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História The Determination to Live. - Capítulo 7 - " The Soul "


Escrita por: KathSkarlet

Notas do Autor


Olá povo!! Tuuudo bem?

Então, eu estou sem internet essa semana, louvada seja a net móvel! E eu estou pensando em fazer capítulos mais longos, claro sem serem massivos, vou fazer o meu melhor nisso u.u

Pra isso, eu vou passar a postar um capitulo em toda madrugada de quarta pra quinta, para não acabar também muito rápido D: Ficaria chato isso né? :c

Então, é isso *nao sei o que falar, sorry ;-;* ewe

Espero que gostem do capítulo com um toque generoso de Frans 💙

Capítulo 7 - Capítulo 7 - " The Soul "


Fanfic / Fanfiction The Determination to Live. - Capítulo 7 - " The Soul "

​Capítulo 7 - " The Soul "

 

 

 

-- Narração em Terceira Pessoa --

 

 

 

Frisk, Flowey e Sans observaram a criança correr em direção a seu destino, a casa na qual ela e sua avó habitavam, e logo encararam um ao outro enquanto Frisk acabou por dar de ombros em meio ao tempo no qual um sorriso brincalhão desenhou-se sobre seus lábios. Tanto Sans quanto Flowey a fitaram sem entender o por que daquele sorriso.

 

- O ultimo que alcançar ela, vai ser a mulher do padre!! - E após exclamar isso, ela circundou a bota de Flowey encaixada dentro de seu casaco enquanto disparou atrás da criança.

 

Sans, por sua vez, ficou imóvel por alguns instantes tentando processar aquela reação súbita e extrovertida da garota que " guiava ". Ele se permitiu sorrir da forma igualmente brincalhona ao qual ela fez antes de lançar tal desafio no ar, ele poderia muito bem usar seu poder de teleporte, mas que graça teria? Deixando assim sua preguiça um pouco de lado, o esqueleto se dispôs a correr atrás da garota rapidamente quase a alcançando.

Chegaram em conjunto a frente da casa na qual a criança os esperava enquanto se mantinha a ficar olhando para os lados atentamente, ela assim ajoelhou-se no chão para então mover o tapete, que ficava na frente da porta, para lado, logo, cavou um pouco a neve para enfim tirar dali uma chave, devolvendo então a neve para o pequeno buraco feito e recolocando o tapete por cima. Não tardou muito em se erguer e então abrir a porta dando espaço para eles enquanto falava.

 

- Fiquem à-vontade senhorita humana, senhor Flowey e senhor esqueleto! - Exclamou alegremente vislumbrando os três adentravam, ela rapidamente fechou a porta trancando-a, o que por sua vez não fora de muito agrado para Sans, mas, ele compreendeu que aquele era um ato que ela deve ter aprendido para manterem-se seguras. - Vovó! Estou de volta! - Exclamou sorridente correndo de um lado ao outro. A pequena pegou uma tigela qualquer, um tanto envelhecida, e colocou dentro da mesma os míseros pedaços de comida ao qual conseguira juntamente as " balinhas da amizade " que ganhara de Flowey. - Vocês vão adorar minha vovó! Ela é a melhor! Mesmo estando doente, ela faz de tudo para que eu possa sorrir e por isso eu procuro sempre estar feliz! - Proferiu sem perder o constante animo em sua voz, aquilo fazia o coração de Frisk pulsar de felicidade, ela sabia que uns e outros não teriam caído em depravação, isso era impossível de acontecer! Sempre irá existir um ou outro que vira a se manter em constante determinação.

 

- Eu sei como se sente! - Exclamou Frisk com a animação em sua voz, sentindo-se contagiada pela agitação da menor, chamando a atenção de todos ali. Então ela prosseguiu com o constante sorriso meigo desenhado sobre a face. - Recordo-me como se fosse ontem a época que eu era uma criança, nas vezes que eu visitava meus avós geralmente em conjunto das minhas primas, eles faziam de tudo para que estivéssemos constantemente felizes e sorridentes muitas vezes nos dando presentes inesperados... Heh... Sinto falta desses dias... - Contou nostálgica, sua voz diminuíra de forma um tanto imperceptível no tom alegre que continha a segundos antes do término de seu relato, mas não imperceptível o suficiente para que Sans não tivesse percebido por ser um bom analizador dessas coisas. Ele sabia que por mais boas que pareciam as recomendações, às vezes recordar não é tão prazeroso por querer reviver aquilo e saber ser incapaz de fazer isso, ele mesmo tinha memórias que mesmo boas lhe era preferível escondê-las no mais fundo de seu ser por saber exatamente o sentimento ao qual teria de conviver.

