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História The Determination to Live. - Capítulo 9 - '' Dançando entre Lanças Azuis ''


Escrita por: KathSkarlet

Notas do Autor


Olá meus amores! Tudo bem? Espero que sim <3

Gente era para eu ter postado durante a madrugada, mas eu tava muito morta de sono e não deu! Ai deixei pra tanto postar hoje quanto fazer a luta contra Undyne antes de postar *as ideias estouraram agora :')*

Um aviso, eu mudei o cenário relacionado à entrada da caverna, por tanto, não me xinguem.q fiz isso para dar mais certo o contexto da luta e tals! u_ú

E MEU DEUS! SÃO SETE MIL PALAVRAS! EU JURO PARA VOCÊS QUE MINHA INTENÇÃO ERA SÓ SEIS MIL! MAS NÃO! FORAM FODENDO SETE MIL!!!!!!! To com medo de mim o----o

Sem mais delongas, espero que gostem e boa leitura!!

Capítulo 9 - Capítulo 9 - '' Dançando entre Lanças Azuis ''


Fanfic / Fanfiction The Determination to Live. - Capítulo 9 - '' Dançando entre Lanças Azuis ''

Capítulo 9 - " Dançando entre Lanças Azuis. "

 

 

 

NarraçãoFrisk

 

 

 

Fomos nos sentar nas cadeiras da mesa que se encontrava na cozinha deles para assim discutirmos o que poderíamos fazer sobre Undyne e Alphys. Sans e Papyrus sentaram a minha frente enquanto eu tirava Flowey de dentro do casaco e o colocava sob a mesa.

 

- Vamos apontar os fatos que sabemos primeiro sobre Undyne. - Começou Papyrus já mais calmo do possível desespero que ele tinha anteriormente, sua voz era assustadoramente calma e fria agora, ele parecia extremamente pensativo sobre como contornar aquela situação. Acredito que ele quer mais do que ninguém que eu consiga salvar todos de Underground... Papyrus pode parecer marrento, frio e imparcial, mas eu consigo ver nos orifícios negros de seus olhos a bondade e o carisma que seu ser verdadeiramente é. A vida sempre é cruel com pessoas de bom coração...

 

- A única coisa que sei daquela peixonauta é que ela tem uma cabeça oca que só sabe pensar em matar, tanto ela quando a pré-histórica parecem ter sucumbindo a loucura, as únicas que ainda permanecem firmes e fortes ainda por essas bandas o resto dos que enlouqueceram bateram as botas rapidinho. - Comentou Sans aparentemente desleixado, suas orbitas estavam como um poço imparcial e negro. Calafrios correram pela minha coluna ao pousar meus olhos sobre os dele. Posso afirmar que de passivo ele, no momento, nao tem nada...!!!!

 

- Sans! O mais sensato é se apontar coisas que não são bem fáceis de se ver! Como por exemplo, eu o Grande Papyrus já lutei contra Undyne. Precisei fazer isso para passar por ela e posso afirma algo, mesmo com aquela armadura "flexível" ela é consideravelmente lenta, seu forte é a força bruta imposta em suas lanças mágicas e ela sempre deixa de lado a agilidade, flexibilidade e rapidez mais física.

 

- Oh... Então, seguindo os padrões de lutas humanas, Undyne deve se encaixar bem no Box... Eu fiz Karatê em parte da infância e um bom tempo na adolescência, por tanto, eu tenho exatamente as habilidades que faltam para ela!! - Exclamei sorridente enquanto batia o punho destro cerrado sobre minha palma canhota aberta indicando que tive uma ótima ideia. - Era por isso que ela me disse pra focar nas esquivas... - Murmurei para mim mesma chamando a atenção de Flowey que se mantinha ao meu lado deixando-o curioso.

 

- Ela quem Frisk? - Indagou-me Flow tentando entender meu comentário que eu havia jogado no ar.

 

- Ahn... Depois te conto umas coisinha, okay? Vamos focar nesse probleminha primeiro, heheheh... Heh... - Proferir logo rindo de maneira nervosa e desengonçada, Flow por sua vez assentiu com a cabeça e os irmãos se encararam dando de ombros. - Bom, nos já temos um ponto forte aqui... O problema é que se a Undyne é a Capitã da Guarda Real e você o segundo mais forte de lá, - Falei apontando para Papyrus com o queixo em meio à fala. - O que obrigatoriamente lhe faz o co-capitão da Guarda Real, se você ou ao menos Sans se meter entre mim e ela poderão ser considerados traidores e coisas do genero... Resumindo, vocês estão completamente imponentes nessa e não Sans. - Percebi que ele iria se protestar e já tinha em mente o que ele possivelmente diria. - Não importa o que diga você não pode, você é irmão de Papyrus e se você aparecer ao meu lado me ajudando a lutar contra Undyne, além de você instantaneamente ser tachado como um traidor, automaticamente seu irmão será considerado um também por simplesmente compartilharem o mesmo " sangue".

 

Sans suspirou exasperado, os pequenos círculos brancos que ficam nos centro de suas orbitas negras havia retornado com um ar de derrota como se tivesse perdido a aposta do século. Sorri meiga na tentativa de conforta-lo só percebendo isso após ter feito, o que me deixou levemente sem jeito fazendo que eu pigarreasse e jogasse para escanteio o estranho sentimento de abalo por deixa-lo daquela forma. Ele parecia uma criança quando tiram seu doce ou brinquedo favorito.

 

- Você está certa... É que... - Ele ponderou em suas palavras o que me deu a entender, junto a Flow, que ele quase que iria comentar sobre minha " suposta morte ". - ... Bom, eu já gosto de você, pirralha, por tanto me sinto na obrigação de estar lá para pelo menos te salvar em uma situação em que você não consiga sair... - Sinto que minhas bochechas esquentaram, ele indiretamente se declarou para mim?! Oh meu deus! Socorro! Aquieta-se coração! Qual seu problema?! N-Não é hora pra issooooo!!!! AAAAAAAAHHH!!!!

