1. Spirit Fanfics >
  2. The Dirty Spoon >
  3. Park Jimin

História The Dirty Spoon - Park Jimin


Escrita por: Xiukitty

Notas do Autor


Olaa!!
É a minha primeira fic amorzinhos, então me ajudem aí nos comentários!! Todo tipo de crítica (construtiva) e dica é bem vinda! Muito obrigada por lerem!! (´∀`)♡

DISCLAIMER:
-A história não passa de FICÇÃO!!!
-Conteúdo 100% meu
-Vou tentar postar dois caps por semana, mas já vou avisando que tem vez que não dá!!
-Aproveitem e comentem!! :3

Capítulo 1 - Park Jimin


Fanfic / Fanfiction The Dirty Spoon - Park Jimin

A prataria sempre foi um sinal de riqueza e de privilégio na Coréia, daí vem a teoria das colheres: As Colheres de Ouro representam os mais ricos do país, os donos de empresas ou os filhos deles. As Colheres de Prata simbolizam famílias que ganham de um a dois milhões de dólares por ano, apenas 3% da população. As Colheres de Bronze ganham de cinquenta a oitenta mil dólares por ano (7,5% da população). O resto são as Colheres Sujas, como eu.

 Eu tenho quatro empregos de meio período, estudo no colégio público, meu jantar são as sobras do almoço e tenho que repetir a mesma blusa ao menos três vezes na semana, por que não tenho como lava-la. Sou uma menina nem comum nem com privilégios, sou a minoria Sul-Coreana.

Sou uma Colher Suja, uma das mais sujas.

Não me entenda mal, não passo fome nem sou analfabeta, mas estou mais perto da geladeira vazia do que da fartura.

Ao menos agradeço que todos os dias eu tenho uma casa para morar, uma escola para estudar e uma mãe super atenciosa e carinhosa, além de uma saúde de ferro.

Mal sabia eu que isso tudo ia mudar drasticamente.

-Omma! –eu chamei minha mãe, que saiu do seu quarto para me atender.

-Sim, Mye. –ela disse se aproximando com seus passinhos pequenos e um sorriso no rosto

-Vou para a loja de conveniência aqui perto, comprar nosso jantar. –eu expliquei já abrindo a porta.

-E as sobras? –minha mãe perguntou preocupada.

-Não sobrou, as sobras do almoço eram as sobras das sobras do jantar de ontem... não se preocupe vou comprar alguma coisa.

Por mais que eu ainda tivesse apenas dezesseis anos, eu já ganhava mais do que minha mãe. Não por que tenho um bom emprego, mas por que tenho vários. Minha mãe é empregada em uma casa com residentes bem ricos, logo ela não pode ter vários empregos. Ela insistiu para pagar parte do jantar, mas eu consegui convencê-la de que não era necessário. Sempre que compro algo para nós com meu dinheiro ela insiste em comprar com o dela, mas eu simplesmente não posso deixá-la.

Estava andando nas ruas desertas da noite do meu bairro. Era um bairro pobre, mas era charmoso, as casas eram pequenas, mas apresentáveis, as lojinhas dali só tinham produtos feitos a mão e muito bem feitos por sinal, além da cozinha ser caseira em todos restaurantes ali perto. Todos os edifícios ainda apresentavam traços da arquitetura antiga da Coréia e eu adoro esse estilo. O bairro é pobre, mas é lindo.

Mas eu não sei se realmente gostava do estilo por que achava realmente bonito, ou por que era a única coisa que eu via.

Eu cheguei de frente á loja de conveniência, só me restava atravessar uma rua. Olhei para os lados e constatei que não vinha nenhum carro. Estava no meio da faixa de pedestres quando ouvi um freio e luzes bem fortes atingirem meu rosto.

Um carro em alta velocidade estava se aproximando e o freio não estava adiantando de nada. Ele ia se aproximando cada vez mais e, de repente...

Escuridão.

 

 

 -Doutor você realmente é milagroso! –ouvi uma doce voz feminina dizer.

