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História The Driver - Let's love and kill like 17


Escrita por: itsmegeo_s

Notas do Autor


Oláás.

Capítulo 5 - Let's love and kill like 17


“Let’s Love and Kill Like 17”

(Vamos amar e matar como 17)

-Caleb Simmons. -Scott diz e mostra a ficha do homem citado.

Seus cabelos grandes caíam sobre os olhos castanhos intensos. O nariz vermelho de quem claramente já não estava tão lúcido há um bom tempo, ele tinha um estilo bad boy, mas diferente de Jhonny, ele carregava consigo uma carga emocional pesada.

-Ele e Melissa eram melhores amigos, mas ele não compareceu ao velório ou em nenhum outro lugar depois da notícia da morte dela. -Scott diz e Halsey assente e lê as linhas que mostrava todo o histórico do homem.

Melissa não convivia com muitas pessoas de boa índole.

-E então? -Ela pergunta enquanto andavam pelos corredores até a saída.

-Vamos até a casa dele. O intimamos, mas o mesmo não apareceu.

Encontram Lauren apoiada em seu carro preto brilhante. Os óculos escuros tampavam seu olhar verde que tanto fazia Halsey suspirar, os cabelos pretos jogados para o lado e um moletom grande e grosso cobria seu corpo até metade das coxas.

Halsey nunca soube disfarçar o quanto admirava Lauren e o quanto queria uma chance com a morena.

-Vamos? -A voz rouca desperta a policial de seus pensamentos.

Se separam e seguem caminho para a casa do homem. A imprensa os seguia e Lauren se sentiu em um circo armado, por um momento deve pena de Melissa que vivia no meio disso tudo e mesmo depois de morta e envenenada seu nome não era deixado em paz.

Deixe os mortos irem, e então o elogiem e sintam pesar por sua falta.

O apartamento velho não parecia ser em nada com uma casa que abrigava o melhor amigo de uma das atrizes mais aclamadas e polemicas do mundo atual. Chamar alguém de amigo nem sempre significa que você terá alguém para te ajudar.

Subiram as escadarias velhas e que rangiam fortes e sôfregas sob os pés fortes e pararam em um corredor sujo. Se ouvia alguns sons estranhos e que incomodavam os ouvidos de Lauren, e pararam em frente ao número 107.

-Caleb Simmons. -Scott bate na porta e se escuta o barulho de várias trancas se abrindo.

-O que querem? -Metade de um rosto masculino fica a mostra na pequena luz alaranjada do corredor, sua barba grossa junto com os cabelos tampando os olhos perdidos.

-Somos investigadores do FBI, gostaríamos de fazer algumas perguntas em relação ao caso de Melissa McAvoy.

O homem bufa e bate a porta fazendo os três se entreolharem impacientes, novamente o barulho de tranca é ouvido e a porta se abre totalmente.

-Entrem. -A voz rude soa e os três entram analisando todo o cômodo desorganizado. -Façam logo as perguntas.

-Quando foi a última vez que viu Melissa? -Scott toma a frente com as perguntas primárias enquanto Lauren rondava o local com Halsey a observando.

-Semana passada. -Ele diz e se apoia na parede. O corpo magro estava trêmulo e ele tremia as mãos com fortes indícios de abstinência. -Ela me devia e eu fui cobrar.

Lauren analisa com agonia alguns papéis em cima da mesa e olha de relance para Halsey, que havia se concentrado no homem que parecia mais suspeito a cada momento.

-Então você tinha motivos. -Halsey diz e encara o homem que a encarava agora com um sorriso debochado.

-Todos tinham motivos, Melissa não era a melhor mulher do mundo. Talvez fosse a pior, mas ainda existe você. -Lauren reprime uma gargalhada e enfia as mãos nos bolsos da calça. -Enfim, de todo o modo, acredito que vocês sejam inteligentes o suficiente para perceberem que eu estou sem condições para matar alguém.

-Na hora da raiva tudo é possível. -Scott diz e o homem dá de ombros.