 

- Talvez não seja uma má ideia... Você pode ajudar de forma indireta e discreta... - Comentei procurando ignorar o ataque de desespero misto a fofura que se instalou dentro de minha mente. - Me diga Sans, quais são suas habilidades?

 

- Hã? Ah bem, tem a criação que eu materializo o que eu desejar, o que geralmente são projéteis em forma de ossos e você já viu... Tem o teleporte que você também já experimentou e por ultimo o controle de gravidade, eu posso deixar o peso gravitacional de alguém bem mais pesado ou muito leve...

 

- Ei, eu não sabia dessa! - Exclamou Papyrus em tom de indignação.

 

- É que não tenho o costume de utilizar essa habilidade por me cansar muito mais rápido que o teleporte... - Sans deu de ombro e eu comecei a processar a informação que seria mais do que útil.

 

- Acredito que tenho o plano perfeito! Undyne será completamente difícil de se lidar, por tanto devemos deixa-las incapaz de voltar a correr atrás de mim já que conversar com ela e abordar que eu também quero tirar todos daqui não vai funcionar pois como você disse ela enlouqueceu... - Proferi fitando Sans ainda pensativa e então continuei. - E depois disso resolver sobre a... Han... Alphys, falei certo...? - Os irmãos assentiram a cabeça em sincronia.

 

- Ai que está, sabemos muito pouco sobre a Pré-histórica, e o que sabemos vem do tempo que trabalhei junto a ela no Laboratório por um pequeno período após ela virar a Nova Cientista Real. - Sans me explicou apoiando os cotovelos sobre a mesa e repousando a parte superior de seu crânio, onde ficaria a testa, sobre as ossudas mãos.

 

- Então Alphys vai ser o nosso grande problema. - Concluiu Flow que se mantinha a mover a cabeça para cima e para baixo com uma de suas folhas abaixo de sua boca onde teoricamente ficaria seu queixo.

 

- Exatamente. - Afirmaram em uníssono os esqueletos.

 

- Vamos deixa-la de lado por hora então! Irei falar o que tenho em mente para lidar com Undyne e é muito simples, irei usufruir de duas coisas que sei bem e aprendi durante minha infância e adolescência.

 

- O que? - Os três perguntaram ao mesmo tempo claramente curiosos e interessados o que me fez rir baixo.

 

- A arte marcial do Karatê, como eu já comentei, e a Dança Balétt. É a combinação perfeita e acrescentando sua habilidade de controle de gravidade, você pode deixar meu corpo mais leve o que vai aumentar minha agilidade e se bombear a velocidade vem de bônus! - Expliquei fitando Sans ao final de minha fala.

 

- Você é um gênio ou o que Frisk? - Falou Flow chamando minha atenção e assim pude vislumbra-lo sorrindo de forma radiante o que me fez rir baixo enquanto sorria de volta.

 

- Acho que apenas um tanto inteligente na medida do que preciso! - Afirmei lhe lançando uma piscadela o que fizera o mesmo rir, aquilo era muito bom, pois fazia-me sentir que realmente somos irmãos e essa sensação me enchia de alegria e estranhamente também de determinação, alias, era o que eu mais precisava ter no momento.

 

- Oh, esqueci que eu também posso mover aquilo sobre o controle de minha magia gravitacional ao meu bel prazer... - Eu acho que senti um toque de malicia em sua voz, apenas acho. Solenemente ignorei essa sensação perversa que sua voz me transmitiu.

 

- Serio? Então ai esta à carta na manga! Se eu não tiver uma reação de escapatória para algo você usa isso... Heh, obrigada por fazer isso por mim Sans... - Proferi sorrindo meigamente para ele e então pude nota-lo corar levemente.

 

- N-Não tem de que Swe-Frisk... - Segurei o riso de seu constrangimento e do olhar que Papyrus, que ficou caldo apenas observando a conversa já resolvida, lhe fuzilando de cima. Sans voltou à postura normal e fingiu tossir enquanto que se levantou da cadeira seguindo para o meu lado da mesa. - Bom... Já andamos muito por hoje Frisk, é melhor você ir descansar e amanha veremos se resolvermos logo esse problema sobre Undyne.

 

- Sim, você está certo, é melhor fazer isso mesmo. Já estou meio cansada da adrenalina de hoje... - Divaguei suspirando pesarosamente ao lembrar-me da sensação de ter o coração cravado por uma lança. Levantei-me pegando Flowey nos braços. - Boa noite sr. Papyrus. - Falei acenando para ele com a mão livre enquanto me virava para sair dali sendo acompanhada por Sans.

 

- Boa..... O que é isso no seu cabelo Humana? - Perguntou o mesmo curioso, acredito que se referia as flores e rapidamente improvisei aliviando a tenção que se instalou sob Sans e Flow.

 

- Oh, essas flores? São lindas né? Achamos um pequenino punhado delas em meio as EchoFlowers em Waterfall, resolvi fazer um pequeno enfeite de cabelo com elas! - Expliquei a mentira da forma mais verdadeira que pude fazer. A ossatura maior sorriu concordando com um aceno positivo.

 

- Combinou com você até, faz contraste com seus olhos. - Sans o fitou surpreendido, aparentemente ele não deve ter presenciado muitas cenas assim afinal. - Nyehehe, achava que eu não sou um bom analisando né, mano?

 

- É... Você não parece ser do tipo que presta atenção em muitas coisas principalmente as mínimas. - Defendeu-se o irmão mais velho dando de ombros no ar.

 

- Você está certo de certa forma, eu era assim antes, Undyne me treinou então acabei desenvolvendo esse fator bem útil até.

 

- Esse é meu broh. - Falou Sans fingindo limpar uma lágrima inexistente de um dos olhos demonstrando estar orgulhoso.

 

- NYEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEH! - Papyrus desatou a rir com uma expressão mista a insatisfação como se odiasse estar fazendo aquilo.

 

Por fim, Sans me arrastou para seu quarto e mais uma vez naquele dia apenas me soltou quando me colocou sentada na cama, ele era fofo sendo protetor assim, amor à primeira vista realmente existe então, huh? Ri baixo de mim mesma deixando os dois monstros no cômodo sem entenderem.