-Não precisa me elogiar tanto, é apenas o meu trabalho! –disse uma voz masculina afobada.

Me toquei que estava acordando, mexi minha mão para cima sem abrir os olhos.

-Yang Mye, você está acordando. –eu ouvi a mesma voz feminina dizer enquanto colocava a mão sobre meu ombro. –Abra seus olhos lentamente...

Obedeci e vi um ambiente branco e claro com um doutor e uma enfermeira ao meu lado, ambos sorridentes, estava no hospital. Sentei-me com a ajuda dos dois e olhei para os lados, também havia um rapaz, mais ou menos da minha idade, no canto da sala.

Ele parecia assustado e preocupado, tinha os cabelos negros, não era tão alto assim e tinha os lábios pequenos em largura, mas carnudos e bem rosa. Percebi que estava olhando para ele por muito tempo e me virei para a janela.

-J-já é de manhã? –eu perguntei assustada.         

-Sim, Yang Mye. –disse o doutor e eu senti um arrepio na minha espinha.

-Eu tenho que ir para casa! Tenho que ver minha mãe! –eu disse desesperada e me revirando na maca para sair de lá, mas o doutor me segurou.

-Não se preocupe. Ligamos para a sua mãe e dissemos que você está bem e o que aconteceu noite passada. –ele disse sorrindo, deve ter achado o cartãozinho de "se eu estiver perdida ligue para:" que minha escola não só me forçou fazer, como me forçou levar para todo o canto. Aquietei-me e percebi que eu mesma não sabia o que havia acontecido noite passada.

-O... o que aconteceu comigo? –eu perguntei ao médico.

-Você foi atropelada, não quebrou nenhum osso, mas teve um corte na coxa e desmaiou por causa do susto. –ele se virou para o rapaz e disse. –Sorte a sua que Park Jimin estava perto e te trouxe para cá.

Olhei para o menino mais uma vez, que deu um sorriso embaraçado, ainda parecia desconfortável e preocupado. Eu olhei para o lado e depois para o médico.

-Mesmo assim, eu tenho que ir para casa agora. Tenho que ver minha mãe agora. –pronunciei preocupada.

-Tudo bem, eu vou trazer suas roupas e chamar um ta...- ela ia terminar a frase quando o menino quieto a interrompeu.

-Eu levo ela pra casa! –ele disse e eu senti arrepios na minha espinha. –Meu carro está na garagem, mesmo...

O médico e a enfermeira se entreolharam e decidiram deixar com que ele me desse carona mesmo. Não neguei, por que não tinha dinheiro para pagar o taxi de qualquer maneira. O médico e a enfermeira saíram do cômodo e eu entrei com minhas roupas no banheiro para me trocar assim que saíram.

Quando voltei para o quarto, eu e o menino trocamos olhares e ficamos parados um tempo se encarando, esperando alguém fazer alguma coisa. Ele ainda parecia nervoso. Virou-se e abriu a porta, me olhou e fez um sinal com a mão para que eu saísse antes.

Obedeci lentamente, ele fechou a porta assim que saiu e logo me ultrapassou, andou na minha frente me guiando silenciosamente pelos corredores e elevadores do hospital até o seu carro.

Ele parou no meio do estacionamento vazio e pareceu mais tenso do que mais cedo. Esperei ele parar de agir estranhamente até que ele abriu seu carro com o controle.

Um carro preto acendeu os faróis, um carro preto muito familiar. Olhei para ele confusa e ele olhou para mim com medo da minha reação.

 -Você quem me atropelou, não foi? –perguntei com medo. Ele suspirou fundo.

-Foi. Mas eu posso explicar... –ele disse e eu dei meia volta, nunca que pegaria carona com alguém que me atropelou. Ele agarrou meu pulso antes que eu fosse para qualquer lugar. Tentei me largar de seu forte aperto.

-Ah! Me solta! –eu gritei e ele pareceu ter ainda mais medo que antes.