-Melissa foi a única que me restou, a única que me ouvia e até mesmo me ajudava. Eu não a mataria, e se matasse, eu com certeza me mataria em seguida. -Seu olhar se perde a frente e ele trava o maxilar.

Havia poucas coisas na humanidade que deixavam Lauren pensativa. O remorso era uma delas e então ela se questionava o por que de tantas perguntas e perdões não serem feitos. Para ela era fácil assumir a culpa de algo, ou pedir perdão por algo que ela achava que havia errado, Lauren não era difícil, apenas lidava com o mundo de sua forma inteligente de mais.

Por que, então, os outros não poderiam fazer a mesma coisa?

-Eu não a mataria, pois da mesma forma em que eu estou na merda, ela também estava. Nós só estávamos em posições diferentes. -Uma lágrima solitária escorre pelo rosto magro e sujo homem e ele tira os cabelos da testa revelando suas sobrancelhas grossas se juntando no meio como um começo de monocelha. -Não acho que o ser humano vá durar muito se continuar com essa procura incessante por vingança.

Os investigadores franzem o cenho, e o olhar do homem viaja até encontrar o verde intenso e avaliativo. O olhar dele marejado de culpa e uma suplica, enquanto os dela estavam confusos e questionadores.

-Eu a amava. E acredito que seja o único a carregar esse sentimento por ela. -Uma lágrima se prende ao cílios longos e ele sorri. -Melissa era um pedido nítido de socorro e agora que morreu a única coisa que irão encontrar vão ser mãos de plástico estendidas e que fingem que estavam lá para levantá-la. Agora que ela está morta só ouvirão elogios ao seu respeito. -Ele ri fraco e nega com a cabeça. -Mas eu era o único que a amava. Mas olhem para mim – ele indica as roupas maltrapilhas que usava e encolhe os ombros. –, como iria ajudar alguém sendo que eu estou tão na merda quanto qualquer outro?!

Aquilo havia se transformado em um momento de desabafo, os três somente ouviam o homem que parecia definhar na própria covardia de não sair da escuridão.

-E se eu tivesse que morrer em seu lugar, eu não o faria. -Ele assume sorrindo e mostrando seus dentes amarelados que antes fora um sorriso vivo. -Pois eu assumo, agora eu percebo o que de fato sou, e eu sou um covarde.

Lauren ergue o queixo e sorri de canto ao ouvir tal confissão. Aquele homem, em seu total, parecia ser um apelo e uma súplica de morte, mas como ele havia dito, era um covarde.

-Então, senhores investigadores do FBI e Lauren Jauregui – a morena cerra os olhos e cruza os braços abaixo dos seios – perderam o seu tempo ao virem até mim, pois eu estou beirando a morte. E nem ao menos seria capaz de matar Melissa.

Caleb Simmons era um covarde assumido, e sua capacidade se resumia a isso. Se tivesse que matar alguém, o tiro viria de trás.

(...)

Os três atravessam a faixa e param em frente ao carro de Lauren. Os três estavam pensativos, mas a morena sentia que algo poderia acontecer a qualquer momento. A impressa estava pressionando cada vez mais, e Lauren, por ser contratada de Ian, estava sentindo ainda mais estresse do que os investigadores do FBI. E Lauren não era muito legal quando estava irritada.

-Nos vemos quando algo acontecer. -Ela diz e entra no carro sem nenhum outro modo de despedida.

A morena dirige calmamente vendo a cidade se transformar em pequenos pontos corridos, ela aperta o volante em seus dedos e vê o celular tocar, o toque a irritando e a fazendo mexer os ombros de forma desconfortável.

Ela avista a mansão e estaciona de qualquer forma. A mão direita agarra o celular o levando para a orelha e finalmente atendendo a chamada.

-Dinah... Estou trabalhando. Trabalhando. Trabalhando. -Ela diz e pressiona os olhos com força, seus passos fazendo exatamente o mesmo caminho até a pequena escada que levava à porta principal. -Desculpe. -Ela sussurra, mas recebe um chiado calmo e compreensivo como resposta.

-Só queria perguntar o que vai querer no jantar. -A voz grossa a faz sorrir e alivia todo o estresse nos ombros de Lauren.