 

- Do que você 'ta' rindo? - Indagou Sans antes de Flow.

 

- Nada, nada, apenas algo que pensei...

 

- Hum...

 

- Errr... - Flowey se manifestou chamando nossas atenções para ele sob meu colo. - Eu to curiosos ate agora Frisk, quem é " ela "? - Indagou-me, fiquei tentado puxar na minha mente ao que ele se referia ate que lembrei.

 

- Ah sim! Vou ter que lhes contar do começo então. - Sans se sentou ao meu lado sinalizando que estava tão curioso quando Flow para saber o que eu viria a dizer.

 

Comecei a explicar dês do momento que eu tecnicamente morri. Quando falei sobre Chara, Flowey ficou em choque e Sans surpreso afinal nenhum dos dois faziam a mínima ideia que algo assim poderia ser possível de acontecer e deixei bem claro para que não me perguntassem como por que eu não fazia a mínima ideia. Comentei também para Sans da estranha sensação de reconhecimento que eu tinha do lugar que me parecia ser o mesmo de quando encontrei Gaster em meus sonhos. Falei sobre os Save’s e o Reset e eles ficaram tão confusos quanto eu.

 

- Espera, quer dizer que esse tal de Reset te faria voltar para o momento da queda em Underground? - Perguntou Flow descrente e eu apenas assenti. - Que loucura é essa! Mas devemos agradecer a existência desses Save’s, o mais estranho é nos dois também termos percebido a volta no tempo...

 

- Não olha para mim, é tão estranho pra mim quanto é para vocês! - Afirmei rapidamente.

 

- Sweetheart, acredito que você esteve no vazio.

 

- Vazio? - Perguntamos em uníssono fitando Sans curiosos.

 

- Nas pesquisas que trabalhei com Gaster, acreditávamos que havia uma maneira de viajar no tempo, coisa de cientistas... Descobrimos a existência de um " Vazio " entre nosso mundo físico e o provável plano espiritual ou do espaço-tempo... Também descobrimos as linhas temporais e acredito que também exista multiuniversos... Bem, depois ocorreu um acidente e Gaster está onde está sem que ninguém além de mim seja capaz de lembrar-se dele.

 

- Uau... Eu adoro esse assunto...! Os humanos chegaram às mesmas conclusões sabiam? Quer saber de uma descoberta humana? - Sans negou diante minha primeira pergunta e rapidamente assentiu diante a segunda parecendo uma criança encantada. - Buracos negros existem e no centro de cada Galáxia existe um Buraco negro supermassivo que serve como um ponto gravitacional que mantem os sistemas solares próximos uns aos outros para manter aquela tal Galáxia unida. Legal né?

 

- Isso... Isso é SANSacional! Opps, não resisti. - E assim caímos na gargalhada de seu trocadilho, até Flowey entrou nessa.

 

- Essa foi nova e realmente interessante Frisk! - Manifestou-se Flow após conter o riso.

 

- Devo concordar com a florzinha, fico surpreso em ver que os Humanos criaram tantas coisas e descobriram diversas outras! - Disse Sans com seu costumeiro e relaxado sorriso.

 

- É... Realmente... - Afirmei o comentário dele com um ar triste e inconformado, Flow e Sans se entreolharam tentado compreender o porquê da minha súbita mudança de humor. Sendo assim, continuei. - Em controvérsia a humanidade destrói cada dia mais e mais o único lugar que temos para coexistir... Mesmo que existam planetas habitáveis em outros sistemas solares pela nossa Galáxia, o mais próximo está a anos luz... Mas tem pessoas que não se tocam que a realidade esta mudando radicalmente e se acham os reis do mundo e que podem fazer o que quiser, poluir e destruir o quanto quiserem... A humanidade está se auto encaminhando para o próprio fim e isso... Isso me enche de uma profunda tristeza... - Terminei exasperada e logo senti Sans me envolver com seus braços em um terno braço, o que me pegou de surpresa, nunca esperaria aquela reação dele, mas também não recusaria o abraço. Repousei a lateral direita de minha face sobre seu peitoral e suspirei olhando para um canto qualquer do cômodo ao meio tempo que acariciava uma das pétalas de Flowey.

 

- Deve ser duro querer proteger algo e não ser capaz de fazer isso... Eu entendo como você se sente... - Murmurou Sans perto de meu ouvido, fazendo-me arrepiar, procurei ignorar isso.

 

- Também entendo isso... - Comentou Flow suspirando, provavelmente lembrando-se de Chara, QUE FOFO! Nossa, melhor momento e motivo para eu achar isso fofo, você é horrível garota...!

 

- É... M-Mas chega dessa viadagem! V-Vamos dormir! - Exclamei me soltando dos braços de Sans quando nossa proximidade me deixou completamente sem jeito. - A-Amanha será um longo dia! - Comentei xingando-me mentalmente pela gagueira. Sans me olhou sem entender aquilo e assim se levantou da cama dando de ombros, andou ate a cadeira que permaneceu no canto perto da porta e se sentou nesta de forma preguiçosa.

 

- Vai dormir ai novamente...? - Perguntei deixando aparente minha preocupação na voz o que fez com que o sorriso dele se tornasse sapeca e malicioso.

 

- O que foi? Quer dormir agarradinha comigo, Sweetheart? - Perguntou descaradamente fazendo com que minha face ficasse tão vermelha quanto um tomate.

 

- E-EU APENAS P-PERGUNTEI! B-BOA NOITE! - Minha voz além de sair travada pareceu robótica. Coloquei Flow no mesmo lugar da noite passada, ao lado da parede sobre a cama, e me encolhi na mesma ficando de costas para o esqueleto que ria baixo da minha reação deveras exagerada.

 

 

 

Narração - Terceira Pessoa.

