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História The Devil's Wife - Refém


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Hey, aqui estou eu com mais uma fic, já que minha cabeça se recusa a parar de ter ideias. Espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 1 - Refém


Pov Daryl

Cada mínimo pedaço de mim reclama de dor. Minha cara está toda inchada e tenho plena noção de muitos outros machucados espalhados pelo corpo. Me sinto cansado, mas mais que qualquer coisa me sinto cheio de odeio e culpa.

Dwight aparece novamente  e me puxa pela roupa. Não ofereço resistência.  Nos movemos pelos corredores infinitos desse inferno, até que estamos uma espécie de quarto. É arejado, arrumado, com uma cama, armários e sei lá mais o que. Nenhuma arma que eu possa usar ou roubar.

Negan está aqui, com aquele maldito sorriso no rosto.

—Gosta do que vê?- pergunta em tom sarcástico e tenho vontade de quebrar os dentes do maldito.- Sabe que pode ser tudo seu, que é só responder certo.

Ele me entrega um copo de água, que pego mas não coloco na boca.

—O que, não está com sede? Ah, claro, está com a boca mais inchada que bunda de babuíno- zoa rindo, e então se vira pro capacho-  Pegue um canudinho para ele D.

Menos de um minuto depois um canudo está no meu copo. Cachorro adestrada, é isso que esse filho da puta é. Deveria ter deixado morrer naquela porra de floresta.

—Sabe, eu não sou um cara tão ruim assim- diz Negan e o olho sem expressão- Não, não, eu sou um cara bom com os meus. Olhe para o D., que me roubou e fugiu levando a mulher e a cunhada. A cunhada, uma gostosinha de primeira, era cara de manter, com remédios e tudo mais, e por isso tinham que trabalhar para pagar o esforço, mas ainda assim tiveram a cara de pau de fugir.  Perderam a cunhada gostosa.

Ele balança a cabeça negativamente.

—Ele voltou implorando para que eu não matasse a esposa dele. Bem, sendo sincero, eu não ia matar. Mas foi divertido ouvir as apelações. Sherry me implorou pela vida dele,  dizendo que faria o que eu quisesse, até se casar comigo, o que seria um bom negocio se eu já não estivesse casado com a porra da mulher mais gostosa dessa desgraça. Eu pensei, pensei, e então me dei conta de que ela poderia se casar com o Simon, que estava querendo ela a um tempo. Por que não? Ela aceitou, mas isso ainda era pouco, então o Dwigth ali teve que enfrentar o ferro. Agora está ai, no bem bom. Sem esposa, mas no bem bom.

Ele para, aperta os olhos me encarando. Continuo em silencio. O cara é o diabo, o demônio, tudo isso misturado. Filho da puta, desgraçado.

—Eu só tenho uma pergunta para você- diz me olhando fixamente- Quem é você?

Ele quer que eu diga Negan, como todos os outros cachorros treinados dele, mas não importa o quanto me torturem eu não vou quebrar, não vou me curvar a esse homem. Não importa se o que como é comida de cachorro, não vou me tornar um.  Levanto a cabeça em desafio, olho-o de igual para igual.

—Daryl.

Assisto com satisfação o sorriso sacana dele sumir por um momento, para voltar logo em seguida.

—Esse é o único jeito...- começa a argumentar o desgraçado do lado, mas o chefe levanta a mao calando-o na hora. Nem me dou ao trabalho de olhar pra ele, mantendo meu desafio vivo ao não desviar o olhar.

Negan abre a boca pra falar, mas é interrompido por uma voz feminina.

—Então, quem é você?- pergunta com uma voz melodiosa, alguém ao meu lado.

—Daryl –respondo novamente, se eles acham que vou mudar a resposta só por causa de uma mulher ter perguntado estão completamente errados. Tiro os olhos de Negan lentamente, para seguir seu olhar.

Paro por um segundo, totalmente abobado quando meus olhos encontram uma mulher loira, pouco menor que eu, com curvas absurdas, rosto de anjo e olhos de um castanho escuro profundo. Pelo inferno mais profundo e sangrento, que diabos? É a maldita mulher mais bonita e gostosa que já vi na vida.

Está totalmente imponente, de botas pretas, calça jeans colada marcando as curvas, blusa vermelha e jaqueta de couro. Os cabelos caem em cascata, uma pequena trança perdida ali na lateral. Suporte de armas nas coxas, sorriso felino. Um perigo de mulher. Se eu não estivesse tão arrebentado, estaria em problemas ainda maiores.