 

- P-Presentes? Woooouw! Isso deve ser legal! - Comentou a menor parada a frente de Frisk fitando-a com um ar sonhador. Frisk ficou meio pensativa com isso mas logo um vislumbre passou por sua mente em forma de uma ideia. Ela procurou tirar seu braço direito da manga do casaco e levou o mesmo para o bolso embutido de sua blusa tirando dali a fatia de torta da Toriel que levava com sigo, a morena rapidamente ergueu a fatia cuidadosamente embrulhada na direção da pequena criança que lhe encarou curiosa.

 

- Toma, não é lá grande coisa mas eu aposto que você vai adorar! É uma torta de Canela com Caramelo da mamãe Toriel! - A menor alternava o olhar entre a fatia estendida em sua direção e a morena que lhe dava aquilo. Frisk nao pode deixar de rir baixo diante a confusão da garota. - É um presente! Vamos, o mais sensato que se faz é aceitar. - Afirmou enquanto pegava em uma das mãos dela com a sua canhota levando-a para a fatia pondo esta ali.

 

- Você está falando sério...? - Seu rosto de surpresa misto a felicidade encarava seu recém dado presente, Frisk por sua vez apenas deseixou-se liberar uma afirmação de lábios cerrados em um som semelhante a " uhum ". O rosto juvenil se iluminou em um sorriso, maior do que os que eles teriam presenciado até então estando este a ir de orelha a orelha diante sua alegria, um tanto inexplicável para ela, que agora sentida. Seu primeiro presente, ela mal podia acreditar nisso!

 

- Frisk! Também quero algo! - Brincou Flowey fazendo uma expressão que procurava fingir indignação mas o sorriso divertido era incapaz de sair perante toda aquela cena.

 

- Flow, você não se acha grandinho de mais para isso? - Frisk zombou arqueando uma sobrancelha enquanto seu sorriso se retia a um tanto brincalhão quanto debochado o que a fazia realizar uma careta engraçada para a garota que ria.

 

- Aaaah!!! Poxa Frriiiiissskkkk!!! - Dramatizou fazendo beiço e piscando os olhos em frenesi. As duas garotas se desataram a rir da visão logo sendo acompanhadas de Flowey.

 

Sans, durante todo aquele acontecimento, se limitou a apenas fitar a humana no qual acompanhava. Ele se perguntava por que ela estava sendo sempre tão boa e gentil? Por que agir assim sem esperar nada em troca? Por que agir dessa forma mesmo sabendo que tal ato nem sempre vai ser retribuído na mesma " moeda "? Ele realmente não conseguia compreender como ela era tão boa e ao mesmo tempo se mostrava teimosamente segura de si. Para Sans se fazia óbvio pela forma decidida que ela agia que, mesmo sendo exageradamente boa o tempo inteiro com tudo e todos, ela nao era uma pessoa ao qual poderia ser facilmente influenciada e assim engana-la seria uma tarefa difícil. O esqueleto, por mais que odiasse admitir, cada instante mais se via preso a observar ela, de forma discreta claro.   Ele pode perceber que mesmo parecendo desatenta e alheia das coisas que a rodeiam, ela prestava atenção em tudo o que seus olhos batiam e por isso ela conseguia analizar sua situação procurando sempre a melhor maneira de fazer o que para ela é o certo e, mais uma vez mesmo que ele se recuse a admitir, isso fazia-o encantar-se cada vez mais, mesmo que insistentemente se mantivesse a ficar em constante desconfiança, afinal, era bondade demais para seu gosto e por mais que quisesse que fosse a verdade verdadeira de seu ser o cuidado e precação nunca eram demais.

 

- Selly...! - A voz ecoou de mais a afundo da casa tirando Sans de forma brusca de seus pensamentos e cessando os risos que os outros três davam ao seu lado.

