1. Spirit Fanfics >
  2. The Driver >
  3. And love is not a choice

História The Driver - And love is not a choice


Escrita por: itsmegeo_s

Capítulo 11 - And love is not a choice


“And Love Is Not a Choice”

(E amar não é uma escolha)

1999.

Dinah caminhava lentamente até a casa de Lauren. Seus pés chutando as folhas secas que encontrava pelo caminho, o outono deixando a cidade com os céus nublados e as folhas amarronzadas nas calçadas cinzas. Lauren nunca gostou dessa estação do ano, mas Dinah amava saber que o inverno estava próximo. Ela amava o Natal e o Ano Novo.

-Olá, senhora Jauregui. -Ela cumprimenta cordialmente e sorri ao ver a mulher fazendo um gesto de desdém.

-Apenas Clara, querida. Você sabe disso. -Dinah encolhe os ombros, não havia se acostumado com a aprovação de Clara ainda e sorri envergonhada. -Cuide de Lauren por mim, sim?! Hoje estou de plantão. -Ela faz um muxoxo e beija as bochechas gordinhas enquanto se apressava em sair de casa.

Dinah sobe as escadas, a pequena Taylor havia ido dormir na casa de uma amiga e Lauren não podia ficar sozinha. Não por incapacidade ou algo do tipo, mas sim porquê seus surtos estavam maiores depois do ocorrido de 97. E Dinah odiava ver Lauren daquela forma há tanto tempo.

-Laur... -Ela bate na porta e ouve um chiado em resposta.

Lauren estava mondando um enorme quebra-cabeças em sua mesa de desenhos. Ela mordia o lábio inferior nervosa e movia as peças com habilidade.

-Quantas peças, uh? -Dinah pergunta demonstrando interesse, porquê ela sabia que Lauren adorava quando alguém se mostrava interessado em seus hobbies.

-2.000. -Ela diz sorrindo. -Ganhei do tio Somerhalder.

-Isso é muito. -Dinah franze as sobrancelhas e se senta do lado de Lauren, seus olhos se movendo por todo o amontoado de peças sem conseguir forma nenhum par só, enquanto sua amiga conseguia uma dezena com uma simples passada de olhos.

-Ele disse que Ian se sentia culpado por não conseguir ter vindo para o meu aniversário e então me comprou isso em Londres. -Ela aponta o dedo para a caixa sem tirar os olhos das pecinhas e Dinah analisa a paisagem que se formaria depois de montado.

O Big Bang era a maior obsessão de Lauren no momento. Ela passava horas desenhando e montando o ponto-turístico londrino com palitos de sorvete, e isso a tinha rendido um belo resfriado por tomar vinte picolés em um único dia só para conseguir os palitos que faltavam. Dinah não conseguia enxergar tanta graça em tudo aquilo, mas conseguia deixar Lauren calma e fora isso o recomendado pelos psicólogos.

-Onde está Maniz? Achei que viria com você. -As orbes verdes a fitam intensamente fazendo Dinah corar as bochechas e morder o lábio inferior envergonhada.

Ela nunca era tímida, mas quando se tratava de Lauren, todo o seu corpo parecia reagir de forma inesperada. E ela se sentia culpada por sentir isso enquanto namorava Normani, mas os sentimentos pareciam tão iguais que ela se confundia nesse mar próprio.

-Disse que virá mais tarde. -Lauren assente desviando o olhar e volta a se concentrar no quebra-cabeças.

-Eu consegui fazer uma nova fórmula. -Ela diz e se levanta caminhando até uma lousa lotada de números, gráficos e coisas que Dinah não conseguia entender.

-Me explique. -Lauren segura as mãos da polinésia e a faz ficar parada na frente do quadro.

-Isso é sobre um começo. -Ela aponta para uma fração simples e Dinah sorri entendida. -O nosso começo. Maniz e eu somos a divisão e você é a soma. Essa aqui é quem nos uniu... -A voz de Lauren embarga e Dinah limpa a lágrima solitária que havia caído. -E então é ela indo para longe de nós... Se tornando infinito. Você sabe, já te mostrei essa conta também. -Dinah assente e encara o quadro. -Aqui são as fórmulas que surgem na minha mente, todo o tempo. -Um plano cartesiano mostrava um círculo vicioso. -E isso é o que eu sinto por você; seu modo de me fazer sorrir e me deixar calma sem precisar de muito, como quando você caiu com o sorvete no rosto. -Lauren solta sua risada fofa e Dinah sorri boba. -Meu coração fica acelerado e então eu sinto vontade de te beijar. Seis vezes. Porquê seis é o número de vezes que costumávamos nos encontrar na escola. Todos os dias, até a sexta-feira. Seis vezes. E agora demoramos seis dias para nos encontrar novamente. Todas as semanas.

-Por que tem um sinal de multiplicação ali? -Ela pergunta em um fio de voz e Lauren sorri para o quadro.

-Porque eu sinto as mesmas coisas por Normani. -Lauren nunca soube que esconder esses sentimentos às vezes a protegeria do amor. -E esse infinito é porque eu sei que isso nunca vai mudar. E eu vou querer beijar as duas para sempre. Mas essa quebra aqui... -Ela mostra números aleatórios que faziam as pontas dos dedos de Lauren se coçar para organizar, mas aquilo não dependia dela. -É para me dizer que eu nunca poderei beijar as duas, porque vocês são melhores juntas. E eu jamais iria querer separar o que vejo quando vocês estão juntas.