—Essa parte eu ouvi- responde me olhando de cima a baixo e então se virando para Negan.  Tenho que me esforçar para tirar o olhar de seu maldito corpo. –Quem é ele, Negan?

—Um refém de Alexandria, Baby- responde dando de ombros, e então se vira para mim – Essa é minha esposa, Brooke.

—Refém?- pergunta voltando a olhar para mim.

— Algumas pendencias a serem resolvidas, nada para você se preocupar.- responde passando o braço que não segura lucille pela cintura dela.

Ela se afasta suavemente dele, muito dona de si, nem um pouco submissa como eu imaginei uma mulher dele. Nunca pensei que iria concordar com esse filho da puta sobre alguma coisa, mas a desgraçada é sem duvidas a mais linda mesmo.

—Se é pra brincar com alguém, quem vai brincar sou eu- diz com uma voz tão convicta que eu chego a piscar atordoado. Proxima demais, sem se preocupar com o perigo de virar minha refém ou algo assim.

Ela poderia ser minha moeda de saída, mas algo me diz que é tão forte quanto transparece.

—Estou responsável por esse prisioneiro, Brooke, e ele está sendo tratado como de praxe e...

—E eu não falei com você, Dwight.

Negan solta uma risada e beija o rosto dela.

—Essa é a minha mulher- diz acariciando a cintura dela e virando-a para encara-la- Quer mesmo o refém?

—Sim.- responde  e sinto como se ela estivesse com algum tipo de raiva reprimida.

—Todo seu, Baby – responde e então se afasta- O que você não pede sorrindo que eu não te dou?

Ela sorri vitoriosa, e vira para olhar para Dwight  com uma espécie de nojo, dispensando-o.

—Leve ele daqui, amanhã eu apareço e começo a resolver as coisas.

Algo em meu interior avisa que pode ser muito, muito pior ter ela como quem dita as regras, como responsável pela tortura. A mulher do diabo pode ser o próprio diabo, e eu não duvidaria nem um pouco.

Me deixo ser puxado para a cela novamente.

POV Brooke

Sinto a raiva fluir por todo o meu corpo enquanto assisto Dwight levar o prisioneiro para fora. Mesmo depois que ele saiu, ainda me lembro perfeitamente de seus olhos azuis intensos. Por baixo de toda aquela sujeira ele provavelmente é bonito.

Viro para Negan com as mãos na cintura e expressão indignada. Ele me lança um sorriso cafajeste.

—Refém, Negan?- rosno baixinho e ele ri, soltando lucille no chão.

—Desculpe, Baby- responde me puxando para perto, fazendo meu corpo bater contra o dele- Eu sei que você não gosta, mas foi necessário.

—Eu volto de uma busca, para encontrar um dos homens tentando impedir minha passagem e logo depois entender que é porque está com um prisioneiro. Ah, eu estou puta.

—Tenho certeza de que está- diz contra meu pescoço. O filho da puta está tentando me distrair.- Quero ele entre os meus, Brooke.

—Por que?- pergunto me afastando das mãos dele, para poder pensar melhor. Ele solta um grunhido frustrado.

—Porque vi nele coisa que gosto em homem meu. Estou te deixando no comando, mas ainda quero ele um Negan, Brooke.

—É claro que quer- concordo  meio cansada.- Não falamos ainda sobre Alexandria, mas vamos falar.

—O que quer saber?- pergunta se encostando na parede todo dono do mundo.

Abro a boca pra responder, mas sou interrompida por Simon.

—Que cacete você quer, porra?- pergunta irritado por ter sido interrompido.

Simon fala algo sobre um problema qualquer, e  ele acaba tendo que ir.

—Vai na frente, que eu já apareço- rosna irritado.

Quando estamos sozinhos novamente ele acaba com a distância entre nós com dois passos largos e me empurra levemente até a parede. Pressiona todo o seu corpo contra o meu e me rouba um beijo. Perco todo o ar, e reajo tão intensamente quanto ele. Arranho sua nuca e ele rosna contra meus lábios, me pressionando ainda mais.

—Não faça nenhuma bobagem, mate qualquer idiota que mereça. Volto mais tarde.

Concordo com a cabeça a assisto-o sair. Tento não pensar mais no prisioneiro, para evitar a raiva. Odeio esse tipo de coisa. Odeio tortura, odeio humilhação e Negan sabe disso, por isso tem o cuidado de deixar tudo isso longe de mim.

Saio do cômodo sem preocupações e procuro por Kieran. Depois de algumas perguntas encontro-o no cozinha.

