Capítulo 8 - " Running water and the save in the midst of darkness "
Narração - Sans
Após termos nos despedido das duas novas " amigas " ao qual adquirimos, andamos até a porta daquela casa parando a frente da mesma e, de forma súbita, segurei Frisk por sua mão canhota com a minha destra fazendo-a me encarar um tanto desentendida. Fitei-a por míseros segundos logo desviando o olhar para o lado inverso ao que ela estava pigarreei para assim fingir estar com algo na garganta e que aquilo ajudaria a limpá-la.
- Vamos para o Grillby's agora? - Indaguei ouvindo um murmuro em consentimento então prossegui. - Ótimo, vou usar um de meus atalhos mágicos para que você não precise gastar suas energias andando ate lá. - E então retirei minha canhota de dentro do bolso de meu calção, aquele em estilo de jogador de basquete, e estalei os dedos de tal mão usando de meu teleporte antes que ela pudesse negar ou algo do tipo.
Aparecemos dentro do estabelecimento, a porta do local encontrava-se fechada logo atrás de nos, eu pude perceber que nossa chegada súbita chamou a atenção e, embora eu faça isto com muita frequência, creio que o fato ao qual chamara mais a atenção daqueles ali presente fora Frisk, até porquê, ela era uma humana no fim das contas. Esta, por sua vez, se encontrava a observar o local de características rústicas parecendo prestar atenção em cada mínimo detalhe do bar. Tomei o primeiro passo puxando-a, com cuidado, comigo rumando em direção aos bancos, tão bem conhecidos por mim, posicionados a frente do balcão onde Grillby ficava por de trás servindo as bebidas para seus clientes. Chegando neles me sentei em um e indiquei para que ela fizesse o mesmo apontando então para o banco presente a minha esquerda e assim ela o fez enquanto repousava a bota com a florzinha sobre o balcão próxima de si.
- Gostei desse lugar, só faltava ter umas motos do lado de fora e motoqueiros aqui dentro para completar o visual e dar um e de filme, heh... - Ela comentou deixando tanto a mim quanto a Flowey confusos.
- O que é uma moto, Frisk? - A flor foi mais rápido que eu em fazer aquela pergunta e assim ouvimos uma risada doce escapar da garota.
- Acredito que em Underground não exista automóveis. - E novamente riu, devo admitir que nunca irei me cansar da risada dela... - Uma moto é um dos veículo de locomoção ao qual usamos na superfície, utilizar eles pode vir a diminuir drasticamente o tempo de chegada a algum lugar de grande distancia... Como por exemplo, se você percorrer-se a cavalo de um estado ao outro, normalmente levaria dias à fios enquanto que de carro ou moto pode levar ate mesmo apenas um dia ou algumas horas dependendo do estado que esteja o trânsito transcorrente para tal lugar.
- Ainda prefiro meus atalhos, heh. - Comentei lançando-lhe uma piscadela, o que a fizera corar.
- É... Com sua habilidade tudo seria muito mais fácil não? - Deu de ombros sorrindo debochadamente.
- Tirando o fato que é impossível eu utilizar isso para ir ate a superfície, eu posso ir aonde eu quiser de Underground em um piscar de olhos. - Devolvi o sorriso que ela lançara para mim enquanto chamava Grillbys com um acenar de mão.
- Então a barreira é mesmo poderosa... - Comentou a mesma parecendo ficar sutilmente imersa em seus pensamentos.
- Yep, se nao fosse tão poderosa, eu já teria a burlado e saído daqui com Pap antes que ele tivesse de se mudar radicalmente visando ser o mais forte de toda Underground...
- Oh... Hey, me diga... - Chamou-me com a voz embargada em curiosidade, mas nisso Grillby havia se aproximado de nos fazendo com que ela esperasse para continuar.
- O que você vai querer, Sans? - Perguntou desinteressado e fingindo que não sabia o que eu obviamente pediria.
- Um de seus magníficos vidros de mostrada e pra a princesinha aqui... Batatas fritas ou Hambúrguer? - Perguntei para a mesma olhando-a de soslaio vislumbrando assim suas bochechas ruborizarem um pouco mais.