 

 

 

O dia seguinte veio com a tranquilidade e o silêncio costumeiro de Snowdin. Frisk por sua vez acordou de forma totalmente contrária ao clima do lado de fora, euforia e um generoso toque de desespero resumiam seu estado atual ao abrir os olhos exaltadamente movendo os olhos e cabeça para os lados. O pior daquilo tudo era não se lembrar muito bem do que sonhou antes de seu abrupto despertar o que lhe deixava com um gosto amargo sob o âmago. A morena se sentou na capa e suspirou pesarosamente passando as mãos sobre o rosto levemente suado e passou-a pelo cabelo jogando sua franja, um tanto grudada a sua testa, para trás. Seus olhos pousaram sobre Sans que dormia sentado na cadeira, ao menos ele respeitava o espaço dela e isso a tranquilizava, este logo entre abriu os olhos e fitou a humana que lhe observava percebendo o péssimo estado dela e sua expressão ainda levemente assustada.

 

- Sonho ruim, Sweetheart? - Ela assentiu de forma hesitante já que não se lembrava de muito bem sobre o que fora o sonho, mas, deduzindo pela sensação ruim que sentia de, principalmente, não saber do que se tratava, poderia mesmo ter sido um sonho ruim.

 

- Eu não sei dizer, não me lembro o que foi o sonho só sei que... Era algo ruim ou importante... Nossa como eu odeio essa sensação... - Comentou em um sussurro soprado e logo se levantou, o que fez Flowey despertar.

 

- Bom dia Frisk... Nossa, que cara péssima. - Proferiu o mesmo fazendo a morena rir e dar de ombros.

 

- Posso fazer nada se pareço um zumbi quando acordo...!

 

- Um zum o que? - Perguntaram Sans e Flowey em uníssono fazendo-a rir mais ainda.

 

Frisk elevou a destra batendo-lhe a própria testa de forma leve deixando os dois sem entender o motivo da autoagressão, ela riu baixo da expressão deles e sorriu meiga. - Acredito que terei que ensinar muito sobre minha raça para vocês! E eu acabei de ter uma ideia para ter mais chances com Undyne!! - Exclamou a mesma diante seu lampejo de ideia.

 

- Que ideia? Fiquei curiosos! - Indagou-a a Flor claramente animado e ela sorriu largamente para o mesmo.

 

- Você quer me ajudar na luta também né? - Flowey nem penso duas vezes em assentir com a cabeça. - Se lembra das suas balinhas de amizade?

 

- Uhum, elas servem tanto para atacar quanto para curar, depende do que eu desejar que elas façam.

 

- Perfeito, quando chegamos a Water...

 

- Waterfall. - Riu Sans ao vê-la se esquecer de como pronuncia o nome do lugar.

 

- Isso! Quando chegarmos lá, que tal sair um pouco da toca? Digo, bota. - Sans se desatou a rir do sutil trocadilho que apenas ele entendeu enquanto Flowey focava cm cara de desentendido para tal trocadilho. Frisk riu sem jeito, não era normal sentirem graça de suas piadas ou trocadilhos toscos, mas ela lembrou que Sans fez o mesmo na noite anterior concluindo que ele gostava dessas coisas.

 

- Como assim? Pera, você quer que eu esteja com você durante a luta? Eu não vou atrapalhar...?

 

- Claro que não vai! Acredito que vai ser até melhor! Afinal, duas cabeças pensam melhor que uma e você pode me ajudar em atacar ela, que tal?

 

- Magnífico! Esplendida ideia Frisk!! - A flor exclamou sorridente enquanto Sans resmungou baixo por não ser capaz de ajuda-la diretamente no primeiro obstáculo que a frente dela havia surgido.

 

- Ótimo, vamos nos preparar! Vou tomar um banho... - Ela disse enquanto tomava rumo ao banheiro que existia no quarto do esqueleto.

 

- Oppa, vou junto! - Afirmou Sans sorrindo de forma maliciosa deixando a garota novamente com o rosto totalmente vermelho como um tomate.

 

- Nem pensar! E não ouse usar seu teleporte se não eu lhe espanco! - Exclamou procurando esconder o rubor de sua face entrando com pressa no banheiro e fechando sua porta atrás de si.

 

Sans murmurou palavrões desconexos se dando por vencido e se levantou da cadeira rumando em direção à cama deitando-se na mesma cruzando assim os braços abaixo de sua cabeça.

 

- Hey. - Flowey ao seu lado chamou-o com a voz baixa e o esqueleto apenas resmungou demonstrando que estava a ouvir. - Você realmente está gostando da Frisk?

 

A face branca do monstro maior ficou vermelha e este quase se engasgou com a própria saliva, se é que isso ele continha isso. Rapidamente se lembrou do que disse ontem e disfarçando sua vergonha momentânea usou aquilo ao seu favor.

 

- Claro, eu não disse isso ontem durante a conversa?

 

- Eu sei que você falou aquilo por falar para não tocar no assunto de já sabermos sobre Undyne e que Frisk ja tinha sido morta por ela. Eu estou perguntando sério. - Sans moveu seu olhar para Flowey fitando-o de canto de olho e o mesmo prosseguiu. - Você está gostando dela? Digo, ela me disse que existe diferentes formas de amar na superfície e eu posso afirmar isso, pois sinto cada um desses tipos de amor. Você já a considera especial ou está mais para considera-la uma irmã?

 

Aquilo pegou o esqueleto de jeito o deixando sem uma reação exata, sua face completamente vermelha de vergonha denunciou seu sentimento fazendo a flor sorrir de forma vitoriosa por constrangê-lo daquela maneira. Sans moveu sua mão destra de baixo da cabeça para a boca e virou o rosto para este mesmo lado tentando esconder seu constrangimento e vergonha.

 

- E se eu realmente estiver gostando mesmo dela? O que você iria fazer? Enforcar-me com suas folhinhas? – Aquela resposta era mais que o suficiente para Flowey que sorria constantemente vitorioso.

 

- Não farei nada, eu sei como é amar alguém assim e eu daria tudo para ser capaz de trazer Chara de volta...

 

- Ah, é mesmo, como você fala parecendo que era tão próximo da princesa Chara?

 

Flowey ponderou se falaria ou não, mas e logo ‘’ deu de ombros ‘’ e suspirou. Se Frisk já confiava naquele saco de ossos, não havia problemas de dizer.

