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História The Dragonborn Comes - Horn of Jurgen Windcaller - Parte II


Escrita por: Black_Dahlia e LunarGuest

Capítulo 10 - Horn of Jurgen Windcaller - Parte II


Fanfic / Fanfiction The Dragonborn Comes - Horn of Jurgen Windcaller - Parte II

“Eu estava sangrando, todo machucado, minhas roupas estavam com muito sangue. Estava desnorteado e tentando recuperar minha visão falha quando sinto alguém me arrastar até uma casa no meio de uma vila destruída. Quando percebo que minha vista vai escurecendo, o tremor abraça minha alma até que a escuridão me leva ao todo.  Não sei ao certo quanto tempo se passou, mas consegui acordar.

Ao levantar meus olhos, percebo um homem aparentando minha idade.

- Q-Quem é você? – Disse soltando o ar e tentando formar uma frase, o que saiu como se estive gaguejando.

- Calma! Não irei fazer mal algum, você estava em uma batalha com soldados e então algo te acertou e você caiu aqui. Encontrei-te, pois sou um aventureiro e vivo andando por estas terras. - O nórdico gesticulava. – e bom... Você estava ferido, estava não.. Ainda está!- Ao término de sua frase, ele apontou ao meu abdômen, que ainda sangrava.

-T-tudo bem..- Digo conferindo. – Mesmo assim... Ainda não me disse seu nome..- Digo o olhando nos olhos.

-Hagnar, Hagnar the Bear.- Disse fechando os olhos e abrindo um sorriso, o que dava-se a entender que realmente aquele guerreiro tinha muito orgulho de portar tal título. – E você?- Cortando a distância que havia entre nós, o tal Bear, ajudou-me a levantar.

-Handrall, apenas Handrall. - Enquanto ficamos sem falar uma palavra sequer, ele me levou até uma cama. Logo ele virou-se para a janela – Por que está me ajudando? Não sabe se sou uma ameaça, poderia te matar agora e ninguém saberia.

-Sei que não faria isso, pois já poderia ter feito. Sua espada estava do seu lado e eu estava de costas para você agora pouco. - Disse Hagnar rindo. - Certo, cuidarei de você se me permitir, tudo bem? Eu só quero poder ajudar. – Sorriu

- T-tudo bem.. ARGH – Quando eu fui terminar de falar, acabo por vomitar um pouco de sangue, fazendo-me cair e bater a cabeça.”   (Handrall – Flashback)

 

- Ahn.hum..- Ao acordar, sento-me na carroça e tento me espreguiçar. Tal situação chamou a atenção do homem que me levava ao meu destino. - Já chegamos? – Perguntei vendo o mesmo seguindo caminho à frente.

- Oh. Bom dia Handrall, sim chegamos. – Dito aquilo meu corpo arrepiou-se totalmente.  - Em qual cidade você quer ficar? Posso te solicitar Whiterun, é a cidade mais neutra de Skyrim.

- Por mim, tudo bem. – Disse, me levantando e arrumando minha roupa no corpo. – Estamos aonde?

- Estamos em Morthal, quer dar uma parada? – Perguntou olhando para alguém na rua enquanto eu estava fuçando em minha mochila distraidamente.

- Não, podemos ir. 

- Tudo bem, hm, sabia que eu gosto dessas mulheres nórdicas?! São bem lindas.

Sinto que estava sendo arrogante em apenas concordar com suas falas soltas, mas eu não estava aqui para me encantar com a beleza de certas damas. Em minha mochila, procurava comidas e bebidas para acalmar meu estômago. Senti como se minha alma tivesse chorado por algo, mas foi momentâneo.
 

P.O.V  Yura

Sentia como se todos naquela cidade fossem ligeiramente tapados, nenhuma informação ou fala dos cidadãos era compreensível. Só havia falácias de supostos “homens da noite” e casas pegando fogo. Tudo o que eu clamava era que algo me levasse até aquela droga de localização. Ao desistir e olhar em volta da rua, notei várias carroças entrando e saindo, comidas, armas ou talvez passageiros.

Morthal era verdadeiramente sombria e eu precisava sair daqui. Minhas orelhas não conseguiram ignorar o fato de que um homem do outro lado da rua, falava alto sobre as damas e o quão lindas as nórdicas podem ser. Retribuindo o olhar vejo um saco de merda falante e decido ignorar. Pelo visto Skyrim estava levando muitas pessoas a saírem de sua província devido a guerra civil.

Após algumas horas de viagem dentro a floresta esquecida e negra de Morthal, vejo as primeiras marcas de pedras anciãs e esquecidas cravadas em meio a terra. Mais a frente estaria Ustengrav. Percebi que havia alguns necromantes e outros bandidos dormindo perto da tumba soterrada.

“Eu vou conseguir e..”

CRACK~

“Oh não...”

