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História The Dirty Spoon - Break Me Up


Escrita por: Xiukitty

Notas do Autor


Tragam os fones de ouvido para a música que linkei e lenços de papel para as lágrimas, por que essas foram as 2.000 palavras mais difíceis de escrever.
(por isso demorei)

Capítulo 18 - Break Me Up


Fanfic / Fanfiction The Dirty Spoon - Break Me Up

-Você não fala com Yoongi a três dias. –Hoseok disse enquanto andávamos de volta para casa no fim de uma sexta.

-Como assim? –eu perguntei, me fazendo de boba.

-É. Vocês dois sempre se falavam antes, mas tem uns dias que vocês não trocam nem olhares. –ele apontou rindo. –O que aconteceu.

-Ah, sei lá, ele não deve estar muito para papo. –argumentei.

Eu e Hoseok estávamos andando de volta para casa por que o menino quis passar em uma loja de conveniência que ficava no caminho entre a escola e nossa casa.

Mas Hoseok tinha um superpoder, ele sabia exatamente quando eu estava mentindo.

Yoongi e eu brigamos no dia que lhe contei sobre Jimin. Eu nem havia dito nada sobre o acidente, fingi que o conheci no primeiro dia de aula e contei minha história dali em diante.

Ele ficou puto, eu não sabia nem descrever o jeito que o rosto tele ficou, as palavras que ele escolheu e o jeito que ele me olhava. Quase doía o jeito que ele me olhava. Eu não lembro exatamente das palavras que escolhi, sei apenas que a maioria eram xingamentos e que minhas últimas palavras foram “não ouse abrir essa sua boca”. Yoongi me obedeceu, por mais que achasse que Jimin fosse uma ameaça para mim (meu Deus, ele nem sabia do atropelamento e já dizia aquilo)...

Hoseok tinha o superpoder, também, de não perguntar demais, mesmo que suas antigas respostas tivessem sido mentiras.

Uma vibração veio da minha mochila. Uma mensagem. De Jimin.

Jimin:

Mye.

A gente precisa terminar.

Não me pergunte. Não fale comigo. Não me procure.

Se você me procurar não serei educado, você precisa ficar longe.

O próximo som que Hoseok ouviu foi do meu celular caindo no chão, por que eu havia parado de andar desde que comecei a ler as mensagens.

Parado de andar, parado de respirar, parado de pensar.

-Mye? –Hoseok perguntou e sorriu para o celular caído. Ele se abaixou e me entregou o aparelho. Uma lágrima rolou pelo meu rosto pálido e sem emoção.

Meu rosto não tinha emoção, mas dentro eu estava uma bagunça, muitos sentimentos ao mesmo tempo. Hoseok notou e olhou para meu celular.

-“Jimin”? –ele perguntou meio alarmado. Tomei o celular das mãos dele bruscamente. Ele não podia ler aquilo. Eu não podia arriscar perder mais uma pessoa que realmente se importava por causa de Jimin. Que claramente, não se importa.

Nunca se importou.

Sempre fui cega.

O peso das palavras que recebi estava aumentando e eu não queria desabar na frente do meu irmão, ele não merece se preocupar com minhas idiotices.

-Eu tenho que ver Yoongi. –eu disse apenas, segurando as minhas lágrimas.

-O que?

-Eu tenho que concertar uma coisa. –eu o respondi. Ao menos respondi a pergunta que ele tinha em mente.

-Você fez algo? –ele perguntou confuso.

-Fiz. –eu disse apenas, me virei na direção contrária e saí correndo.

Por algum motivo eu tinha as direções para a casa de Yoongi decoradas, e ainda bem que tinha. Se eu não tivesse chegado em algum lugar depois de correr por vinte minutos, chorando e no frio do início da primavera, enlouqueceria.

Estava na frente da porte de Yoongi. Chorando, pálida, cansada e com o corpo quente, porém com os centímetros molhados pelas lagrimas no meu rosto frios como gelo.

A tristeza tirava o calor de mim.

Jimin tirava o calor de mim.

E eu estava ali para ter um pouco desse calor de volta.

Apertei a campainha e tentei pensar o que diria para Yoongi, mas nada na minha ente fazia sentido, palavras aleatórias em sentidos aleatórios.

Então a porta se abriu e o rosto de Yoongi foi de 0 a 100 em alguns segundos. Ele já havia trado a porta do colégio, estava usando uma camisa de malha preta e calças esportivas largas.