- Os dois! Não sou muito boa de escolher apenas uma dessas delícias! - Exclamou erguendo levemente o rosto como se procurasse esconder sua timidez com um ato considerado esnobe, tenho que admitir que isso fora deveras fofo. - E você Flow?
- Ah... Fritas? - A flor perguntou mais do que afirmou sua escolha o que fez a morena rir novamente em um curto espaço de tempo.
- Então são duas batatas e um hambúrguer! - Afirmou ela sorridente após conter o riso.
- Duas porções de batatas, um Hambúrguer e o de sempre. - Ele exclamou em direção a ponta que dava para a parte de trás do estabelecimento. - Já está a caminho. - É, ele não mentiu quando disse que não se importava em servir comida a um humano caso isso acontecesse. Grillby logo se retirou dali para atender um dos clientes em uma das mesas do local.
- Então, voltando ao o que eu ia falar. - Ela foi curta e direta levando minha atenção de volta para si. A flor por sua vez parecida desinteressado de tudo aquilo perdido em seus pensamentos de seja lá o que. - Se você, pela forma carinhosa que chama Papyrus, é o mais velho... Por que ele age como tal e resolveu ficar tão forte...?
Aquela pergunta me atingiu como uma adaga por entre minhas costelas. Nunca esperaria que alguém me perguntasse isso, o que deixou um gosto amargo em meu âmago. Grillby havia posto a nossas frentes os pedidos, por tanto, peguei rapidamente o vidro com minha mostarda e desatei a beber alguns goles antes de falar enquanto ela comia ao mesmo tempo tanto o hambúrguer quanto as batatas.
- Não é uma historia muito legal sabe? Mas eu conto a você por sentir que posso confiar em ti, mas não aqui no Grillby's... Coma primeiro, eu conto enquanto andarmos por Snowdin.
- Uhum... - Consentiu após dar uma nova mordida em sua gordurosa comida que sujava-lhe de molho os cantos da boca me fazendo conter inutilmente o riso. - Que foi?! - Perguntou em tom indignado para mim estando de boca cheia, seus olhos estavam mais abertos do que eu pude presenciar nos momentos anteriores o que me deu um breve vislumbre da cor dourada deles. Aquele olhar belo oculto por uma franja meio longa e cílios grandes, fez minha alma chacoalhar dentro de mim, um sensação que fora estranhamente boa.
- Aaah... E-Esta sujo aqui... - Comentei de forma automática levando minha canhota ate o rosto dela e limpando-lhe o canto da boca com o indicador. Ela corou bruscamente e voltou a abocanhar o hambúrguer envergonhada, só nisso eu me dei conta do que acabei de fazer ficando brevemente paralizado. Eu estou totalmente perdido quando o assunto é essa garota humana.
- O-Obrigada... - Murmurou em um tom tão baixo que, se eu não tivesse uma boa audição, nao teria a ouvido.
Narração -Terceira pessoa.
Eles passaram um tempo no Grillby's enquanto Frisk e Flowey "roubavam" batatinhas um do outro e discutiam brincalhões em meio a risadas, parecia que underground para eles, naquele momento, não era o que era. Ao saírem do estabelecimento, Sans se certificou primeiro que a garota estava em condições para a longa caminhada que dariam por Snowdin enquanto que, internamente, desejava que ela esquecesse do assunto anterior afinal ele não sabia muito bem como faria para explicar tudo o que aconteceu com ele e Papyrus para as coisas terem ficado como estão.
Snowdin, por mais pacata e sem vida que parecia ser, se fazia deveras animada por assim dizer. Frisk pode perceber que Underground nao parecia um lugar tão triste e cruel como Flowey a fez imaginar ser, talvez os próprios monstros notaram, assim como Sans e Papyrus, que aquilo de Matar ou ser Morto não era a melhor coisa que eles poderiam apenas fazer. Aquilo enchia Frisk de alegria misto a determinação.
Após um bom tempo andando de um lado ao outro pela neve, quase que foram até a porta que davam às ruinas de tanto que " exploraram ", Sans os telsportou de volta para a cidade de Snowdin próximo de sua casa e assim se colocaram a andar em direção à mesma.
