1. Spirit Fanfics >
  2. The Duchess >
  3. Beije a noiva

História The Duchess - Beije a noiva


Escrita por: Puddins_Pumpkin

Notas do Autor


Oi meus pudinzinhos 🍮.

Mais um capítulo para vocês porque eu estava morrendo para escrever esse hahahahaha.

Espero que gostem.

Boa leitura 🍮 💜

Capítulo 8 - Beije a noiva


Dia de Freya, duas da tarde. O céu estava limpo, o sol brilhava e os ossos não eram congelados com o frio cortante, o clima estava estranhamente agradável. Na verdade, o único frio que a loira sentia era o de sua barriga, causado pelo nervosismo. Seu estômago revirava e suas mãos tremiam, mesmo assim, mantinha um pé na frente do outro. 

 A tenda branca não  era distante e pôde ver Soluço, sentado no altar, o juiz de paz atrás da mesa com os anéis e o vilarejo inteiro ali, pacientemente a esperando. O vestido que usava era verde e o espartilho não muito apertado, seus cabelos estavam soltos e uma coroa de flores em sua cabeça.

  Passou pela entrada da tenda ouvindo alguns murmúrios, mas sem ser capaz de ouvir com clareza o que diziam. Se sentou no altar ao lado de Soluço, se olharam de relance por um momento e um pequeno sorriso apareceu nos lábios de ambos. O juiz de paz se aproximou dela com um martelo esculpido em ferro e madeira e o repousou em seu colo, ela reconhecia o martelo das pinturas dos livros - Mjölnir - e as mulheres a havia explicado que aquilo tinha alguma coisa a ver com fertilidade - Astrid não tinha entendido muito bem. 

 O juiz de paz voltou para trás da mesa, dizendo palavras que Astrid não conseguiu prestar a atenção e Soluço tampouco. Ambos presos demais no próprio nervosismo, pareceram sair de um transe quando o juiz se virou para eles. 

 -Você, Soluço Horrendus Haddock III, Herdeiro de Berk, filho de Odin, aceita Astrid Cornélia Hofferson, Duquesa de Cambridge, como sua legítima esposa e, sendo assim, essa união poderá apenas ser desfeita nos portões de Valhalla? - Tudo ficou em silêncio enquanto Soluço tentava engolir o nó em sua garganta para responder. Por fim, o Haddock limpou a garganta. 

 -Eu aceito. 

 O juiz de paz se virou para Astrid e ela sentiu a respiração deixar seus pulmões. 

 -Você, Astrid Cornélia Hofferson, Duquesa de Cambridge, filha de Freya, aceita Soluço Horrendus Haddock III, Herdeiro de Berk, como seu legítimo marido e, sendo assim, essa união poderá apenas ser desfeita nos portões de Valhalla? - Astrid não precisou de tempo para se recompor sua resposta foi rápida e sua voz era um sussurro. 

 -Eu aceito. 

 O juiz olhou novamente para Soluçom era quase divertido ver o rapaz com o semblante tão desesperado. 

 -Pode beijar a noiva. 

 Soluço congelou, mas sabia que todos do vilarejo esperavam aquilo para finalmente poderem festejar e acabar com os barris de hidromel, mas as mãos do rapaz tremiam e ele sentiu a boca ficar seca com o pânico que o invadiu por nunca ter beijado uma garota antes. Se forçando a esquecer o próprio pânico, se inclinou e com os lábios um pouco trêmulos a beijou por meros segundos antes de se separarem. 

 ♠ 

 -Vinte e um! - Exclamou a loira virando o resto de sua caneca de hidromel.  

Ela havia conseguido convencer alguns aldeões a jogar Blackjack com ela. O jogo era bem simples: aquele que fizesse vinte e um pontos vencia, era um jogo que havia aprendido nos cassinos e bordéis ingleses. De longe, Soluço a observava maravilhosamente surpreso; Astrid bebia como um homem, mesmo depois de três canecas inteiras de hidromel, ela conseguia estar tão sóbria quanto ele que não havia ingerido sequer uma gota da bebida alcoólica. 

Ele não conseguiu deixar de se perguntar quantas coisas mais ele não sabia sobre ela e precisou morder o interior da bochecha para reprimir um insistente sorriso que ameaçava aparecer em seus lábios. Balançou a cabeça e se aproximou colocando uma das mãos gentilmente sobre um dos ombros dela para chamar a atenção. 

 -Podemos conversar por um momento? - Perguntou e ela assentiu o seguindo para fora do salão enquanto os outros homens continuavam suas rodadas de gritos, risadas e Blackjack. 