Quando os olhos preocupados de Yoongi encontraram os meus, alagados, todas as palavras na minha mente sumiram.

Sorri.

-Você estava certo. –abri os braços me rendendo. –Ele quebrou o meu coração.

Yoongi deu um curto passo para frente, levantando sua mão para a altura do meu rosto, ainda sem mudar sua expressão ou tirar seus olhos dos meus. Depois, ele pegou o lado do meu rosto com uma mão, minha cintura com a outra, me puxando para um abraço.

Desabei no peito de Yoongi, que me segurava com força. Ele me segurou por um tempo e depois me guiou para dentro da sua casa. Ele se separou de mim para fechar a porta e depois andou para minha frente.

-Quando eu disse aquelas coisa, eu não queria que nenhuma delas acontecesse... –ele começou a falar, meio sem jeito. Yoongi era que nem eu, não sabia muito bem o que fazer em situações sociais críticas.

-Yoongi! Você estava certo! –eu disse olhando para ele, ainda chorando. –Eu devia ter te escutado, devia ter feito o que você mandou...

Eu respirei fundo e ele segurou meu braço. Levei minhas mãos ao meu rosto e voltei a chorar.

-Você tem que se sentar... –ele disse, me puxando para o sofá da sala dele.

-Seus pais não ficariam com raiva...? –eu perguntei baixinho, me sentando lentamente.

-Meus pais estão na China, fazendo dinheiro. –Yoongi murmurou. –Sinta-se a vontade, vou te trazer um copo de água.

Um simples “sinta-se a vontade” não foi o suficiente, sentei dura no sofá, não apoiei minhas costas e fiquei com as minhas mãos descansando nas minhas coxas.

Yoongi chegou pouco depois com um copo de água, se sentou do me lado e me deu o copo. Agradeci baixinho, bebericando a água.

Não terminei de beber, mas também já estava mais calma externamente. Digo isso por que agora eu estava uma bagunça. Yoongi esfregou o meu braço, e eu não estava conseguindo mais me segurar, tinha que falar com ele. Me virei em sua direção, com o rosto ainda inchado.

A expressão dele. A expressão de alguém que se importava me reconfortou, me deu forças para começar a falar.

-Ele terminou comigo por mensagem de texto. –cuspi as amargas palavras.

Yoongi levantou a sobrancelha, chocado, mas depois esfregou os olhos e me respondeu.

-Por mais que eu queira expressar o tanto que quero matá-lo, não acho que seria a melhor coisa falar disso agora. –ele disse baixinho e esfregando suas mãos. Virei meu corpo, para que ficasse completamente virada para ele.

-Mas eu quero falar disso agora! Eu não entendo por que ele fez isso, não entendo por que ele fingiu, por que ele gastou o seu tempo comigo! –disse mais alto e depois dando um gole na água, tentando não voltar a chorar. Yoongi bufou, pensativo.

-Ele deve ser assim, não sei. –ele murmurou.

-Você achava que ele era assim na terça... –murmurei de volta.

-E eu estou até hoje, só não quero te deixar pior. –ele admitiu e eu sorri de leve.

-Não tem como você me deixar pior, você não faria isso.

Um segundo de silêncio, um olhando para os olhos do outro. E então a vontade de falar de Jimin resurgiu.

-Não faz sentido! Ele não ganhou nada com isso, só me deixou destruída... as pessoas podem ser perversas a esse ponto...? –perguntei, me sentindo inocente por fazer esse tipo de indagação, mas pelo visto eu era.

-Bom, a não ser que ele tenha... –Yoongi começou a dizer

-O que?

-Sabe... –ele parecia embaraçado demais para terminar seu raciocínio. Então me toquei.

-Ah, não! Eu e ele fizemos nada! Eu juro! A gente só se beijou, algumas vezes e olhe lá. –respondi mais alto e mais rápido.

-Que bom, então. –ele disse dando uma risadinha da minha reação. Fiquei mais um tempo calada.

-Então... Jimin é igualzinho ao pai...-murmurei olhando para meu copo, sabendo que Yoongi estava me ouvindo. Estava me sentindo pior de novo. -Não me surpreenderia se tudo que ele havia me contado fosse mentira.

Uma lágrima rolou pela minha bochecha, e ela não passou despercebida por Yoongi.

-Okay, Mye, isso é tortura! A última coisa que eu quero que você pense agora é em Jimin, okay? –ele disse determinado.

-Boa sorte com isso. –disse rindo de deboche. Ele revirou os olhos e se levantou á minha frente.

