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História The Devil's Wife - Pontinha de luz no meio da escuridão


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Hey!
Obrigada a quem comentou e tudo mais, adoro muito tudo isso <3
Quanto mais comentário melhor kkk
Peço desculpas ao pessoal que não gosta de capítulo muito grande, mas não deu pra evitar.

Capítulo 5 - Pontinha de luz no meio da escuridão


POV Brooke

Suspiro cansada e jogo a planilha de lado e passo a mão pelo rosto. Alexandria definitivamente foi uma maldita fonte de ouro, porque a quantidade de remédios que os salvadores trouxeram é simplesmente incrível.

Odeio isso, esse roubo que acontece com as comunidades acaba comigo, porque não é uma base que eu goste muito, não é algo bonito, e de certa forma nem sequer é necessário, mas é o que o Negan faz, então aceito. Não porque aceito tudo, mas porque é algo com o que posso lidar, é algo que facilita.

Deixo a lista de remédios que podem ser devolvidos guardada e saio em busca de algo para fazer. Não vou atrás de minha responsabilidade, que por acaso tem nome, sobrenome, sotaque, cheiro e um jeito muito estranho e atraente. Não quero ver Daryl agora.

Ele é mais um ponto estranho em minha vida. É meu prisioneiro, mas ainda assim... Não sei, é como se algo nele me cativasse um pouco a todo momento.

Estou procurando por Kieran  quando meus instintos se alertam e me pedem para ir em uma direção especifica. Não discuto comigo mesma nem por um segundo, pois já aprendi a muito tempo que instinto é uma coisa que não se questiona.

Ouço uma voz feminina a minha esquerda e paro.

-Quando se cansar dela, pode ter certeza de que estou aqui- diz uma mulher de forma estridente. – Vamos lá Negan, você nunca foi homem de uma mulher só. Você tinha um harem, não acho que Brooke consiga lidar com todo o seu fogo.

-É mesmo, bonequinha?- pergunta Negan com sua voz sacana e quase posso visualizar seu sorriso. Levanto as sobrancelhas para mim mesma- Pois eu acho que você não sabe porra nenhuma da minha vida.

-Você tinha tantas de nós, tantas. Podia ter quantas quisesse, sempre que quisesse. Não pode se prender a uma mulher só desse jeito, amorzinho.- a voz dela sai rouca, creio que em uma tentativa de sedução. Também é melosa.

-Vá se foder, caralho.- resmunga e em seguida ouço um soco na mesa- Não estou preso a ninguém, estou com ela porque quero, porque é quem eu desejo e quem me satisfaz. Se eu quisesse o harem, eu ainda teria o harem. Agora, querida, me diga, eu pedi a porra da sua opinião?

-Não senhor- diz baixinho e posso ouvir o medo ali. Sorrio divertida.

-Então o que diabos ainda está fazendo na minha frente? Fora.- ouço passos rápidos em direção a porta, mas não me movo. –Hey.

-Sim?-a voz dela treme.

-Quero um sorriso nesse rosto, gosto das mulheres sorrindo nesses corredores. Não me importa se escolhi uma única para cá, se não quero foder mais vocês, nem se dão para um esquadrão de homens, ainda quero um sorriso nesse rosto.

-Claro.- ela responde e imagino o sorrisinho amarelo aparecendo em seu rosto.

A porta se abre, e revela uma morena de altura mediana e peitões. Ela me olha surpresa e vejo o medo passar rapidamente por seus olhos antes de ela se recompor. Imagino que tenha sido uma das esposas de Negan antes de eu chegar, mas sinceramente não me importa.

-Olá Brooke.- diz tentando ser simpática. Cinica, é isso o que a vadia é.

Me desencosto da parede e a soco bem no nariz. Sorrio de lado ao ouvir o barulho do osso cedendo, e ainda mais ao ve-la  cair atordoada. Fraca. A puta queria meu marido só pelo fato de que tinha uma vida boa quando era dele, nada mais que isso.

Pego-a pelos cabelos e a puxo para dentro da sala novamente. Negan levanta o olhar de uma coisa qualquer que fazia, e meu sorriso só aumenta ao ver sua surpresa.

