História The Doctor, The Angel - Taekook ( Em revisão ) - Capitulo 12.

 

 

-pronto, já andamos 3 minutos pelo parque..posso ir agora? - falei enquanto olhava as folhas das árvores balançarem. 

 

-acabamos de chegar Taehyung..o que acha que eu vou fazer com você? - ele riu mas logo me olhou - nem responde. 

 

-tá bom.. - olhei as pessoas que passeavam com seus filhos ou namorados e cruzei os braços. - pode me dizer porque quis vir pra cá comigo? 

 

-não sei exatamente..achei que poderia ser uma boa companhia, já que você é tão gentil. 

 

- me acha gentil? - ri. 

 

-eu vejo você falando com minha mãe..vocês se dão bem. - um pequeno ciúme era notável em sua frase. 

 

-sim..não queria te dizer isso agora, mas já que tocou no assunto..- olhei pra ele. - ela está piorando, sabia? 

 

-eu percebi - ele parou de andar. - não que eu tenha falado com ela hoje, mas pude ouvir algumas coisas. 

 

 Meu coração parou. 

 

-algumas coisas? - desviei o olhar do dele - que..coisas? 

 

-ah.. - ele sorriu fraco mas logo ficou sério de novo - ela perguntando onde estava. 

 

Concordei com a cabeça e coloquei as mãos no bolso da calça. Estava ventando bastante, o que fazia eu querer ir pra casa mais ainda, e me jogar naquele sofá novinho que quase não é usado. 

 

Uma criança com um sorvete passou em minha frente sorrindo para mim, eu logicamente sorri de volta, eu amo sorvete..e crianças também. 

 

-Você quer um? 

 

-o que? Uma criança? - olhei sério pra ele. Porque diabos ele ia me dar uma criança? 

 

-sim, claro - ele revirou os olhos - um sorvete Taehyung..porque eu te daria uma criança? 

 

-me perguntei a mesma coisa - balancei os ombros - já que você insiste, eu quero. 

 

-não insisti - ele voltou a andar, em direção ao carrinho de picolé. 

 

Fiz sinal de silêncio colocando o dedo indicador na frente da boca e ri,ele se negava a rir mas depois deixou essa birra de lado. 

 

-quer de que? 

 

-chiclete - fiquei olhando minhas unhas enquanto ele falava com o moço. 

 

-não tem de chiclete, pega um normal. 

 

-normal?...uva. - ele pegou o picolé e me entregou, logo pegando um de chocolate para ele e pagando. 

 

Abri o picolé e dei uma lambida. 

 

-que tesão. 

 

-que? - olhei pra ele rindo - meu Deus Jungkook. 

 

-imagina você lambendo outra coisa. - ele riu e eu parei de lamber o sorvete, dando uma mordida. 

 

-quem lambe pau aqui é você, não eu. - falei sem fazer contato visual. 

 

-Tae.. - ele se engasgou rindo mas depois de recompôs - Taehyung, eu estava falando sobre pirulito. Malicioso. 

 

-socorro - coloquei a mão livre na frente do rosto, porque eu faço esse tipo de coisa? - quem começou foi você, oras.

 

Soltei um riso disfarçando a vergonha e voltei a lamber meu sorvete, estava muito gelado para morder.

 

-podemos..quer dizer, posso ir agora? Já caminhamos, andamos, estamos tomando sorvete, tudo que se faz num parque - lambi o sorvete olhando pra ele caminhando. 

 

-vou com você até sua casa - ele me olhou da mesma maneira e mordeu o picolé. 

 

-e se eu não for pra casa? 

 

-eu sei que você vai.  - ele riu. 

 

-eu posso te sequestrar - sai do parque começando a ir pra casa. Não era tão longe. 

 

-até você conseguir me segurar eu já te desmaiei - ele se gabou rindo e andando ao meu lado. 

 

-o que te faz pensar isso? - perguntei indignado. 

 

-a finura do seus braços..