 

- Vovó? - Indagou de maneira retórica ao ouvir a voz meio engasgada, por assim dizer, logo desatando a correr para onde sua avó encontrava-se a repousada levando em mãos tanto a tigela com as coisas que ali colocara como a torta de Toriel que havia ganhado.

 

- O que será que aconteceu? - Perguntou Flowey olhando para a direção que a menina correra.

 

Frisk moveu seu olhar para Sans notando que ele a fitava de forma intensa, como se apenas tivesse a observando por todos aqueles minutos, o que não deixa de ser verdade. A morena se sentia incomodada, com um pressentimento de que algo ruim estava prestes a acontecer e o esqueleto notou tal preocupação em seu olhar pouco antes dela virar novamente a face para a direção que Selly seguira. Preocupada, porém constantemente determinada, a humana seguiu o caminho que a criança monstro tinha tomado enquanto Sans suspirou de maneira profunda e assim foi atrás a mesma.

 

Selly estava de joelhos ao lado da cama que sua amada avó acomodava-se, esta que por sua vez, parecia estar a um suspiro de sua vida. O coração de Frisk parcialmente congelou em ver tal cena ao qual a garota sorridente de instantes atrás se encontrava aos prantos em meio ao choro pedindo para que sua única ente querida não partisse, nao agora, aquilo foi de machucar tanto o coração quanto a alma. Sans vislumbrou a cena logo depois, ele sabia que ela nao teria muito mais do que dez minutos até perecer em pó, mantendo-se assim de pé pouco atrás da garota humana.

 

- Flowey... - O murmuro embargado de Frisk chamou a atenção dos dois monstros próximos a si. Sua franja se fazia a cobrir seus olhos, por tanto, sua expressão ficou um tanto quanto indecifrável. A flor dentro do casaco que ela utilizava a fitou soltando uma baixa afirmativa pedindo para que ela prosseguisse. - Existe algo que eu possa fazer para salva-la...?

 

A pergunta caiu sobre ambos como uma bomba, sim, existia uma forma mas era uma forma na qual eles sabiam que custaria algo provavelmente " caro " para Frisk. Flowey se exaltou por pensar nessa cogitação o que o fez exclamar.

 

- Nem pensar que você nao vai fazer isso!

 

- Então tem algo sim, ne?

 

- É mas... Não! Nem pensar Frisk! Não é algo com o qual se pode brincar!

 

- Eu não ligo! - Exasperou-se ficando um tanto tremula. Pela forma que Flowey falava um tanto desesperado, ela pode deduzir que aquilo que ele pensava poderia custar em algo para si, muito provavelmente o afetado seria seu corpo. Mas para ela nao era grande coisa, afinal, seu corpo já estava sendo constantemente afetado de toda forma, mesmo que fosse sentir mais alguma dor, que alias ela odiava sentir qualquer dor que seja, ela não se via capaz de ficar parada vendo uma criança sofrer com mais uma grande perda em sua vida sendo que ela poderia fazer algo para impedir. Por que não tentar? Ela tinha que fazer algo para impedir isso e se havia o que fazer ela faria.

 

- Você não está cogitando mesmo que eu, não é florzinha? - Sans finalmente se manifestou chamando a atenção de Flowey para si. - A alma não é algo com que se deve brincar mesmo. - E assim a flor estremeceu confirmando suas suspeitas, o esqueleto por sua vez suspirou pesarosamente.

 

- Do que vocês estão falando...?  Vamos, me digam! - Exclamou, a determinação fervia em seu sangue. Sans passou as mãos ossudas sobre o crânio se preparando para a explicação que viria a fazer. Frisk, por sua vez, não movera seus olhar da cena esmagadora a sua frente.

 

- Todos temos uma alma, a diferença é que a alma de monstro se parte assim que o corpo que o habita morrer enquanto a alma humana pode persistir por um longo tempo após a morte de seu recipiente. Por tal razão, monstros são capazes de absorver a alma humana e isso nos da um poder incrível.

 

- Isso eu já sei, deduzi tal fato de uma coisa que Flowey me contou, mas o que isso tem haver com o agora?

 

- Por que sua alma é a única coisa que pode salvar ela. Mesmo que seja um pequeno pedaço, creio que já seria mais do que o suficiente para dar mais anos de vida para a idosa ali.

