História The Dirty Spoon - The Fair (Jimin POV)

-Jung Hoseok é um louco! -Seolhyun gritou enquanto Hyejeong pressionava uma carne congelada contra o lado do meu rosto que Hoseok havia socado.

Mye e Yoongi não sabiam que eu e Hoseok podíamos ouvir a conversa deles dentro da casa mal assombrada. O que significava que Hoseok ouviu tudo. Da parte que eu e Mye havíamos namorando e que eu havia partido o coração dele. Lá dentro da casa, eu consegui me afastar de Hoseok, mas era meio óbvio que ele iria me socar assim que me visse, não estava nem surpreso.

Jungkook e Taehyung tiveram que o separar de mim antes que ele me desse mais um soco... Ele estava uma fera, era muito estranho ver uma pessoa tão positiva e feliz daquele jeito. Seolhyun e Mina passaram por lá e me "salvaram" de lá. Depois elas me levaram para a parte de trás de uma barraca e Hyejeong arranjou uma carne congelada para o meu rosto.

Eu me sentia péssimo por aquilo tudo. Mye deve estar passando por uma situação delicada por minha causa. Era em momentos como esse que eu desejava nunca ter aparecido na vida dela.

-Não acho que ele deve ser louco mesmo... -Suho (que era mais racional) comentou. -Ele nunca perte a cabeça assim. 

-Ah e você acha que Jimin fez alguma coisa para merecer um olho roxo? -Seolhyun gritou.

-Sei lá... -Suho revirou os olhos, já sabendo que discutir com a garota era inútil.

-Acho melhor eu ir para casa. -comentei tirando a carne que Hye segurava do meu rosto.

Hyejeong olhou para mim confusa. Dês de quando Hye me achou, ela me olhava confusa, querendo respostas e eu nem sabia o que dizer. Ela era a única que realmente sabia que eu e Mye haviamos namorado, na verdade ela nem sabia que a gente tinha terminado e estava super feliz que eu e ela éramos um casal, já que me afastava de Seolhyun... Não tinha ideia de como me explicaria... 

Eu precisava mesmo de descansar.

-Quer uma carona, eu chamo meu motorista... -Seolhyun ofereceu.

-Ah... não, vai ser bom para mim tomar um ar fresco. -eu disse dando um sorriso pequenininho.

-Okay... -ela disse sorrindo de volta e esfregando meu braço. Sorri meio incomodado e saí dali o mais rápido o possível.

Enquanto andava pelas ruas, tive tempo para pensar.

Eu não aguentava mais ver Mye de coração partido, achando que eu era um monstro. Se eu pudesse... se eu pudesse corria até a casa dela e me desculpava de joelhos, fazia o que ela quisesse para ela me desculpar, faria tudo ao meu alcance para mostrar que amo ela de verdade.

Amo? É sério isso? É sério que eu só tinha realmente notado isso só agora...? Agora que eu fui forçado a me separar dela...? E para melhorar eu provavelmente nunca terei a oportunidade de mostrar para ela... eu queria que minha vida não fosse tão complicada.

Que minha família fosse mais normal.

E agora Hoseok provavelmente deve ter contado para todos que eu tinha destruído o coração de Mye... não por mal, Hosoek é uma boa pessoa... mas se mexessem com a minha irmão desse jeito eu seria ainda pior... 

Talvez Mye não me mereça. Talvez não: com certeza.

Ela merece alguém que seja balanceado, sem uma família maluca como a minha, sem uma história maluca como a minha... alguém incrível e sereno que nem ela.

Talvez Min Yoongi, os dois são bem próximos... Meu coração seria destruído se eu os visse juntos, mas eu sei que seria melhor para ela, se ela amasse Min Yoongi do jeito que eu amo ela...

Meu estômago roncou tão alto que eu me assustei, meus pensamentos sumiram. Eu precisava de comida, urgente. Andei até uma loja de conveniência ali perto, sem muita coisa na minha mente, mas ainda triste, deprimido... Sentiments que eu não tinha antes de Mye... Pode soar como algo negativo, mas não, ela me tornou humano... eu provavelmente seria meu pai sem ela.

