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História The Drugs (Yoonkook) - Min Yoongi - 7


Escrita por: BittersweetKath

Notas do Autor


GUESS WHO'S BACK?
BACK AGAIN
KATH IS BACK
TELL A FRIEND
GUESS WHO'S BACK?
GUESS WHOS BACK
guess who's back?
*pessoas enfurecidas que provavelmente já esqueceram dessa fic atiram pedra* "tu por aqui mulher? Onde tu tava fia?

Eu tava em Alagoinha, deprimida pensando na vida

PRECISAVA DEMORAR SEIS MESES VIADA?

Naum, mas desculpa mesmo assim

Fiquem com o cap e a faca pra me matar

Capítulo 7 - Min Yoongi - 7





    Meu corpo dói, minha cabeça dói, tudo dói. Não quero abrir os olhos, não quero pensar, não quero acordar para a realidade. Mesmo não querendo, abro os olhos depois de dois minutos. Vejo que estranhamente estou em casa, não jogado em um canto qualquer de Wonderland, rodeado por gente estranha. Também estou na minha cama, coberto, virado para a janela, que mostrava as nuvens das quais me acostumei a viver com durante a vida, tanto que os dias de sol chegam a ser estranhos. Penso em como eu consegui fazer todas essas ações bêbado, realmente só consigo lembrar de ter levado uma surra e desmaiar. 

    Foi aí que notei algo estranho. Tinha um peso a mais na cama. Havia um calor por perto, e uma mão na minha. Passei o polegar pela mão, percebendo que era relativamente grande, com algumas veias, e os dedos eram finos e compridos. Não era enrugada, pelo menos não era uma pessoa velha. Respirei fundo e me preparei para olhar o ser do meu lado. Quando o faço, levo um susto. 

    — MAS QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! — grito com uma voz esganiçada, tentando assimilar os fatos: Jeon Jungkook está na minha cama, estamos de mãos dadas, e eu não tinha percebido, mas sua perna estava por cima de mim.

    Se não fosse pela situação, a cena que se segue seria bem engraçada. O mais novo acorda num sobressalto que o fez cair da cama. Do ângulo de onde eu estava, só consegui ver seus pés para o ar. Permiti deixar minha risada sair, mesmo sem som algum. Eu não ria de algo tão comum assim há algum tempo. Engatinhei até onde ele estava, grunhindo com a dor de cabeça e enjôo que senti ao me mover, mas reprimi a dor. 

    — Você está bem? — pergunto, estendendo a mão para ele e avaliando seu rosto por alguns segundos.

    Ele é bonito, e se me permite dizer, muito fofo. Uma vontade de apertar suas bochechas surgiu das profundezas de algum lugar desconhecido. 

    Sei que ele poderia levantar sozinho, mas optei por puxa-lo de volta para a cama com um certo esforço. Foi um pouco difícil, contando com o fato de que ele era mais alto, levemente musculoso, e eu estava tão fraco que levantar um graveto já seria um grande feito. Encarei Jungkook mais um pouco, percebendo quão corado ele estava, o que era mais fofo. Agora lembrei de onde vem aquela vontade. Eu costumava preferir pessoas fofas, que agissem de maneira fofa. Porque esse é o tipo de pessoa digno de ser protegida do mundo e guardada num potinho. Agora vou parar com as minhas definições, o tempo que gastei relembrando de coisas inúteis criou um silêncio desconfortável.

    — Então...o que aconteceu?

    Tentei incentivar o garoto a falar, o que parecia estar falhando, já que este parecia ou muito envergonhado ou muito perdido em seus próprios devaneios para responder. 

    — Eu... — pareceu refletir por um momento — te achei pelas ruas da cidade desorientado, e pedi se você queria ajuda, você aceitou e eu te levei até aqui, eu ia embora mas você não quis que eu fosse embora e aí--

    — Nós...? — apontei para mim, depois para ele, olhando em seus olhos. Jungkook não parecia o tipo de pessoa que se aproveitaria de uma situação dessas, mas as aparências podem enganar.

    — Não! Não! Claro que não! Eu nunca...faria isso... — o "faria isso" soou quase inaudível, já que nesse ponto suas bochechas estavam tão vermelhas que pensei em talvez o chamar para um café da manhã e fritar um ovo na sua cara enquanto faço elogios. 

    — Ei, calma, tudo bem. Tirei conclusões precipitadas, e — fiz um certo suspense — o que aconteceu de verdade?

    — Como? Mas...eu estou falando a verdade...

    — Em partes pode ser, mas duvido que eu teria aceitado ajuda de primeira, mesmo miando de bêbado.

    Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios, mas sem mostrar os dentes. Cruzou as pernas e endireitou a postura antes de falar:

    — Certo...por onde eu começo? Eu te vi jogado no chão, perto do portão daquele lugar...

    — Wonderland. — Jungkook pareceu guardar o nome para si, absorvendo a informação.

    — Como conseguiu me ver no escuro? — questionei. Tinham tantos lugares entre aquelas árvores que eu poderia estar jogado.