- Hey Frisk. - Flowey chamou pela morena de dentro do casaco de Sans, que ela permanecia a utilizar, atraindo os olhares de suas duas companhias. Ambos pararam de andar e fitaram a flor como se pedissem apta que ele prosseguisse. Flowey, no entanto, fitava a garota curioso e um tanto confuso. - O que é essa coisa amarela no seu cabelo?
- Como assim? - Perguntou sem entender o que ele havia falado.
- Esse treco ai acima da sua orelha esquerda, não ta sentindo nada nessa região não, Frisk?
- Agora que você falou, to sentindo uma leve pinicação nessa região a um tempo... - A morena, por sua vez, ergueu a canhota até o local e se assustou ao sentir a macieis que as pétalas de uma flor proporcionam ao esfregar tal por entre seus dedos polegar e indicador. Sem entender o por que de haver uma flor ali, ela rapidamente procurou tira-la do local se arrependendo de puxar tal no mesmo instante, já que uma dor aguda passou-lhe pela cabeça diante o ato a fazendo desistir na hora o que estava fazendo. - AI! Mas que porra é essa...?! - Exclamou assustada fazendo com que ambos se preocupassem novamente com ela. Sans, que estava ao seu lado direito, não perdeu tempo de dar a volta por trás dela para ver melhor do que se tratava a situação e assim suas orbitas tornaram-se negras diante o vislumbre de três botões de ouro acima da orelha da menor, " brotando " por entre seus cabelos.
- O jardim dourado... Mas como...? - Murmurou perplexo perante a visão que tinha.
- Jardim dourado? O que é isso? - Perguntou completamente perdida no que estava acontecendo. Sans sem dizer nada, rapidamente tomou o pulso da garota em sua mão passando a puxá-la por este rumo direto a sua casa. Quando entraram, notaram Papyrus na cozinha fazendo seja lá o que, provavelmente para almoçarem. Ele foi até a porta da cozinha que dava acesso a sala e ficava de frente para a porta de entrada da casa, cruzou os braços e se pronunciou.
- HEY! ONDE VOCÊS ESTAVAM?! EU NÃO DEI PERMISSÃO PARA FICAREM PERAMBULANDO POR AI! - Exclamou ele com sua voz exageradamente alta. O esqueleto mais velho passou pelo local atravessando a sala ate a escada que dava acesso ao segundo andar enquanto que dissera em um tom baixo, porém vem audível, para seu irmão mais novo.
- Agora não, Papyrus. - Aquilo fez o de ossatura maior ficar sem reação. Sans havia lhe lançado um olhar que nunca antes teria presenciado, suas orbitas sem aquelas costumeiras e reluzentes bolas brancas era inacreditavelmente assustadoras com um toque ameaçador. Papyrus ficou parado na entrada cozinha tentando imaginar o que seria tão grave para ser capaz de presenciar tal visão do olhar esmagado de seu irmão.
Ele seguiu rumo ao andar superior sem dizer nada para a garota no qual se manteve constantemente a puxar pelo pulso. Quer visse por fora, iria pensar que ele estava a exercer uma considerável força em tal ato, porém, ela podia afirmar de peito inflado que aquela ação repentina e brusca não estava a estava machucando já que ele aparentava estar tomando um extremo cuidado para não fazer tal. Chegando em seu tão conhecido e bagunçado quarto, o esqueleto apenas soltou a humana quando a colocou sentada em sua cama, pegou Flowey e sua bota sem reação de dentro do seu casaco e friamente disse com um toque de preocupação em sua voz.
- Por hoje você não fará mais nenhum movimento se quer para fora dessa casa, de preferência desse quarto. Eu preciso saber como e porquê essas malditas Flores douradas estão em você. - Proferiu exasperado despertando Flowey de seu pequeno transe. A flor parecia ter recebido um vislumbre de uma antiga memória e então quase caiu em desespero.
- Oh não! Eu me lembro dessas flores! É a mesma coisa que Chara teve! Não, não, não, NÃÃÃÃÃÃOOOOO!!! Por que você também está com elas?! Por quê?!?! - Ele desatou a chorar deixando Frisk sem reação e perdida na situação. Sans ficou imóvel e calado apenas fitando ela com suas orbitas profundamente negras
- Gente... Não estou entendendo absolutamente nada! O que essas flores inofensivas podem me fazer de tão ruim?
