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História The Drugs (Yoonkook) - Jeon Jungkook - 10


Escrita por: BittersweetKath

Notas do Autor


Esse capítulo seria postado quarta
Maaaas eu tava com medo de postar
Eu to nervosa
Eu naum to bem
Boa leitura

Capítulo 10 - Jeon Jungkook - 10





    Kook: Minnie

    Kook: ChimChim

    Kook: Jesus Cristo cadê você? Daqui a pouco vou mandar sinal de fumaça

    Jimin: Oi

    Kook: Aleluia, 'tava fazendo o que Park Jimin?

    Jimin: Aishi você parece um namorado possessivo

    Kook: Podia ser o seu namorado possessivo se você colaborasse

    Jimin: Vamos parar?

    Kook: Tá bom. Então...onde vamos hoje?

    Jimin: Vai sozinho

    Jimin: Não dá

    Jimin: Tô doente

    Kook: Ok

    Kook: Outro dia então

    Isso foi o que respondi, porque não poderia falar a verdade. Park Jimin nunca te chama com um "oi" e Park Jimin nunca está verdadeiramente doente quando diz que está doente, nunca percebendo a grande falha em seu plano infalível. Quando fica doente, nunca é um problema. Ele tem o péssimo hábito de colocar as coisas importantes para ele acima da própria saúde, e Jimin tem uma lista enorme de coisas que são teoricamente mais importantes que uma doença qualquer. Então quando Park Jimin te diz que está "doente", alguma merda muito ferrada está acontecendo, ou a tal "doença" não é física. Essa é a parte que me preocupa.

    Temos uma certa regra que não nos permite dar essas desculpas esfarrapadas. Portanto, jogamos na cara se tem algo mais legal acontecendo do que você. Levanto do sofá imediatamente, pegando a jaqueta preta para enfrentar a tarde fria de quinta-feira, já sabendo para onde iria.

    Dou os primeiros passos fora do apartamento atordoado, deixando os "e se" martelarem na minha cabeça. Nunca acontecem coisas boas quando ele resolve mentir para mim, e sei que quanto mais quer que eu não me preocupe, mais precisa da minha ajuda. Essas ações chegam a ser previsíveis. Só não faço ideia do que aconteceu com ele, mas tenho algumas hipóteses. E hipoteticamente falando, nenhuma termina bem.

    Ando pelas ruas que seguem até a casa dele, com o coração palpitando. "O que foi que ele fez desta vez?". Sim, eu me importo muito com ele, quase como se fossemos um casal. Quase. 

    Paro na frente do sobrado, que sempre trazia uma calmaria no meio da cidade cinza. Sua cor era amarela, e não sei que tipo de mágica que faz, a cor parece não ser afetada pela chuva. Conheço bem a família de Jimin, e são pessoas alegres, assim como ele. São pessoas que conseguem esconder as mágoas tão bem, que você nem faz ideia do quanto estão caindo aos pedaços. Ele está com a tia agora, mas com os pais tudo foi diferente, vários traumas que faziam Jimin vir me visitar chorando para me confidenciar seus segredos. E passar a noite. 

    Sei como ele fica sempre como uma bomba prestes a explodir, e creio que sou a única pessoa que o carrega com cuidado para que não caia no chão e exploda. Abro o portão e caminho pelo pequeno — porém lindo — jardim com flores que não sei identificar. Paro na frente da porta de madeira, com algumas pétalas talhadas ali, que só deixavam tudo mais delicado. Hesito, mesmo sabendo que a porta estaria aberta, ele sempre deixa aberta. Ao contrário de mim, ele ainda não pegou o meu lado previsível.

   Entro na casa, inalando o doce aroma das guloseimas que sua tia, já beirando os quarenta anos, preparava. Era tão bonita por dentro também. "Pare de descrever o ambiente" retrucou minha cabeça, "procura o Jimin". Ok, ok, certo, estou indo. Na sala? Nada. Cozinha? Nada. Se não está nesses dois está no quarto. Subo as escadas pé ante pé, sei que se me ouvir para o que está fazendo. A porta do quarto também está aberta. Aí eu escuto os sons. Os sons da agonia dele, da vergonha, do ódio. Merda, merda, merda. De novo não. 

    Entro silenciosamente, olhando para os pés, driblando as roupas e papéis jogados no chão. O barulho para, seguido do som de uma cabeça chocando com o piso. Droga, penso, Jimin desmaiou. 

    Mando meu silêncio para o diabo e corro até o banheiro, escancarando a porta. O que encontro confirma a minha teoria. Jimin está lá, deitado no chão, com a tampa da privada aberta, contendo seu vômito.

