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História The Devil's Pact - Capítulo III


Escrita por: michingae_

Notas do Autor


OIEEE

Capítulo 3 - Capítulo III


Fanfic / Fanfiction The Devil's Pact - Capítulo III

  Bebia o suco do meu copo enquanto Amada olhava os homens que passavam como se fosse devorá-los.

   - Escolhe um!- eu falei e ela me olhou estranho

   - Escolhe o que louca?

   - Um homem. Escolhe um!- ela riu e olhou em volta parando o olhar em um homem que parecia beirar os 40, de olhos azuis e cabelos um pouco grisalhos o deixando charmoso, ele vestia roupas casuais e a olhava com a mesma intensidade.

   - Aquele ali.- ela falou baixo ainda o olhando

   - Okay, espera ai.- eu falei me desencostando da pilastra e andando até a mesa onde o homem se encontrava, eu me sentei e sorri simpática.- Oi!

   - Oi! Huum… eu te conheço?

   - Não, mas a minha amiga ali gostaria muito de te conhecer!- eu falei e ele sorriu de lado.- Ela chama Amada! O que você acha dela?- eu observei ele olhando a mulher atrás de mim e umedecer os lábios.

   - Bem bonita! Muito bonita!

   - Que bom. Você quer sair com a gente?- perguntei direta e ele me olhou surpreso.

   - Para onde?

   - Huum… qualquer lugar, mas eu estava pensando no apartamento dela! O que você acha da ideia?- ele riu soprado e pegou o celular, discando algum número logo em seguida.

   - Alô, Paulo? Nossa cara, ocorreu um imprevisto e não vai dar para eu te esperar no shopping mais, to saindo agora!- ele olhou para mim e sorriu- Não, não, não precisa me buscar, eu encontrei alguém que eu conheço e ele vai na mesma direção que eu! Isso! É, a gente deixa para próxima! Tchau!- ele desligou e suspirou.- Vamos?- ele se levantou

   - Espera um pouco! Quando você chegar perto dela você tem que falar seu nome… Qual é seu nome mesmo?

   - Marcos!

   - Então Marcos, você vai ter que falar seu nome e que você quer me dar seus anos.- eu falei sorrindo e ele arqueou uma sobrancelha.

   - Por quê?

   - Porque eu te arranjei um encontro, só fala, é simples!- ele revirou os olhos e assentiu.- Então… O que você vai falar quando chegar perto dela?

   - Oi, Eu sou o Marcos e quero dar meus anos para a… a…

   - Sophia, para a Sophia!

   - Para a Sophia!

   - Isso… vamos!- eu peguei seu braço e andei até Amada que olhava tudo com muita curiosidade, quando nos aproximamos antes que ele começasse a falar eu sussurrei no ouvida dela.- Dá uns 30 minutos para ele!

   - O que?- ela falou rindo assim que eu me afastei.

   - Você ouviu?

   - Sim!

   - Então pronto!- eu falei e o homem começou

   - Oi! Eu sou o Marcos, e huum… eu gostaria de dar meus anos para a Sophia!- ela olhou para mim que tinha um sorriso inocente no rosto e para ele novamente.

   - Tem certeza?- ela perguntou e ele me olhou como se me perguntasse o que ele deveria responder e eu assenti.

   - Sim?- eu dei uma cotovelada de leve nele.- Sim, sim, eu tenho certeza!

   - Okay então!- ela falou e o puxou para um beijo, um beijo que eu parei depois de 30 segundos.

   - Vamos crianças, vocês não podem continuar isso aqui!- eu disse pegando minha bolsa do braço de Amada e seguindo para a garagem do local, seguida pelos dois.

 

 

   Tinham se passado 28 minutos e já estávamos em um lugar afastado, e quando a última casa sumiu de vista eu fingi que o carro quebrou.

   - Droga!- falei batendo no volante e me virando para trás em seguida!- Marcos você tem algumas noção de como consertar um carro?

   - Uma ideia mínima!

   - Pode tentar por favor?!- ele sussurrou um “claro” enquanto saia do carro e parava na frente do meu capô. Eu o abri quando fui pedida para e ele começou a olhar algumas coisas.

