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História The Dragonborn Comes - The House Of Wolves - A Casa dos Lobos


Escrita por: Black_Dahlia e LunarGuest

Capítulo 12 - The House Of Wolves - A Casa dos Lobos


Fanfic / Fanfiction The Dragonborn Comes - The House Of Wolves - A Casa dos Lobos

 

A CASA DOS LOBOS

“-Um tenente Silver-Hand tem nos espionado em torno de Whiterun, e o mesmo está acampado em um dos vários locais aqui por perto. Preciso que você roube os planos para que a localização do seu esconderijo principal possa ser descoberta. ”


A carta era objetiva, oferecia as demais estratégias e ideias elaboradas pelos mãos-de-prata. Tudo estava guardado em uma bolsa pequena de couro, no qual agora se fazia presente dentro de minha mochila. A volta para Whiterun não foi nada especial, monótona como sempre. Aos poucos eu notava minhas habilidades sendo desenvolvidas pelos gêmeos e por Aela em específico, que agora se culpava pela morte de Skjor e minha doença.

- Olá minha dama. Parece-me cansada.

- Oi Njord, estou, mas, e você?! Parece bravo.

- Só algumas coisas dando errado, mas, estou feliz que esteja aqui. Posso levá-la para a taverna?

- Ah. Claro. Mas, não sou de tomar nada alcoólico. – Sorri envergonhada.

- Tudo bem, vamos. – O ruivo pegou meu braço e cruzei com o dele, eu ri pela atitude inusitada do mesmo. Ele era alguém engraçado e super gentil. – Pode-me dizer o que houve ontem? Mal conversou comigo.

- Não ficou sabendo da morte de Skjor?!

- Ah sim, fiquei. Mas, não sabia que isso seria tão impactante para você, donzela. – Sorriu

- Hm, o que vais pedir? – Perguntei já notando alguns olhares femininos caindo sobre o homem ao meu lado. A taverna estava um pouco cheia.

- Sente-se – Pediu-me fazendo sentar na cadeira em frente ao balcão, logo sentando ao lado. – Vou querer um Alê e pra ela, um vinho, talvez?! – Perguntou olhando-me para ter certeza, prontamente acenei com a cabeça positivamente para a mulher que estava anotando em um caderninho.

- Vinho é alcoólico… não seria correto.

- É só um vinho.

- Okay.. 

Começamos a conversar sobre diversos assuntos. Notei que seus dedos apertavam o copo com muita força, ao longo das conversas, evitava e fingia tomar o vinho para prestar atenção se aquilo era mesmo de confiança. Njord quando se tratava dos companions, suas expressões eram pouco evidentes, mas as batidas do seu coração acelerava demais.

-Está tudo bem?

- O vinho bateu rápido demais. – Desvirtuei sabendo que o vinho não tinha mais força para  deixar-me ruim. Sendo um lobisomem, álcool não era algo forte, parecia uma água de rio. – Se importa se voltarmos a Jorrvaskr?

- Claro que não, venha. – Entendeu sua mão em minha direção, fazendo-me dar e o incentivando a dar uma leve puxada e colocarmos nossos corpos um no outro. Ele abriu a porta e assim começamos a andar pela cidade.

Ali por ser um o início de uma tarde, não tinha muita movimentação o que seria fácil para descobrir o cheiro de Njord.. Sendo ele um humano, era ainda mais fácil capturar sua fragrância quando não se possuía mais ninguém por perto. O cheiro era de prata e ferro, pouco salgado comparado aos irmãos Vilkas e Farkas. Fora o cheiro ferroso de Njord, conseguia sentir um aroma amadeirado e um pouco de Canis Root (Galhos secos de árvores).

- Njord – O chamei, vendo-o me encarar. Estávamos perto da árvore central de Whiterun, basicamente, na frente da casa Jorrvaskr.

- Sim?!

- Hm... faz algumas semanas no qual eu já entrei para esta família. Vi que no começo você me evitava um pouco, mas desenvolvemos uma amizade como todos os outros aqui. Eu gostaria de saber mais sobre você, assim como sei um pouco dos demais.

- Haha, bem, é algo triste por assim dizer. Nasci em uma família do campo, com pai, mãe e uma irmã mais nova. Eu tinha doze anos de idade quando saí com minha irmã de sete, para colher algumas maçãs e fazer algumas tortas. Mãe Valley sabia fazer uma torta maravilhosa. – Sorriu tristemente — Então, como era um pouco longe, passamos por uma floresta, mas, minha irmã começou a escutar alguns barulhos e ficou com medo. Tivemos que voltar, então tudo começou a se tornar um pesadelo.