- Elas vão te matar aos poucos! - Exclamou Flowey o que fez a menor arquear uma sobrancelha com um sutil toque de deboche estampado em sua expressão.
- Sério? Nossa! Estou desesperada em saber que vou morrer por culpa de botões de ouro! - Sua voz soou em um toque de ironia para os ouvidos de ambos perante si. Ela suspirou e sorriu meigamente para a flor. - Flow, você esqueceu que eu já estou morrendo...? Não se preocupe com essas florzinhas, veja elas como um enfeite, eu vou ficar bem ok? Nos vamos conseguir sair todos do underground! E para isso, não posso ficar o resto do dia enfurnada no seu quarto Sans... Papyrus está fazendo o almoço certo? Vamos comer, descansar por uma hora e seguir em frente, fechado? Sinto que vislumbrarei algo lindo mais adiante!
Sans se permitiu relaxar da tensão que tomou-lhe os ossos e suspirou virando o rosto para o lado ao meio tempo que as bolas brancas e reluzentes voltavam a brilhar no meio da escuridão de suas orbitas.
- Ok, ok... Já sei que ir contra você não vai dar em lugar algum...
- Fico feliz em saber que você aprende rapidamente, Sansy. - Falou a mesma de forma risonha diante o parcial apelido carinhoso que dera para ele que, no entanto, tivera sua face a queimar ao ouvir tal apelido.
- Eca, que coisa nojenta de se presenciar... - Murmurou Flowey que rapidamente recebeu um peteleco às escondidas de Sans. - AIE! OLHA AQUI SEU SACO DE OSSOS! QUEM TE DEU O DIREITO DE ME DAR PETELECO?! - Exclamou assumindo sua expressão intimidadora e assustadora, o que não surtiu efeito em Sans e apenas deu um sobressalto em Frisk que levou a mão ate o peito murmurando " que susto!! ".
Sans se colocou a assoviar enquanto leva a flor ate a cabeceira e repousou a bota com ele ali. Frisk sorriu com a situação, eles pareciam que nunca iriam se dar muito bem mas aparentemente, para ela, se respeitavam e internamente preocupavam-se um com o outro já.
- Ah sim! Flow, me passa as minhas pílulas ai, vá que elas ainda tem um pouco de efeito e pelo menos me ajuda a retrair os efeitos do tumor. - Ela comentou engatinhando sobre a cama para próximo de Flowey que prontamente retirou o frasco com o remédio de Frisk de dentro da terra da bota.
- Aqui, minha raiz nao soltou disso um segundo se quer. - Proferiu orgulhoso de si mesmo fazendo Frisk rir docemente de tal ato.
- Obrigada, meu herói! - Brincou fazendo Flowey rir de maneira tímida. Ela tirou apenas uma pílula e jogou-a goela abaixo engolindo tal com o auxílio de sua própria saliva. - Argh, engolir isso sem água é horrível! Mas ainda é suportável até. - Comentou fazendo uma careta que até mesmo fez Sans rir ao ver tal.
// Quebra de tempo \\
Após Snowdin se encontrava as Cachoeiras. O lugar mais lindo de toda Underground em conjunto a Waterfall que se ficava logo mais adiante. Frisk, a cada passo que dava no chão macio de todo aquele lugar, olhava encantada para todo canto que seus olhos a brilhar constantemente batiam. Ela não tinha palavras para aquela região do Underground enquanto que Sans não parava de admirar a alegria e animação que ela exalava como se nada de ruim a rondasse, aquilo era o que mais lhe encantava em relação a ela.
Não havia muito o que se fazer, a cachoeira e Waterfall era um tanto vazios, principalmente Waterfall que tinha um grande ar misterioso e magico em seu " ar " o que deixava aquela região tão bela e magnífica quando as cachoeiras. Aqueles lugares eram como um oásis em meio a tanta energia negativa e caos.