-Hey- digo jogando a mulher aos seus pés- Soube que algumas esposas estão querendo voltar as origens.

Ele assovia e dá de ombros.

-Baby- diz com uma voz rouca e o sorriso de lado.  Chega muito perto, se abaixando um pouco e me encarando fixamente com os olhos negros. Não me toca em nenhum momento, mas sinto como se o fizesse tamanha a intensidade- Não preciso de nenhuma outra. Não com você.

-Eu sei- respondo dando uma piscadinha e me levantando na ponta dos pés para beija-lo.

Ele passa um dos braços ao redor de minha cintura me puxando bruscamente contra o próprio corpo e intensifica o beijo. Arranho sua nuca, puxo seu cabelo, e gemo baixinho quando ele desce as mãos para minha bunda, apertando-a e me levantando levemente com isso. Sinto sua excitação contra mim e quase perco o foco. Quase.

Afasto minha boca da dele e desço para seu pescoço, mordendo e chupando ali, deixando uma bela marca. Logo depois me desvencilho dele,  que por sua vez me olha surpreso.

-Isso- faço um sinal com as mãos mostrando nós dois- Foi só para você se lembrar do que perde se voltar para as vadias.

Me viro em direção a morena que ainda está no chão e a levando pela gola do vestido.

-Gostou da cena?-pergunto entre um sussurro e qualquer outra coisa- É a mim que ele quer, e por mim que ele está naquele estado, e ele não precisa comer mais ninguém. Obrigada por se oferecer, e até mais.

Solto-a e observo ela sair quase que correndo.

-Você é má- resmunga me abraçando por trás.

-É essa sua escuridão que trás a minha para fora- resmungo baixinho, me afastando novamente.

-Te vejo de noite, Baby- digo começando a sair e aproveito para avisar - Vou sair mais tarde para uma ronda.

-Brooke?- me chama e me viro para olha-lo.

- Você está um pedaço de mal caminho- diz e se inclina para trás, passando os olhos por todo o meu corpo- Se recusa a ficar com os vestidos e tudo de bonito que eu gosto que use, mas ainda assim está bonita pra caralho nessa calça jeans.

-Só entenda, eu sou linda que qualquer jeito.- respondo dando uma piscadinha e saindo.

- Mal posso esperar para tirar essas malditas calças de seu corpo- grita e eu caio na gargalhada, já no corredor.

Odeio o quanto gosto desse homem, odeio mesmo.  Antes de conhece-lo eu nunca tinha nem chegado perto de sentir essa coisa intensa por alguém, mas então lá estava ele. De inicio me recusei a ficar com ele, ou até mesmo a gostar dele, mas aos poucos Negan foi me conquistando, me provocando, até que eventualmente eu cedi.

Em algum momento acabei me tornando sua esposa, mas não antes de deixar claro que eu não seria mais uma. Eu não seria mais uma das bonequinhas escondidas em uma sala chique e vestidos caros. Ele já não transava com nenhuma delas a um tempo, e se desfez do harem com facilidade por mim. Nunca entendi o porque.

Depois de passar na enfermaria e conversar com Toby e Carson  eu finalmente encontro Kieran e Francis. Nós planejamos a ronda com calma, almoçamos e então começamos a nos arrumar para ir.

Não estou com muita paciência para lidar com o Dixon hoje, nem com todo o seu magnetismo, então peço para Francis levar algo para ele comer.

Confiro minhas armas, pego uma mochila com água, algumas barras de cereal, lanterna e as coisas típicas de uma ronda curta, na floresta, e então me encaminho para fora, onde vou encontrar meu pessoal.

Annie, Lars, e Kieran já se encontram lá. Damos uma olhada no mapa e então Francis chega. Peço para que abram o portão e Mark faz isso prontamente. Aceno um agradecimento, que ele retribui instantaneamente.

-Brooke- ouço o grito de Negan e me viro nessa direção confusa.