- Meu pai estava com um machado de cortar lenha, com Valley morta ao seu lado. Ele estava ensangüentado, ferido com cortes de animais no corpo. Minha mãe já desfalecida, estava caída no chão com mordidas distribuídas por toda sua estrutura. Minha irmã abraçou-me e começou a chorar; e eu perguntei para meu pai o que havia acontecido.

- E então?

- Ele tinha-me dito que um lobo gigante o atacou, um lobo super grande. Que veio da floresta e tentou entrar na casa e minha mãe ficou apavorada, fazendo o monstro a atacar. Meu pai tinha acertado-o com o machado e ele saiu correndo de volta à floresta. Minha irmã nunca conseguiu superar esse fato e uns dias depois, quando ela foi atender o carteiro, que iria entregar umas cartas com moedas, foi atacada pelo mesmo lobo. Nem mesmo o carteiro conseguiu fugir. – Njord olhava para Jorrvaskr e eu conseguia ver a fina lágrima que descia escondida entre seus cabelos ruivos. Ele havia perdido as mulheres mais importantes para ele e isso não era fácil. – Eu e meu pai, começamos a treinar com espadas e arrumamos uns amigos para matar esse monstro, já que ele destruía plantações dos outros vizinhos também.

- Isso, deve ter sido difícil... perder as pessoas da família. Eu... Não sei o que dizer.

- Tudo bem, basicamente depois disso, treinamos, achamos o lobo, porém, era um lobisomem e não um lobo normal.

- S-sério?

- Sim, matamos em grupo, e muitos acabaram se machucando. Entretanto, o lobisomem morreu e eu pude vingar minha mãe e irmã. 

- Ah... e o que lhe fez entrar nos Companions?

- Como assim? Eles possuem uma honra enorme, com o treinamento deles posso voltar a ter uma família e protegê-la.. – Sorriu – Agora temos que voltar antes que nos perturbem.

- Tudo bem, vamos. 

Njord foi à frente eu o acompanhei logo atrás, eu sentia o cheiro de ansiedade e felicidade, mas, só agora eu podia perceber que ele estava gostando da minha presença e tudo bem com isso. Ela estava tendo o mesmo carinho que eu estava tendo com os demais e por um momento fiquei feliz com aquilo.

Chegando à Jorrvaskr o clima parecia normal, mas, Farkas e Vilkas que conversavam no Hall, travaram seus olhares em nós, e aproximaram-se.

- Quero conversar com você. – Vilkas tomou a iniciativa de abrir uma conversação.

- Tudo bem – Segui para o lado de Farkas e nem consegui me despedir de Njord, o mesmo só nos olhou e seguiu caminho ao Hall inferior, provavelmente iria dormir. – O que aconteceu?

- Olha.. Somos lobisomens superiores, sabemos muito bem usarmos nossas habilidades e possuímos total controle sobre isso.  – Vilkas suspirou após sua fala, já Farkas mantinha-se quieto.

-E o que eu tenho haver com isso?

- O que eu quero dizer, é que Njord quando está em suas viagens “típicas”, ele some, sem dizer a ninguém e depois volta com marcas, sangue, e coisas do gênero.

- Ele faz as missões dentro de Jorrvaskr, Vilkas. Não seja chato.

- O problema, é que nenhum de nós ofereceu algum tipo de missão a semanas. Ele se diz aventureiro, mas quando veio para cá disse que estava sozinho e não tinha um lar. Ele é suspeito e algo me diz que o aproximar de vocês dois não é por pura atração. – Farkas comentou sério, ríspido.

- Tudo bem, e o que querem comigo?

- Sentiu, viu ou descobriu algo sobre Njord? – Vilkas perguntou olhando para a porta de entrada, focando seu olhar em algum objeto da casa.

- Ele contou-me um pouco de sua história, disse que sua família foi atacada por um lobisomem e ele perdeu a mãe e irmã. Depois o pai e ele começaram a reunir pessoas para matar esse monstro. Depois eu não sei, já que ele não me respondeu o resto.

- Queremos que saiba que existem lobisomens que não possuem forma humana. Muitos ficam presos nesta forma e perdem toda a sua lógica e racionalidade. São monstros que não se controlam, então eles fazem realmente mal a qualquer um. – Suspirou. – Não queremos que pense que foi algum Companion. – Dialogou Farkas.