-Hm... Hoje é dia de caldo, você sabe como fazer. Mas... Pode preparar uma sobremesa diferente, não muito. -Ela ouve uma risada nasal que a fez sorrir boba e aperta a campainha. -Preciso ir, querida. Um beijo à você e a Maniz.

-Volte logo. -E então ela volta o celular para o bolso, seus olhos fitando a porta branca como neve.

Depois de longos segundos a porta é aberta, e ela foi guiada pela casa tão conhecida por ela, um empregado em sua postura formal e roupas impecáveis.

-Lauren... -Kendall se levanta da cadeira e a recepciona na porta do escritório a fechando ao ver seu funcionário parado. -Fiquei surpresa quando recebi sua mensagem.

-Apenas estou interessada em algumas respostas. -Lauren se senta à frente da mulher que parecia estar em perfeita aparência jovial durante todas as horas do dia e pigarreia alto. -Se me permite perguntar, é claro.

-Sou toda ouvidos, querida.

Kendall era uma mulher simpática com aqueles que ela gostava, seu sorriso era algo raramente visto, mas era considerado tão lindo quanto todo o resto da mulher.

-Você estava se envolvendo com Melissa McAvoy. Poderia tê-la a matado?

Lauren nunca foi muito sutil em suas curiosidades e percebeu que havia sido um tanto quanto rude em relação a sua pergunta quando viu a expressão da mulher se transformar em puro choque assombrado. A cor sumiu de suas bochechas e seus olhos perderam o foco, a língua passeou pelos lábios três vezes, as mãos ficaram trêmulas assim como sua respiração, agora, descompassada. Mas sua postura ainda estava perfeita.

-Como...?

As mãos da hispânica tateiam os bolsos despreocupada até alcançar o papel de foto, ela retirou a fotografia com cuidado até levantá-la levemente no ar e mostrar Kendall com a boca colada a de Melissa. Suas mãos estavam grudadas a cintura da outra e elas pareciam estar envolvidas no calor do momento.

-Creio que você já saiba da existência dessa foto. -Lauren diz ao ver a mulher abrir a boca em choque uma porção de vezes. -Se se pergunta onde achei... Bom, estive na casa, se é que podemos chamar aquele buraco de casa, de Caleb Simmons agora a tarde. E isso me faz perguntar... O que Caleb Simmons estava fazendo com uma fotografia como essa? E qual é a carga emocional que ela carrega?

De repente, o tabuleiro havia mudado. E Lauren conduzia o jogo arrastando seus peões pelas casas pretas e brancas, restava saber quem era o outro jogador.

-Você matou Melissa? -Ela pergunta objetiva e assiste a mulher se assustar lentamente.

Lauren gostava de assistir atentamente cada expressão que o ser-humano mostrava quando estava à frente de algo que o chocava. O assustava ou o atacava. Aquilo liberava seu instinto de espectadora mais voraz, mas ela se divertia ainda mais quando era ela quem causava essas expressões.

-Não. Eu não a matei. -Kendall diz convicta e trava a mandíbula tentando recuperar o controle que havia perdido por alguns segundos.

-E então? Sabe, Kendall... Eu te considero muito, portanto irei ouvir o que tem a me dizer e é por isso que não entreguei isso aqui para Scott. -Lauren balança a foto no ar e Kendall puxa o ar pela boca.

-Soube que ela foi morta dois dias antes de acharem o corpo. Eu estava viajando para Paris, houve um desfile e eu participei. Tem fotos, vídeos... Tenho provas de que eu nem estava aqui. Você sabe, esteve aqui em casa com Dinah e Normani. -Ela diz tensa e trava uma guerra silenciosa com Lauren, seus olhares se cruzando de forma rebelde. -E sim, eu e Melissa tínhamos um caso... Mas paramos de nos encontrar no início do ano.

-Você pode ter mandado alguém matá-la. -Lauren diz enxergando novas possibilidades e Kendall dá de ombros e se joga na cadeira desfazendo toda sua pose de modelo.

