os bater esse papinho?

 

- T-Tudo be--... – Eu já estava prestes a interrompe-la mas alguém fez isso antes de mim. Papyrus.

 

- SANS! SEU PREGUIÇOSO! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO A... Qui...? – Bufei ao ouvir mais uma daquelas broncas dele e tratei de apontar para a humana com a cabeça, não iria mexer meus ossos para retirar as mãos dos bolsos do casaco. – AI MEU DEUS! S-SANS! ISSO É UM HUMANO?! – Revirei os olhos diante a lerdeza de meu irmãozinho. Ele pode ser o segundo mais forte da Guarda real, perdendo pra Undyne, mas de lerdeza ele ganha de lavada de qualquer um aqui de Underground. Bom, pelo menos em campo ele não é lerdo né.

 

- Yep. Por que não mata logo ela e leva para Asgore? – Perguntei por perguntar enquanto dava de ombros. Se bem que eu não queria fazer aquilo agora, seria interessante ‘’ brincar ‘’ um pouco com essa garotinha esperta.

 

- NEM PENSAR! VOCÊ SABE COMO EU QUERIA UM HUMANO DE MASCOTE! – Olhei-a por relance e pude ver sua expressão de medo ir para repulsa e indignação em questão de segundos, me contive para não rir daquilo.

 

- É, é... Você sempre fez questão de que eu saiba disso. – Falei um tanto seco o que pareceu irrita-lo, mas não prestava atenção em Papyrus e sim na Humana e na Flor ( que ela vivia chamando e Asriel e de repente chamou de Flowey, vai entender ). A gritaria do Papyrus não me importava e me concentrei tanto no que aqueles dois conversavam, ou melhor, no que a flor falava pois ela nada dizia.

 

– Isso não vai ser nada bom... – Eu pude ouvir ao me concentrar só na voz daquele ser. - E você não está em condições nem para falar direito... – Ela assentiu brevemente. Movi meus olhos por todo o corpo dela, de cima para baixo e depois o retornei até seu rosto. Algo com toda certeza estava errado com ela, pois a mesma não parecia tão exausta ao sair das ruínas, e eu sei que não vi coisas. - Não se preocupe que eu vou pensar uma forma de nos tirar de— - Ah, mas nem pense!

 

- Hey você, florzinha. – Comentei fazendo o mesmo paralisar na posição que estava e aquilo era medo, e nada era mais satisfatório do que saber que ele estava com medo de mim. – Está cochichando o que ai hein? Ah espera, já sei, acha que vão conseguir fugir de nós é? – Uma vez mais sorri, mas de uma forma a tentar me vangloriar. Não vou deixar aquela florzinha pensar em nada, nunca mais. Permiti que meus poderes fossem ativados o que fez com que meu olho direito ficasse totalmente negro (desaparecendo assim com a ‘’bola’’ branca que ali ficava), já meu olho esquerdo por sua vez fora envolto por uma chama vermelha. – Flor tola. – Não movi um dedo se quer e então invoquei um de meus ossos rodeados com minha magia lançando-o rapidamente na direção da flor, iria ter certeza de não machucar a garota, é claro. Eu apenas não esperava que a humana me desse às costas cobrindo a maldita flor com seu próprio corpo, me espantei com aquilo tentando desfazer o osso, mas ele já estava muito próximo pela rapidez. Por sorte, Papyrus ergueu uma pequena parede de ossos do chão impedindo o meu de acerta-la, eu iria suspirar de alivio se não fosse a expressão de insatisfação que ele me dirigiu, fazendo-me engolir em seco.

 

Nossa atenção rapidamente foi puxada para a direção da humana ao ouvir o impacto de algo sobre a neve, ela havia caído de lado sobre a mesma e nisso a irritante flor gritava por seu nome inutilmente.

 

- Frisk! Frisk! Não, Frisk! Acorde! Frisk! – Ele gritava aos prantos enquanto raízes(?) saíram da bota e seguraram o rosto desacordado da humana. Ela estava pálida por exceção de suas bochechas que mantiveram um forte rubror ali. – F-Frisk, abra o-os olhos, Frisk! – Pedia insistentemente enquanto ele quase caia em lágrimas.