- Sim, eu entendo. Li um pouco do livro que me deram. Eu… posso descrever o cheiro que Njord  tinha...– Olhei para o chão tentando em uma maneira idiota de me lembrar do cheiro de Njord. – Era um cheiro de prata com ferro, um pouco salgado. Fora isso eu conseguia sentir um cheiro amadeirado e um pouco de Canis Root. 

- Cheiro de Silver-Hands. – Rosnou os irmãos.

- E-eu.. o que?!

- Você não conhece os cheiros dos Silver-Hands pelo fato que aprendeu a usar suas habilidades depois da morte de Skjor, e quando fomos a sua primeira missão, você ainda não era um lobo. – Disse Farkas com sua expressão furiosa.

- Acha que talvez, Njord poderia ser um traidor? Como eles teriam o mesmo cheiro se todos são diferentes? – Perguntei

- Visando que ele é mais desconhecido do que você, saí e quando volta, diz que os sangues e marcas são de animais que encontrou na rua... Sim! Ele não estava aqui quando você matou um dos primeiros tenentes dos Mãos-de-prata. – Vilkas pronunciou-se

- O cheiro deles são similares, pois sempre estão com suas armas de prata. Prata em específico é a única fonte que mata um lobisomem, qualquer outro tipo de arma pode nos ferir, mas não nos matar. Ferro e prata é uma mistura que só quem mexe com minérios podem ficar associados. Então não sabemos como, mas os guerreiros de mãos-de-prata sempre foram mineradores e foi graças a isso que souberam da nossa desvantagem. - Farkas completou

- Eu não sabia disso, foi importante me dizer. Tudo que sei é que ele estava furioso quando cheguei daquela missão, mas, disse que não era nada. 

- São muitas evidências, não?! – Os irmãos ainda me olhavam de modo severo. – Fique. Longe. Dele. Ouviu-nos? – Farkas ditou-me

- Sim, bom, eu tenho os fragmentos de Wuuthrad para pegar. Tenho mais o que fazer. – Terminei a conversação indo falar com Aela.

x-x-x-x

Mais um fragmento adquirido e mais uma caverna cheia de mortos. Agora eu entendia, tudo fazia sentido, o cheiro dos Mãos-de-prata, eram iguais aos de Njord, não tão iguais, pois, cada um tem um cheiro diferente um do outro, porém, o ferro e prata se faziam sempre presente. Nem mesmo os ferreiros de Skyrim tinham somente ferro e prata, e sim como diversos outros cheiros de materiais e pedras. 

Voltando com alguns pedaços da futura arma, deparo-me com Njord, perto de Whiterun, não era na entrada e sim um pouco mais longe. Ele falava com outra mulher que trajava armadura feita por pelos, ela era morena e cabelos amarelados. Digamos que era muito atraente, aliás, teria sido isso que fez Njord ir até ela e a beijar com ternura. Não deixei de pensar em o que Vilkas e Farkas me alertavam, mas com cuidado segui meu caminho até minha casa.

- Aqui Aela, os fragmentos. – Toquei-lhe seu ombro a assustando um pouco, logo ela pegou e guardou em sua bolsa.

- Kodlak quer falar com você. Não diga coisas que ele não precisa saber, Sangue-Novo.

- Ah qual parte? De como vocês me forçaram a me transformar em lobisomem ou na parte que estamos mentindo para o Kodlak sobre vingar o Skjor?

- Vai logo.

Sorri ao ver o mais velho sentado em sua típica mesa de canto. Me convidando a sentar do seu lado, o mesmo guardava seu livro e se voltava com uma expressão muito mais séria do que o habitual.

- Ouvi dizer que estava bem ocupada esses últimos dias... – Começou.

- Eu não consigo seguir com essa mentira, Aela teve um plano para que se vingasse do acontecido. No começo foi estranho mas aos poucos fomos encontrando alguns evidências estranhas demais em relação a Jorrvaskr.

- Seus corações estão cheios de tristeza e meu próprio coração se queixa da perda de Skjor. Mas, sua morte foi vingada há muito tempo. Você tomou mais vidas do que as exigências de honra. O ciclo de retaliação não pode continuar por muito tempo. – Suspirou baixo. – De qualquer forma, eu tenho uma missão à você. Você sabe como nós nos tornamos lobisomens?

- Vilkas disse que era uma maldição dos antigos Companheiros..

- O menino tem uma pegada de verdade, mas, a realidade é mais complicada do que isso. Sempre será.