 

- É por que eu sou Asriel, é uma história longa a maneira que vim parar no corpo de uma flor, mas não é hora para ficar contando historinhas certo?

 

- Isso foi uma bomba e tanto... Pera, eu não acredito que esse tempo todo eu tenho uma pequena rixa com o príncipe! É eu realmente não curto a realeza... – Sans comentou fitando a flor assustado, mas ao final da sua fala simplesmente deu de ombros de forma relaxada não se importando com aquilo desatando a rir junto de Flowey.

 

 

 

// Quebra de Tempo \\

 

 

 

Papyrus, como havia sido combinado, ficara por Snowdin enquanto o trio se dirigiu ao mesmo lugar da primeira morte de Frisk. Antes de chegarem muito próximo à entrada da caverna, olhando umas centenas de vezes para o topo da mesma pra terem certeza que a Capitã da Guarda Real não estava lá como no dia anterior. Suspiraram em alívio indo em direção a um canto do campo aberto onde uma espécie de mato alto formava-se próximo da parede do local.

 

- Que lugar mais conveniente para esse matinho estar, lugar melhor que esse não vai ter, disso eu tenho certeza. – Afirmou Sans sorrindo de forma relaxada e, como de costume, debochada, mas, sua tensão não deixava-o em paz..

 

- Concordo plenamente... Só peço para que você, em hipótese alguma saia daqui, okay? Não quero trazer problemas sérios para você e Papyrus. – Repreendeu Frisk com um ar preocupado, sua maior agonia era a sensação de que algo ruim aconteceria caso Undyne o visse, afinal, ele afirmou que a mulher peixe havia enlouquecido tal como a cientista real Alphys.

 

- Pode deixar, Chefia. – Falou descontraído fazendo a morena rir e Flowey bufar risonho, contra sua vontade.

 

- Quanto a você Asriel. – Ela chamou a atenção da flor que a fitou. Eles resolveram ir andando, pois Sans precisaria guarda toda a magia que tinha para aquele momento, e durante o caminho contaram para o esqueleto o que acontecera com Asriel, atualmente Flowey. Resolveram que era melhor chama-lo pelo seu nome primário entre si, não faria mal agir assim consigo mesmos. – Sente saudades de se mover pela terra?

 

- Oh se sinto! – Exclamou com os olhos a brilhar.

 

- Então vamos logo com isso, heh. – A garota se agachou tirando a bota de Flowey de dentro do casaco de Sans, que ele fazia questão que ela permanecesse a usar por conta de Snowdin, e rapidamente enfiou as mãos na terra que ali havia tirando Flowey do local e movendo-o para o chão.

 

- Frisk, eu vou deixar o seus remédios ali na bota mesmo, tudo bem? Vai ser mais seguro por hora.

 

- Sem problemas, obrigada por cuidar deles por mim, heh...

 

- Eu fico com a bota, não se preocupem. – Comentou Sans chamando a atenção dos dois para si, ele os observava de cima mantendo o constante sorriso ao rosto. Frisk rapidamente pegou a bota se levantando e a entregou para o mesmo sorrindo ao canto dos lábios de forma meiga.

 

- Obrigada. Vamos logo com isso? Acho que vamos ter que esperar um tempo até ela aparecer, se ela aparecer né...

 

Os dois assentiram com suas cabeças e assim Flowey sumiu sob a terra de Waterfall e Sans adentrou o alto ‘’mato’’ ocultando-se neste. Frisk, por sua vez, respirou fundo tomando coragem e se dirigiu para a entrada da caverna sentando-se no chão dali. Ela olhou para os lados e notou que aparentemente estava tudo vazio e então resolveu fazer uns alongamentos básicos, apenas o suficiente para não machucar nenhum de seus músculos ou nervos quando a hora chegasse.

 

Se passou cinco, dez, quinze minutos. Frisk podia jurar que o tempo de espera já chegava nas marcas dos vinte minutos. Ela fez de tudo, cavou um pequeno buraco no chão e recolocou a terra novamente com medo de deixar a falha no local e por infelicidade do destino tropeçar ao pisar infalso no seu próprio ‘’ trabalho ‘’, ela riu de sua imaginação pregadora de peças. A adrenalina de estar alerta a qualquer coisa que viesse a qualquer momento afetava não só a garota como os dois rapazes. Flowey conseguia saber, de alguma forma, o que acontecia acima da terra e o ‘’nada’’ já estava deixando-o impaciente. Sans, no entanto, mesmo estando bastante tenso, principalmente por constantemente estar a lembrar-se da cena de uma lança atravessando Frisk, mantinha-se calmo e pronto para qualquer sinal de Undyne. A morena jogou o corpo para trás suspirando frustrada, ‘’ Viemos cedo demais? ‘’ ‘’ Será que isso vai dar certo mesmo? ‘’ ‘’ Se conseguirmos, o que vamos fazer sobre Alphys afinal...? ‘’, eram algumas das perguntas que bombardeavam sua mente que já estava ficando cansada.

 

Como um relâmpago, a resposta veio de ‘’ lugar algum ‘’ e, se não fosse pelo bom reflexo e a falta de exaustão física de Frisk, a garota novamente seria acertada em cheio por uma lança que cravou com tudo no chão ao lado de sua cabeça. Com um sobressalto a humana ergueu suas pernas e, sem precisar da ajuda das mãos, impulsionou seu dorso para frente fazendo sua perna esquerda ficar dobrada pra ir de encontro ao chão e servir como uma espécie de mola para jogar seu corpo pra cima enquanto sua perna direita apoiara o pé ao chão com o joelho flexionado, sendo utilizado como uma base para estabilizar o equilíbrio pela súbita forma de se por de pé. Frisk se virou para o lugar que a lança viera e vislumbrou Undyne surgindo da direção que vieram, a morena então sorriu largamente e olhou de forma discreta para onde Sans estava e ele entendeu que aquele ainda não era o momento certo para envolvê-la com sua magia, apenas quando sua alma saísse de seu corpo.