Dinah engole em seco e se vira para a hispânica. Os olhos verdes estavam desfocados e fitavam o quadro como se ela visse muito mais do que falava, muito mais do que explicava. Lauren nunca fora boa em lidar com as incertezas dos sentimentos, por isso preferia os números. Os poemas costumavam ter várias interpretações. Tudo dependia de quantas vezes você já havia sido machucado.

-Laur...

-Vocês são fórmulas, porquê essa é a única certeza que sinto no momento. -Ela diz aérea. -A certeza de que meu coração escolheu as duas para amar, se tornando assim meu carma bom e ruim. Eu não posso amar apenas uma quando as duas são tudo o que quero. E não posso fazer com que me desejem porquê eu vejo amor quando as duas estão juntas, e isso aqui – ela mostra um parênteses em aberto – sou eu, me obrigando a aceitar que eu nunca as terei para mim como amantes. Por isso abdico do meu amor por você e por ela, porquê o certo é vocês continuarem juntas...

Dinah a cala com um beijo. Seu coração respondendo ao contato, suas mãos buscando trazer Lauren mais para si. Dinah era uma fórmula multiplicada por dois.

-Eu quero participar desse beijo. -As duas se afastam com um pulo e veem Normani parada com os braços cruzados abaixo dos seios. -Se for pra ter duas namoradas, que eu participe do primeiro beijo.

Ela anda tranquila até as duas que se encontravam paralisadas e segura o queixo de Lauren com delicadeza. Ela sorri largo e se aproxima lentamente vendo Lauren se afastar um pouco, mas aceitar o contato. Sua boca se encaixando a de Normani e então outra boca participando do beijo. As duas acendendo Lauren e a transformando em alguém que elas ainda não conheciam.

-Eu amo vocês. -Ela diz em seu tom rouco fitando os olhares, Dinah e seu castanho puxado para o claro e Normani com seu olhar escuro e intenso.

2007.

-Como está Taylor? -Dinah pergunta depois de analisar Lauren.

-Bem. Ela está bem. -A morena sorri e se senta na bancada da cozinha. -Aprendeu a tocar Mozart. Na verdade ela já sabia, mas havia esquecido.

-Sua família é genial. -Dinah comenta admirada e Lauren sorri tímida.

-Nah... Não toda. Ainda temos Chris. -A loira gargalha e coloca a mão sobre a boca fazendo Lauren se levantar correndo e segurar a mão dela. -Eu amo seu sorriso, não o esconda.

Lauren sabia acertar o ponto certo para Dinah corar e ficar envergonhada.

-Senti sua falta. -Ela sussurra contra a boca de Lauren e desliza a língua a envolvendo em um beijo quente.

-Foram dois dias, querida. -Lauren ri e Dinah lhe mostra a língua.

-Qualquer segundo longe de você é um motivo para sentir sua falta. -Ela diz e faz um biquinho manhoso. Lauren ri ainda mais e volta a beijá-la já sabendo que não parariam por ali.

(...)

Shawn caminhava pelo Departamento com calma. Ele assobiava baixinho e girava as chaves da sala de corpos. Lauren havia voltado e ele estava adorando trabalhar em trio junto dela e Camila, eles conseguiam viver entre farpas e deduções inteligente sobre o caso.

-Eu já te disse... -A voz feminina fez Shawn frear e se esconder na sombra da parede por nenhum motivo aparente, ele só sentiu que era o certo a se fazer. -Jhonny... Não me interessa em nada sua vida sexual, eu preciso que faça isso por mim. -Shawn se esforça para reconhecer a voz e cerra os olhos se encolhendo ainda mais ao ouvir os passos chegando perto. -Eu quero Lauren Jauregui e você vai me ajudar.

Halsey passa por ele o fazendo prender a respiração, sua expressão demonstrava raiva e ela se mexia muito enquanto falava no telefone, aparentemente com um dos suspeitos do caso.

-Eu te entreguei a liberdade... Você vai me entregar ela, nada mais justo... -Ela sorri perversa e estala o pescoço de um lado para o outro. -Que seja, apenas faça.

A mulher some das vistas de Shawn e ele solta todo o ar que prendia. Nunca havia gostado de Halsey pelo simples motivo de que ela se achava superior a qualquer pessoa ali dentro, mas não passava de uma sombra de Scott. E Shawn tinha quase certeza de que até isso era fruto de algo, ou boquetes semanais no homem.

Shawn limpava pessoas mortas diariamente, hora após hora, mas a coisa que ele mais tinha nojo era de como o ser humano se alto colocava em um pedestal intocável. Uma hora iria ruir e será melhor para todos que o tombo não fosse tão alto.

-Droga... -Ele corre em silencio e disca o número de Lauren, mas caiu em caixa postal pouco tempo depois. Suas mãos trêmulas chegaram com dificuldades até outro número. -Alô, Camila?

-Ariana Grande, noiva de Camila. O que deseja com ela? -Shawn pigarreia e acerta os ombros.

-É sobre Lauren. Temo que ela esteja em perigo.


Notas Finais


Não sei, mas acho que tá perto de saber quem é x assassinx. Vai ser uma sequência de acontecimentos confusos e embaralhados, sinto muito.
Favoritem e comentem
3bjs de luz e até mais 💙🌸


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...