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História The Devil's Pact - Capítulo V


Escrita por: michingae_

Notas do Autor


Capítulo novo para avisar que:

Não, não abandonei a fic, só tenho muito dorama para atualizar e muita pouca ideia!

Capítulo 5 - Capítulo V


O caminho até a pequena cidade foi mais rápida que eu imaginava. Talvez porque eu tenha dormido até o motorista passar por um buraco no meio da estrada e eu bater a cabeça na janela com tanta força que por alguns segundos eu achar que a mesma estava sangrando, causando uma série de risos na van que parecia extremamente silenciosa antes.

   A situação em geral era toda muito estranha. Não apenas pelo fato de ser quase impossível, mas a áurea era pesada.

   Cada tentativa de me entrosar com eles era falha, mas tinha quase certeza que aquilo era alguma criação da minha cabeça rejeitando os acontecimentos. O bloqueio mental que eu tinha criado era evidente, eu tinha a impressão que entrava em devaneios a cada segundo para tentar me convencer que aquilo tudo não era tão errado como eu achava que era.

   Eu conseguia ouvir risadas e barulhos no andar de baixo da casa, enquanto eu continuava sentada na cama, olhando para um quadro que não fazia muito meu gosto.

   Eles estavam se divertindo com Amada, e eu estava dentro de um quarto trancado vendo um cachorro preto em um quadro que tinha apenas flores amarelas.

   Estava presa na minha paranoia, no meu medo, na minha culpa.

   Eu sentia minhas mãos suando frio e a visão que eu tinha do quarto começou a ficar cada vez mais embaçada.

   - Sophia!- uma voz veio em direção da porta e eu vi a imagem de Taehyung.- Por que você não me respondeu quando eu te chamei?- eu pisquei algumas vezes confusa e ele trocou o peso do corpo de pé.- Vim aqui te chamar, a gente vai jogar um jogo.

   - A porta não estava trancada?- ele me analisou por alguns segundos e sorriu.

   - Sim, mas você não me respondeu quando eu te chamei quinhentas vezes, ai eu tentei usar a chave do outro quarto aqui. Mas por que você não me respondeu?- eu olhei novamente para o quadro onde eu continuava a formar a imagem de um cão na minha cabeça.

   - Eu não ouvi.

   - Eu te gritei.

   - Eu tava pensando e não escutei.- ele olhou para o quadro e franziu os lábios.

   - É feio! Você não acha?

   - É sim!- falei rindo e me levantando.- Estava pensando em queimá-lo quando fizermos uma fogueira, o que acha da ideia?

   - Os donos da casa vão agradecer.- ele falou saindo do quarto e eu o segui, dando um último olhar para o grande animal e fechando a porta.

   - O que a gente vai jogar?- falei o alcançando na escada.

   - Amada disse alguma coisa sobre “eu nunca”. Não sei como que joga, ela disse que era para te chamar para fazerem uma demonstração.- ele falou calmo.

   Eles não tinham nem chegado direito e Amada já queria os embebedar, e eu tinha medo do que ela poderia fazer com eles enquanto eu não estava perto.

   - Não sei se é uma boa ideia… Vocês podem negar se quiser!

   - Do que se trata?

   - Você vai ver…- falei quando chegamos a sala, onde todos se encontravam sentados no sofá e a demônio voltava com duas garrafas de tequila e nove copinhos empilhados.

   A minha vontade era de frear ela, de não deixar isso acontecer, mas a parte de mim que queria ver isso dos meninos falou mais alto quando ele fizeram barulhos de aprovação para ela.

   - Você vem?- Tae me olhava parado a dois metros de mim, enquanto eu continuava no último degrau da escada, como se eu descesse não iria ter mais como voltar.

   Eu respirei fundo e fui. Os meninos trocavam olhares e palavras ansiosos e eu tentava distinguí-las no meio de minha confusão mental. Me sentei na poltrona e Taehyung puxou uma cadeira da mesa e se sentou entre eu e Yoongi, que estava afundado com as costas no sofá que compartilhava com Jungkook e Namjoon, sem falar nada, mas tinha um leve sorriso no rosto.

   Nenhum deles parecia ter notado a nossa chegada até Amada erguer uma dose da bebida em minha direção e soltar um “vamos mostrar a eles como se joga!”, o copinho foi passado de mão em mão até chegar na minha, que estava gelada e úmida.

   - Vamos começar com uma leve para a explicação do jogo. Eu nunca…- ela olhou para mim e sorriu- beijei ninguém que está nessa sala!- os meninos alternavam os olhares entre eu e a outra mulher, que estava na ponta oposta da mesinha.