    Sinto o cheiro forte e torço o nariz, indo até a privada e dando descarga. Agora vou dar um jeito no corpo inconsciente de um cabeça de morango. Tinha restos do que regurgitou na sua camiseta preta e branca listrada, junto com seu rosto sujo. Penso em limpa-lo ali mesmo, mas acho que mesmo para alguém desmaiado não deve ser muito confortável ficar estatelado no chão. Com um pouco de dificuldade, levanto ele e o levo até a cama, estranhando como está bem mais leve do que a última vez que tive que carregar este indivíduo (situação diferente, semelhante estado deplorável), que foi há aproximadamente um mês. 

    Jimin afunda no colchão, ainda adormecido. Não posso deixar ele assim. Abro seu guarda-roupa, tirando de lá a primeira camiseta que vi, era amarela, e tinha algo escrito com uma letra bonitinha, que não tive tempo nem paciência para ler. Retiro a que estava em seu corpo — ensopada — com um pouco de dificuldade. Ok, temos três diferentes merdas que podem ter acontecido. Ele, por algum motivo desconhecido estava bebendo hoje, de tarde, ou talvez, talvez, talvez pegou uma virose, ou pior, e torço para que não seja a terceira hipótese, porque já aconteceu antes, e foi péssimo. Então olho para sua parte de cima exposta. Podia facilmente ver suas costelas. Merda. Merda. Merda é a terceira opção. E eu não percebi. Merda. Levo a mão até a testa, perguntando-me como fui tão cego. Visto-o logo, indo até o banheiro para pegar um pano e molhar, depois ando até ele. Que abre os olhinhos, sendo estes ainda somente uma linha fina. 

    — Kook... — pareceu que iria falar algo, do tipo "sai daqui e me deixa sozinho", mas ele não diz, Jimin não recusa a minha ajuda.

    Sinto as lágrimas se formando em meus olhos, como eu deixei isso passar. Quero gritar e falar o quanto isso é estúpido, mas não o faço. 

    — Jimin...só...me deixe te ajudar, ok?

    Jimin somente assente com a cabeça, sabendo que quaisquer esforço seria inútil contra mim. Coloco sua cabeça em meu colo, começo a limpar a sujeira presente ao redor e em seus lábios rosados, ao que ele olhava para mim, lágrimas teimando em sair.

    — Kook, olha...cara...desculpa. — foi o que disse, a voz falha, parecia incrivelmente fraco. 

    — Por quê? — Jimin sabe do que estou falando. 

    — Não é o suficiente.

    Parecia um louco sussurrando essas palavras, que disse como se gravasse a frase no próprio corpo. Sabia o que isso dizia, dizia "eu não sou suficiente". Ele voltou com a maldita bulimia. 

    — Como eu não percebi? Céus, como eu não percebi? — começo a rir e chorar ao mesmo tempo.

    — KOOKIE! Não é sua culpa, é só minha...somente minha...

    — É minha também. Jimin... Por quê?... 

    — Eu só...quero ficar contente comigo mesmo.

    Doía um pouco ouvir isso, eu era a única pessoa que sabia o quanto ele se odiava, e a única pessoa que sabia o quão perigoso isso era para ele. Queria fazer um discurso do quanto me importo, do quanto amo ele, do quanto é bonito, como todo mundo tem, direta ou indiretamente, uma quedinha por ele, e coisas do tipo. Mas as palavras foram embora, estão embaralhadas, abafadas pela culpa. Levanto-o e olho no fundo de seus olhos negros. 

    — Eu te amo. — isso parece resumir o que estou tentando dizer.

    — Olha esse não é o melhor momento para uma declaração amorosa, e você não vai querer beijar alguém vomitado. — ele ri um pouco.

    — Duvida de mim? — desafio ele.

    — Duvido.

    Quis beija-lo nesse momento. Mas não vou beijar alguém vomitado, realmente. 

    — Quer uma água?

    — Por favor. — disse, seguido de um "blergh" do tipo não aguento mais esse gosto na boca. 

    Segurei seu braço e o fiz me seguir até o banheiro. Não tinha copo. Abro a torneira fazendo uma conchinha com as mãos, levando até sua boca. Jimin bebe tudo, e fica passando de uma bochecha para outra, em um ato muito fofo de sua parte.

    — Odeio vomitar. — fala.

    — Então por que diabos você...?

    — Cala a boca, não quero falar sobre isso. — passa a pasta de dente na escova de dente, e põe na boca sem qualquer cerimônia.

    — Mas eu quero. Por que você faz isso?

   —Ffala a boffa. — diz com a escova entre seus lábios.

