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História The Driver - Write down my poems for the few


Escrita por: itsmegeo_s

Notas do Autor


Oláás. (Recompensa por eu ter ficado tanto tempo fora).
Esse na capa é Jonathan Somerhalder. (Tenho uma paixão enorme por heterocromia)

Capítulo 3 - Write down my poems for the few


Fanfic / Fanfiction The Driver - Write down my poems for the few

“Write down my poems for the few”

(Anote meus poemas para os poucos.)

1997.

A escola se preparava para as férias do inverno, o frio intenso começava a entrar pelas janelas parcialmente abertas, todos usavam toucas pretas ou escuras, os alunos circulavam pelos corredores conversando em tom baixo que hora ou outra sobressaía em algum assunto que os animava mais.

O frio deixava a todos num estado mais lento do que o costume, com toda aquela energia adolescente que os movia com os sentimentos a flor da pele.

-Porquinhos! Porquinhos! Me deixem entrar. Ou vou soprar. E bufar. E sua casa derrubar... -O menino cantarola enquanto andava lentamente até o final do corredor sem saída. Uma menina morena se encolhia no canto, sua respiração saía alta enquanto suas mãos pressionavam os ouvidos. Seus olhos arregalados em pavor. -Here’s Jhonny.

A referencia ao filme “O Iluminado”, não era segredo para ninguém que o garoto era completamente obcecado pelo filme de suspense baseado na obra de Stephen King.

Melissa solta uma risada cínica e se aproxima mais do menino robusto que tinha uma pose intimidante próxima à garota caída. Melissa tinha seus cabelos loiros jogados para o lado em tom de desdém enquanto ela apoia o braço no ombro do garoto, o fazendo sorrir de canto e abraçar sua cintura de forma possessiva.

Melissa parecia uma boa garota para quem a visse sorrindo de forma doce, ou até mesmo inocente, mas nem toda máscara pode esconder um rosto por toda a vida.

-Trouxe a câmera, amor? -O garoto destila deboche e a garota caída estremece com medo do que viria.

-É óbvio que sim, querido. -Sua voz levemente enjoativa, mas que nos tons certo conseguia manipular qualquer pessoa. -Acabe com ela.

2007.

-Ela foi envenenada. -O legista fala mostrando um pequeno frasco transparente com um líquido nojento dentro. -Não havia sido totalmente digerido, então consegui retirar isso. -Lauren faz careta e analisa Melissa deitada na cama de aço gélido.

Seu rosto sem expressão, não que ela tivesse muito disso quando estava viva, seus lábios sem cor assim como as maças das bochechas. O lençol azul a cobria do seios para baixo, mas não tampava os chupões em sua pele branca.

-Pelo visto, sua última noite viva foi bem agitada. -Lauren comenta risonha.

-Tenha respeito com os mortos. -Scott diz e Lauren ri, a morena se aproxima do corpo e analisa cada detalhe que pudesse ser diferente.

-Scott, meu caro, Melissa era uma vadia em vida e não será diferente só porquê morreu. Se existe um inferno, Melissa deve estar rebolando no colo do Diabo. -Scott abre a boca em choque o que faz Lauren reprimir uma sonora gargalhada.

-Ela tem um ferimento no ouvido, talvez tenha sido a causa da morte. -Ela diz voltando ao assunto, o legista assente e pega uma pasta marrom.

-O ferimento foi a causa da morte, com um único movimento fatal o assassino acertou um nervo importante e a matou quase que de forma instantânea. O veneno apenas a tonteou. -Lauren assente e continua examinando. -O corpo passou por um processo longo que chamamos de plastinação, o que deixou as articulações tensas possibilitando assim a manipulação do corpo já morto, o assassino deve conhecer de ciências humanas. Diria que ela morreu há pouco mais de 48 horas. -Lauren arqueia uma sobrancelha e se levanta estalando as costas.

-Deve ter levado muito tempo e dedicação para aprender uma técnica dessas. -Todos os rostos se voltam para o estagiário e assistente do legista, Shawn Mendes sempre era silencioso e observador, Lauren simpatizava dele pelo simples fato de que ele não interrompia o seu trabalho.

O moço encolheu os ombros envergonhado e se virou para examinar um outro corpo.

-Bom, já ouviram o namoradinho problemático dela? -Ela questiona mexendo os ombros.

-Ele foi intimado, mas ainda não apareceu para depoimento. -Scott diz e suspira. -Provavelmente estavam juntos na noite do crime... Isso faz dele um dos principais suspeitos.