   Amada subiu com o copo e assentiu com a cabeça em minha direção- como se brindasse silenciosamente- e virou a dose na boca. Namjoon, que parecia já ter entendido como que o jogo funcionava soltou uma exclamação de surpresa e olhou para mim cheio de expectativas.

   Eu olhei para o pequeno copo na minha mão e percebi que seu líquido tremia. Ignorando esse fato levei o copo até a boca e repeti a ação de Amada, sentindo a bebida descendo rasgando a minha garganta, deixando um gosto horrível na boca. Ela sorriu e eu ri sarcástica colocando o copinho na mesa.

   - Entenderam?- Namjoon afirmou com a cabeça e os outros disseram um não em coro.- A pessoa da vez fala uma frase, uma coisa que de preferência ela nunca tenha feito, porque aí as pessoas que já fizeram essa coisa bebe uma dose, quem tiver feito menos coisas vence, basicamente.- os meninos ficaram em silêncio por alguns segundos e depois as exclamações do exemplo que tinham presenciado começaram uma por cima da outra.- A sequência é em sentido horário, então agora é você!- ela apontou para o maknae, enquanto eu pegava a garrafa que estava mais perto de mim e enchia novamente meu copinho.

   - Eu nunca…- ele olhou para o nada pensando- joguei esse jogo!- Amada bebeu a dose dela e falou:

   - Bem, essa é a ideia… você só precisa se esforçar mais para fazer afirmações mais interessantes!- eu ri, bebi e voltei a encher o copo.- Sua vez Namjoon!

    - Eu nunca beijei nenhum homem!- eu olhei em volta com a sobrancelha arqueada enquanto bebia e enchia- O mínimo toque de bocas vale!- o garoto completou e três dos garotos se movimentaram, Taehyung, Jin e Hoseok. Eu teria ficado surpresa se já não tivesse visto o momento que essas coisas aconteceram. Depois que os outros copos voltaram a ficar cheios todos olharam para Yoongi.

   Assim que todos foram entendendo o jogo e que as sugestões começaram ficar cada vez mais pesadas na mesma velocidade em que nós ficávamos bêbados e o nível de intimidade se dissolvia pela nossa situação, chegou novamente em minha vez.

   Nenhum de nós tínhamos o menor senso do que falávamos mais, e eu, que depois do jogo ter rodado por todas as pessoas umas 10 vezes, só tinha deixado de beber umas duas ou três doses, falei sem pensar:

   - Eu não me imagino nesse exato momento em uma cama lá em cima com ninguém!- deu cinco segundos e todo os copos estavam vazios, eu virei o meu e ri alto.- Eu sugiro a famosa “surubangtan”!- falei a expressão em português que ninguém ao não ser Amada entendeu, já que a vi rindo, mas também, isso foi a última coisa que eu vi, antes da minha visão desestabilizada e embaçada virasse o completo, escuro e profundo preto.

 

 

   Quando eu acordei estava na minha cama e o relógio digital no criado mudo mostravam ser onze e cinquenta e cinco da noite, e não parecia ter uma alma viva na casa. Não tinha ninguém do meu lado, o lugar onde Amada deveria estar, e uma leve preocupação de ela estar na cama de um dos garotos me veio à cabeça. Isso junto com a dor de cabeça que apareceu com força e a minha garganta seca que suplicava por água me fizessem levantar do calor da cama e colocar meus pés no frio mármore que cobria o chão.

   O meu caminho até a cozinha foi marcado apenas pelos sons dos meus passos ecoando no escuro. Eu desci a escada escorregando minhas mãos pelo corrimão e quando eu tive a visão da sala, logo antes do último degrau, o som de alguma coisa de metal batendo no chão ecoou pelo silêncio. Pareciam ser panelas e eu imaginei ser algum dos meninos com fome.

   Eu andei até a cozinha e vi a sombra de um deles de costas procurando alguma coisa em uma gaveta e a panela no chão ao seu lado.

   - Huum… Quem é?- perguntei baixo tentando a-reconhecer e a pessoa se virou pra mim, com uma faca em sua mão direita e olhos inchados e vermelhos.- Tae?

   - Sophia?- ele perguntou com a voz rouca e baixa e logo veio em minha direção, colocando a faca no balcão mais próximo e me tomando em seus braços em um abraço.- Desculpa Sophia.- ele disse fungando e eu comecei a ficar assustada.

   - O que aconteceu Taehyung?- perguntei baixo e em tom preocupado.

   - Eu não devia ter feito isso, eu não devia, não devia, me desculpe.- ele falou em um tom ainda mais choroso do que da última vez.

   - Calma, ta tudo bem.