 

Eu fiquei ali imóvel tentando processar o que tinha acabado de acontecer, uma humana tentando proteger um monstro? Isso não está certo... Todos os humanos que vieram para cá só sabia matar.

 

- Hey flor. – Pude ouvir Papyrus se manifestar,  ele não falou gritando e parecia sério demais. Ok, isso sim é medonho.

 

- NÃO TOQUE EM MINHA IRMÃ! – Exclamou a flor, sua voz ficou em um tom macabro e feroz fazendo jus a face que se fez presente nele.

 

Papyrus que já estava ajoelhado próximo a cabeça dela, hesitou em se aproximar mais do que aquilo assim respeitando o pedido da flor, mas ele logo suspirou e ainda sério disse. – Se deixarmos a Huma-, digo, sua irmã Frisk sobre essa neve fria, você não acha que seja lá o que ela tem vai piorar?

 

PARA TUDO! VOLTA ESSA FITA! P-PAPYRUS DISSE MESMO ISSO?! Ele se tornou mais responsável do que eu poderia imaginar! Fitei-o incrédulo e a flor parecia perplexa e este logo abaixou a cabeça parecendo se render admitindo a razão de meu irmão.

 

- ... Não ousem machucar um fio de seu cabelo, eu imploro! – Pediu o mesmo tremulo chorando mais do que já estava.

 

- Dou minha palavra. – Assim ele ergueu o olhar para mim de forma ameaçadora me fazendo sair do pequeno transe.

 

- P-Prometo também! – Exclamei sem pensar duas vezes, nunca vi meu irmão daquela forma então não iria arriscar fazer mais alguma coisa de errado.

 

- O-Obrigado...

 

- Tudo bem amiguinho. – Papyrus sorriu para a flor, amigável demais pro meu gosto, não estou acostumado com isso! – Meu nome é Papyrus, e aquele saco de ossos preguiçoso ali é Sans, desculpe o mau comportamento dele, ele não vai mais atacar vocês, não é Sans?

 

- Sim claro, juro por meu osso mindinho do pé. – Desviei o olhar virando a cabeça para o lado enquanto meu sorriso murchava.

 

 

- ... Sou Flowey, Flowey a Flor... -

 

- Ótimo. Sans. – Olhei-o esperando pelo que me aguardava. Ele estava com a mão destra sobre a testa da garota. - Leve a humana para o seu quarto, irei com Flowey comprar algo para fazer a humana comer quando ela acordar. Vamos Flowey. – Ordenou para nós dois enquanto se levantava e pegava a bota que a flor estava, logo começando a andar em direção a Snowdin. Este por sua vez, olhou para a humana até que não era mais possível.

 

- Ótimo, sobrou pra mim carregar o peso morto. – Resmunguei enquanto ia até a garota imóvel no chão, me agachei ao lado dela e de forma estranhamente delicada a peguei em meus braços.

 

Sua cabeça fora de encontro ao meu tórax e assim eu rebaixei meu olhar (que havia já voltado ao normal) fitando então a sua expressão levemente contorcida de dor, a questão que eu passei a remoer em minha mente era ‘’ Mas que diabos de dor era essa a que ela estava sentindo? ‘’ afinal, meu ataque nem lhe tocou, graças a Papyrus claro. Sai de meus devaneios ao um som incomodo invadir-me a adição, um gemido de dor. Namoral, já to me torturando aqui querendo saber o que tem de errado com ela, por que eu sei e sinto que algo não está certo com essa humana e isso está me enlouquecendo! Espera, eu to preocupado com ela? Santo Ketchup, o que tem de errado COMIGO?! Suspirei balançando a cabeça para os lados tentando esquecer aquilo, me dirigi para trás de um dos pinheiros e então ao passar por este, como em um passe de mágica ‘’ puff ‘’, me vi entrando em meu quarto, heh, era apenas um truque legal que aprendi, que fique como ‘’ Teleporte ‘’ mesmo. Fitei a garota em meus braços e olhei para a minha cama ficando a alternar meu olhar entre eles até que resmunguei e resolvi deita-la ali de uma vez, não sei por que diabos eu enrolei. Dei as costas para a humana e estava preste a sair dali até que um murmuro vindo dela me congelou no mesmo lugar.