 

- Mas você não pode fazer isso Frisk!! - Rapidamente Flowey se manifestou ainda exaltado. - Você não pode fazer algo assim com a mais pura essência do seu ser! Não quero imaginar o quão desastroso seria para o seu corpo se você fizesse isso e...!

 

- Nao se preocupe Flowey... - Ela o interrompeu acariciando-o com a destra que se mantinha fora da manga do casaco. A flor a fitou uma vez mais estando com os olhos lagrimejados e assustados já ela, apenas sorrira de forma meiga e gentil com os olhos igualmente cheios d'água a fita-lo deixando o mesmo sem reação enquanto Sans se mantinha sem entender o por que daquela expressão de Flowey já que por Frisk estar de costas para ele o mesmo nao era capaz de ver o seu rosto. -  Eu vou ficar bem, um pedacinho não vai me fazer falta...

 

O silêncio então reinou sob eles que apenas escutavam os prantos da criança e a inútil tentativa de acolhimento e de acalma-la que sua avó realizava. Os segundos silenciosos entre eles inquietou Frisk que assim suspirou enquanto nao parara a carícia em Flowey como se isso fosse amenizar o medo que ele sentia pela escolha que ela fazia.

 

- Podem me dizer então o que eu posso fazer para dar um pedaço de minha alma para ela? - Ela quebrou o silêncio lançando sobre eles uma sutil tensão. Sans desviou o olhar da morena a sua frente para um canto qualquer do cômodo e assim se manifestou.

 

- É só você por sua destra sobre o peito, na localidade de seu coração, e então desejar que sua alma se revele. Sua alma sempre irá saltar para fora quando você se deparar com um monstro que tenha a intenção de te matar para que assim realizem um combate. - Explicou o processo se preparando para o que viria a seguir.

 

- SEU SACO DE OSSOS! POR QUE VOCÊ FALOU?! - Exasperou-se Flowey assumindo uma expressão horrenda, seus olhos pareciam dois buracos negros igual a boca um tanto deformada em um sorriso desgostoso onde algumas partes adentravam procurando formar a impressão de dentes pontiagudos. Sans por sua vez não se intimidou com a visão enquanto Frisk se assustou logo em seguida ficando um tanto mal por ver que Flowey estava mesmo entrando em desespero pelo o que ela estava para fazer.

 

A morena hesitou com alguns instantes analisando a situação, ela nunca viu Flowey tão exaltado dentro daquelas horas de convivência, nem mesmo quando ela resolveu salvar Toriel que para ele era como uma causa perdida. Talvez mexer com a sua alma realmente seja algo muito mais sério do que ela poderia imaginar, mas o que ela poderia fazer? Aquilo tudo era novo para ela, e mesmo acreditando na existência de almas a tempos, encontrar a comprovação daquilo em sua situação surreal era um tanto... Maluca demais. Ela percebeu os riscos que corria no primeiro vislumbre de desespero de seu companheiro, mas nenhum risco vai ser grande o suficiente para ultrapassar a visão que terá do sorriso daquela criança e o bem estar de sua avó.

 

Com a determinação estampada em seus olhos semicerrados de coloração dourada, ela retirou a bota de Flowey de dentro do casaco e virou-se para Sans que moveu seu olhar para ela pelo canto dos olhos e logo para a Flor que voltara a expressão normal com um ar de derrota. - Segure Flowey, por favor? - Pediu com um pequeno sorriso determinado porém claramente tomado de nervosismo.

 

O esqueleto pegou a bota sem dizer nada enquanto a fitava dar-lhe as costas e ir em direção às duas logo a frente, seu sorriso continuo nao estava mais presente sobre seu rosto o que deixava-lhe com um ar sério e pensativo.

 

- Ahn... - Frisk não sabia muito bem o que dizer, já que continha em mente que assustaria a idosa que, por sua vez, não estava lá em um bom estado por nem ao menos ter reparado nos três" intrusos " dentro de sua casa. A morena respirou fundo e prendeu o ar por alguns segundos tomando uma coragem maior para o que viria a seguir e assim suspirou acalmando os nervos e músculos tensos de seu corpo. - Eu... Eu gostaria de ajuda-las...

 

- Se-Senhorita hu-humana... - A criança ergueu seus olhos inchados de tanto chorar para a morena que procurou sorrir de forma gentil em uma maneira de tentar reconforta-la, ao meio tempo que levara sua destra para a cabeça dela e acariciou-lhe o local.