-Levanta, vou te levar pra um lugar.

-Eu não estou com a menor vontade de ir á rua. –argumentei franzindo a sobrancelha.

-Eu não estou te levando á rua, vem. –depois disso ele pegou o copo da minha mão, deixou em cima de um móvel e me puxou para que me levantasse.

Depois, ele pegou minha mão e me puxou até as escadas de vidro. Estava pronta para reclamar que não queria subir, que estava com medo, mas assim que abri minha boca e suspirei para começar a falar, Yoongi entrelaçou nossos dedos, antes que qualquer tio de som saísse de mim.

Ergui minha cabeça, olhando para a nuca raspada do rapaz. Lembrei que o meu grande dilema no baile era como eu me sentia por Yoongi, até que Jimin lavasse todas as minhas dúvidas naquele mesmo dia.

Eu poderia estar enlouquecendo, mas acho que estava voltando a...

-Olha, você subiu as escadas sem reclamar! –ele interrompeu meus pensamentos. Ele estava certo, já estava no corredor do segundo andar.

-Subi? Devo estar ficando acostumada. –arrependi da frase final assim que ela saiu da minha boca, com medo dele interpretá-la mau. Yoongi apenas sorriu.

-Se acostumou rápido. –e depois voltou a puxar-me para a direção do seu quarto.

Foi justo lá que ele me levou, mas em vez de ligar a TV ou sentar á cama, ele pegou um livro, o abriu, revelando um buraco cravado nas páginas e de lá tirou uma chave metálica. Yoongi andou até a porta do estúdio e a abriu com a chave, depois olhou para mim, me convidando para dentro. Um convite que eu não ia negar.

Entrei e ele veio logo atrás de mim. O observei trancando a porta de novo. Eu estava mesmo louca! Tinha acabado de terminar com Jimin e eu o amava! Podia não ter o dito ainda (ainda bem), mas eu o amava! Eu não jogaria tudo que sentia por Jimin no lixo tão fácil assim. Não era possível eu estar...

-Poucas pessoas vieram aqui. –Yoongi me interrompeu enquanto se sentava na cadeira de frente do computador e seus outros equipamentos.

A cadeira era dessas de escritório caríssimas e gigantes, que parecem extremamente confortáveis. Eu as via nas vitrines perto do meu trabalho e sempre me perguntava se eram realmente confortáveis.

-Só Hoseok e você, até agora. –ele começou a mexer no computador, abrindo alguns arquivos. –Tem uma dessas músicas que provavelmente vai te acalmar...

Ele pareceu achar o arquivo, por que antes de clicar, deixou o cursor do mouse em cima dele e olhou para mim.

-Você quer se sentar?

-Não, por favor, não levante. –eu pedi imediatamente.

-Você tem que descansar, Mye. –ele disse meio irritado com a minha educação. –Vem cá.

Ele me puxou pelo pulso e me forçou a sentar no seu colo, me deixando extremamente vermelha. Yoongi pareceu não ligar muito, ainda bem que ele não conseguia ver meu estado.

Ele clicou na música, que começou a tocar.

https://www.youtube.com/watch?v=2uPR-ayTRvs

Quando a música acabou, eu nem sabia qual era o nome de Jimin, eu só conseguia pensar no que havia acabado de escutar. A música era tão relaxante, que havia me deixado com sono e me feito relaxar contra o tórax de Yoongi.

-Ninguém nunca ouviu isso? –indaguei com o sono eminente na minha voz.

-Não. As paredes são a prova de som. –ele respondeu baixinho.

-O mundo inteiro devia ouvir isso.

Minha frase fez o dedão dele, que fazia círculos no meu braço paralisar e senti o seu rosto se virar para o meu. Fiquei parada alguns segundos e depois olhei para cima.

Yoongi parecia envergonhado em ter sido pego encarando, mas antes que ele pudesse mover sua cabeça para outra direção, a segurei no lugar com a minha mão.

-Não. Você não precisa desviar. –murmurei puxando-o para perto.

Para minha surpresa, a cabeça de Yoongi cedeu e se abaixou junto á minha mão, permitindo que nossos lábios se juntassem.

A próxima coisa que me lembro, é acordar na cama de Min Yoongi.


Notas Finais


...
e ai?
Desculpa a demora, meus amores!! As aulas voltaram, então, sabe como é...
Espero que tenham gostado, mesmo sendo um capítulo pesado... me digam nos comentários o que acharam.


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