 

- Gas...ter...? – O nome saiu pelos lábios dela como uma pergunta. Seria um sonho? Mas como ela o conheceria? Acho melhor esperar ela acordar para perguntar diretamente a ela.

 

Narrativa – Frisk.

 

Posso resumir que meu mundo era a pura escuridão, meu corpo estava tão leve que eu nem ao menos sentia este o que estava me dando a sensação de estar mergulhada em um estranho oceano possuinte de uma imensidão negra. Não queria abrir meus olhos, mas um ruído estranho insistia em invadir-me a mente e então, senti meus pés tocarem finalmente o chão, por tanto, respirei fundo e enfim abri meus olhos fitando a porta acinzentada em minha frente a mesma estava entre aberta e convidativa que eu para adentrasse-a. O estranho, incompreensível e incomodo ruído vinha de dentro do cômodo anormal e mais uma vez fora reproduzido, porém, agora eu pude ouvir palavras entendíveis em um sussurro.

 

- Venha até mim, garota estranha. – Pediu seja lá quem que estava lá. Olhei para os lados e sorri torto, claro que não haveria mais ninguém lá afinal eu deveria estar nos confins de meu subconsciente ou apenas sonhando mesmo, mas eu estava ciente que havia desmaiado naquela hora. Suspirei meio receosa, no entanto a curiosidade de saber quem era o ‘’ intruso ‘’ me levou para dentro do local.

 

- Quem é você...? – Indaguei o ‘’homem’’  que se revelou diante meus olhos ao centro da sala vazia. Ele utilizava um sobretudo negro e uma blusa de frio branca por baixo, em suas mãos (com um buraco em cada sob seus centros) estava um cajado/bengala, sei lá do que chamar aquilo, só sei que era até estiloso para o seu visual. Seu rosto foi aquilo do qual mais me chamou a atenção, o sorriso macabro desenhado sobre este estranhamente não me causava medo, seu olho direito era semifechado e uma espécie de cicatriz ou rachadura subia por este enquanto o esquerdo se mantinha bem aberto com uma bola branca ao centro contendo também uma rachadura, esta que ao inverso da outra descia fazendo ligação ao sorriso.

 

- Eu me chamo Gaster, minha cara. Desculpe-me a minha falta de modos. Faz anos, talvez séculos que não converso com alguém, acho que perdi as boas maneiras de se apresentar primeiro. – Ele comentou após se identificar. Que cavalheiro, achava que cavalheirismo não existia entre os montros, heh.

 

- Gas...ter? Oh, gostei do seu nome! O meu é Frisk, é um prazer lhe conhecer Gaster, e não se preocupe com as boas maneiras, parece que os demais se esqueceram delas mesmo. – Falei risonha e dando de ombros como se dissesse ‘’ tanto faz ‘’, Gaster permitiu-se rir baixo.

 

- Entendo, entendo. Diga-me, Frisk, como você é capaz de me ver e ouvir? – Ele perguntou me deixando sem entender.

 

- Éerr... Eu não sei...? Eu só sei que desmaiei, tecnicamente estou sonhando ou algo do gênero então, pensando por esse lado, nos estamos em minha mente... Não? – Falei quase que atropelando as palavras. Ele pareceu pensativo quanto ao que eu comentei, desviando assim o olhar para cima enquanto erguia a destra começando a ‘’ coçar ‘’ o queixo.

 

- Interessante... Então não há uma explicação lógica para isso... – Gaster voltou a me fitar mantendo sua mão sobre o queixo. - Vejamos, o que faz em Underground, Frisk?

 

- Eu cai aqui, pois desci por um buraco dentro de uma caverna achando que algum animal tinha caído lá, e sobre o que eu estava fazendo naquela caverna, resumo em dizer ‘’ coisas de trabalho ‘’ – Não ia me matar responder suas perguntas, se o que ele disse é verdade, ele deve estar cheio de questões. É melhor do que ficar presa naquela escuridão do meu subconsciente. Eu sabia que aquilo seria longo então me sentei no chão de pernas cruzadas apoiando assim meus cotovelos e antebraços sobre as coxas ficando então mais relaxada, ele prosseguiu.

 

- Você sabe que tem algo de errado em seu corpo não? – Aquela pergunta me revirou o estômago então eu simplesmente assenti. – Então você já sabe, parece que os humanos evoluíram na ciência e tecnologia.