 

- Humana...? - Resmungou a idosa com um traço se medo em sua voz. Ela moveu a cabeça e olhar para a direção de Frisk fitando-a de forma surpresa e descrente por ver um humano de pé ao lado de sua cama.

 

- S-Sim... Aaahh... Bem, eu não vou fazer nada de ruim para vocês eu apenas quero salva-la, senhora... - Comentou Frisk acanhada, principalmente pelo olhar que era posto sobe si.

 

- Por que uma humana... - Uma pausa foi dada em sua fala para que pudesse tossir, mas logo prosseguiu - ... Faria isso por mim?

 

- Porque eu não quero ver sua neta desamparada estando sua única ente querida... Eu não quero que seu sorriso seja perdido para sempre. - Prontamente ela respondeu recebendo da criança um olhar de admiração misto a alegria por saber que não perderia sua avó, provavelmente não tão cedo.

 

- Mas... Como, vai fazer isso senhorita humana? - Indagou a menor que havia conseguido controlar o choro e em um profundo fungar em meio ao limpar das lágrimas cessou de vez o ato. Frisk por sua vez, retirou a destra da cabeça dela e ainda sorridente levou a mesma ate a altura do colo de seu seio esquerdo repousando sua palma ali.

 

- Creio que assim... - Murmurou enquanto fechara os olhos concentrando-se no que viria a fazer.

 

Com todas as suas forças, a mulher pensara a seguinte frase: "  Venha até onde eu possa lhe ver. Revele-se, minha alma a essência de meu ser. " Uma, duas, três vezes ela repetiu os dizeres dentro de sua mente até que o local se escureceu assustando todos os presentes, principalmente Sans que realmente não esperava que desse certo. Sobre o peito da morena, por baixo de sua mão, um intenso brilho vermelho se revelou ficando cada vez mais intenso ao decorrer dos segundos, ela logo afastou sua mão do local permitindo que um coração de cor vermelho vivo passasse a flutuar diante si plainando agora sob a palma de sua destra. Frisk suspirou ao sentir o calor aconchegante que sua alma emanava, repleta de sentimentos determinados e sempre positivos, uma mistura de teimosia e calma em meio a sua essência vivaz.

 

- Essa é minha alma...? - Seus pensamento alto saiu em um murmuro de admiração pelo o que seus olhos vislumbravam, ela não era a única a estar encantada com tal visão. Um grande sorriso determinado desenhou-se sobre seus lábios. - Bom, acho que para isso, eu não posso ser a única com a alma exposta, certo...? - Lançou a questão no ar fitando Sans, que estava perplexo, por cima do ombro. Este rapidamente moveu o olhar para longe dela pigarreando um " sim ".

 

- Tudo... - Ela tossiu algumas vezes mais e em um suspiro prosseguiu. - Tudo bem então... - E assim a destra fora até seu peitoral e nao tardou muito para que sua alma fosse revelada. Ao contrário da alma de Frisk, aquele coração era de cabeça para baixo e continha uma coloração cinza chumbo, o pobre coitado estava um tanto murcho e mórbido, aquilo foi de partir o coração tanto de Frisk quanto da criança.

 

Mas a humana nao se deixou esmaecer, ao invés disso, ela respirou fundo em meio a ansiedade e nervosismo que tomavam-lhe o corpo enchendo seu sangue de adrenalina. Ergueu a canhota e segurou a extremidade esquerda de sua alma entre o polegar e indicador, músculos tencionados e nervos ficando a flor da pele.

 

- Nao quero ver isso... - Murmurou Flowey virando-se para Sans escondendo assim sua face sobre a blusa de lã vermelha que tal utilizava. O esqueleto estava atônito com aquilo, ela realmente iria dar um pedaço de si para um monstro qualquer que acabara de conhecer, qual demência aquela humana deveria ter?!

 

 

Três... Dois... Um...!