 

O lugar era centro de madeiras esquecidas ao chão, meu pé já havia me entregue a todos que estavam no recinto. “Perfeito Yura, conseguiu mais uma vez!” Pensei. 

Um mago tão rápido quanto o vento, se colocava em pé em minha frente, ele fazendo com que sua mão fizesse parte de uma bola enorme de chamas, quando me notou, decidiu atacar sem rodeios.

A chama foi rápida demais, ao mesmo tempo em que tomava meu braço, a dor agonizante começava a se fazer presente em mim, por apenas reflexo meus dedos ficaram fracos e a espada se parece pesada demais por um instante. Notando sua risada, vejo seu feitiço de conjuração se formar e ir como se fossem cobras se rastejando aos corpos.

De fato os bandidos não estavam dormindo, estavam mortos. E as finas linhas roxas entrando em seus olhos, os fizeram levantar.

- Meu.. deus.. - Aquilo era loucura, necromancia era proibido. Como eu… vou poder lutar contra isso?!

Olhei novamente para o mago e o vi sair correndo em direção a tumba, enquanto seus servos vinham em passos lentos. Não notei o terceiro homem me prender pelas costas.

- AH!! Me… SOLTA!

Estavam mortos, pelos deuses eles estavam mortos… 

Me debatendo o máximo que pude, senti os outros pararem em minha frente e começarem a tirar as lâminas de suas bainhas. Minha garganta queimou e eu mesma pude-me ouvir.

FUS RO DAH

Eu nunca tinha me ouvido antes, o grito fez com que aves voarem para longe daquelas árvores, Cervos corressem o mais longe possível e os homens deixassem de serem homens. Paralisada ainda por tudo aqui, o homem atrás de mim me puxou e levou-me ao chão. Ele se debatia comigo para colocar suas mãos no meu pescoço e apertá-las forte. 

Protegendo-me, saquei sua própria adaga no cinto e a empurrei contra ele em suas costelas. Ele arfou e com meu cotovelo fiz contato com seu rosto desfigurado. Caindo para o lado, retornei onde estava minha espada e voltei para pôr um fim naquela besta. Ainda desnorteada corri em direção ao mago, para surpreendê-lo de costas.

- Você irá morrer.. Grrr – Disse o desconhecido quando coloquei minha espada em sua garganta.

- Não desta vez. 

E assim como se minha própria cabeça fizesse isso, por instinto os meus olhos fecharam, seu sangue encontrou meu rosto e o barulho do peso morto caindo no mato foi como se o único som do mundo fosse isso.

Minha espada estava pintada, meu rosto encharcado e o local novamente com mais um morto em sua lista.

Me curvei e minha respiração estava irregular, meu queixo batia de frio. Meus ossos pareciam pesados e meu corpo não correspondia, mesmo assim tive de continuar. O que não foi fácil.

Fui até o início da tumba e desci as escadas antigas, abri a porta metálica que aparentava ser feita por mãos divinas e simplesmente observei o que havia dentro. Vi que o lugar era muito espaçoso, colunas que seguravam o teto mostravam-se trincadas e rachadas, elas tinham espaços como buracos que ali eram colocadas velas e estavam acesas. Mesmo observando continuei seguindo, após passar entre alguns buracos, novamente saí em uma dungeon, após alguns draugrs, eu achei uma porta diferente das demais, era quase igual a que estava no início, porém essa estava entreaberta e era prateada.

Eu descia vários degraus, e cada vez mais eu me amaldiçoava. Escadas, ratos, paredes, mortos vivos, mais paredes, sangue, e o que? Exato: Escadas!

Após várias vezes subindo e descendo, matando e se defendendo, meu corpo cansou. Era muita batalha apenas para uma tumba. Sentei-me e bebi uma poção de cura, aos poucos fui sentindo meu corpo relaxar, os cortes se cicatrizavam, minhas dores paravam. Meu fôlego ainda não estava bem, então, me levantei e respirei fundo, eu já havia pego algumas doenças, pois tudo era velho e antigo, mesmo com a poção sentia às vezes tontura, minha visão embrulhava e às vezes ficava mais frágil.

Meu coração parecia bater mais rápido, mas não havia motivo do porque. Eu escutava sussurros e murmúrios me seguindo, era a mesma sensação quando vi aquela parede com marcas estranhas. Notei muito distante e para baixo, uma cachoeira que batia em algo, algo oco.

Descendo e descendo, houve um momento que novamente, mais uma parede com anotações estava diante de mim. Alguns símbolos ficaram azuis e pareciam queimar novamente. O dragão novamente talhado no centro demonstrando sua sabedoria. 

E de novo ela me chamava, de novo brilhava e mais uma vez minha mão deixava meus dedos tocarem a pedra fria.