    Calo a boca então, sabendo como é ruim falar, falar de algo que você guarda no fundo do seu ser. Quando termina a ação, encara o espelho e deixa escapar um longo suspiro. Eu deixo escapar um suspiro também, porque não sei o que fazer. Sei que tudo que eu disser será inútil, sei que as vozes na cabeça dele gritam tão alto que Jimin não consegue ouvir os comentários positivos. Está sendo acorrentado por seus próprios demônios, e ninguém vê. 

    Acompanho-o em silêncio, vendo que cambaleia, se apoiando em alguns móveis, até chegar na cama de novo e deitar. A exaustão emanava de todo seu corpo, era visível em cada uma de suas ações agora que está só. Jimin é um ótimo ator, eu nem imaginava que iria passar por isso de novo. 

    —Kook...você...me acha bonito? 

    Essa pergunta, essa maldita pergunta novamente. Provavelmente é o que mais me questiona diversas vezes, mesmo não acreditando na resposta, mesmo distorcendo ela. Todos os meus "sim" para ele significam "Não quero machucar seus sentimentos". Sento na cama do seu lado, e seguro sua mão, deslizando meu polegar nela para cima e para baixo.

    — Você é o homem mais perfeito, maravilhoso, bonito, gostoso — ele ri com a última afirmação — e criativo que já conheci. Eu te amo. Não como um casal se ama, mesmo que eu te provoque às vezes, mas com a mesma intensidade. Eu te amo como o meu amigo, e você é perfeito para mim, eu te amo pra caralho, então pelo amor das divindades, pare de se cobrar tanto. 

    Jimin começa a chorar, e me abraça. Sussurra "Eu te amo também" na minha orelha, e se afasta.

    — Puta merda,se tivesse um termômetro gay aqui a purpurina já estaria nas alturas. — diz, descontraindo um pouco. Jimin detesta draminhas, principalmente quando ele mesmo se pega agindo como uma Drama Queen. 

    — Eu estou tentando fazer o meu melhor aqui, Jesus Cristo. "Eu vou te agredir" — faço aspas com as mãos para copiar a frase dele. 

    — Mas o termômetro ainda não quebrou... — disse.

    De primeira, não entendo que merda quer dizer com isso, mas avança em mim, tomando meus lábios. Não é a primeira vez que isso acontece, de fato, mas geralmente ele estava bêbado quando acontecia, mas dessa vez todos os seus sentidos sabiam o que estavam fazendo. Isso provavelmente é algo bem necessitado da parte dele, mas ele nunca imagina o quanto significa para mim. Quantas vezes em uma semana eu preciso me segurar para não fazer isso, mas Jimin não liga. Jimin é a pessoa que vai lá e faz, sem ficar na dúvida, sem ficar de "mimimi". Não retribuo o beijo, permaneço estático, deixo que termine a coisa toda. Sinto um embrulho no estômago, são vários sentimentos misturados aí. Ele se separa, e há um silêncio mortal por, uns dez segundos. Sabemos que isso não foi nada demais, e não sabemos que para ele não é nada demais e que para mim realmente é. E acobertar isso dói, mas eu já estava no nível me provando que não vai dar, mas quando coisas desse gênero acontecem, o sentimento volta, o dito cujo insiste em ficar ali.

    — Ok. Agora se arruma que nós vamos sair.

    — Fazer o quê?

    Vou até a janela que há em seu quarto, coloco um dos pés sobre a lixeira ao lado de sua escrivaninha e aponto para fora:

    — Encher o bucho. 

    O mais baixo tem um ataque de riso, ao que tenta negar, mas ignoro e continuo falando.

    — Se você virar de lado, fica invisível e essa é a última coisa que você é. Tem que mostrar para o povo você antes de desaparecer por completo. O senhor vai sair e sem discussão. E eu vou dormir com você hoje porque estou vacilando no meu trabalho de impedir que um certo morango faça merda.

    — Mas...

    — Sem discussões!!!

    Relutantemente saiu de casa comigo, resmungando ainda. 
  





    








Notas Finais


Gente
Respira
Ainda é de Yoonkook a fic
As coisas só têm que acontecer ainda
Podem me matar Jikookas
Unnie pode me assassinar, vc escreve coisas fofas pensando em mim e eu dou desgraça. Não se preocupe que eu vou me redimir, estou escrevendo uma fic ABO jikook onde o Jimin é seme, eu juro

Eu fiz esse cap pq eu ainda to meio triste com aquilo que deu do Jimin, aí isso aconteceu, era pra ser uma one shot mas eu embuti na fic pra dar uns dramas
Naum me matem
Me matem
Vo morrer

Até o próximo, da sua mais querida autora fdp❤️❤️❤️


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