- E qual é a verdade Kodlak? – Perguntei curiosa

- Os Companheiros têm quase cinco mil anos. Esta questão do sangue-de-besta só nos preocupa por algumas centenas. Um dos meus predecessores era um bom, mas curto, homem perverso. Ele fez uma pechincha com as bruxas de Glenmoril Coven. Se os Companheiros caíssem em nome de seu senhor, Hircine, teríamos grande poder.

- E eles tornaram-se lobisomens?

- Eles não acreditavam que a mudança seria permanente. As bruxas ofereceram pagamento, como qualquer outra pessoa. Mas, nós nos enganamos. 

- As bruxas deveriam pagar por tudo que fizeram, deveriam pagar pela sua brincadeira ridícula.

- Chegarei a isso. Ainda não é tão simples como apenas matá-las. – Olhou-me e continuou sua fala, calma e tranqüila. - A doença, você vê, afeta não apenas nossos corpos. Ele se infiltra no espírito. Após a morte, os lobisomens são reivindicados por Hircine para os seus campos de caça. Para alguns, isso é um paraíso. Eles não querem nada mais do que perseguir presas com seu mestre para a eternidade. E essa é a escolha deles. Mas, eu ainda sou um verdadeiro Nord  e eu desejo ir à Sovngarde com meu espírito em casa.

- E há uma cura para tudo isso?

- É o que eu passei meus anos crepuscular tentando descobrir. E agora, encontrei a resposta. A magia das bruxas nos atraiu, e somente sua magia pode libertar-nos. Elas não vão dar de bom grado, mas, podemos extrair seus poderes sujos pela força. Quero que você as procure. Vá para o seu Coven na região selvagem. Golpeie-os como uma verdadeira guerreira da natureza. E me traga suas cabeças, o assento de suas habilidades. A partir daí, podemos começar a desfazer séculos de impurezas. – Sorriu por fim.

- Então, devo fazer isto sozinha, não?!

- Você não terá nenhum Escudo-Irmão desta vez. Mas, o espírito de Ysgramor vai com você, para restaurar a honra de seu legado. Talos a guie, pequena Yura...

Glenmoril Coven

A entrada mostrava que quem vivia ali, só poderia ser a pessoa, ou melhor, as pessoas que eu estava procurando. A árvore morta encontrada ao lado da caverna, mostrava que: o que entrava ali, não sairia vivo. Deixei meu cavalo na parte de fora e puxei o saco comigo.

Empunhei minha nova arma dada por Eorlund ‘pra mim, um Steel Battleaxe. A escuridão fazia parte do cenário, algumas partes eram clareadas por caldeirões com fogo e algum objeto dentro, no centro bem mais a frente, uma das primeiras Bruxas estava fazendo algo no chão. Preparando meu “Fus Ro Dah” marchei até ela.

A mesma sentiu-me perto e direcionou seu olhar no meu, sua expressão zangada e raivosa, só foi um risco para que pudesse criar bolas de fogo com as mãos e começar a ameaçar, eu comecei a andar muito mais rápido em sua direção, quando ela atirou sua primeira bola de fogo. Senti meu corpo arder, uma dor horrível, porém, fez-me ter ainda mais força ao soltar um Shout nela.

Seu corpo voou nas paredes rochosas da caverna, dando um impacto enorme de suas costas contra a parede e depois ao chão, corri até a mesma e levantei minha arma com força a trazendo com deveras raiva até seu pescoço. E assim, o sangue alastrou-se por todo o local, eu havia decapitado-a e o sangue não era tímido para sair de seu corpo e fazer uma pintura no chão barroso.

Tratei de colocar a cabeça decapitada da bruxa no saco, Kodlak não tinha dito quantas eram, porém, Farkas e Vilkas não gostavam do lobo que possuíam dentro de si. Com a passagem clareando, segui a outro buraco que me levou a outro “espaço” onde se encontrava uma outra bruxa. Essa era mais forte, suas bolas de fogo, além de serem mais efetivas, ela também conjurava armadilhas pelo chão. Tivemos algumas horas batalhando, entre bolas de fogo e tentativas de ataque, mas tudo só parou quando notei que o barulho do fus era forte demais para elas e isso as deixavam tontas. Foi o que bastou para trazer três cabeças de bruxas comigo de volta a Whiterun.

Percebi que havia mais duas bruxas ainda e que ambas não ousaram sair de suas tocas. Voltei ao meu cavalo, coloquei o saco – Que por sinal, estava um pouco pesado. – sobre o animal. Eu amarrei em mim para que não pudesse cair no chão e nem mesmo abrir.