 

- Sete almas... – Começou a monstro com um sorriso macabro desenhado aos lábios. – Você é a sétima alma que precisamos para sair desse fim de mundo. Fico surpresa que desviou daquele ataque certeiro, humana. Ao menos poderei me divertir um pouco antes de pegar sua alma para mim! – Exclamou a mesma erguendo sua destra à frente com a palma aberta e agressivamente a mesma fechou o punho com demasiada força fazendo com que a brilhante e vermelha alma de Frisk saltasse de seu peito. De início, Undyne estranhou a falta de um pequeno pedaço da alma de Frisk, o que a fez finalmente perceber o fraco brilho dourado das flores que ostentavam em meio às madeixas de cor chocolate claro. Ela expulsou as lembranças da pequena princesa Chara e do terrível fim que esta tivera. Seu olhar enfim repousou no de Frisk, chamativos olhos tão dourados quanto às flores e os seus próprios, eles queimavam em coragem e algo que ela desconhecia. Determinação.

 

- Espero que goste de desafios! – Exclamou a garota confiante fazendo um assentir de cabeça de maneira discreta que por Undyne, incrivelmente, saiu despercebido, mas não para Sans. O esqueleto rapidamente ativou sua magia gravitacional sobre a alma de Frisk e seu corpo, por um breve instante, se fora capaz de vislumbrar uma chama carmesim cobrir sua alma e inunda-la de um caloroso e aconchegante calor, dando a ela o dobro da coragem e determinação que a mesma já possuía, aquilo foi revigorante.

 

Undyne ficou mais empolgada pelo desafio que fora lançado para si pela humana, alargando o máximo que podia de seu sorriso repleto de dentes pontiagudos, ela moveu seu olhar para o chão e assim um brilho azul em forma quadrada surgiu no mesmo chamando a atenção de Frisk para tal. Em instinto ela saltou para o lado e pousou de forma graciosa, parcialmente à ponta dos pés, e sorriu marota para a mulher peixe que por pouco não ficou de boquiaberta. Sobre o local que Frisk antes estava projéteis de lanças se ergueram do chão em altura suficiente para lhe atravessar o corpo, a morena suspirou em alívio, mas sabia que aquilo era só o começo. A monstro tentou executar o mesmo ataque novamente e mais uma vez Frisk escapou em um salto para o lado que anteriormente estava, ela poderia descrever a leveza de seu corpo como a de uma pena a plainar no ar.

 

- Argh! Fique parada para que eu possa te acertar! – Exclamou já claramente irritada, ela materializou uma lança no ar ao erguer seu braço direito para o alto e logo abaixou-o agressivamente apontando para a morena com seu indicador. Ao mesmo tempo em que aquela lança fora com tudo em direção a Frisk, mais duas lanças se revelaram em cada lado da primária ficando a poucos centímetros atrás da mesma.

 

Com um meio sorriso estampado aos lábios ela voltou a saltar, mas desta vez não foi para nenhum dos lados e sim para cima da lança que se localizava ao centro, por pouco a mesma não lhe acertava, ficando no topo do cabo desta. Sua postura era impecável e equilíbrio não lhe faltava, ela esperava e suplicava internamente que nenhum dos sintomas do câncer viesse com tudo naquela hora crucial. Aproveitando do espanto de Undyne, Frisk flexionou seus joelhos sutilmente e saltou em direção a ela imaginando que, pela leveza atual de seu corpo, tal salto alcançaria uma distância anormal e de fato fora exatamente isso o que aconteceu. O impulso fora suficientemente para alcançar Undyne e, aproveitando da altura que estava por conta da Lança, desferiu uma joelhada com a perna esquerda, exercendo bastante força neste, na face da mulher peixe atordoando-a brevemente, até por que a mesma não esperava por tal rapidez de um ataque surpresa sendo pega totalmente desprevenida. Frisk ainda conseguiu, de alguma forma que nem ela sabe dizer, por seu pé direito no ombro de Undyne e após a joelhada no rosto da mesma, levou seu pé esquerdo até o outro ombro dela e usou-o de impulso para ir de encontro ao chão, pousando sobre esse com a mesma graciosidade que os anteriores. O impulso que pela morena fora utilizado, em conjunto do ataque atordoante, fez Undyne cambalear para frente e cair ajoelhada ao chão, bom, ao menos com o joelho direito sobre o mesmo enquanto a outra perna permaneceu dobrada já que ela usou a mesma de apoio para o braço esquerdo procurando se recompor da surpresa e do golpe.

 

- Devo admitir, punk... – Proferiu a maior erguendo-se do chão e cuspindo sangue para um canto qualquer, assim fitando a morena por cima do ombro com seu único olho bom a brilhar de animação e adrenalina. – Eu amo desafios! – Materializou uma lança em sua mão destra e ao meio tempo que se virava para Frisk, realizou um golpe em diagonal de baixo para cima que por pouco não acertou a humana em cheio na barriga, porém, pegou-lhe de raspão no braço. Ela resmungou de dor e pela ardência da ferida que mesmo sendo de raspão, seguindo a lógica de um jogo, teria lhe tira três a quatro pontos do HP.

 

- FLOWEY! – Exclamou dando o sinal para a flor abaixo da terra. Ao lado de Frisk, uma pequena semente saiu de forma rápida da terra a tempo dela agarrar a mesma com sua destra e correr até Undyne desviando de outro ataque ao se jogar no chão deslizando deste por entre as pernas da mulher peixe que curvou-se e olhou para a humana pelo lugar que passara com o olho arregalado.

 

- Onde diabos você aprendeu essas coisas Punk?! – Perguntou se colocando em postura e virando-se novamente para a garota que já estava de pé.

 

Ela olhou de relance para sua ferida, a sensação de frescor sobe o local a fez entender que era relacionada ao ato de cura já que o ferimento literalmente já estava fechado.