 

- E como, você não faz ideia, chegou ao ponto de sabermos sobre coisas de outros sistemas solares e afins. Até sobre Buracos negros já descobriram coisas incríveis, como isso, sabia que nem tudo é engolido por eles e uma parte é expelida? – Gaster negou com a cabeça parecendo interessado naquilo, não pude deixar de rir baixo, mas logo suspirei. – Porém, isso não vem ao caso certo?

 

- Certo. Sei que você é pacifista, eu observo a todos em Underground e vi o que você fez pela Rainha Toriel.

 

- Espera, se você observa a todos daqui, então você é como uma existência onipotente?

 

- Basicamente isso. Mas já tive um corpo físico, é um assunto complexo e complicado sobre a maneira que fiquei assim.

 

- Oh... Fiquei curiosa, mas isso também não é o principal assunto aqui, desculpa! Estou desviando muito do foco, hehe... Você sabe o que eu devo fazer certo?

 

- Sim, exatamente onde eu queria chegar. Eu tenho um pedido a você. Tome cuidado.

 

- Nha, isso eu já sei, relaxa que eu posso me defender heh.

 

- Não é bem isso, mas também serve. O que eu quero dizer é que você deve ter cuidado com o que você tem. Quanto mais tempo você ficar aqui, mais rápido isso irá te matar. O mundo aqui em baixo não é nem um pouco igual ao da superfície minha cara Frisk... A magia literalmente está no ar aqui, e essa magia se tornou maligna, isso é o que vai piorar cada dia mais sua situação e o que você sentiu, posso lhe garantir que é apenas o começo.

 

Eu não tinha o que dizer, apenas fiquei calada observando-o perplexa e sem reação. Aquilo foi demais para mim, foi até pior do que quando recebi a notícia de que eu tinha isso. Comecei a rir de nervosismo e Gaster, que tinha o constante sorriso ao rosto não parecia feliz, seu olhar transmitia-me compaixão e era como se me disse-se por este que ‘’ está tudo bem chorar ‘’ mas eu não faria isso. Contive meu riso levemente descontrolado e permiti que um sorriso cansado pendurasse em meus lábios.

 

- Eu já sabia que isso um dia iria acontecer, bom, todos sabem que um dia vão morrer já que é algo inevitável né. Eu só fiquei arrasada quando soube que a minha vida teria seu fim em alguns anos, pois o que eu tenho já é difícil de curar e no local onde está é pior ainda. Agora, saber que essa de anos se tornou semanas ou até mesmo alguns dias, isso literalmente já me matou... – Suspirei rebaixando a cabeça sem desfazer o sorriso, meus olhos agora ardiam, droga, eu não quero chorar, eu não quero... As lágrimas já escorriam, tratei de seca-las. – Mas... Se eu conseguir salvar todos aqui de si mesmos, eu estarei partindo com a sensação de missão cumprida. Estou começando a achar que não foi um acaso eu ter caído aqui e sim que era meu destino afinal...

 

- ... Frisk, posso lhe contar uma maneira para que você quebre a barreira, algo que descobri após um tempo nessa forma? – Erguei minha cabeça surpresa e curiosa assentindo com esta e então ele começou a me contar.

 

 

...

 

 

 

- Obrigada, Gaster... Não irei me esquecer e vou tentar. Acho que eu já deveria acordar, desculpa ter que lhe deixar sozinho... Eu prometo que verei uma forma de lhe trazer de volta, nem que eu mesma tenha de criar um novo corpo para ti. – Brinquei fazendo este rir, o brilho em seu olhar não era mais triste, era um brilho aconchegante e alegre.

 

- Não se preocupe muito cara Frisk, se precisar de mim, lembre-se, estarei eu seus sonhos para lhe ajudar. – Ele pronunciou gesticulando com a destra para dar ênfase no ‘’ não se preocupe ‘’. Neguei com a cabeça levantando-me facilmente do chão em um sobressalto e fui até o maior abraçando-o gentilmente, ele se surpreendeu mas logo retribuiu.

 

- Me preocupo sim, deve ser horrível ficar sozinho sem que ninguém saiba que você está aqui, bom agora eu sei né, heh. Eu definitivamente irei arrumar uma forma de lhe tirar daqui, Gaster! Bem, se eu viver para isso. – Novamente brinquei, pelo menos eu estava fazendo-o rir. – Agora eu vou-me indo, até breve Gaster.