-Eu fui discreta em relação a isso por três anos, Lauren. Para que eu iria querer um circo agora? Se eu a quisesse morta, eu iria fazê-la se matar. Ou entregar tantas drogas à ela que ela mesma iria se enfiar na cova.

A frieza nas palavras de Kendall fizeram Lauren sorrir de canto. O lado grotesco da mulher se assumindo em poucos segundos enquanto ela conversava com alguém que tinha lados tão ruins quanto ela, mas tudo era questão de aparência nesse jogo de vida cercado por câmeras. Os flashes eram fortes demais para os olhos sensíveis de Lauren, mas ela sorria e permanecia impenetrável com toda aquela armadura grossa.

-Você é uma inimiga em potencial.

-Lauren, minha querida. Eu te adoro e é por isso que aconselho, fique longe. Esse brilho que você vê em frente às câmeras nada mais é do que maquiagem ou uma máscara muito bonita, o que temos por baixo é lixo. Todos temos segredos, não queira descobrir o que guardamos, pois eu te garanto, isso pode valer a morte de alguém.

-Assim como valeu a morte de Melissa?! -Kendall solta uma risada nasal e se levanta indo pegar um copo de uísque.

-Melissa era boa... Dependendo de qual o contexto em que colocamos essa palavra, é claro. Para mim, ela era boa na cama, de resto não tínhamos contato, e perceba agora o quanto a vida daquela mulher era recheada por um grande nada. Mas, quem quer que tenha a matado, está mais interessado no circo que se formou do que na morte dela e no seu significado. Porquê qualquer um poderia tê-la a matado, e isso é um fato, mas matar e criar uma cena como aquela... A vingança quando comido em frente às câmeras, deve ser um prato degustado sem caretas.

Lauren se levanta e Kendall a acompanha até a porta do escritório, seus saltos fazendo barulho contra o piso de madeira brilhante e lisa, assim como deixando todo o escritório em aparência rústica.

-Coloque a culpa em qualquer um, não importa quem a matou de verdade. Melissa já estava morta há um tempo, e mesmo assim as armas continuaram apontadas para ela. Agora as mesmas mãos estão lhe oferecendo flores. -As duas sorriem e trocam um leve cumprimento educado.

Kendall gostava de Lauren por toda sua discrição controlada, seu jeito discreto e sua curiosidade acima da média. Mas mesmo assim ela partia de princípios que bloqueavam a sua empatia pela maioria dos seres humanos.

Caminharam lado a lado como se não compartilhassem um segredo que mudaria vidas, Kendall via os pés de Lauren evitar as linhas de divisão do piso e franziu as sobrancelhas. Lauren tinha algumas manias meio estranhas.

-Desculpe pela visita inesperada. -Lauren diz ao chegarem na porta. Todo o seu corpo estava em agonia por fazer algo que não fosse parte de sua rotina diária, mudar o caminho, perder a hora para chegar em casa, tudo isso fazia uma pressão sobre seu peito e enchia seus pensamentos de agonia.

-Está tudo bem, querida. -A modelo foi compreensiva, o que fez Lauren se acalmar em parte. -Só uma coisa... Espero sua discrição em relação a essa nossa conversa. Há mais coisas em jogo na minha vida em relação a isso do que em relação a morte de Melissa.

-Não falarei nada. -Ela garante vendo o sorriso de Kendall crescer.

Lauren sabia que sua palavra não seria suficiente, ela tinha plena noção de que quando se mexe com alguém como Kendall, todos os passos deveriam começar a ser calculados, pois sempre haveria uma ameaça em relação ao que se falasse.

-Mas não pense que sou idiota ao ponto de vir aqui sem um plano de segurança por trás. -Ela continua deixando a outra tensa. -Faça algo, ou somente pense nessa possibilidade, contra mim ou alguém que amo, e descubra que minha paciência não irá ser tão generosa quanto eu estou sendo agora. Você sabe jogar, Kendall. Mas as minhas peças já estão em campo há muito mais tempo do que você imagina.


Notas Finais


AFI - 17 Crimes.
Favoritem e comentem.
3bjs de luz e até mais.


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