   - Por que você fez isso?- Amada perguntou depois de aumentar o volume do som um pouco mais.

   - Eu estava entediada!

   - Tinha que ser com um cara bonito?

   - Foi você que escolheu, não eu!- disse sorrindo falso e acenando para Marcos que dava tudo de si para achar o problema.

   - Você é louca!- ela falou rindo.

   - Eu não achei o problema!- O homem falou na minha janela. Eu olhei o relógio. 30 minutos tinham se passado.

   - Tem certeza? Deixa eu tentar ligar o carro…- eu girei a chave e o motor ligou.- Olha, é mesmo!- ele riu e foi fechar a parte da frente do carro, e enquanto ele fazia eu fechei todas as janelas e tranquei as portas.

   Foi quando os rosnados foram ouvidos pela primeira vez que o homem que não tinha nada a ver com tudo aquilo tentou abrir a porta e não conseguiu.

   Foi quando os cachorros do inferno latiram, que o medo apareceu no olhar de Marcos e ele bateu o vidro para que eu abrisse a porta.

   Foi quando ele olhou para o nada aterrorizado e começou a correr dos monstros invisíveis que eu acelerei o carro e observei pelo retrovisor junto com Amada o homem rolar no chão como se algo o tivesse derrubado, sua camisa se rasgar sem ter ninguém por perto e ele sangrar como se o tivessem rasgado.

   Nós observamos o homem à beira da morte esticar o mão em direção ao carro que ficava cada vez mais longe e desaparecer depois de passarmos por um pequeno morro.

   Aquele homem morreu, e agora eu tinha um ano de vida a mais.

   

 

   - Como se sente?- Amada perguntou assim que saímos do carro com várias sacolas de nossa compra nas mãos.

   - Entediada?

   - Achei que você lidaria pior com isso. Você não parece ser forte. Te julguei mal.

   - Acontece!- eu falei rindo.

   Vinte sacolas, foram 20 sacolas cheias e pesadas. Amada me ajudou a guardar tudo em meu guarda roupa, enquanto minha família não chegava.

   - Você está bem?- ela me perguntou como se realmente duvidasse

   - Sim? Por que?

   - Você não parece bem! - ela disse séria enquanto eu me jogava na cama depois de ter ligado o ventilador.

   - Por que eu não estaria bem?- ela abriu a boca para falar alguma coisa mas o som da porta de entrada se abrindo a impediu.

   - SOPHIA, CHEGUEI!- a voz de minha mãe ecoou pela casa e quando me virei novamente para Amada ela não estava mais lá.

  

 

  Já tinha se passado três semanas desde meu encontro com Amada, duas desde que eu comecei a mandar pessoas para ela quando não tinha nada para fazer e uma desde que ela me visitara para perguntar o que estava acontecendo e o porquê de ter chegado mais de 100 pessoas na última semana em meu nome para fazer pactos.

  Já tinha se passado três semanas desde que eu fui promovida em meu trabalho de estagiária à pessoa para fazer as relações internacionais mais importantes de minha empresa estando no segundo ano de minha faculdade pelo meu alto nível de linguagens, duas desde que fui para China fechar negócios e empurrar pessoas para o inferno- literalmente- e uma desde que Amada me chamou de louca por já ter quase 1000 anos acumulados.

  Já tinha se passado três semanas desde que comecei imaginar o dia em que eu finalmente conheceria Kim Taehyung, duas desde que eu tive uma ataque de pânico e fui para o hospital por ter ficado nervosa demais e ter desmaiado e um minuto desde que tinha recebido uma mensagem em meu celular de um número desconhecido em coreano perguntando quem eu era.

   Novamente!

     ~Achei que já tivesse respondido essa pergunta Kim Taehyung!

~ Sophia?

     ~ Sim!

~ Do Brazil?

     ~ Sim!

~ Por que você não sai da minha cabeça?

     ~ Não saberia te responder.-menti

   Aquele número não voltou a me mandar mensagens aquele dia.

   Pelo resto da semana, toda vez que meu celular tremia por notificação e quase tinha um ataque cardíaco. Mas não recebi mais mensagens, não daquele número, não naquela semana.