 

- Oras, é apenas uma dança divertida que criei com duas coisas que aprendi na superfície! Gostou? Eu nomeei de Balattê! – Falou a mesma fingindo sotaque francês ao proferir o ‘’ nome ‘’ da ‘’ dança ‘’. Sans, que ainda estava escondido, precisou se conter ao máximo para não rir do que a garota disse, ele devia concordar que foi uma bela junção de nomes.

 

- Nada mal... Quero dizer, pare com esses saltinhos de uma vez! – Falou a mesma chamando a atenção de Frisk que sorriu largamente, se ela conseguiu salvar Toriel que para Flowey era um caso perdido... Por que ela não salvaria Undyne também? Ela conseguiu visualizar uma pequena brecha para seu ato de ‘’ salvação ‘’ naquele mesmo instante com a fala da mulher monstro.

 

- Ah, vamos lá, eu sei que você gostou! – Sem dar resposta, como se ela se recusasse a talvez admitir que sim, Undyne simplesmente voltou a atacar Frisk com as lanças que saíam do chão. A morena suspirou irritada por notar que a monstro diante si poderia ser tão teimosa quando ela própria e se colocou a desviar com igual graciosidade anterior dos ataques da maior. – Pelamor, Undyne! Não precisamos lutar! Você nem ao menos conseguiu me acertar de forma grave! Apenas de raspão e depois nem isso! – Proferiu enquanto desviava de lanças que surgiam do nada no ar.

 

- Calada humana! – Exaltou-se a mesma que já dava pequenos indícios de cansaço, o que não passara despercebido para Frisk. Será que Sans também já estava assim? Não, em nenhum momento a leveza de seu corpo havia vacilado, ele deixou claro que ela sentiria em si mesma caso a magia dele estivesse ficando escassa e ela podia afirmar de alguma maneira que ele tinha ainda muito mais magia do que se poderiam imaginar.

 

- Você quer saber de uma coisa então?! – Exasperou-se a garota já ficando irritada com a situação, ela não queria prolongar aquilo. Undyne a fitou com desentendimento e a menor simplesmente prosseguiu. – Por mais que você pegue a minha alma, vocês não vão conseguir quebrar a droga daquela barreira! Sabe por quê?! – Aquilo chamou a atenção, não só da mulher peixe quanto do esqueleto e da flor abaixo da terra, aquilo era novidade para os três. Novamente ela continuou suas palavras explicativas parando de se mover, Undyne parecia ter se esquecido de executar ataques parecendo bastante curiosa com o que a humana diria. – Essa coisa que os manteve presos aqui em baixo por todo esse tempo, só poderá ser destruída pelas mãos de um humano! Como eu sei disso?! Eu duvido que você saiba quem é ele, mas, Gaster, o Cientista real anterior à Alphys, foi quem me disse pessoalmente! Ele só descobriu isso depois que supostamente morreu e sua existência fora apagada da mente de todos, menos um. – Aquilo atingiu Sans com tudo. Undyne no entanto ficou atônita ao saber que mesmo que tivessem as sete almas, eles nunca seriam capazes de sair do Underground.

 

- Isso é mentira! Humanos só mentem! – Exclamou Undyne furiosa voltando a executar seus repetitivos ataques enquanto a garota, que parecia ter os memorizado com tão pouco, desviava com sua habilidade e leveza sem fazer um mínimo esforço.

 

- Sim! Você tem razão! A minha raça é cheia e corrompida por mentirosos, maus caratês, duas caras, desgraçados e malditas pessoas! Mas isso não significa que todos são assim! Incrivelmente são somente uma minoria diante as pessoas boas, gentis, generosas, solidárias, caridosas, amorosas e carinhosas que existe mundo afora! Vocês tiveram o terrível azar de topar logo com muitos dessa minoria que compõem nossa sociedade, e é por esse motivo que eu decidi ajuda-los! Eu quero salva-los do Underground! – Afirmava a mesma em meio às suas esquivas continuas. – E eu não posso deixar de ressaltar que... Já existe uma sétima alma! Não inteira, é apenas um terço dela, mas... Se vocês viessem a utilizar de outra alma inteira, ai mesmo que não daria certo! Não pode ter mais nem menos, tem que ser exatamente sete almas humanas, não sete almas e um terço! E se você acabou de pensar que é simples, só descartar esse um terço existente, saiba que está muito enganada! É exatamente esse um terço que já se encontra na barreira!

 

- Você....... Você não pode estar dizendo a verdade........ – Proferiu Undyne visivelmente exausta, sua magia já estava em seus últimos resquícios.

 

- Eu tanto posso como estou... – Por fim, a ultima lança fora lançada em sua direção antes que a mulher peixe desabasse, de forma derrotada, de joelhos ao chão. Frisk nem precisou se dar ao trabalho de desviar, pois a arma desapareceu antes de lhe acertar.

 

- O que ela está fazendo...? – Murmurou Sans para si mesmo. Durante as esquivas, Frisk acabara parando novamente de costas para ele e por conta disso ele não podia ter uma boa visão de Undyne. Uma sensação ruim pairou sobre sua garganta ao ver a garota se aproximar, sem tomar os devidos cuidados, da mulher peixe.

 

- Por favor Undyne... Eu apenas quero salva-los... Ajude-me a ajuda-los...! – Suplicou a garota que sorria meiga para a maior ajoelhada no chão de cabeça baixa. Flowey finalmente saiu da terra parando alguns metros atrás de Frisk, seu ato foi feito na hora certa de vislumbrar uma lança se formar acima de Undyne, apontada diretamente para a alma e o coração de Frisk, ela iria fazer o mesmo ataque do dia anterior.

 

- FRISK! CUIDADO! – Exclamou assustando a garota fazendo-a virar-se em sua direção deixando seu corpo de lado, o suficiente para que Sans fosse capaz de notar o sorriso sanguinário e macabro de Undyne.

 

- JAMAIS AJUDAREI UM HUMANO! – Exclamou lançando sua ultima lança com os resquícios de sua magia com velocidade total para atravessar o corpo da garota e parar do outro lado do local.

