1. Spirit Fanfics >
  2. The Difficult Choices >
  3. Chapter XLIV

História The Difficult Choices - Chapter XLIV


Escrita por: Warner

Notas do Autor


- Sinto que esses atrasos estão afastando vocês... DESCULPEM <3 <3
- Quem ainda está vivo depois de todos esses tiros da Big Hit? Pode ter certeza que eu não.
- Capítulo norrado pelo mozão Nam ^^
- Espero que gostem.
- Beijoss e boa leitura <3

Capítulo 44 - Chapter XLIV


Fanfic / Fanfiction The Difficult Choices - Chapter XLIV

P.O.V Namjoon

Seu olhar. Era uma das coisas que eu não conseguia tirar da minha cabeça.

O seu tom de voz. Autoritário, mas na maioria das vezes era de uma sensualidade que ultrapassava os limites da minha compreensão.

Em complemento, o sorriso. Não importava o momento, seja ele o pior e mais melancólico, só era ele sorrir que tudo em sua volta parecia mudar de intensidade. Me fazia querer repetir o gesto de forma involuntária.

A maneira como caminhava. Sim, até os passos dele prendiam a minha atenção.

Sua risada... Bem, é esquisita, mas não deixa de ser memorável. Não no bom sentindo, eu acho.

Resumindo, tudo em Seokjin estava gravado em mim. E era quase impossível prestar atenção em outra coisa a não ser nele. O máximo de esforço parecia não surtir efeito.

Quando estava nas aulas, tudo o que eu queria era vê-lo. No quarto, as mensagens de texto, cada vez mais não pareciam ser suficientes para suprir o que ambos sentiam.

Queria tocar a sua pele. Sentir seus lábios novamente contra os meus, agora de forma demorada e lenta. O modo como ele se arrepiava ao simples gesto que eu fazia sobre a sua nuca. Lançar meu corpo sobre o seu, se desligando do mundo em seguida. Ouvir o gemido de quero mais sobre o meu ouvido. E saciar o desejo de preencher o toque de sua pele úmida de suor.

Só que em contrapartida, em meu sonho, um muro invisível, composto por algum tipo de força magnética, se estendia sobre um caminho bloqueando aos poucos o nosso encontro. Eu queria ultrapassar, mas toda vez que me aproximava à situação ficava cada vez pior. Parecia ser inevitável. Jin não se movia. Era como se ele fosse o único a entender o que estava acontecendo.

E eu sabia que aquilo retratava a minha realidade. Não queria aceitar. Mas era a pura verdade. 

O muro era a figura abstrata do meu subconsciente para representar o peso daquele “amor proibido”. E a cada tentativa que me aproximava para encontrar Jin, me fazia ficar fraco e vulnerável. Como se aquilo estivesse me afetando mais do que eu imaginei. E que ainda iria me afetar.

Mas se eu parasse realmente pra pensar, no fundo eu sentia que algo ruim estava prestes a acontecer. Só que era tipo aquela suposição repentina e sem motivo aparente. Então simplesmente esqueci daquilo e foquei no que parecia ser realmente importante.

Pois nem sempre podemos confiar em nós mesmos, não é?

Abri os olhos, pronto para mais um dia na minha rotina corriqueira. O brilho que aquele dia emitia sobre as cortinas escuras da janela, denunciava que seria bem quente e ensolarado. Característico da primavera. Soltei um bocejo e saltei da cama já com gás total. Fui até a minha mochila conferir os horários e me certifiquei que hoje havia aula de laboratório. Então me dispus a buscar o meu jaleco no armário e coloca-lo sobre a mochila em um sinal de aviso de no caso me esquecer de leva-lo. coisa que já tinha acontecido repetidas vezes.

– Não vai acordar? – falei em tom alto, aproveitando a deixa e pegando uma toalha sobre o amontoado de lençóis.

Não houve resposta. Encarei a cama pela primeira vez, e me impressionei ao presenciar a mesma toda arrumada e sem sinal de vida. Franzi a testa, e fui verificar o banheiro só por prevenção. Não tinha ninguém.