   Nem naquele mês.

   Eu ficava cada vez mais frustrada.

~ Como eu paro isso?- ler a mensagem em coreano fez meu coração acelerar. Eu estava no meio de uma reunião quando essa mensagem apareceu na minha tela e eu pedi para me retirar da sala como se minha vida dependesse disso.

     ~ Parar o que?

~ Parar de pensar em você toda vez que eu respiro.

     ~...

~ Seu nome é Sophia Bevollet, você tem 18 anos, mora em Belo Horizonte no estado de Minas Gerais no Brasil. Estuda relações internacionais mas já trabalha em uma grande empresa com um grande cargo já que tem o conhecimento demuitas línguas. Você é army, e eu sei disso porque seu user do twitter veio em minha cabeça e quando eu o procurei só existia coisas nossas. No seu instagram você quase nunca posta, ele serve praticamente para quando é aniversário de alguém. Você faz aula de dança, e dança muito bem. Como eu paro isso?- Amada tinha pegado pesado

     ~ Tae, desculpa! Eu realmente não sei…

~ Deveria te conhecer? Será que isso pararia? Quando você vem para Coréia?

     ~ Coréia não está no cronograma de minha empresa!

~ …

 

 

  Ele não mandou mais nada em uma semana, mas quando ele voltou depois de 10 dias, ele voltou de um jeito diferente.

  Eram 10 da manhã e eu estava no carro estacionando em meu trabalho quando eu recebi uma ligação de seu número.

   - Alô?

   - Annyeonghaseyo!- meu coração parou por um segundo ao ouvir a voz grossa em um tom animado que eu tanto conhecia do outro lado da linha. Eu me encostei em uma pilastra e desci ao encontro do chão tentando concentrar força em minha voz pra prosseguir.

   - Taehyung?

   - Sim!- ele falou de uma maneira fofa e era quase como eu conseguisse sentir seu sorriso retangular do outro lado da linha

   - V?-eu gritei dessa vez e ele riu, e por um momento me senti tonta.

   - Adivinha?- eu tentei encontrar palavras mas a única coisa que saiu fui

   - V…- eu sussurrei.

   - Sim, sou eu, mas não é isso. Mais uma chance!

   - Eu não sei…- falei ainda em tom ainda mais baixo.

   - Eu vou pro Brasil!- ele falou no mesmo tom que eu.

   - … - o quê ele disse?

   - Sophia?!

   - …

   - Alô?! Ok, eu vou continuar... Quando você falou que não viria para Coréia nem tão cedo eu fui falar com o meu manager sobre um suposto descanso antes de começar a tour.- Amada deixou ele completamente obcecado, não era essa a intenção...- Eu custei para convencer ele, mas ele aceitou. Aí eu sugeri Brasil e ele negou no mesmo momento por termos muitas fãs ai, mas eu tinha pesquisado antes, pois sabia que ele falaria isso, falei que seria mais no anterior, onde as coisas são mais quietas, eu falei sobre uma cidade perto de Belo Horizonte, uma cidade turística bem pequena e mostrei mais sobre ela para ele e depois de um tempo pensando, ele deixou.- ele deu uma pausa.- Sophia?- eu tentei o máximo possível não gritar e procurei as palavras que tinham me fugido.

   - Cidade? Que cidade?- perguntei boquiaberta.

   - Serra do Cipó!- ele pronunciou embolado de uma maneira fofa- Conhece?

   - Sim...

   - Vamos daqui a uma semana, em uma terça, vamos chegar ai quinta de manhã!- Eu já sabia disso desde ontem, mas queria ter planejado tudo antes de te falar! Então… você nos encontra lá ou nos busca no aeroporto de manhã?

   - O QUE? EU?

   - Nós vamos chegar 03:45 da manhã, Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Nos busca ou nos encontra lá na Serra do Cipó?

   - Eu… eu?

   - Sim, você!

   - …

   - Ok, eu decido! Você nos buscará então! Será só nós, os staffs e o manager não vem!

   - O que você…

  - É melhor alugar uma van! Annyeong!- ele falou desligando na minha cara.