    — Da pior maneira...Eu...tropecei em você. — quase engasguei com a própria saliva, a cena que montei na mente era digna de uma história em quadrinhos. 

    — Sério? Como conseguiu essa proeza? — permaneço incrédulo.

    — Correndo. No escuro. 

    — Certo.

    Gostaria de saber por que ele estava correndo, e mais precisamente, de quem. Mas não vou tentar arrancar dele o que estava fazendo ali. Quando uma pessoa vai para Wonderland por conta própria, nunca é por coisas boas. De repente, um pensamento veio até mim. "E se Jungkook estava me procurando?" "Ah, tá. Sonha que alguém estava preocupado contigo" corrigi. "Mas e se..." "Cala a boca e para com esses draminhas". Tive um conflito interno. 

    — Eu te ajudei a levantar, e te pedi se você queria ajuda.

    — E eu neguei. — afirmo.

    Jungkook assente com a cabeça e olha para o teto, fazendo um biquinho com os lábios, ponderando se vai me contar alguma coisa ou não. 

    — Depois disso, você andou uns três passos e bateu numa árvore. E caiu. — percebi que reprimiu um sorriso, provavelmente se deliciando com a cena que presenciou.

    Dessa vez sorri de novo, sem mostrar os lábios. 

    — Você se apoiou em mim até a sua casa, nós entramos, eu te levei até a sua cama e estava prestes a sair quando você pediu para que eu ficasse. O que não é mentira. E foi até bom porque você levantou umas quatro vezes pra vomitar. 

    Eu não entendi de primeira por que me ver vomitando era considerado bom, até perceber que ele poderia ter, sei lá, dado um pequeno apoio moral. Senti a dor de cabeça atacar de novo, mas não dei importância. Já conseguia fingir que não doía. Já sabia me acostumar com a dor.

    — Nossa...Jungkook, eu nem sei como te agradecer. Eu... — fiquei me perguntando se fazia aquilo ou não afinal. 

    Inclinei meu corpo até o dele, ainda hesitando se fazia aquilo ou não, então fiz algo em que costumo ser bom: jogar o foda-se. Levei meus braços finos até o seu pescoço, envolvendo-o num abraço, mesmo esse tendo uma boa parede de ar entre nossos corpos. Sussurrei um "obrigado" em seu ouvido, o que parece ter causado nele uma tremedeira, e não precisava olhar para ver que estava bem, bem corado.

    O abraço (de um dos lados pois Jungkook sequer retribuiu, sem processar direito o que estava acontecendo) durou poucos segundos, e quando me separei do de cabelos castanhos, senti uma estranha vontade de abraçar novamente, colar nossos corpos e sentir alguma pouca ilusão de ternura. Há quanto tempo não envolvia alguém em meus braços, num abraço sincero. Não quando Namjoon o fazia, não quando tentava conseguir alguma coisa comigo, ou qualquer outra mão suja o fazia. Eu quis, ele não chegou a negar, sem quaisquer segundas intenções. Sentia muita saudade disso, demonstrações de afeto. Podia ser um jovem extremamente depressivo e recluso, mas abraços sempre me encantaram. Meu pai costumava dizer que abraços eram o melhor contato que você poderia ter com uma pessoa, eles servem para todos, amigos, conhecidos, namorados, casados, e para tudo, um "obrigado", um "tchau", um "eu te amo", um "senti saudades", "estava preocupado", "não chore, eu estou aqui para ouvir o seu drama com um lenço, um bolo de chocolate que acabei de fazer, e a sua série preferida", ou simplesmente pela necessidade de abraçar alguém, de aproximar a pessoa. Deixei uma lágrima cair, pelas malditas lembranças inundando meus pensamentos.

    — Yoongi...você está chorando?

    Por que raios ele está fazendo essas perguntas? Por que parece que ele se importa comigo? Por Deus, eu conheço ele há uma semana, será que se prendeu a um tipo de juramento que diz "vou pagar minha dívida e salvar a vida dele"? Não vejo qualquer razão lógica para Jungkook se importar comigo. Puxo a manga da camisa e seco a lágrima solitária na minha cara.

    — Deixa pra lá. Quer tomar café? — perguntei. 

    Não queria entrar em perguntas sobre choro, não gosto muito de me abrir assim facilmente. Muito menos acredito que pessoas curtam ouvir suas mágoas nesses casos. Um amigo pode estar pronto para ouvir você chorar, mas isso não significa que ele goste, ou não entre em desespero sem saber o que te dizer. Por isso prefiro deixar meu lado depressivo quieto. Nem eu aguento meu próprio drama, pensa os outros. Jungkook estava muito desconfortável, como se estivesse sendo recebido na casa de um assassino, e qualquer passo em falso que ele desse desencadearia a sua morte. 

    — Pode ser... — disse, derrotado, sabendo que não dava para recusar o convite. 