Ele vem em minha direção arrastando nada mais nada menos que Daryl Dixon. Me pergunto se o idiota ameaçou fugir ou algo assim, mas algo me diz que não, o problema não é esse.

Ele está com o moletom de sempre, com seus calçados que devolvi recentemente, o rosto sujo e o cabelo caindo no rosto. De um jeito estranho, é um conjunto atraente. Os olhos azuis se fixam em mim, e ele os rola parecendo entediado.

-Que é? –pergunto colocando a mão na cintura e aguardando que cheguem até o grupo.

-Eu estive pensando sobre nosso prisioneiro e cheguei a conclusão de que quero ver se esse filho da puta é bom em sobreviver.- ele para um momento e olha o grupo, seus olhos parando em Francis- Está levando um cozinheiro novamente, Brooke?

-E?- pergunto me referindo a primeira parte do que disse, para só então me expressar sobre Francis- Ele não é só um cozinheiro e isso não vem ao caso.

-Acho que ir nessa ronda com vocês é uma boa- diz tranquilamente, largando o caipira e se aproximando de mim.- Quero ver se é um sobrevivente mesmo e não estou desperdiçando recursos, já que você não acha que ele é um salvador em potencial.

-Não vamos discutir isso agora- resmungo e ele sorri.  Roda lucille no ar e a apoia no ombro.

-Só me diga se ele é bom, Brooke. Vai me dizer?

Rolo os olhos e concordo. Ele segura meu queixo, apertando levemente minhas bochechas e chega o rosto perto do meu.

-Você não rola os olhos para mim- rosna muito próximo. Rolo os olhos novamente e ele ri, soltando meu queixo e me dando um beijo na bochecha, passando a barba pelo mesmo de proposito.- Até mais tarde esposinha.

-Pare de me chamar assim- resmungo me virando.

-Senhora Brooke cuidado- um dos prisioneiros grita e levo a mão até um de meus bastões nas costas com um movimento só, puxando-o e batendo contra a cabeça do walker que se aproximava.

O corpo cai no chão instantaneamente. Limpo meu bastão na roupa do cadáver e guardo de volta.

-Acho melhor você fazer seu trabalho direito- rosna apontando lucille para a cara do homem- Lucille anda com sede, você não quer ser a bebida dela.

-Ele entendeu, Negan- digo chamando sua atenção de volta para mim- Até mais.

-Cuidado lá fora, Baby-pede e concordo. Ele puxa Dary novamente e o encara firmemente- Traga minha mulher de volta e podemos melhor algumas coisas. E você talvez não morra.

O grupo volta a se mover e desvia de uns escombros entrando na floresta. Kieran bagunça meu cabelo com carinho e então nos movemos para entrar mais na mata.

A diferença na postura do Dixon é notável. Ao chegar na floresta é como se estivesse de volta ao seu habitat, a postura voltando com tudo, o queixo que nunca abaixa se erguendo ainda mais, os passos ficando mais firmes. É a área dele.

-Você está desarmado, por isso fique mais por perto- peço baixinho e ele me olha surpreso.

-Como se eu não fosse receber um tiro se tentasse outra coisa- resmunga desviando o olhar para o mato.

-Que bom que já sabe- digo dando um tapinha em seu ombro.- Só garantindo mesmo.

Ele franze a testa para mim, mas de resto me ignora completamente.

O grupo por si só começa a agir e a procurar por mantimentos e qualquer coisa útil. Quero encontrar um rio, só para inicio de conversa. Algumas de nossas armadilhas estão boas, e encontramos alguns esquilos e coelhos.

Sei bem o que os porcos do Kingdom comem, então prefiro minha própria carne. Não ligo muito para os capangas desgraçados que ingerem a carne podre, e não está em meus planos complicar a vida de Ezikiel, então só deixo ser, evitando que algumas pessoas comam aquilo.

Annie e Lars somem de vista por um momento, e imagino que tenham ido dar uns pegas e com sorte encontrar algo de útil no caminho. Francis e Kieran estão mais a frente, olhando um carro abandonado, procurando alguma peça útil.