- Hey, Sweetheart. - Chamou Sans aproximando-se de uma das varias flores azuis que enfeitavam Waterfall. Ele havia adotado de vez aquele apelido para Frisk, no qual a deixava sem jeito a cada vez que era chamada pelo mesmo. - Essas flores azuis são EchoFlowers (Flores Ecoantes). Se você sussurrar para elas, as mesmas sussurram o que você disse de volta para si, vem cá. - Ele acenava e logo sussurrou algo para a flor deixado a garota curiosa e, com um sorriso --diferente dos outros que sempre continham um toque de deboche e sarcasmo -- apontou para a flor com a cabeça. - Escuta só. - Proferiu após de afastar de flor permitindo que ela fosse ate tal e ouvir o que ele teria dito.
Frisk aproximou o ouvindo da mesma que logo sussurrou " Obrigado por estar tentando nos salvar, Sweetheart. ". Ela o fitou com a face totalmente tomada em vermelho e um sorriso bobo desenhado aos lábios. A menor poderia não dizer, mas, cada ato que ele vem realizado naquele dia fazia com que ela se encantasse mais e mais pelo mesmo.
- Quanta melosidade... - Resmungou Flowey de seu lugar " VIP " dentro do casaco de Sans, fazendo Frisk cair na gargalhada e o esqueleto arquear um sobrancelha inexistente.
- Ai ai... Cherinho de ciúmes no ar, é isso mesmo Flow? - Brincou a morena fazendo a Flor corar bruscamente e a fitar indignado.
- É só minha antipatia por esse saco de ossos! Não me vejo capaz de confiar nele! - Defendeu-se em êxtase. Sans riu discretamente enquanto Frisk fazia isso descaradamente.
- Flow, isso foi ontem! Já é passado, foca no agora, huh? - Fingiu dar bronca e ele apenas bufou murmurando um " Ta tanto faz... " em meio ao revirar de olhos.
// Quebra de tempo \\
Frisk pode afirmar com todas as suas formas remanescentes que fez exercício para dois ou três dias inteiros diante a tamanha caminhada que fez pela Cachoeira e Waterfall em conjunto de Snowdin pela parte da "manhã".
- Oh, ja estamos perto da entrada de Hotland. Não quer voltar e descansar por hora? Você parece um tanto abatida Sweetheart... - Alertou Sans enquanto ainda andavam já sendo capazes de avistar a entrada de uma caverna mais adiante que dava no próximo local de underground.
- Nossa... Andamos tanto assim? Quanto mais vamos ter que andar ate Asgore, Sans? - Ela perguntou parando de andar o que fez com que o esqueleto realizasse o mesmo e a fitasse de forma pensativa.
- Hotland é bem maior que a Cachoeira e Waterfall juntos, acho que chega a ser quase que uma junção dos dois com mais um terço ou dois de Snowdin... Heh, parando pra pensa, esse lugar além de enorme é um poço sem fim de quebra-cabeças chatos... Sem contar o labirinto em si que o Core é. - Explicou logo escutando um bufar entediado e causando vir de Frisk.
- Não quero mesmo dar de cara com um quebra-cabeça no momento...! Vamos voltar então! Renovar as energias e seguir em frente! - Animada, ela girou em seus calcanhares dando as costas para o caminho que seguiam sendo acompanhada por Sans.
- Frisk... - Murmurou Flowey chamando a atenção dos dois que estavam prestes a caminhar rumo de volta ao caminho que seguiram. - É impressão minha, ou estamos sendo observados por uma intensão horripilante e assassina? - Engoliu em seco.
Sans travou no lugar e se concentrou confirmando a desconfiança de Flowey, o que deixou o esqueleto mais tenso fora a questão de conhecer muito bem aquele poder mágico.
- Vocês são bem distraídos para um lugar onde se deve MATAR OU SER MORTO! - Exclamou a voz muito bem conhecida por Sans. Os dois viraram em sobressalto na direção que viera tal vibrante voz e ergueram as cabeças para o topo da entrada da caverna. Lá estava a Capitã da Guarda Real de Asgore, Undyne. Sua armadura era deveras, anormal, ja que a parte superior era como uma blusa preta de baby lock de mangas rasgadas com um coração cortado ao seu meio desenhado em seu centro. Suas pernas eram recobertas por uma calça jeans preta rasgada na extremidade superior sendo segurada por uma cinta branca e botas vermelhas de salto sobre os pés enquanto que sob suas mãos levava luvas vermelhas idêntica as que Papyrus utilizava. Seu olho esquerdo, de fundo negro como os de Sans, continha um intenso brilho dourado esverdeado que fuzilava Frisk fazendo-a prender seu ar sem ao menos perceber. - Humana! Sua alma, a sétima alma, me pertence! - Brandou com intensidade e sem que Frisk pudesse se manifestar, ou qualquer outro ali presente, a alma de intenso brilho vermelho da morena saltou-lhe do peito diante a sede de sangue e o desejo de matar que a monstro transmitia.