Puxou-me para perto do seu carro e começou a me explicar tudo rápido demais.

-Ontem eu não estava bem, estava triste demais, queria só sair de casa, fui pro meu bairro favorito e não conseguia focar na rua ou no velocímetro então eu... –eu resolvi o interromper antes que ele começasse a ter um ataque, estava ficando todo vermelho.

-Calma! –eu disse e ele parou de falar e eu analisei o rosto dele, parecia amedrontado. –Você não precisa explicar, só... só me leva pra casa. –eu pedi cansada, tinha tido uma péssima noite de sono, só queria ver minha mãe.

Ele me encarou por um tempo.

-Ta... –ele disse baixinho e abrindo a porta de passageiro do seu carro. Fez o mesmo movimento com a mão para que eu entrasse.

Obedeci seu gesto mais uma vez e entrei silenciosamente no carro. Ele entrou no lado do motorista e começou a dirigir. Disse-lhe meu endereço, mas permaneci silenciosa durante o resto da viagem, pensando no quão angustiada minha mãe deveria estar. Quando já estava chegando em casa, Jimin quebrou o silêncio.

-Você não... não vai me denunciar, vai? –ele perguntou preocupado. Provavelmente esse era o único motivo pelo qual ele estava me dando àquela carona. Não tinha nem pensado em denuncia-lo.

-Não... só me tiraria tempo...–eu disse baixinho.

 -Obrigado. –ele disse depois de alguns minutos depois que eu havia dado minha resposta. Eu fiquei sem saber de dizia "de nada" ou não. or que ele estava agradecendo? Ele que era provavelmente uma Colher de Ouro estava me agradecendo? Ele parou de frente da minha casa e eu saí do estado de choque de antes. Suspirei fundo nervosa, sem saber se me despedia.

Olhei mais uma vez para o menino que era, sem dúvidas, muito bonito. Ele olhou para mim também e ficamos os dois analisando o rosto do outro por um tempo.

-Eu ainda vou devolver esse favor. –ele disse baixinho.

-Não precisa. –eu disse séria e abrindo a porta e saindo do veículo o mais rápido o possível.

Andei até a porta da minha casa e sabia que o carro dele ainda estava parado atrás de mim enquanto eu tocava a campainha. Minha mãe abriu a porta e me abraçou assim que a vi ouvi o carro de Jimin dirigir para longe.

-O doutor Kim me explicou tudo! –ela disse levando a mão ao meu rosto. –Você está realmente bem, certo? –ela perguntou.

-Estou sim mãe, nada de muito radical aconteceu... desculpa, eu... –ela não me deixou terminar a frase.

-Você não tem por que se desculpar! –ela disse sorrindo e me guiando para dentro de casa. –O médico me ligou umas dez da noite, mal tive tempo de me preocupar demais, acabei jantando na casa da vizinha.

Eu me sentei no sofá, cansada. Passei o resto do dia na sala assistindo TV deitada, descansando.

Queria pensar em nada, mas só pensava em Park Jimin. Eu disse para ele que não queria saber por que ele estava correndo tanto em um bairro pobre, mas agora eu estava curiosa. Como um menino rico e bonito pode ter um problema sério o suficiente para não olhar nem para a rua nem para o velocímetro?

Ele parecia ter uma expressão legítima, se estiver mentindo é um mentiroso exemplar, mas com certeza não estava.

Até antes de dormir, deitada na minha cama olhando para meu teto no escuro, eu pensava em Jimin. Não em seus problemas, em Jimin. Ele era muito bonito, estava vestido muito bem (e eu com meu uniforme de uma escola pobre, que vergonha!) e sua voz era mais fina que a da maioria dos rapazes, mais bonita também.

Suspirei fundo e me virei na cama. Tinha que dormir, para que pensar em um menino que nunca mais verei?


Notas Finais


...
E aí?
Deixem críticas e dicas nos comentarios please!!
<3
Obrigado por lerem
~Xiukitty~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...