Daryl é absurdamente silencioso, o que me faz crer que é um caçador. Também noto que está olhando para o chão, parecendo absurdo em seu próprio mundo, e acho que pode ter achado alguma coisa.  Olho para as folhas secas tentando entender algo, mas ainda não sou o tipo que rastreia. Quase não consigo pegar um bicho que aparece a minha frente, quem dirá rastrea-lo.

-Encontrou algo?- pergunto me aproximando e ele se afasta sutilmente, parecendo desconfortável.

-Mais ou menos- resmunga e me encara com os olhos apertados- Não estou ajudando vocês a encontrar nada, não quando sei que Alexandria já cedeu vários suprimentos.

-Está certo sobre isso- concordo e aceno em direção a Kieran- Estive olhando os remédios e parte deles pode ser devolvida.

-Devolvida?- ele inconscientemente me puxa pelo braço e me solta em seguida como quem leva um choque.

-Tenho certeza de que ouviu bem- respondo sem me abalar, dando de ombros.

Lars e Annie voltam. Estamos todos juntos novamente quando a coisa sai do controle. Uma horda média aparece bruscamente na clareira em que nos encontramos e nos cerca. O grupo se separa.

Kieran grita por mim, tentando chegar até onde estou mas é impossível. Grito para que siga em frente. Estamos todos separados. Os quatro correm na direção oposta a que sou obrigada a correr.

Daryl está ao meu lado, mas pode fugir. Na verdade, é sua chance, e espero que a use. Não o julgaria por faze-lo. Puxo os dois bastões e abro caminho dando pancadas atrás de pancadas em walkers, abrindo caminho para mim.

Perco o caçador de vista, mas não ligo. Quero que tenha uma chance, é totalmente errado, mas quero.

 Resolvo correr, esperando encontrar algum lugar para poder proteger as costas e matar essas coisas sem risco.  Sou puxada pelo lado bruscamente e prensando alguém em uma arvore,  que por sua vez coloca uma mão grande e máscula tampando minha boca e outra me segura pela cintura, enquanto um de meus bastões está prensando seu pescoço e o outro parado ao lado da cabeça.

Levando os olhos irada e encontro Daryl Dixon. Entendo que me pede silencio e concordo. Alivio o bastão que pressiona seu pescoço e ele me larga. Continuo próxima, sentindo todo o meu corpo perto do dele.

O caipira me olha fixa e intensamente. Pela primeira vez em muito tempo, me sinto desconfortável, sem graça. Me afasto dele.

Mais walker aparecem. Daryl empurra um deles com o braço e pisa na cabeça do mesmo, enquanto bato contra a cabeça de outro, quebrando o crânio.

-Vamos- ele resmunga me puxando pelo braço- Mais dessas coisas estão vindo.

Concordo com a cabeça e corro ao seu lado. Encontramos outro carro abandonado, e ele abre o porta malas.

- O que diabos está fazendo?- resmungo quando ele começa a entrar.

-Me escondendo. Vem logo, Brooklyn- resmunga e olho para ele meio duvidosa. Ouço mais grunhidos e xingo baixinho e vou até ele.

Entro rapidamente e ele puxa a tampa do porta malas sem realmente fecha-la. Coloca algo para impedir que feche para valer e parece procurar algo para segurar melhor a coisa. Puxo um lenço do bolso lateral da mochila e estendo para ele, que amarra em u ganchinho e pode segurar melhor.

Sinto as pernas dele emaranhadas nas minhas, e de forma constrangedora isso me faz ficar muito consciente dele e de sua presença.

-O que diabos está fazendo aqui?- sussurro ignorando os grunhidos que passam do lado de fora.

-Me escondendo, achei que mesmo uma loira meio burra poderia entender- diz e rolo os olhos dando um tapinha em seu braço que está  ao meu alcance.

-Não aqui no carro, mas realmente aqui- digo encarando-o fixamente. Os olhos dele são de um azul intenso, revolto, como de um oceano revolto ou de um céu próximo da noite.- Poderia ter fugido, era sua maldita chance. Por que voltou?

-Porque vi que estava sozinha- diz muito baixo, os olhos ainda fixos nos meus- Não podia deixar uma mulher enfrentando isso tudo sozinha.