-Ou ela estava traindo ele.

Lauren estava adorando aquele jogo. A morena não se importava com a mulher morta ao seu lado, Somerhalder a contratou por apenas um motivo: Dinheiro. Melissa o devia e estava presa à ele em um contrato abusivo, então se Lauren provasse que ela havia morrido por overdose ou qualquer coisa do tipo; todo o dinheiro que ela tinha iria para as mãos de Ian. E isso a divertia, pois tudo o que Melissa temia em vida era levar uma vida miserável.

Podemos viver o quanto quisermos em meio ao luxo, mas todos nós estamos fadados a apodrecer debaixo de sete palmos de terra.

A não ser que fôssemos cremados. Ai apodreceríamos dentro do pulmão de alguém.

De qualquer jeito, Melissa não era tão diferente dos outros.

-Bom, Ian não disse nada em relação ao irmão, então eu não tenho a mínima obrigação de provar sua inocência. Se ele tiver culpa, é claro. Não que eu ache Jhonny seria inteligente o suficiente para cometer uma cena tão bonita quanto aquela. -É claro que o homem não era, mas Lauren tinha um deboche natural que a fazia provocar o Somerhalder mais novo até ele estar à beira dos nervos.

-Irá querer estar presente quando formos interrogá-lo? -Scott pergunta e a hispânica nega.

-Vou para casa. Quando algo interessante acontecer, me chame.

Os dois vão para lados opostos, Scott entra no seu escritório e se senta em sua poltrona começando a investigar qualquer coisa que pudesse o aproximar do assassino. Já Lauren caminha em direção à saída do Departamento, mas é impedida de sair quando um corpo do seu tamanho entra em sua frente bloqueando a paisagem.

-Lauren! -A mulher de cabelos raspados cumprimenta animada, seu olhar brilhando de admiração.

-Ashley... -Lauren diz entediada, suas mãos se mexendo de forma agoniada para sair dali. Três vezes por cima, três vezes por baixo, seis era par e Lauren gostava desse número. Aquela situação já havia se repetido tantas vezes que ela poderia imaginar o que iria acontecer a seguir.

-Halsey. Me chame de Halsey. -Essa era sempre a primeira reposta e ela vinha junto com um tom aborrecido. -Você... Já está de saída?

-É o que parece. Antes de você me atrapalhar.

-Oh... Me desculpe. -A mulher parecia ter ficado constrangida, mas não liberou a passagem, o que fez Lauren bufar e revirar os olhos enquanto cruzava os braços embaixo dos seios. -Será que... Bom, você gostaria de sair para um encontro comigo?

E aquela pergunta se repetia pela quinta vez, Lauren trinca o maxilar e tira Halsey do caminho segurando em seus ombros cobertos pela jaqueta do FBI.

-Você já fez essa proposta antes... E a resposta continua a mesma. -Halsey abre a boca para falar algo, mas Lauren a interrompe. -Não. Agora se me dá licença, eu preciso ir para casa.

A hispânica sai pisando duro deixando Halsey com um olhar de ódio para trás.

-Droga, Lauren. Facilita as coisas. -A mulher fala para si mesma e volta a andar pelo corredor.

(...)

Lauren entra em casa vendo sua grande sala com uma decoração moderna e que, com muito custo, conseguiram conciliar o gosto das três mulheres que moravam naquela grande casa.

O pequeno cachorro corre para recepcionar sua dona e abana o rabo feliz pulando com duas patinhas na perna de Lauren.

-Olá Leo. -Ela faz um carinho entre as orelhinhas do cachorro e sorri. -Onde está suas outras mães?

-Achei que ia passar mais tempo fora. -A voz de Normani quebra a cena fofa e Lauren levanta o olhar fitando a mulher negra parada apoiada no batente da porta e sorrindo para a namorada. -Esse caso da Melissa está movimentando as coisas.

Lauren se levanta e deixa a bolsa e o sobretudo no sofá em formato de L, a casa estava quentinha e ela adorava sentir esse clima na pele. Tudo limpo e organizado da maneira que a deixava calma.

-Vou me divertir. Isso eu não posso negar. -Normani nega com a cabeça para a fala da namorada e rodeia os braços sobre o pescoço da menor com cuidado, mas sorrindo ao ter o toque aceito.

Apesar de Lauren ser um ano mais velha que Normani, a negra era alguns poucos centímetros mais alta que a hispânica, o que rendia algumas brincadeiras entre elas por Lauren ser a menor delas.

