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História The Devil's Wife - Provocações


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Primeiramente quero deixar bem claro que não planejo abandonar a historia em momento nenhum. Quero pedir mil desculpas pela demora, e dexar claro que vou tentar mudar isso.
Espero que gostem do capitulo, e que quem sabe se sintam animados o suficiente para comentar.
Beijinhooooooooooos até o próximo.

Capítulo 12 - Provocações


POV Brooke

Acordo lentamente, a nevoa do sono ainda embaçando meus pensamentos. A primeira coisa que me dou conta é que Negan está deitado ao meu lado. Rolo silenciosamente para longe de seu abraço e sigo em busca de uma muda de roupas limpas.  Preciso de um bom banho antes de ir checar Jasper.

Tomo uma ducha quente e rápida e então visto calça Jeans e regata. Saio ainda com os cabelos molhados e encontro Negan sentado na cama.  Ele me encara demoradamente e sorri de lado.

-Bom dia Baby- diz antes de voltar a atenção para as botas.

-Bom dia- respondo meio seca e vou em direção ao criado mudo pegar minhas armas. Depois de coloca-las em seu devido lugar visto o colete de Daryl por cima.

-Ainda está brava?- pergunta se aproximando por trás de mim e passando os braços por minha cintura.

Meu corpo se retesa tenso sem que eu possa evitar. Sinto-me um pouco desconfortável em estar em seus braços, apesar de reconhecer a familiaridade do toque e do cheiro.

-Um pouco- respondo sem me mover. Ele passa a barba contra meu pescoço e morde minha orelha. Arrepio.

-Deixe-me corrigir isso, Brooks- pede e eu inclino a cabeça em direção ao seu ombro.

-Talvez em outro momento- digo me virando para ele, ficando de frente- Tenho uma criança para monitorar. Vejo você mais tarde.

Arranho seu pescoço e fico na ponta dos pés para lhe beijar. Ele segura minha nuca e aprofunda o máximo possível. Meu corpo desperta, mas não dou atenção para isso.

Saio batendo a porta atrás de mim e deixando Negan com um sorriso sacana estampado no rosto. Gosto dele, atração pura e incandescente, mas nesse momento estou um pouco cansada.

Sigo para  a enfermaria e encontro Sherry no caminho. Uma puta, sem duvidas, mas pelo menos é boa em fazer  uns remendos.

Cumprimento o doutor com um aceno de cabeça e ele me atualiza sobre Jasper. Ele está bem. Faço uns testes de rotina, e escuto-o um pouco. Ele sorri e me agradece com aquela inocência de criança. É  a criança de cinco anos mais inteligente que conheço.

-Tia Brooke, quando eu crescer quero ser como você. Um lutador e um médico.- diz jogando a franja marrom para trás.

-Se sua mãe deixar te ensino algumas coisas, Jas- respondo bagunçando levemente seus cabelos. –Volto mais tarde.

-Ta bom. Minha mamãe vai ficar aqui?

-Claro.

Saio assim que Jane chega, e sigo diretamente para a cela de Daryl. Ainda odeio o fato de ele ficar em uma cela.

-Olá porquinhos- digo assim que chego e encontro dois brutamontes na porta. Eles se encolhem diante do meu tom de voz e meu sorriso aumenta.

-Seu irmão foi atrás da senhora- diz um deles e aceno em concordância.

-Nesse caso vá avisar que estou aqui. Estão dispensados. -faço um gesto de descaso e ambos somem pelo corredor.

Destravo a porta e a empurro com o pé. Daryl está sentado encostado na parede e fixa os olhos azuis penetrantes em mim como se me visse pela primeira vez. É tão intenso e invasivo que sinto como se ele me visse nua. Meu sangue esquenta.

-Bom dia, gracinha- digo devolvendo o olhar. Ele inclina a cabeça e logo depois balança em negativa.

-Rainha do Gelo. – diz conforme se levanta. É um cumprimento e um reconhecimento.

-Eu mesma.

-Parece descansada- diz e dou de ombros.- Nunca disse que é médica.

-Nunca achei que fosse relevante.

-É claro que é relevante- responde e arqueio a sobrancelha- Pode salvar sua vida quando a guerra chegar.

-Oh, me poupariam porque sou médica?- meu sorriso aumenta de forma preguiçosa enquanto me aproximo. Seu corpo fica tenso e rijo, entre mim e a parede.- Quanta gentileza.