   - Não, não está. Eles estão vindo pra me pegar, eles vão me pegar Sophia.- ele me afastou de seu corpo me segurando pelos ombros. Seu rosto estava molhado e eu já tinha entrado em desespero. Quando eu ia perguntar para ele novamente o que tinha acontecido o relógio extremamente antiquado de pêndulo avisou ser meia-noite e Taehyung pareceu ficar mais assustado ainda. Eu estava confusa ao extremo.

   - Taehyung, calma!- falei assustada. Ele fechou os olhos com força e colocou as mãos na cabeça. Eu estava a ponto de chorar quando barulhos de cachorro começaram a soar e a porta de madeira começou a ser empurrada com violência para ser aberta.- Tae… o que você fez?- ele olhou para a porta e pra mim em seguida.

   - Eu não sabia…

   - O que você…- ia repetir a pergunta quando o garoto me puxou novamente e colou nossos lábios em um beijo umedecido por suas lágrimas. Senti uma lágrima finalmente escorrer pelo meu rosto quando o Tae se afastou e voltou a pegar a faca.

   Eu continuava parada olhando para toda essa situação. Eu não podia fazer nada. Os cachorros estavam aqui por ele, e eu teria que vê-lo sendo rasgado e ouvir seus gritos de desespero. E o pior é que eu não tinha força o suficiente nem para desviar o olhar.

   A porta foi finalmente arrombada e ele não teve nem a chance de tentar acertar os animais invisíveis para mim, ele foi puxado pelo pé para o lado de fora e eu só conseguia chorar enquanto os barulhos de tudo ao redor eram abafados por seus gritos.

   Eu fechei os olhos com força, já que era a única coisa que eu conseguia fazer e quando os gritos sumiram de repente eu os abri novamente, ofegante e totalmente molhada, sentada na minha cama. Tinha um homem em pé na minha frente que eu imediatamente reconheci como Crowley e Amada estava sentada ao meu lado me olhando com pena.

   - Eu não sabia que ela ia ficar assim.- o homem falou e a vontade de chorar me subiu e as lágrimas simplesmente começaram a sair de meus olhos.- Pensando bem, faz sentido.

   - Por quê vocês estão fazendo isso comigo?- Crowley que olhava para Amada se virou pra mim.

   - O que exatamente?

   - Entrar na minha cabeça…- ele riu

   - Não sou eu querida, é puramente você. Efeitos colaterais de entregar tantas almas para o inferno. É como se… se você estivesse virando um demônio antes mesmo de morrer.- eu olhei para o meu braço que estava queimando, uma marca em relevo estava presente perto do meu pulso na forma de um f estranho.

   - O que é isso?

   - É a marca de Caim. Eu nunca tinha visto uma de perto antes, porque a único demônio que a possui está isolado.

   - O que é isso?

   - A marca? Um castigo de Deus. Ela basicamente é um sinal que você é uma pecadora reconhecida por Deus ou sei lá... Parabéns!- a dor que era cada vez maior tirava minha concentração de coisas ao redor e eu o olhei nos olhos.- Você é o segundo ser que vira demônio enquanto vivo. Provavelmente porque né… você faz a função de um demônio enquanto viva e esse tipo de coisa... Com a outra pessoa foi diferente, por isso eu fiquei tão surpreso quando Amada me chamou. Mas o que eu quero mesmo saber é quais são os seus poderes?- ele falava como se conversasse com ele mesmo.- A única coisa que eu sei é que você não morre.

   - Poderes? Eu não morro?

   - Faz parte do castigo… você vai continuar vivendo como uma “humana” até morrer pela primeira vez, ai você retorna como demônio e não tem nada que consiga te matar.- Amada falou ao meu lado- Só a faca de Caim, que está sumida a mais de mais de dois milênios.

   A marca de aproximada uma polegada no canto superior direito no meu braço esquerdo latejou e eu respirei fundo.

   Achei que estava mais calma nessa situação do que acharia que ficaria se alguém me falasse que eu era um demônio, mas no final, não tinha nada pra fazer além de aceitar a situação.

   - Agora…- Crowley que me olhava fascinado falou sorrindo- vamos ver o que você consegue fazer.

 


Notas Finais


Então,
já fazia tanto tempo que eu não escrevia que foi até estranho husahusuhasuashu *alguém me mata

Já que estou aqui vou aproveitar e panfletar pentagon: OUÇAM PENTAGON GENTE, SÓ TEM 10 PESSOAS, TEM OS MELHORES VOCAIS QUE VOCÊ RESPEITA, MAKNAE LINE QUE MAIS TENTA TE MATAR, MELHORES HIGHNOTES, SÓ OUÇAM... ELES FIZERAM COMEBACK UM DIA DESSES:

https://www.youtube.com/watch?v=AeLifhqRggg

Então é só isso mesmo, vou ver se escrevo com mais frequência!
Comentem o que acharam!
.......
xoxo


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