– Ué. – disse pra mim mesmo, indo até o celular com as mãos trêmulas. Não seria a primeira vez que Minjae ficava com raiva de mim e não me acordava no horário certo. O dia do meu quase atraso foi algo que ainda marcava dolorosamente o meu peito. Quase perdi o meu titulo de ser o único aluno naquele campus com a ficha limpa. Nenhuma nota vermelha e 100% de aproveitamento nas aulas.  Suspirei aliviado ao ver na tela do celular que o horário passava um pouco das 07h15min.

E só para me certificar por completo, fui até a janela e afastei com o punho a cortina espessa, deixando os raios de sol iluminar toda a vasta área do cômodo. O meu quarto ficava localizado na ala sul do quinto andar, o que me dava uma visão privilegiada da área central do campus da universidade. No fundo até dava pra ver o ginásio de esportes, com seu gramado vazio e mais para o lado, a construção robusta e antiquada do teatro. O prédio da administração se destacava um pouco mais ao fundo com seu aspecto metálico. Era também a construção mais alta de toda a faculdade. Mais ao norte, bem na entrada do campus estava o centro de medicina, todo revestido por vidro e aço. O centro de ciências humanas ficava mais na mediação central e era composto por aros coloridos e grafites em suas paredes. O prédio das engenharias e arquitetura era um dos mais próximos dos dormitórios. Chamava a atenção por ser relativamente comprido, mas não tão alto. E era de um branco pálido, quase cinza.

Pelo fluxo de alunos, quase zero, supôs que ainda estava no horário. Então por qual motivo Minjae tinha decidido sair tão cedo? Ele nunca havia feito coisa parecida antes. Fui com essa dúvida até debaixo do chuveiro, e foi ai que me lembrei que o mesmo tinha dito algo relacionado a um trabalho jornalística que estava prestes a apresentar. Até me arrependi por não ter dado mais atenção a ele ontem à noite, mas estava ocupado demais conversando com Jin.

Sequei o cabelo, escovei os dentes e vesti uma camiseta branca com uma calça jeans. Agarrei a mochila, enfiei meu jaleco de qualquer forma lá dentro e sai do quarto entre tropeços atrapalhados. Peguei uma maçã verde na cesta de frutas da cozinha e mordiquei para abrir o meu apetite matutino. Apertei o botão do elevador e o aguardei sentindo uma frieza na barriga de repente.

***

Ainda estava em choque pela apresentação do teste surpresa no laboratório. Mas fiquei feliz por não ter sido o único. Todos os alunos presentes ficaram revoltados, enquanto a professora sorria satisfeita. No fim das contas, fiquei com a 2° maior nota da classe, ficando atrás apenas de Min Joon Hu, um garoto novato oriundo, vindo de uma das três maiores universidades coreanas. Fiquei surpreso, assim como a professora que me encarou de soslaio ao perceber um pequeno erro na minha conta básica de química.

– Você está bem Namjoon? – ela perguntou ao me entregar o teste.

Encarei a minha mão com indignação e dei de ombros. Os garotos ao meu lado escancaram a boca ao perceber que eu tinha tirado a minha primeira nota relativamente “baixa”.

– Sim... – concordei ainda meio perdido. – Quer dizer... Eu acho.

Ela concordou deixando os óculos quadrados penderem sobre o seu nariz extremamente afilado.

– Nunca pensei que fosse dizer isso pra você, mas... – a professora sorriu, como se estivesse me provocando. – Se concentre mais da próxima vez.

Concordei indo de volta ao meu lugar. Mas antes, é claro, tive que ouvir sussurros e risadas dirigidos inteiramente para mim.

***

O sinal soou. Estava sentando em um banco de madeira só esperando a oportunidade certa para falar com Jin.

Eu precisava ouvir a sua voz. Ver o seu sorriso, com certeza apaziguaria o transtorno que estava sentindo.

O primeiro grupo de alunos saiu de forma lenta e organizada da sala. Todos felizes e conversando, como se tivesse acabado de presenciar uma aula estupenda. E só poderia ser isso. Jin fazia isso com as pessoas. Transmitia paz só com a força do seu olhar.