 

 

Ela puxou o pedaço que segurava fazendo um barulho semelhante ao rasgar de um papel ecoar sobre o local. A pequena ponta agora estava separada do resto. Frisk poderia explicar a sensação de tal ato como cem facas sendo cravadas de forma múltipla em suas costas em conjunto ao quebrar dos ossos de pelo menos umas seis partes diferentes de seu corpo, agradeceu internamente por ter sido capaz de reter um grito de dor e ter conseguido arrancar aquele pequeno e mísero pedaço de uma vez. Ela não queria nem imaginar como seria a dor caso lhe fosse arrancado metade de sua alma. A dor fora tanta que lhe anestesiou os sentidos deixando seu sorriso, agora forçado, o mais verdadeiro possível. Tremula, mas não tanto para ser visível a olhos desatentos, ela levou sua canhota ate a altura da alma da mais velha e quase que instantaneamente à aproximação, aquele pequeno pedaço fora sugado para o coração cinzento e murcho que, sem que deixasse passar um segundo se quer, se iluminou em um fraco vermelho enquanto inflava-se em meio ao brilho que lhe tomou.

 

- Eu não sinto mais nada... - Comentou a mais velha com brotos d'água sobre os cantos de seus olhos. Ela recolheu sua alma e sentou-se sobre a cama fitando Frisk extasiada e cheia de alegria. Nesse meio tempo, Frisk também guardara sua alma dentro de si. - Eu... Obrigada! Oh céus! Uma humana me salvou! Eu sabia! Eu sabia que não eram todos ruins! Muito obrigada minha querida... Eu realmente nao sei como agradecer pelo que fez para mim!

 

- N-Não preciso de nada, caso é isso o que pensa, apenas a felicidade de vocês já me será o suficiente! - Proferiu sem jeito movendo as mãos em frenesi para os lados a sua frente, claramente a negar qualquer forma palpável de agradecimento.

 

- Realmente? Tem certeza que não precisa de algo? - Perguntou descrente, afinal, ninguém fazia nada sem esperar algo em troca.

 

- Não se preocupe, sério! Eu apenas quero salvar todos vocês das trevas que sucumbiram... - Proferiu com um sorriso enquanto sua canhota de forma discreta apertava-se sobre a manga do casaco. Ela precisava sair daquele comodo, e rápido. - Aahn... Eu gostaria de beber água, tem?

 

- Água? Ah sim, claro! A água das pias de cozinha são sempre potáveis, fique a vontade querida.

 

- Quer que eu te acompanha até lá senhorita humana? - Perguntou a criança que outrora chorava e agora estava novamente a sorrir.

 

- Não precisa, acho que sua avó gostaria de um forte abraço agora, heh. - A mais velha sorriu dando de ombros e logo fora rodeada pelos braços de sua neta ai meio tempo que Frisk dera as costas para elas e rebaixou a cabeça permitindo que sua franja cobrisse-lhe uma vez mais os olhos.

 

- Me desculpem por isso... - Murmurou ao passar por Sans e Flowey que teria voltado a observa-la. Assim que ela chegou ao comodo que estavam anteriormente, a morena não resistiu mais e desabou de joelhos sobre o chão enquanto tossia seguidas vezes procurando abafar o som de tal ato com as mãos sobre sua boca. Sans, obviamente, escutou a crise de tosse vinda atrás de si e foi a passos apressados pelo caminho que a morena seguiu encontrando-a agonizando por entre a tosse que provavelmente arranhava-lhe a garganta.

 

- Frisk! - Exclamou Flowey em desespero xingando-se internamente por não ter a capacidade de se locomover sem ajuda.

 

Sans ficou estático diante a cena só " acordando " ao vê-la parar de tossir e afastar as mãos do rosto. Mesmo com a cabeça rebaixada a tampar um pouco da visão, fora impossível nao ver o vermelho escorrendo tanto por suas palmas e pulsos quanto entre os dedos da mesma ficando a pingar vez e outra sob o chão sendo acompanhado do cheiro forte de sangue que alastrou-se pelo local. O esqueleto saiu de seu transe correndo então até a garota deixando Flowey de lado sobre o chão e segurando os ombros da menor trazendo-a para si fazendo então com que ela deitasse de forma parcial em seus braços.

 

- S-Sweetheart! - Chamou-a pelo apelido que inconscientemente dera a ela, a mesma a fitou com as obres douradas cansadas e fracamente ainda iluminadas em determinação. Sobre os cantos de sua boca, filetes de sangue escorriam juntando-se sob o queixo e escorrendo pescoço a baixo, era como se ela praticamente tivesse vomitado sangue em suas mãos. - Droga... Eu não devia ter deixado você fazer isso, eu sabia dos riscos, por que eu não fiz nada?! Você não estaria assim ago...