-Onde está Dinah? -Lauren pergunta em seu tom rouco e Normani sorri.

-Está na cozinha. Estamos fazendo o almoço.

As duas trocam um beijo calmo e em seguida entram na cozinha, o cheiro de comida fresca invadindo as narinas de Lauren a fazendo respirar fundo e suspirando de satisfação em seguida. Dinah estava em frente ao fogão, seus cabelos loiros amarrados em um coque mal feito, a blusa social a cobria até a coxa e a deixava sexy.

-O cheiro está delicioso, querida. -Lauren diz e a outra se vira sorrindo.

Caminha até a loira e dá um selinho curto em seus lábios vermelhos. Lauren sorri ao constatar que as duas estavam se agarrando antes dela chegar.

-Vamos comer.

O almoço é posto na mesa e as três conversam sobre como o dia estava até agora. O clima familiar sempre as rodeava e sentiam muito orgulho do que haviam construído em pouco mais de sete anos. Lauren era aquela que, talvez, não percebesse os olhares de julgamento que eram lançados para a relação, mas Dinah e Normani sempre a protegiam e evitavam esse aborrecimento para a hispânica.

Eram uma família unida, afinal.

(...)

Scott caminhava rapidamente com Halsey ao seu lado, os dois haviam sido informado que Jonathan Somerhalder já estava na sala do interrogatório, os dois passam pela porta marrom com uma pequena janela quadrada que dava vista para dentro da sala indicando a presença do homem robusto.

-Olá senhor Somerhalder. -Scott cumprimenta, mas recebe só um revirar de olhos enquanto o rapaz mascava um chiclete de boca aberta.

-O que eu to fazendo aqui? -Ele diz rude e lança um olhar de cobiça para Halsey, que sustenta o olhar com uma sobrancelha arqueada.

-Queremos saber quando viu pela última vez a senhorita McAvoy. Ela era sua namorada, certo?! -O homem assente despreocupado e coça o queixo barbudo.

-Não sei... Há uns quatro dias atrás. Talvez três. Por quê?

-Ela está morta, senhor Somerhalder. Achei que soubesse.

O homem não pareceu se abalar tanto com a informação e quase soltou uma gargalhada alta. Jonathan dá de ombros e desvia o olhar para a porta.

-Não foi eu. Se é isso o que pensam.

-Então conte-nos o que houve na última vez que a viu. -Halsey diz atraindo o olhar do homem.

-Sexo. Foi isso o que houve. -Ele diz sorrindo prepotente e morde o lábio inferior. -Nós havíamos discutido, mas como sempre acabamos transando feito loucos. Eu fui pra casa, e depois não falei mais com ela. Digamos que somos um casal que só conversa na cama.

Jhonny era um homem repugnante, talvez essa fosse a palavra que muitas pessoas usariam para descrevê-lo, sua beleza poderia chamar atenção, seus olhos em tonalidades contrastes, o azul claro e o castanho escuro beirando ao preto combinavam com sua barba cheia e tatuagens que o faziam ter um estilo bad boy. Infelizmente, sua mentalidade beirava a imaturidade e seu vicio por jogatina e drogas o fazia parecer aéreo boa parte do tempo, mas todos sabiam dos seus ataques de fúria.

-Discutiram por quê? -Scott pergunta e o homem dá de ombros.

-Melissa era uma vagabunda que tentava dar em cima de outras pessoas. Mas eu não sou homem para ser traído. -Ele diz com o maxilar travado.

E aquilo fez Scott querer rir. Talvez Jhonny não tinha Melissa em mãos como achava que tinha. Todos tinham segredos, e Melissa sabia como esconder os dela, mas Jhonny era somente um peão no jogo da mulher.

Um peão que se achava rei.


Notas Finais


Perguntas? A estória é um pouco complexa, por tanto sempre irei tentar responder as perguntas que surgirem ao longo da estória.
Não será grande, terá 19 capítulos (prólogo e epilogo contados), e a partir de agora eu vou tentar sempre manter essa média (Nada mais de estórias grandes estilo WTDC/HTWA, pelo menos por enquanto). Capaz dessa terminar de ser postada antes de HTWA.
Hm... *Carinha pensativa*... Acho que era só isso.
GENTE, lembrei de uma coisa "importante"; Esses laudos do médico legista não existem de verdade, eu inventei e não sei se é real, se isso pode ou não acontecer. Portanto, "Plastinação" é um processo irreal e totalmente fictício.
Favoritem e comentem.
3bjs de luz e até mais 🌸💙


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