  Eu queria isso, mas não queria assim, Amada realmente tinha pego pesado... Ou talvez eu quisesse. Meu celular apitou com uma mensagem:

~ Ah, quase esqueci, é para você procurar um local para nós ficarmos. E eu fiz um trato de que nós treinaremos aí, então a casa de preferência tem que ter uma sala espelhada!

  Ele tratava tudo como se fosse tão simples!

  Eu precisava de chamar Amada!

   Peguei meu celular e liguei para a que tinha deixado seu número comigo da última vez em que nos encontramos. Ela atendeu no segundo toque e antes dela ter a chance de falar qualquer coisa eu falei um simples “vem aqui agora, to no estacionamento do trabalho” e desligando logo em seguida. Ela apareceu 5 segundos depois.

  - Você sabe que eu tenho outras coisas para fazer além de ficar com você, certo? E… o que aconteceu com você?- ela me perguntou provavelmente pelo fato de eu estar deitada no chão de um estacionamento.

  - Taehyung!- ela abriu um sorriso

  - Então deu certo?!- ela bateu as mãos e deu um suspiro animado.

  - Ele vai vir pra cá…

  - E isso é bom… Né?!

  - Deveria, ele está vindo para o Brasil para me ver, e isso é completamente surreal e inacreditável! Mas porque eu me sinto tão ruim por dentro?

  - Talvez porque ele goste de você porque um demônio fez isso acontecer e não pelo o que você realmente é!- eu olhei para ela que tinha uma expressão séria em seu rosto.- Chama-se culpa! Agora levanta…-ela puxou minha mão me ajudando a levantar- Posso fazer alguma coisa para te ajudar?

  - Uma carteira de motorista para dirigir uma van!- ela me olhou duvidosa

  - Para que você precisaria disso?

 - Pergunta para ele…- ela olhou para suas unhas e depois estalou os dedos, olhando para mim e respirando pesado.

  - Está na sua carteira! Aceita uma van de uma vez?-ela perguntou sarcástica

  - Muito obrigada, mas a minha carteira me ajuda nessa.- ela se virou e começou a andar- Espera! Mas tem como chegar em um ponto em que ele volte ao normal, tipo… sair do efeito?

  - Nossa, a culpa te faz mal! E o mais engraçado é que você se sente culpada por causa disso e não por ter mandado centenas de pessoas para meu encontro! Tchau!- ela foi embora antes de me responder e eu andei até o elevador. Ele demorou mais do que o normal para chegar e eu subi para minha sala, deixei as coisas em cima da mesa e me sentei na cadeira, passando minhas mãos pelo cabelo.

  - Aish, ottoke?!

  - O que aconteceu?-eu me assustei ao perceber a presença de meu chefe ali.

  - Anh… nada!- ele riu e sentou na cadeira em minha frente

  - 15 minutos atrasada!

  - Eu estava lá embaixo, falando no telefone! Desculpa!

  - Imagina! Eu trouxe uma nova proposta para você…-ele colocou uma pasta amarela na minha frente- Em Dubai daqui a 5 dias… vai ficar até terça- até terça? Não era possível o nível do meu azar. Eu esfreguei meus olhos para ver se isso era mesmo verdade, mas ele continuava ali e a pasta também. Peguei a pasta e de cara já tinha minhas passagens junto com meu passaporte.

  - Tem que ser eu?

  - Sim, você é a única que fala árabe aqui e… o que aconteceu, você sempre gostou de viajar?

  - Eu ia falar com você hoje, daqui a uma semana uns hum… amigos, vão vir passar alguns dias aqui e me pediram para mostrar as coisas para eles. Eles não são brasileiros e sou a única que fala sua língua e…

  - Que dia eles vão chegar?

  - Quinta!

  - Olha o data da passagem Bevollet.- eu abri a pasta novamente, a data de ida era domingo e de volta era quarta à tarde, encaixaria direitinho- Decidido então?- eu assenti e ele saiu da sala sorrindo- Até mais Bevollet!

  Eu não lembro de ter pedido boa sorte para Amada, mas foi uma ótima coincidência.

...


 


Notas Finais


GENTE PELAMOR COMENTEM SÉRIO!
ANNYEONG
.......
xoxo


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