Ele parece estar bravo consigo mesmo por isso, o que meio que me diverte.

-Achava que eu não conseguia?- pergunto me mexendo de modo que eu fique em cima dele, literalmente. 

É um movimento difícil e aperta ele contra o porta malas, mas o faço mesmo assim até que posso apoiar meu queixo em seu  peito. Ele me olha entre raivoso, indignado e supreso.

-Sabia que conseguia, mas não queria arriscar. Não queria outra morte em meus ombros- responde e sei que é sincero. Ele me empurra levemente para o lado, o que  me faz parar ao seu lado.

-Como eu disse, malditamente bonzinho- digo voltando a olhar para o lado, tentando ver os walkers pela brecha.

Alguns retardatários ainda estão passando.

-Acho melhor não fazer isso- digo quando sinto ele descer a mão sutilmente em direção a minha perna, onde está minha adaga.

-Mesmo?- pergunta e se eu não o conhecesse juraria que está me provocando.

-Mesmo respondo movendo o bastão para seu pescoço.

-O corte vai te matar mais rápido do que você me sufocando- diz com um pouco de dificuldade, mas não move a mão.

-Não planejo te sufocar- respondo encarando-o novamente- Um pequeno movimento certo e quebro seu pescoço.

Ele levanta as sobrancelhas surpreso, mas não discorda.

-Que outra morte você tem nos ombros, Dixon?- pergunto depois de um momento, voltando a olhar para fora.

-Não acho que seja da sua conta- resmunga se movendo para longe, mas ainda assim não pode fazer muito sem soltar o tecido.

-Mas vou perguntar mesmo assim- digo sentindo minha curiosidade comandar.

-Porque é assim comigo?- ele pergunta bruscamente.

-Assim como?

-Me trata com respeito, como você mesma disse.

-Sua resposta pela minha- digo levantando as sobrancelhas.

Ele parece pesar as possibilidades.

-Glenn. Ele é a morte que carrego. Minha culpa.- responde e seu sotaque sai mais carregado.

-Trato você com respeito porque é uma pessoa e nunca fez nada para merecer algo diferente disso- respondo também.

 Ficamos em silencio pelo resto de tempo em que estamos ali. Quando só um walker permanece, faço sinal para que ele solte e abro o porta-malas bruscamente, acabando com o zumbi só enfiando o bastão em seu olho.

-Esse colete- ele murmura e me viro para olha-lo- É meu.

-Eu sei, fica ótimo em mim, não é?- digo dando de ombros.

Ele resmunga algo baixinho e sorrio de lado ao ver que não pode negar.  Kieran e os outros aparecem pouco tempo depois, meu irmão me abraçando forte e levatando no ar.

-Odeio quando você faz essas coisas, Little Sister- resmunga me dando um beijo no topo da cabeça.

-Também te amo- respondo rindo e ele rola os olhos.

-Não disse isso.-resmunga.

-Mas pensou.- dou uma piscadinha e voltamos a andar.

Estamos próximos ao Santuario quando ouço Kieran se aproximar de Daryl. Começo a prestar atenção, me desligando da conversa com Francis, que tenho certeza de que está qui só para me distrair, mandado pelo loiro oxigenado.

-Obrigado por ter ficado com ela- meu irmão diz- Eu sei que poderia ter tentado algo, mas não o fez.

-Como pode ter tanta certeza que não o fiz?- rosna Daryl e sorrio de lado.

-Porque se tivesse tentado teria no mínimo a marca de um dos bastões na cara. Acho que você é uma pessoa boa.

-Pena que não posso dizer o mesmo de vocês salvadores- rosna de volta o caipira e então apressa o passa se afastando de meu irmão.

Ele voltou para me ajudar hoje, e eu estou trazendo-o de volta para o inferno.  Odeio isso. Mais um pequeno ódio para os muitos que tenho. De repente me sinto mesmo uma pessoa muito mal, mas de alguma forma Daryl puxa uma pontinha de luz no meio de toda a minha escuridão.



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