A última pessoa a sair, foi o próprio Seokjin, acompanhado de uma garota que só faltava babar em sua camiseta polo. Ele trancou a porta enquanto soltava a sua característica risada. Que automaticamente se desvaneceu quando ele pôs os olhos sobre mim.

– Te vejo na próxima aula Susy. – Jin forçou um sorriso para a garota que retribui e se afastou entre pulinhos.

Assim que a última pessoa sumiu entre os corredores, deixando a gente a sós, virei o rosto para encara-lo e sorri.

– Preciso conversar... – tentei buscar o seu braço, mas ele se distanciou.

– O que está fazendo aqui? – sibilou com um ar amargurado.

– Ei, não tem ninguém próximo. Esse corredor também não tem câmeras. – especifiquei. – Não precisa falar comigo nesse tom...

– É dessa maneira que eu sempre deveria ter te tratado. – respondeu se distanciando a passos lentos.

Abri a boca para pronunciar alguma coisa qualquer, mas não saiu. Larguei a minha mochila no banco e andei até alcança-lo.

– Eu fiz algo de errado? – perguntei confuso.

Jin respirou fundo.

– Não se faça de sonso Namjoon. – respondeu parando para me encarar frente a frente. – Não mais.

Neguei, anunciando que não estava entendendo nada do que estava acontecido. E realmente, eu não estava.

– O reitor mandou uma mensagem de emergência para todos os professores. – Jin passou a mão nos cabelos em sinal de nervosismo. – Um aluno apresentou um projeto onde anunciava que tinha informações sobre um professor desse campus que estava envolvido romanticamente com um estudante. Foi um choque para todos que em sua grande maioria são casados e com família. A maioria suspeita que possa ser mentira, mas se caso se concretize, eu vou ser um dos maiores suspeitos. Já que sou novato e tenho idade de quase estudante.

Degluti a saliva, fazendo o liquido descer queimando.

– E você sabe muito bem quem apresentou esse trabalho, não é?

– Minjae. – respondi rapidamente, fitando o chão em seguida.

Estava totalmente chocado e sem reação para fazer qualquer coisa. Jin concordou.

– Como pôde fazer isso? – ele sussurrou. – Confiei em você.

O encarei ainda transtornado.

– O que? Eu não contei pra ninguém do nosso envolvimento... – tentei explicar, mas a voz de Jin se sobrepôs.

– Sério? Então como o seu colega de quarto ficou sabendo? – rebateu com as bochechas coradas. – Se não disse, foi burro o suficiente para que percebesse.

Perdi o fôlego, como se tivesse levado um soco bem no meu estômago. Foi bem doloroso receber tais palavras de uma pessoa que eu considerava quase amar.

– Quer saber? Na verdade, eu é quem sou o burro dessa história toda. – continuou gesticulando com as mãos. – Como fui acreditar um dia que isso poderia dar certo?

Não falei nada. Preferi ficar na minha, escutando tudo com grande receio do que poderia ainda acontecer.

– Nesse momento o seu amigo está sendo sondado com várias perguntas lá na reitoria. – Jin me encarou com os olhos flamejantes. – Vou ter sorte se o meu diploma ainda valer alguma coisa depois disso tudo.

Cada palavra dita por ele parecia uma agulha atravessada sobre o meu corpo.

Ao sentir que estava começando a se distanciar, ergui a minha voz em sinal de alerta.

– Podemos conversar? – ele negou no mesmo ato.

– Me esqueci Namjoon. – Jin pronunciou com a voz falha. – Eu já estou começando a fazer isso. É a melhor saída.

Esqueça o que falei antes. Sempre confiei em vocês mesmos.

O muro invisível nunca pareceu fazer tanto sentindo agora.

E foi só ele se afastar, que eu ouvi o primeiro trovão nos céus. Anunciado a chegada de uma grande tempestade.


Notas Finais


Será o fim de NamJin? CHOREMOS
Como anda as teorias de Love Yourself? Estou mais perdida do que cego em tiroteio kkkk
Até a próxima, FUI!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...