Puta que pariu, será que eu preciso dela?

-Hoseok, por que você fez isso? -ouvi uma voz familiar.

Tirei meus olhos do chão e olhei para frente, para me deparar com uma cena que nunca em um milhão de anos eu imaginaria ver. Me escondi atrás de uma máquina de vendas automática. Minha respiração era pesada, eu não sabia o que pensar, eu não sabia o que aquela cena significava. Coloquei meu capuz e minha máscara e dei uma olhadinha, tentando me expor o mínimo o possível. 

-Ele quebrou o coração da minha irmã! Da minha irmã!! -ele argumentou levando a mão ao peito. -Eu sei que não devia ter socado ele e tal, mas... foi no calor do momento...

Me senti mal imediatamente. Hoseok não podia por a culpa nele por ter tido aquela relação de jeito nenhum! Ele tinha toda a razão, a culpa era minha mesmo...

-Eu sei, mas... as pessoas podem usa isso contra a gente se descobrirem... -a garota começou a dizer, preocupada.

-Ei, ei ei... -ele disse baixinho e levantando seu rosto segurando seu queixo, com a outra mão segurando o braço dela. -As pessoas não vão descobrir...

-E se descobrirem? Esconder é tão difícil e arriscado... -ela disse meio nervosa.

-Eu sei, mas ninguém nem desconfia... depois que acabar o ensino médio a gente vai ser livre, okay?

Mina sorriu e balançou a cabeça. Logo em seguida, Hoseok puxou-a e a deu um beijo. O susto foi tão grande que eu esbarrei na máquina, fazendo Hoseok olhar em minha direção automaticamente. Uma culpa enorme subiu no meu corpo e eu fiz a primeira coisa que e veio á cabeça: corri.

Ouvi Hoseok correr a trás de mim e quase me desesperei, mas me contive e continuei correndo. Fiz diversas curvas, mas ainda o ouvia atrás de mim. O cansaço começou a dominar meu corpo, comecei a diminuir meu passo, chocado como Hoseok tinha uma stamina que parecia não acabar. 

Foi eu uma curva que dava para uma rua sem saída que eu percebi que estava ferrado. Suspirei fundo, reconhecendo meu destino. Me virei tirando a máscara, mas quem estava na minha frente não era Hoseok. Não era um homem muito maior, mais velho e que eu não sabia. Eu poderia até ficar aliviado, mas o jeito que ele olhava para mim, era de quem que queria me matar.

Ele me deu uma rasteira, me derrubando com força no concreto. Olhei para cima e antes que eu pudesse levantar ele pisou no meu tórax com força, me fazendo tossir.

-Eu sei que você atropelou Mye. -ele disse.

Eu gelei. Quem era esse cara?? Como ele sabia que eu havia atropelado Mye?? Não era possível que ela havia contado, principalmente para uma cara tão aleatório! Tentei lutar para me livrar da minha restrição, mas ele pisou ainda mais forte, me tirando o ar por alguns segundos, havia aprendido minha lição: não havia meios de me livrar.

-Não se preocupe, moleque. -ele riu presunçosamente. -Eu não vou falar nada, claro, com algumas condições: Manter total distância de Mye e me pagar quinhentos toda segunda, aqui mesmo. 

Arregalei os olhos e ele me deu um chutão como resposta, me fazendo gemer de dor.

-Não adianta nem reclamar, playboyzinho! Eu sei que você é podre de rico! -o tom de presunção dele sumiu e foi substituída por ódio. -É bom você me pagar, ou se não eu vou destruir sua vida! 

Ele tirou o pé de cima de mim, me deixando jogado e morrendo de dor. Eu nem conseguia processar direito o que eu tinha acabado de ser exigido, não sabia as dimensões daquilo, só conseguia sentir dor. O homem começou a andar, se afastando.

-Quem é você? -perguntei, ainda deitado. Ele parou e se virou para mim.

-Sou o pai de Mye.