- FRISK! - Exclamaram em Uníssono Flowey e Sans, mas ja era tarde. A alma de Frisk, por conta do que fizera durante a parte da manhã, possuía o HP reduzido e por mais Determinação que tal transmitia aquilo não foi o suficiente para impedir o que se seguira. Como em um piscar de olhos, uma lança azul fora jogada com velocidade total na direção da garota que sem muita reação fora atingida de forma certeira tanto em alma quanto em corpo. A lança atravessou-lhe ambos os corações cravando-se no chão logo atrás de si fazendo com que a garota ficasse parcialmente deitada no ar. Flowey, em sua bota, havia sido jogado ao chão para próximo de Sans que, por sua vez, encarava a cena juntamente da flor em estado de choque.
A morena cerrou os dentes sentindo sua vida escorrer por entre seus dedos enquanto o gosto metálico de seu sangue que se fazia a invadir o paladar e o mesmo escapava pelos cantos da boca logo sendo acompanhado pela tosse que lhe arrancara o ar dos pulmões e rasgava-lhe a garganta. Ela ergueu as mãos até o cabo da lança, próxima de seu peito, e começou a erguer o corpo rugindo em meio ao processo, tal coisa que despedaçara a alma tanto de Sans quanto de Flowey que atônitos observavam tudo de camarote ambos sentindo como se os segundos tivessem virado tortuosos minutos. A Determinação de Frisk oscilou fazendo o brilho transmitido por sua alma perfurada brilhar mais intensamente em um breve piscar de olhos, ela recusava-se de acabar daquele jeito.
Narração - Frisk
Primeiro eu perdi o sentido do tato, seguidamente da audição. Aquilo era muito estranho, afinal era a primeira vez que eu morria e achei que seria a primeira e última. Quando a escuridão tomou conta de minha visão e não mais sentia nenhuma dor ou ao menos meu corpo, eu confirmei que... Eu havia morrido. O mais anormal era a sensação de estar mergulhar de cabeça em aguas calmas e, caso eu abri mesmo os olhos, aquele lugar era tão escuro quanto no sonho que tive ao me encontrar com Gaster, mas eu sabia que era praticamente o mesmo lugar pois a sensação que eu sentia estando ali era extremamente a mesma. Após um tempo eu finalmente sentir alguma, meu corpo sendo repousado em algo e nisso tenho certeza absoluta agora que abri os olhos já que aquele lugar se fazia estranha e iluminado.
- Você acordou... - A doce voz invadiu-me a audição desacostumada por conta dos longos prováveis minutos de silêncio. Movi os olhos bem aberto ate a direção de onde tal voz veio e vislumbrei uma garota de pé atrás de minha cabeça. Sua pele era pálida com bochechas bem salientes e constantemente vermelhas como seus olhos. Seus cabelos curtos como os meus eram de um castanho mais escuro, sendo os meus castanhos dourados. Ela trajava um suéter também porem de cor verde com uma única e grossa listra amarela ao centro de seu torso e pegando também os braços. - Bem-Vinda ao Menu! Eu sou Chara! - Apresentou-se sorridente.
- Chara...? - Repeti surpresa me sentando em um sobressalto para fitá-la melhor. - M-Mas você não havia morrido?
- Bom, estou morta sim... O que você vê é um fragmento de minha alma, o fragmento no qual minha consciência permanece, outra está em Asriel e a terceira acredito que já saiba... - Assenti com a cabeça um tanto quanto freneticamente o que a fez rir. - Eu achei que você iria conseguir passar por toda Underground sem morrer e vir ate o Menu...
- Isso agora virou um jogo? - Perguntei arqueando a sobrancelha esquerda com um ar sínico de deboche.