    Levantamos e seguimos pelos corredores em silêncio, com o mais novo avaliando o ambiente meticulosamente, tanto que pensei em perguntar se talvez, só talvez tivesse algum tipo de texto criptografado escrito nas paredes. 

    Chegamos ao andar de baixo, e puxei uma cadeira para que sentasse, e comecei a arrumar a mesa, colocando água esquentar numa chaleira.

    — Que tipo de café você gosta? — perguntei, já sabendo a resposta. A verdade é que, por mais que você ache que pessoas que atendem não vão lembrar de você, elas lembram depois de um tempo que você começa a ir, ou se você fez algo ruim e irritante. Nós sabemos até se você é alérgico a lactose. Ok, parei de te assustar.

    — Café com leite. — disse, com uma voz levemente mais aguda, também conhecida como "a voz que as pessoas tímidas mostram para a sociedade".

    Comecei a fazer o café, virado para o balcão de casa, sentindo os olhos de Jungkook sobre mim. Não sabia o que ele estava olhando, mas sabia que estava sendo observado. Peguei as xícaras, a primeira branca, escrito "tears" em letras pretas, e a segunda "i am silently judging you", preta com os dizeres brancos. Essas canecas eram os meus xodós, e agora as únicas que eu tinha. Dei um jeito de me livrar de todas aquelas tipo "para um super pai", "para a minha mãe", "para o meu amor", "para o meu hyung", e coisas melosas do tipo. Não que eu tenha um espírito destruidor, mas admito que adorei pegar um taco de beisebol e quebrar todas elas com direito à risadas psicopatas.

    Com o tempo termino os cafés e coloco na mesa, junto com alguns sachês de açúcar (como recebo caixas achei desnecessário ter potinhos onde formigas inquilinas estão sempre lá para formar pontinhos pretos), e sentei do seu lado. Perguntei se queria alguma coisa como torradas e o mesmo disse que não, então timidamente pegou uma fatia de pão e passou geléia em cima. Eu não peguei nada, com a náusea estava com medo de que vomitasse caso ingerisse qualquer coisa. 

    — Por que estava chorando? — voltou ao assunto, mordiscando o pão com geléia.

    Pensei no que responder, não queria falar sobre aquilo no momento, e a do cisco no olho não serviria.

    — Lembrei de uma coisa. — bom, eu omiti. 

    — Quem fez aquele quadro? É muito bonito. 

    A pergunta me pegou desprevenido, não imaginei que fosse reparar no quadro, um outro detalhe que se misturava ao cenário. A pintura em questão era um jardim, com diversos tipos de flores. 

    — Dessa vez você me pegou, não faço ideia. 

    — É tão delicado e intenso, as cores parecem dançar no quadro, assim como a ilusão de movimento te faz ficar mais leve só de olhar. Adoraria conhecer essa pessoa. — Jeon Jungkook acaba de revelar sua identidade com o comentário.

    — Ou você tem um senso crítico lá em cima... — levantei um dos braços — ou é artista.

    — Segunda opção, mas a primeira não deixa de ser verdade também. — comemoro internamente por ter acertado.

    — O que você faz? — falo, apoiando a cabeça nas mãos, interessado na conversa.

    — Tanto arte tradicional como digital, e, por mais que adoro trabalhar com computadores, amo ter as tintas e um quadro em mãos. Quando faço isso, me sinto mais vivo sabe? — cora um pouco depois da fala — ah, desculpa por...te encher com essa baboseira emocional. 

    "Não", pensei, "não precisa se desculpar". Enquanto falava era possível sentir a paixão em seus olhos, a vida que imaginava ter, seus sonhos e esperanças, numa nuvem de energia positiva que quase conseguiu tirar de mim um sorriso, principalmente com aquele sorriso de coelhinho que abriu, o que era ainda mais fofo. Minha cozinha monótona de repente pareceu virar um lugar feliz.

    — Tem algum projeto? — questiono, e o vejo franzir o cenho, pensando em dizer algo.

    — No momento mantenho uma webcomic...mas não acho que iria querer ler...

    — Eu adoraria. 

    Jeon Jungkook fez uma cara de "fodeu". Perguntei-me o que era tão ruim na história afinal. 

    — Okay, hã... — falou-me o nome e tomei uma nota mental do mesmo. 

    ……………………………………

    Vi Jungkook desaparecer pelas ruas depois de tomarmos café e a conversa que se estendeu por sua arte. Ando até a sala, jogando-me no sofá e perguntando: o que acabou de acontecer? Jeon tinha a mesma personalidade que eu possuía antes da minha vida acabar, e em uma semana, consegui sorrir com ele.


    
    
 


Notas Finais


Eu vou me esforçar pra postar outro logo, e acho q vou pq tenho ideias, terminei um lemon q teva dois meses empacado nas minhas notas, e comecei a escrever uma fic ABO a partir duma ideia q veio do além

Agora vim pra ficar e perturbar as suas notificações

Detalhe, os caps agr vão ter o nome de quem está narrando e o número do cap pq o nome dos outros tava foda

Até o próximo cap, se eu estiver viva até lá<3


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