[F] [Ei] [M] - Desvaneça

Eu senti  fazendo parte do meu corpo, minha mente dizendo desvanecer, e por um momento eu sentia que fazia parte de algo. Olhei para as minhas mãos e depois para a parede, notei a palavra deixando de queimar e simplesmente fazendo parte de um dizer esquecido. Aquilo parecia ter-me dado vontade de continuar.

Voltando para cima aonde estava, passei entre runas que acendiam como velas e apagavam quando me distanciava. O mestre Greybeard me disse que deveria fazer o grande salto para passar esta parte.

Ao correr, depois de passar pela primeira pedra, pensei em correr o mais breve possível, automaticamente balbuciei Wuld Nah Kest e simples assim eu estava dentro de todas as portas que se fechavam. Nada mal aliás.

Prosseguindo e um pouco mais contente com o que aquela tumba me guardava, cheguei em um lugar no qual me mostrou uma velha e antiga sala que habitam lagos e finalmente o caixão de Jurgen Windcaller. Feliz e cansada dei uma leve corrida para ver que a mão que segurava o chifre estava na verdade com uma singela carta.

Desapontada com isso e vendo o cenário já com mortos ao chão e cadáveres já vencidos, eu sabia que alguém tinha chegado aqui antes de qualquer um. Ainda com o desapontamento, tomei a carta em minhas mãos e comecei a ler para ver do que se tratava e se era ainda algo do nosso presente ou até mesmo do passado.

“Dragonborn, preciso falar com você, urgentemente. Vá a taverna Sleeping Giant em Riverwood, e peça um quarto no ático.
                                          - Um Amigo.”

 

 

- Sério isso? - Revoltada com a situação, continuei a gritar sozinha. - Mas que filho de uma puta!

 

Taverna de Riverwood

Ao adentrar na taverna, sentei-me em uma mesa e esperei uma moça me atender. Pedi um Ale, e uma sopa caprichada de carne. Eu poderia ser a “Nova Dragonborn”, mas eu estava morrendo e eu não salvaria o mundo com fome.

Enquanto fazia a refeição, meus machucados ainda ardiam e o bardo conseguia mesmo tocar uma música boa o suficiente para me fazer esquecer de tudo. Me sentindo mais revigorada e saciada, me dirigi ao balcão para pedir uma quarto ático como me dizia na carta, tudo o que eu ganhei foi um: “Não temos quarto no ático, pode ficar com o esse a sua esquerda.”

- Os greybeards pensam que você, é o Dragonborn. Eu espero que estejam corretos. - Sua voz era um pouco enjoada. - Olhando para trás vi que a moça havia me seguido até dentro do quarto.

- Você… é a mesma mulher que me elogiou por ter pego o quadro para Farengar. Era você quem pegou o Horn e deixou a carta.. – Sussurrei confirmando.

- Surpresa? Sou muito boa em minhas técnicas de ataque. - Debochou

- O que você quer comigo? – Meu tom automaticamente tornou-se ríspido.

- Olhe.. eu não sou sua inimiga. Eu estou com seu Horn, e eu ainda te ajudei. Apenas me escute..

- Hm.. vá em frente. Estou escutando.

- Como eu disse em minha carta, eu ouvi dizer que você é o Dragonborn. – Respirou. - Eu faço parte de um grupo.. Que procura por você.. alguém como você por muitos anos. Se você é realmente o Dragonborn, isto é, antes que eu te conte algo, preciso realmente ter certeza que posso confiar em você. – Completou.

- Como eu posso ter certeza que poderia confiar em você?

- Se não confia, você foi uma idiota de ter vindo aqui primeiramente. – Soltou-lhe um sorriso sarcástico.

Encostei-me na parede, cruzando os braços até a altura dos meus seios e então a olhei da forma mais desprezível possível: - Idiota foi sua atitude, se eu for realmente quem você pensa que é, deveria medir mais as suas palavras comigo e se eu cuidei de um dragão, cuido mais ainda de uma nórdica qualquer.

- Afiada, eu gosto disso. Não devo ser tão grossa assim com quem não conheço, a única coisa que eu quero saber é: Você é o único que pode matar um dragão permanentemente até devorar sua alma. Você pode? Pode absorver uma alma dragônica?

- Exatamente. Foi assim que eu descobri que eu era a Dragonborn.

- Bom, você terá sua hora de me provar que pode realmente fazer isto.

- E como iremos fazer isso? E o que eu ganharia de mostrar a você? – 

- O mapa, que você trouxe até mim. Dragonstone se lembra? Farengar… e afinal sou a única que pode realmente te ajudar a desvendar todo o mistério que cai sobre você. 

Após uma longa conversa, descobrimos que existia um mapa de dragões, onde informava suas localizações. Iríamos a Kynesgrove “provar” a minha habilidade e por fim eu teria as minhas respostas antes que eu voltasse a falar com os anciãos cinzas. Delphine, já tinha até mesmo como nos levar até esse lugar e mais um vez eu estaria partindo para o obscuro.


Notas Finais


Com amor Yura <3


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