-Mais do que você pode imaginar- resmunga de volta, a voz rouca enquanto olha para baixo, para meus olhos. Odeio a pequena diferença de altura entre nós.

-Não preciso de sua gentileza- rosno baixinho, minha voz demonstrando o mínimo de emoção possível.  Suas pupilas se dilatam e se não o conhecesse poderia pensar que é desejo.

-Vou me lembrar disso- sua voz é mais rouca do antes e me arrepio ao simples som. Talvez eu esteja com desejo, no fim das contas.

Não deixo que nada transpareça e me viro lentamente em direção a porta. Ele se mantem parado.

-Você não vem?- pergunto olhando-o por  cima do ombro. Ele parece atordoado por um momento, mas me segue.

(...)

A semana passa tranquilamente. Visito o Reino, encontro com Ezekiel e tudo corre bem. Jasper se cura sem problemas.

Daryl é uma coisa mais complicada. Sinto-me cada vez mais compelida e atraída a ele, mesmo que tenha voltado a estar razoavelmente bem com Negan e contar com noites de puro sexo e orgasmos. Não é mais tão intenso quanto antes, e nem tão frequente. Estou distante.

As provocações, e os duplos sentidos das frases de Daryl na ultima semana vieram a ser uma surpresa bem vinda e divertida. A primeira vez que uma delas saiu de sua boca, fiquei momentaneamente embaraçada e isso o divertiu o suficiente para rir. Daryl Dixon riu. E o som foi simplesmente maravilhoso.

Outra descoberta foi saber que ao devolver a provocação ele foi capaz de corar. E por Deus, tudo o que eu queria era empurra-lo para a parede e beija-lo. Me recusei a faze-lo.  Não depois das coisas que ele me jogou na cara da ultima vez.

-Você está viajando, Brooklyn- acusa e viro para olhar nos olhos de Daryl Dixon. Está mais próximo que o esperado e ele nota o lampejo de surpresa que passa por meus olhos- Não deveria fazer isso  diante de um prisioneiro, sabe. Geralmente há vários rancores envolvidos e um momento desses é tudo o que é necessário para que você acabe.

-Isso é uma ameaça?- pergunto arqueando a sobrancelha e inclino a cabeça.

-Quase-  sussurra tão próximo que sinto seu hálito contra meu rosto. – Está derretendo, Rainha do Gelo?

-Nem perto disso, gracinha- respondo e ele me responde com uma careta.

Entramos em sua cela e jogo lhe duas garrafas de água. Viro pronta para sair quando ele me chama:

-Brooklyn?

-Sim?- pergunto

Ele se aproxima de mim tão rápido e habilidoso quanto sempre foi, um caçador nato e no momento eu sou a presa. Me prensa contra a parede ao lado da porta, uma mão segurando um de meus pulsos, a outra apoiada na parede ao lado de minha cabeça. Minha mão esquerda segura minha adaga contra sua costela. Ele abre um sorriso felino, seu nariz encostado no meu.

-Continua tão rápida quanto me lembrava- diz em um sussurro e desce os lábios para meu pescoço. Meu corpo treme em reconhecimento ao toque, e Deus como eu odeio me dar conta de que quero. Quero o toque.

Ele sobe os lábios pelo meu maxilar, a barba me arranhando. Meu cérebro entra em pane por um momento inteiro, mas volto a mim no ultimo segundo e o empurro antes que alcance meus lábios. Minha adaga faz um furo superficial nele e ele me olha surpreso. Sua mão ainda apoiada contra a parede, ao lado de minha cabeça.

-Você quer.- não é uma pergunta, e eu não esperava que fosse.

-Quero.- respondo e vejo confusão em seus olhos- Não menti para você aquele dia, Dixon. –puxo meu pulso de seu aperto e ele me solta, sem se afastar. Passo as unhas por seu peito sem desviar os olhos dos seus- Mas acontece que você me irritou a um nível extremo, e resolvi que não vou te beijar. Bem, pelo menos não antes de você implorar.

 POV Daryl

Depois que minha ultima barreira por Brooke caiu as coisas só desandaram cada vez mais. Fiquei preocupado que ela não dormisse  e não se alimentasse o suficiente, mas ela apareceu no outro dia bem . Um olhar cansado, mas bem.  Voltou a ser minha babá,  e eu consequentemente acabei tendo mais contato com ela e com o garoto. Jasper.