Aliás, seria engraçado.

x-x-x-x

Voltando a Whiterun, percebi olhares dos Guardas sobre mim, indo até Jorrvaskr, existiam pessoas chorando, fora de suas casas, e então, um desespero me bateu, quando Aela gritou por mim, larguei o saco perto dela e corri casa adentro.

Notei primeiramente o corpo de Athis morto perto de Njord, que com sua espada estava agora indo tentar matar Kodlak; Memórias e alucinações rondavam minha mente de uma hora para a outra, meu espírito queimou, fazendo-me soltar um Shout: Fus, o obrigando-o a voar longe. Minha pele automaticamente ardeu e a única coisa que eu vi foi tudo ficando escuro.

 

“Não”

 

Era como estar de olhos fechados e deixar alguém te guiar, em poucos segundo a visão ia retornando e aos poucos eu me aproximava do ruivo a minha frente. Ele por sua vez se levantava ainda tonto da pancada repentina e por um momento escutei ele me chamando de traidor também. Parada vi seu golpe em câmera lenta em minha direção, rasgando meu ante braço e dando uma queimadura enorme.

 

Prata..

 

Como se algo fizesse por mim, minha enorme mão o puxou pelo seu pescoço o levantando em uma certa altura longe do chão, seu rosto lentamente ficara vermelho pela falta de ar, os sons atrás de mim de alguns mãos-de-prata que entravam dentro da casa só me deixavam ainda mais triste. Njord tentava dizer o quão parecida eu era com o assassino de sua mãe, e o quão ferais poderíamos ser. Eu senti a lâmina passando em minhas mãos e um fogo queimar minha alma, um rosnado saiu dentre minha garganta, antes de levar minha oca ao seu pescoço.

Por um momento, os gritos deixavam de serem ouvidos, o corpo desfigurado se deitava ao chão e ao me virar, todos estavam lá. Alguns Mãos-de-prata se jogavam ao chão em medo extremo, outros terminavam de viver e se deixavam levar para onde acreditavam ir. E Kodlak estava lá ao chão com sua mão no estômago.

Notei outro lobisomem pular diante de mim, mas o choque no qual eu estava sendo tomada me impediu de fugir, com uma grande força, a dor em queixo me fez cair e em segundos eu estava de volta no escuro.

x-x-x-x

Conforme o som da fogueira se fazia presente, meus olhos abriam de pouco a pouco. Notava o quarto escuro sendo iluminado por poucas velas, e eu só teria a agradecer já que minha visão estava levemente sensível.

- Acordou hum?! – Pensou – Você adormeceu por um dia e meio, vista esta roupa e encontre-me na sala de Kodlak. – Dito isso, levantou-se e seguiu para fora do quarto, fechando as portas.

Levantei-me e notei meu braço enfaixado, no momento não tinha visto ou percebido que Njord havia cravado até demais a adaga em meu antebraço... Aquilo doía demais.

Troquei-me da maneira que foi possível e depois de respirar algumas vezes, fui à sala de Kodlak como pedido, abrindo a porta, notei o velho sentado na cadeira amadeirada com uma roupa normal, sem armadura e cheio de faixas, sua expressão era feliz, era alegre, mas continha tristeza. Farkas estava ao seu lado esquerdo encostado na estante de livros, ele também estava com uma expressão calma. Por outro lado, Vilkas, que agora parecia não querer-me confrontar, acenou com a cabeça e sorriu. 

- Yura... Yura... Como lhe devo recompensá-la por ter salvado minha vida? E ainda, ter-me a honra de trazer as cabeças de bruxas? – Comentou o velho em um tom divertido.

Meus olhos encheram de lágrimas, sentia as linhas úmidas descerem pelo meu rosto, o máximo que pude fazer foi abrir os braços em uma maneira estúpida e infantil para pedir por um abraço. E sim, o velho levantou-se e abraçou-me, mesmo com dificuldade. Deixei lágrimas severas caírem sobre seu ombro e meu choro podia ser escutado por quase todo o hall. Era uma mistura de vitória com medo, saudade e presente. Eu via Kodlak como um pai e ele se portava com tal. Durante o abraço ele levemente fazia carinhos no topo da minha cabeça - És uma pena perder um grande homem como Athis, entretanto Yura, cuidarei de ti como se fosse minha filha.

Agora me afastando e vendo o mesmo me encarando, percebi que Farkas, Vilkas e Aela se aproximaram de seu lado. Todos ali levaram suas mãos direita com o punho fechado em seus torsos. Todos eles com a saudação de guerra milenar nórdica.

- Eu prometo nova Harbinger.

 


Notas Finais


Com amor, Yura.


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