- É... Pode-se se dizer assim... Mas só você é capaz de acessar o Menu por causa da sua alma que é feita em base de Determinação. Embora que por algum motivo, você não pode fazer isso sempre que quiser, também notei que seus saves são aleatórios o que também é bem estranho... - Divagou gesticulando com as mãos como se aquilo fosse me ajudar a entender melhor.
- Saves? - Repeti curiosa, aquilo parecia interessante.
- Sim! Você pode continuar de um ponto Save ou Resetar tudo a partir do Menu, mas eu duvido que você vai escolher o Reset, não me parece ser da sua praia refazer as coisas ja feitas. - Explicou alegre, aparentemente ela não tinha lá com quem conversar a um bom tempo...
- Acertou em cheio, Chara. - Sorri para a mesma enquanto me levantava e olhava ao redor. Tirando o lugar em que estávamos, todo o resto era pura escuridão. Tenho certeza que estou no mesmo lugar que encontrei Gaster mas apenas em um ponto diferente daquele.
- Bom, então... Ta esperando o que? - Ela perguntou apontando para dois grandes botões quadrados, que eu não havia percebido antes, um pouco mais a frente. O da esquerda continha escrito nele " COTINUE " enquanto que o a direita estava " RESET ". Fitei a mesma de forma pensativa e ergui assim minha destra para a esta que me fitou de forma desentendida.
- Por que não vem comigo? Acho que meu corpo pode suportar seu fragmento, e deve ser triste e solitário demais aqui... E eu aposto que você sente falta do Asriel! - Ela arregalou os olhos vermelhos em surpresa e ficou sem reação por alguns instantes logo ergueu ambos os braços balançado as mãos de maneira frenética no ar.
- O-O que? N-Não, tudo bem! Isso vai sobrecarregar seu corpo Frisk! Eu estou bem aqui, afinal, estou vendo você e todos daqui graças a sua determinação... Ela também está me dando forças indiretamente então nao se preocupe comigo...! Foque-se em salvar o pessoal de Underground... Eu... Eu apenas quero que eles consigam viver em paz... - Ela desviou o olhar de mim enquanto diminuía o tom de voz em cada palavra ate o termino de sua fala, aquilo fora tão fofo de se ver, Chara realmente se preocupava com os monstros por isso não é atoa que todos a amava. Me aproximei dela e a abracei surpreendendo a mesma por instantes, mas que logo retribuiu de forma apertada como se fizesse séculos que não fazia isso e, realmente, isso era verdade.
- Estarei indo, mas na próxima vez que eu parar aqui, ficarei um tempinho para conversarmos e afins ok? - Ela assentiu coma cabeça que estava repousada sob meu ombro. - Ótimo! Torça por mim e tenha certeza que vou descobrir uma forma para te trazer de volta ouviu? Aposto que Asriel vai ter um piripaque quando te ver, heh.
- Coitado dele Frisk!
- Desculpa, ele é muito fofo quando tem um de seus ataques coisas do gênero...
- Isso eu tenho de concordar. - E assim caímos na gargalhada enquanto nos separamos do abraço. - Lembre-se Frisk, mantenha-se sempre determinada!
- Determinação é como meu segundo nome Chara! Até minha próxima morte, heh, que estranho falar isso!
- Hahahaha! Eu imagino que seja! Até breve, Frisk e ah! Uma dica para Undyne, foca nas esquivas isso fere um pouco o ego dela...
- Esquivas, né...? Que meus reflexos me ajudem! - Comentei risonha ao me aproximar do botão " CONTINUE " e fitei Chara de soslaio. - Obrigada, até!
- Até! - Ela acenou sorridente e alegre. Pressionei o botão sentindo como se uma descarga de determinação adentrasse em meu corpo enquanto que minha visão era tomada uma vez mais em escuridão.
Infelizmente, não haverá uma próxima vez no menu.
...
- Ta tanto faz... - Murmurou Flowey e logo o silêncio se instalou no lugar, notei assim que eu havia voltado para pouco após Sans me mostrar como funcionava a EchoFlowey. Esse Save funciona bem mesmo.