 

Bufei e permaneci calado o restante do caminho até minha casa, comendo aquele picolé infinito, que estava uma delicia por sinal. 

 

Ao chegar, parei na porta e me virei para Jungkook o olhando. 

 

-obrigada por me trazer..já pode ir - dei um sorriso e abri a porta.

 

-não vai me chamar pra entrar?

 

-an.. - olhei lá pra dentro e logo voltei a olhá-lo - na verdade eu não ia.. 

 

-tem medo que eu faça algo?.. - ele se aproximou - e deixe você sem jeito? 

 

Dei alguns passos para trás deixando a porta aberta e ele se atreveu a entrar, fechando a porta atras de si.

 

-do que está falando? 

 

-você sabe do que estou falando - ele sorriu novamente se aproximando e abriu os dois primeiros botões da minha camisa, me empurrando no sofá e apoiando o joelho entre minhas pernas, logo se abaixou dando um beijo em meu peitoral. - anda Tae, eu sei que você quer - ele subiu os beijos de meu peitoral para meu pescoço. - não se faça de difícil, eu ouvi tudo. 

 

-não Jungkook..para - coloquei a mão em seu rosto afastando de meu pescoço. 

 

Confesso que aquilo estava bom, e talvez eu realmente quisesse, mas ele estava praticamente me forçando, queria apenas que..rolasse.

 

-não precisa fingir Tae - vi seu sorriso malicioso. - já te disse que ouvi tudo. 

 

-ouviu o que? - fechei os botões da minha camisa. 

 

-que você está gostando de alguém "diferente" - ele riu abrindo novamente minha camisa. - está tudo bem.. - ele agarrou minha cintura. 

 

-e-eu não estava falando de..você - arfei sentindo uma leve mordida na lateral de meu pescoço. - PARA! - uma força maior fez minha mão bater contra seu rosto. 

 

Na mesma hora ele saiu de cima de mim, segurou meus pulsos os puxando para fora do sofá, fazendo eu cair no chão. 

 

-Você me bateu? - ele ficou em pé a minha frente, e quanto mais se aproximava eu me arrastava para trás com as mãos. 

 

-desculpe.. - me levantei ao encontrar na parede. 

 

Maldita parede. 

 

Ele posicionou suas mãos uma em cada lado de meu rosto enquanto me encarava. 

 

-nunca mais..faça isso - franzi o cenho, ainda sentindo um pouco de medo - você entendeu Taehyung? 

 

-uhum.. - vi seu olhar descer para a parte aberta da minha camisa e logo a fechei com um pouco de dificuldade. - melhor você...ir embora. 

 

-você acha? - ele sorriu sinicamente. 

 

Jungkook é um puta de um asmático bipolar do caralho. 

 

Então não era um gato naquela casa na árvore..como eu sou burro. 

 

Ele me encarou mais alguns segundos e logo tirou as mãos da parede, me deixando livre.

 

Jungkook saiu pela porta batendo a mesma com um pouco de força e o barulho me fez tremer. Olhei pela janela assim que ele saiu e dei algumas batidas em minha testa. Ele já estava fora do jardim para ser exato, então encostei as costas na porta e coloquei as mãos nas bochechas olhando um ponto fixo enquanto repassava o que acabou de acontecer. 

 

Ele tentaria algo? Eu podia até aproveitar algo daquele momento se ele não fosse tão sem noção se achando ser irresistível daquela forma.

 

Não, aí Jesus, não. 

 

Eu negava com a cabeça enquanto dava mais alguns tapinhas na testa. 

 

Preciso seriamente parar.

 

Ajeitei minha camisa tentando por meus pensamentos em ordem, eu estava mentalmente confuso, com tudo, o que aconteceria se eu deixasse? 

 

E se eu for igual o Jimin para ele? Uma oportunidade de sexo e depois ser descartado? Eu não quero nem pensar nisso...

 

-T-Taehyung... - levantei o olhar vendo aquela figura feminina parada no primeiro degrau da escada, apenas com uma lingerie preta e com suas roupas nos braços.

 

Aí meu cu.