—Olá little sister- diz assim que me vê e abro um sorrisinho para ele.

—Hey.- me sento ao seu lado e roubo um de seus sanduiches.

—Fazer pra que, quando tem o irmão capacho né?

—Quanto drama, Kieran-resmungo dando um tapa na cabeça dele, que ri divertido, ficando sério logo em seguida.

—Qual o problema?-pergunta aproximando mais de mim e me encarando com a sobrancelha franzida.

—Negan estava com um refém escondido.

—Claro que estava, ele bem sabe que você odeia. Ele não vai parar, Brooke.

—Eu sei.- concordo e dou de ombros- Quero saber mais desse refém, vai me ajudar?

—Porque não pergunta pra ele?

—Pra quem?- pergunto franzindo a testa

—Pro refém.

—Porque não estou afim- respondo dando de ombros.

Passamos o resto do dia colhendo algumas informações, e descubro que Dwight tem algum tipo estranho de obsessão, já que está usando até o colete do tal cara.

Acho o colete bonito, e imagino que em seu dono original ele fique um charme. Não penso duas vezes antes de exigir o colete para mim.  D. fecha a cara, mas estou totalmente nem ai. Mando lavar e resolvo mais algumas outras coisas

Vou para meu quarto quando já é noite. Jogo o colete já limpo em um canto qualquer do quarto e me encaminho para o banheiro. Tomo um banho relaxante, tirando sangue seco de zumbi e de gente do meu corpo. Visto uma roupa confortável e estou prestes a deitar quando Negan entra.

Ele me encara, abre um sorriso safado e vem em minha direção. Me puxa para um beijo, a mão emaranhada em meus cabelos, apertando minha nuca e aprofundando o contado. Gemo baixinho e entrelaço minhas pernas em sua cintura.

Meu homem sorri entre o beijo e me leva até a cama, caindo em cima de mim em seguida. Aperta minha bunda e se pressiona contra mim, grunhindo contra meu pescoço. As coisas estão quentes como o inferno e ele está tirando minha camiseta quando levo minha mão até a sua e o paro.

—Não.- digo firme e ele para me olhando entre confuso e irritado. Uma palavra só que define todo o resto.

—Não.- digo novamente e ele rosna baixinho se afastando.

—Por que não?- pergunta com os olhos negros fixos nos meus.- Eu sei que você quer, Baby, eu vejo e eu senti.

—Quero mesmo- concordo me sentando e encarando-o.- Mas você escondeu uma coisa de mim e eu não gostei. Hoje não tem sexo, meu bem.

—Brooke.

—Negan.

Ficamos naquela guerra de olhares por mais um momento  e então ele vai para o banheiro xingando. Volta de banho tomado e se deita ao meu lado.

—Por acaso estou expulso também?-pergunta me encarando todo bravo e eu acabo rindo de leve.

Temos quartos meios separados, porque esse era o meu antes de me casar com ele e não abri mão. Não dormimos juntos todas as noites, mas sei que ele não me trai.

—Não, não está expulso.- respondo rindo e me aconchegando em meu peito.

—Porra Brooklyn, fazer isso é uma sacanagem das grandes- rosna- Eu to cheio de vontade.

—Pensasse nisso antes de esconder as coisas de mim- respondo arranhando de leve seu peito. Ele rosna.- Esse castigo é uma bosta, eu também pago o pato.

—Se eu não estivesse tão puto eu iria rir- avisa e sorrio divertida- O refém filho da puta  já é seu, o que mais você quer?

—No momento nada- respondo levantando o rosto para encara-lo. Ele desce uma das mãos até minha bunda e fico afetada, mas brigo.

—Então porque diabos está dizendo não?

—Porque ainda estou um pouco brava. Tenha em mente que se não tivesse me dado o prisioneiro seria mais de uma noite de não.

—Agora sempre que algo não te agradar vai se recusar a abrir as pernas?- pergunta grosso e me afasto olhando- o  entre indignada, brava e divertida.

—Só quando for coisa séria- aperto o nariz dele que me olha chocado- Pode ser mandão, pode ser o demônio, mas aperto seu nariz mesmo assim.

Dou de ombros diante da expressão indignada e me viro para o outro lado. Ele se vira também e me envolve, entrelaçando as pernas nas minhas e se pressionando em mim.

—Por essas e outras que escolhi você para ser minha mulher.- diz contra meu ouvido.

Sorrio.


Notas Finais


E então, o que acham?


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