 

Sans foi mais rápido, com seu reflexo ele usou sua magia que ainda envolvia Frisk para jogar seu corpo pra trás, já que ela havia ficado de lado. A menor cambaleou recuperando o equilíbrio do súbito ato do esqueleto e vislumbrou a lança passar bem próxima de si e assim indo em linha reta para frente, exatamente pro local onde Sans estava escondido.

 

- NÃO! – Exclamou a garota esticando sua destra na direção da lança como se fosse capaz de segurar tal com isso.

 

Nesse instante, foi como se o tempo parasse de forma breve. Todos ali presentes puderam ver o corpo da garota ser engolido por chamas rubras, bem puxadas para o negro, e sua alma brilhar tão intensamente quanto seus olhos dourados que agora mesclavam com um tom vermelho deixando-os um tanto alaranjado em meio à junção das duas cores. Ela sentiu uma formigação sobre a palma de sua mão enquanto que aquele breve medo que engoliu seu coração era jogado para escanteio pela sua determinação de conseguir parar aquela lança, seja da forma que fosse possível de fazê-lo. A arma, no entanto, fora envolvida pela mesma chama rubra que cobria Frisk e, por pouco não acertando Sans, veio a se tornar pó caindo por fim sobre o chão de terra que Waterfall possuía.

 

- M-Magia...? – Undyne murmurou descrente pelo o que seu único olho funcional visualizou. – Impossível...! Humanos não podem usar magia! – Exasperou-se erguendo o olhar espantado para a humana que ainda continha seu corpo envolto pelas chamas, proporcionadas pelo uso de sua recém e descoberta magia. Ela tentou se segurar, mas o esgotamento de sua magia fez com que a mesma viesse a enfim perder a consciência.

 

Flowey, de queixo caído, observava a garota que não entendia o que tinha acabado de fazer. As chamas finalmente se desfizeram e junto veio a tonteira e o mal estar. Sans ficou atônito com o ocorrido por alguns instantes e assim ponderou de sair do seu esconderijo mas, ao ver Frisk desatar a tossir como fizera no dia anterior, jogou tudo pelos ares (quase que a bota vai junto.q) e correu até a garota que agora visualizava suas mãos ensanguentadas pelo próprio sangue.

 

- Heh, gostei do que fiz, mas... As consequências não são nada agradáveis... – Brincou após quase cair ao chão, porém, sendo pega por Sans que logo a colocou em seus braços.

 

- S-Sweetheart! Shhh, não fale! Você acabou de fazer algo impossível para os humanos e a situação atual de seu corpo já não é das melhores...

 

- Ah Sans... Eu desintegrei aquela lança com magia...! Isso foi demais! – Tossiu novamente agonizando com o arranhar que tal ato fez em sua garganta, resmungou baixo xingando-se internamente por ter aquela maldita doença.

 

- Eu sei, foi incrível...! Você me salvou e eu sou eternamente grato a ti Sweetheart... Mas agora, por favor, não se esforce mais...!

 

- N-Não Sans! Te-Temo....ss.... Temos que pro...prosseguir.......! – Proferiu a mesma lutando para manter-se de olhos abertos. Sans moveu o olhar para os botões de ouro nos cabelos de Frisk vendo, para sua infelicidade, outras nascerem fazendo parecer agora um pequeno pedaço de uma coroa de flores. A alma da garota finalmente voltou para dentro de si, sem perder o intenso brilho que ali havia. Sans se perguntava como funcionava o surgimento das flores em Frisk e Chara, afinal, apenas estas duas as tem.

- Não, você vai descansar... Não poderá prosseguir assim...

 

- Concordo com o saco de ossos. – Flowey se intrometeu olhando para Frisk preocupado. – Undyne vai levar bons dias para se recuperar, se ela ousar usar novamente de sua magia antes disso, ela sabe que pode até morrer. Não se preocupe com isso por hora Frisk, nos conseguimos! Derrotamos Undyne! – Ele disse procurando confortar a garota.

 

- Vo...Você tem razão A....Asriel... No....ss....conse.....guimos...... – Seu tom de voz estava cada vez mais baixo e arrastado, a garota estava se entregando ao doce mundo da inconsciência, mas antes ela murmurou com um alegre e angelical sorriso a desenhar-se sobre os lábios. – Obri...ga...da....

 

A ultima visão de seus olhos de cor alterada fez o possível coração de Sans parar, ou melhor, sua alma se apertar. Seu único e maior desejo agora era ser capaz de salvar aquela frágil humana daquele inferno denominado Underground.

 

Colocou a bota de Flowey no chão e usou de sua habilidade para por a flor junto da terra do local no recipiente que este logo envolveu com a sua magia e elevou tal para seu ombro. Segurou Frisk o mais firme que podia em seus braços e os teleportou diretamente para seu quarto repousando a garota em sua cama, colocou Flowey sobre um canto qualquer do quarto, este que nem ao menos protestou sabendo que não era a melhor hora para reclamar de algo, e logo se colocou a limpar as mãos ensanguentadas da garota com alguns dos papeis que pegou estando os mesmos jogados pelo seu bagunçado quarto para em fim cobri-la.

 

- Durma bem... Sweetheart... – Murmurou o esqueleto que assim depositou um beijo sobre a testa da garota, virou-se para a Flor e disse. – Vamos resolver logo o que fazer sobre Alphys, mesmo Undyne estando agora incapacitada de usar magia, definitivamente não podemos perder tempo!

 

- Não precisa falar duas vezes. – Concordou confiante enquanto Sans o pegava do local que fora posto e saiam do quarto. Olhou uma última vez para a garota adormecida na cama e fechou a porta atrás de si indo ao encontro de Papyrus.

 

 

 

Saber que conseguiram derrotar Undyne e descobrir ser capaz de utilizar magia.

 

Isso lhe enche de DETERMINAÇÃO.


Notas Finais


Obrigada por lerem e até semana que vem <3

Ps.: Muito obrigada pelos 80 favoritos, isso me enche de Determinação! *u*

Para quem quer ter uma ideia melhor de como ficou o olho de frisk, eu editei uma imagem de como estaria <3 aqui o link >> http://i.imgur.com/Glwk1KG.jpg <<


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