 A Brooke de gelo continuava ali, o tempo todo, mas com Jasper grande parte disso derretia e ela se iluminava em sorrisos e paciência. E eu me encantei ainda mais.

Brooklyn Hayes é uma mistura estonteante do caralho. Fria, calculista, perigosa. Assassina e médica. Gostosa, sedutora e humana. Deus, eu estava no inferno e estava caindo mais fundo pela esposa do diabo.

Não sei bem o porque de as provocações começarem. Quando vi já tinha soltado uma. Eu queria os  beijos de volta, os toques. Foi divertido ver que ela era capaz de corar e ficar embaraçada.  Passou rapidamente, mas ficou marcado na memoria. E gostei tanto de seu rosto corado que adoraria ve-lô corado por outros motivos.

Minha mente ultimamente só ficava na sarjeta. Pensamentos maliciosos me rondando sem parar, constantemente. Ela usar meu colete não ajudava em nada, porque minha imaginação de merda gostava de associar isso a posse, se ela usava algo meu é porque é minha também. E cada vez que eu dormia, era com ela que sonhava. E acordava duro. “ Não preciso de sua gentileza” ela disse.  Ah, a loira não fazia ideia do quanto eu não queria ser gentil com ela.

Hoje ela parecia um pouco distraída, e foi divertido ver um lampejo de surpresa em seus olhos diante de minha aproximação silenciosa. Porra, eu estava em meu limite. Desejo constante me atormentando. Preocupação, ciúme, tudo me rodando e sufocando. Eu caia mais e mais fundo,  e estava adorando.

Então meus instintos assumiram e eu a puxei para mim, prensando-a na parede em seguida. Como sempre ela reagiu rápido demais, e uma adaga estava apontada para minhas costelas. Desci meu rosto para seu pescoço e me perdi naquele cheiro maravilhoso, na pele macia que se avermelhava conforme eu beija e passava a barba. Estava pronto para reivindicar aqueles  lábios cheios e avermelhados quando ela me empurrou.

A ponta da adaga me furou levemente, mas não dei atenção a isso. Me afastei, nunca forçaria nada, mas pude ver certo desejo em seus olhos castanhos.

-Você quer- acusei e ela inclinou a cabeça daquele jeito que me enlouquece, fazendo o cabelo cair sobre o ombro.

-Quero- respondeu e a olhei confuso. Ela puxou o pulso que eu segurava e soltei. Passou as unhas por meu peito e meu corpo todo reagiu, respondeu e estremeceu.- Não menti para você aquele dia, Dixon.- as lembranças voltam em lampejos. A briga, ela dizendo estar apaixonada, eu ofendendo-a. Que erro. Não acho que tenha mentido. Nunca tinha feito-o antes, não acho que faria naquele momento. Como eu esperava que ela ainda sentisse pelo menos uma ponta daquilo por mim.

 E então ela completa:- Mas acontece que você me irritou a um nível extremo, e resolvi que não vou te beijar. Bem, pelo menos não antes de você implorar.

Um rosnado baixo sai de minha garganta enquanto meu sangue corre mais rápido por minhas veias. Implorar. A vontade de beija-la intensamente e profundamente aumenta absurdamente, assim como o desejo. O maldito desejo.

-Eu nunca imploro- respondo entre dentes. Ela afasta a adaga de minha costela e coloca no suporte novamente.

-Eu sei- responde se aproximando mais de mim, se erguendo na ponta dos pés- E eu vou adorar quebrar seu maldito controle, Dixon. Você quer derreter a Rainha do gelo? Pois bem, ela quer quebrar o seu controle.

-Você está brincando com fogo, Brooklyn- resmungo sem me afastar. Ela sorri lentamente, diversão e excitação estampadas no rosto. Um pouco do gelo caindo.

-Bem, vamos ver se eu me queimo então- responde e então morde meu pescoço. Estremeço. Em seguida beijos lentos seguem a mordida e solto um grunhido, conforme  meu pau fica apertado nas calças. Xingo.

-Te vejo depois, Dixon- diz sorrindo e então sai de meu alcance e abre a porta- Vou adorar te ver implorar. Me avise quando estiver pronto.

E bate a porta atrás de si.

Xingo, xingo e xingo. O sorriso sacana marcado a ferro em minha mente. A frustração e o desejo me confundindo. Se o jogo de sedução for seu método de tortura, ela definitivamente está me ganhando, me quebrando.



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