- S-Sweetheart...? - A voz tremula de Sans invadiu-me a audição me fazendo mover o rosto para tal vislumbrando assim as lagrimas vermelhas escorrerem por seus olhos, estando o seu esquerdo envolvido pela chama carmesim que presenciei na primeira vez que nos encontramos. - Eu vou matar Undyne... - Murmurou choroso e enfurecido.
- F-Frisk! O que? Mas você... Eu estava... Você foi... O que está acontecendo aqui?! - Perguntou Flowey perdido. Aparentemente eles também puderam perceber a volta no tempo e pior, eles tinham gravado e suas mentes a visão de minha morte.
- Éeeerrrrr... Sans! Vo-Você não vai matar ninguém! Eu morri? Eu morri! Mas Chara me apresentou o Save e aqui estou eu sã e sal... - Opps, comentei sobre a Chara, mas acho que estão em choque demais para terem notado isso!
- Com mais botões de ouro em sua cabeça. - Interrompeu-me Sans de forma fria enquanto levava sua destra ate meu rosto e acariciou a região aonde se encontravam as flores douradas acima de minha orelha. - Agora são seis dessas coisas em você.
- Ah, qual é, são bonitas não são? Veja o lado positivo nelas, nao são em todo ruins e maléficas... - Resmunguei fazendo beiço e rebaixando o olhar para um Flowey travado e sem reação sentindo minhas bochechas esquentarem. Detectamos aqui um ERROR 404!! Sans suspirou e deslizou seus dedos ossudos pela minha face e logo pelo braço repousando sua mão na minha.
- Agora que sabemos muito bem o que nos espera, vamos voltar agora mesmo e organizar as ideias do que iremos fazer para passar Undyne sem que você seja morta por ela novamente... - Sua voz estava em um tom autoritário, eu não poderia contrariar sua vontade mesmo que quisesse.
- Sim, é melhor mesmo, assim o Flow também destrava do ocorrido. - Ri baixo, sendo a única a fazer aquilo o que me deixou desconfortável, porém apenas ignorei e dei um sorriso envergonhado ao canto de lábios.
Sans utilizou de seu teleporte nos levando diretamente para sua casa onde encontramos um Papyrus preocupado e agitado.
- O que foi broh? - Perguntou Sans tentando esconder o toque de choro e preocupação em sua voz, acho que ele se agradecia internamente por suas lágrimas terem secado rapidamente.
- É UNDYNE, SANS! ELA DESCOBRIU DE ALGUMA FORMA QUE TEM UM HUMANO EM UNDERGROUND, FRISK CORRE PERIGO SE ESBARRARMOS COM ELA. - Nos entre olhamos, pois já sabíamos que ela queria minha alma e que tinha em mente que eu estava por underground.
- O que acha que formularmos um plano para burlar Undyne ou algo assim? - Sugeriu Sans. Eu e Flowey, que despertou da sua travada, ficamos calados observando ambos os irmãos.
- ESQUECEU QUE UNDYNE TEM ALPHYS?! SE CONSEGUIRMOS PASSAR DE UNDYNE, VAI SER DUAS VEZES MAIS DIFICIL DE PASSAR POR ALPHYS! NÃO DUVIDO NADA QUE HOTLAND ALÉM DE ABARROTADO DE QUEBRA-CABEÇAS MORTAIS ESTEJA COM GUARDAS EM CADA CANTO. POSSO SER O GRANDE PAPYRUS E O SEGUNDO MAIS FORTE DA GUARDA REAL DE ASGORE, MAS NÃO POSSO FAZER NADA NESSA SITUAÇÃO... ME DESCULPA FRISK. - Ele parecia triste por provavelmente se sentir inútil naquele momento.
Soltei a minha mão da de Sans e fui ate Papyrus erguendo a mão ate seu ombro e dando tapinhas amigáveis ali.
- Tudo bem Papy, o que importa é a intensão, não se preocupe pois tenho uma pequena ideia de como lidar com Undyne!
- Como? - Os três perguntaram em uníssono.
- Vocês verão! - Exclamei enquanto um grande sorriso, de orelha a orelha, desenhava-se sobre meus lábios.
Saber que um grande desafio se encontra logo a frente e que a morte não é lá grande coisa no momento.
Isso lhe enche de DETERMINAÇÃO.
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