 

- Shh... - Murmurou a morena sob os braços dele que havia levado sua destra ensanguentada ate a face do mesmo acariciando-lhe o local com o polegar após repousar a mão ali. Ele não se importara com o sangue que agora sujava seu rosto, tanto que nem ao menos percebera ter começado a chorar, ela no entanto, apenas limpara as lagrimas vermelhas que escorreram ate sua mão. - Eu duvido que você teria conseguido me parar... Heh, relaxa Sans, isto não é grande coisa, desespero eu vou ter quando me ver incapaz de mover algum membro de meu corpo por conta do tumor... - Proferiu a mesma sorrindo, procurando assim conforta-lo do inevitável.

 

- Quando isso acontecer, mesmo que eu tenha de enfrentar Asgore por você, irei lhe carregar ate a barreira para que seja capaz de salvar a todos e a si mesma. - Agora ele era o mais determinado do local. Flowey observava a cena extasiado, ele nunca iria imaginar que ouviria algo assim vindo daquele esqueleto que parecia tão sadomasoquista e frio.

 

- Hahaha, realmente? Oh, obrigada então meu cavalheiro de armadura brilhante. - Frisk brincou logo rindo baixo levando-o a rir junto de si. Em seguinda, ela moveu o olhar para Flowey enquanto retirava sua destra da face de Sans e seu sorriso mandava um " desculpe-me " silencioso para o mesmo. - Bom... Já estou melhor, foi algo de momento, vamos limpar essa baguncinha e nos despedir... Ainda temos muita neve para caminhar! - Exclamou tentando se afastar de Sans que a impediu de fazer tal ato assim pegando a mesma em seus braços fazendo-a corar bruscamente.

 

- Nao ouse mover um musculo por enquanto, não queremos que você se arrisque mais por alguns instantes, certo Florzinha? - Falou o mesmo enquanto movera sua canhota fazendo com que Flowey fosse rodeado por sua magia avermelhada e logo o mesmo passou a flutuar no ar em conjunto a bota que estava assim sendo levado para perto de ambos e logo posto sobe o ombro de Sans.

 

- Exatamente! E se fizer teimosia vamos garantir de te deixar presa por um dia de puro descanso no quarto do saco de ossos! - Afirmou o mesmo de forma autoritária e eles logo presenciaram a expressão indignada de Frisk perante tal cogitação.

 

- Crueeeeeiiis!! - Dramatizou fazendo beiço e cruzando os braços tocando cuidado para nao sujar o casaco de Sans com as mãos ainda ensanguentadas. Os três desataram a rir descontraídos da tensão de poucos instantes atrás.

 

Frisk lavou as mãos e rosto ao Sans coloca-la de pé a frente da pia enquanto ele mesmo passou a limpar sua face suja pelo sangue da menor. Após isso, eles foram ate o quarto onde Selly e sua avó estavam, Frisk conversou um pouco com elas junto de Flowey, Sans apenas observou os quatro de um canto qualquer mantendo os braços cruzados e atenção especial em Frisk. Por conta do seu olhar atento sobre a garota, ele notou uma diferença estranha na mesma, por entre seus cabelos, acima da sua orelha esquerda, ele jurara ter visto um ponto amarelo ameaçando sair por entre os fios castanhos, mas ele apenas ignorou isso, deveria ser algo de sua mente.

 

Após uma boa conversa, eles se despediram das duas novas amigas que agora passaram a ter. Sans segurou a mão de Frisk que novamente tinha Flowey dentro de seu casaco e os teleportou para o Grillby's, que era o destino inicial deles, talvez tomar algumas mostardas e alimentar a garota não fosse uma má ideia.

 

 


Saber que salvou uma vida e que pode fazer muito mais do que pensava ser capaz de realizar.

Isso lhe enche de DETERMINAÇÃO

 


Notas Finais


Comentem o que acharam, também aceito críticas, dês que sejam construtivas é claro!

Yaaay! Obrigada por ter lido o capítulo e ate semana que vem no cap 8!

Kissus 💙❤


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