 

- Até doce Frisk. – Nos separamos do abraço e eu acenei para o mesmo dando-lhe tchau, ele retribuiu o gesto e logo tudo se distorceu tornando-se branco.

 

 

Abri meus olhos sentindo uma dor horrível na cabeça, acho que eu estava com enxaqueca, tentei levantar e fiquei apenas no tentar, pois meu corpo todo estava dormente ao ponto de meus braços não responderem direito ao meu comando. Suspirei pesadamente esperando minha visão voltar ao normal enquanto a movia pelo local, eu pude sentir que meu corpo estava repousado sobre algo macio.

 

- Mas que droga, parece até que bati a cabeça com tudo em uma parede... – Reclamei ao finalmente sentir meus braços e conseguir me sentar levando então a canhota até minha testa resmungando baixo daquela insuportável dor de cabeça. Notei que estava em um quarto, mas onde era eu não sei.

 

- Parece que a bela adormecida acordou antes que os dois patetas chegassem com mil e uma coisas. – Me assustei olhando rapidamente para o lugar de onde a voz vinha, e lá estava aquele primeiro esqueleto em um canto do quarto perto da porta, acho que era Sans o nome dele, não importa.

 

- Heh, vejo que me meti em uma bela duma roubada. Não, espera, você parece ser o submisso. – Dei de ombros e bocejei fingindo deboche, acho que o irritei com isso. Frisk 1 e Sans 0.

 

- Ora sua... – Eu jurei que ele iria vir com tudo para cima de mim, mas ele se conteve respirando fundo. – Você deu sorte de meu irmão ter me feito jurar para aquela florzinha não machucar um fio de seu cabelo. – BOA ASRIEL! ESSE É MEU GAROTO! – Vou ser direto. Como você conhece Gaster? – Oi? O olhei fazendo cara de desentendida, como ele sabe de Gaster?

 

- Por que eu diria para você...?- Arqueei a sobrancelha esquerda o que fez ele produzir o som de um ‘’ tsk ‘’ com a língua e dizer algo que me pegou muito de surpresa, mas que até fazia sentido.

 

- Por que ele é meu pai e de Papyrus. Agora me diz por que você falou o nome dele enquanto dormia?

 

- Talvez por causa da minha mediunidade, ou por conta de alguma força maior sei lá, nos encontramos em meu subconsciente. De forma simplista, no sonho que acabei de ter.

 

- O que? Ta brincando comigo né? Por que diabos vocês se comunicariam? – Ele me indagou cogitando vir até mim, eu já estava prestes a dizer que não fazia ideia de como aquilo aconteceu, que simplesmente ocorreu, mas alguém gritou ao longe.

 

- SANS! EU VOLTEI! JÁ DEIXOU A HUMANA NO SEU QUARTO?! – Era o irmão deste que estava a minha frente, Sans respirou fundo e resmungou saindo do quarto me lançando um olhar de canto antes de passar pela porta, eu entendi a mensagem e não tinha como sair dali mesmo até por que minhas pernas ainda estavam dormentes.

 

Mesmo sabendo que tem pouco tempo para fazer o que queria, mas, já tendo uma ideia de destruir a barreira sem precisar de uma sétima alma.

 

Isso lhe enche de DETERMINAÇÃO.


Notas Finais


É isso meus caros leitores!

O que Frisk tem? Como diabos Gaster apareceu no sonho dela? Sans se apaixonou a primeira vista? *cof cof*

Hoje no Globo reporte! .q

Ps.: Acabou que não teve muito dessa parada de Possessividade, merda.q não consegui achar o momento certo para fazer algo do tipo, mas o título ficou legal então dane-se.q e eu to com preguiça de reeditar a imagem de capa também! UEHHEUHE sz FINJAM QUE A POSSESSIVIDADE FOI QUANDO FLOWEY/ASRIEL GRITOU PRA NÃO TOCAREM NELA! `-´ Pronto, é isso.q GG IZI!

Comentem e deixem sua opinião, aceito críticas construtivas também! :3

Obrigada e até o capítulo de amanha!


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