 O ar fresco era mais gélido, diferente da brisa abafada de mais cedo - ou talvez a brisa nunca tivera sido abafada, apenas não conseguiam respirar pelos nervos. Pararam antes da escadaria, logo depois da porta fechada. 

 -Eu estava pensando, - ele começou - agora que estamos... - Parou, sem saber ao certo o que dizer. 

 -Casados. - Astrid sugeriu e Soluço assentiu. 

 -Sim, agora que estamos casados, - mais uma pausa e Astrid esperou pacientemente - eu estava pensando se há alguma possibilidade de você acabar assumindo a coroa inglesa. - Termimou e Astrid precisou de um momento ou dois. 

 -Se a Rainha Vitória não possuir herdeiros até sua morte, eu poderia ter direito ao trono, - Soluço congelou, mas ela continuou - mas, eu provavelmente não seria aceita pelos nobres devido à  minha - fez uma pausa, tentando achar a palavra certa - relação com a maioria dos nobres. - Soluço se sentiu relaxar, Astrid não podia ser rainha, graças a Thor. - Mas, M'lord, se quiser o trono... - Recomeçou, mas ele a interrompeu. 

 -Não, não, não. O que eu menos quero é um trono. 

 Ela sorriu. 

 -Então não  há com o que se preocupar. 

 A porta se abriu a voz poderosa de Estóico veio de trás deles. 

 -Aí estão vocês! - Exclamou o chefe, claramente levemente bêbado. - As testemunhas estão prontas para a consumação. 

 Pela enésima vez no dia Soluço precisou engolir o nó em sua garganta. Ele havia tentado de todas as maneiras dispensar as testemunhas, mas nada do que fizera adiantara "O herdeiro ou monarca terá sua consumação na frente de testemunhas" era o que dizia a lei e, por mais que Soluço fosse conhecido por sua aversão às regras, a lei era algo que nem mesmo ele podia quebrar, ainda mais as de um casamento! Então, sem poder reclamar, Soluço e Astrid seguiram Estóico escadaria abaixo até uma cabana, não distante do Grande Salão. 

 A cabana era pequena, apenas um quarto com uma cama, iluminada por velas nos cantos e sem janelas. As testemunhas - membros do Conselho - já estavam lá a espera do casal de recém casados. 

 -Não acho que devíamos estar aqui. - A voz era um sussurro que sequer era ouvido dentro do quarto. 

 -Cala a boca, Perna-de-Peixe,  vão nos ouvir! - Cabeça-Quente respondeu também sussurrando. Ela e Perna-de-Peixe espiavam pelas frestas das madeiras, Cabeça-Quente estava curiosa, não sabendo o que era uma consumação  (já que tal informação era dada apenas aos noivos). Perna-de-Peixe ainda estava desconfortável, mas se calou. 

 As mãos de Soluço tremiam, tanto que era possível ouvir o leve tilintar do metal da armadura que ainda usava. 

 -Acho melhor começar pelas luvas. - Sugeriu ela e Soluço okhou para as próprias mãos encobertas pelas luvas de metal. Ele apenas assentiu timidamente e em silêncio retirou as luvas que fizeram um barulho alto demais ao se chocarem com o chão de madeira. 

Astrid retirou a coroa de flores a fazendo cair silenciosamente no chão, ela estava muito mais tranquila do que ele, parecia não se importar com o fato de estarem sendo assistidos e realmente não importava, ela estava ali apenas para satisfaze-lo - era o que pensava - os outros não importavam. Ela sequer os olhava, mantinha os olhos nos dele o tempo todo mesmo quando suas mãos alcançaram as cordas do espartilho e desfizeram o delicado nó. O vestido caiu no chão a deixando apenas em uma fina camisola longa e branca. 

Se sentou na cama esperando que Soluço rerirasse o resto de sua armadura e assim ele fez, retirando a parte de cima junto com a fina túnica que usava por baixo e ficando com o torso completamente nu. Do lado de fora, envergonhado, Perna-de-Peixe cobrira os olhos, mas Cabeça-Quente estava entretida demais para sequer piscar. 

 Soluço olhou de relance para os homens do Conselho e Bocão tossiu, impaciente com tanta demora, Soluço fazia tudo parecer uma grande dramatização quando na verdade era simples. Tudo podia acabar em vinte minutos, mas estava levando uma eternidade. Astrid seguiu seu olhar, entendeu sua preocupação, mas não tinha nada que ela pudesse fazer a não ser esperar. Soluço não se movia, congelado demais para fazer qualquer coisa que não fosse olhar para a loira sentada graciosamente na cama, ele podia jurar que ela era capaz de ouvir as batidas fortes e descompassadas de seu coração. 

 Uma explosão soou do lado de fora seguida do alto barulho de iaques e ovelhas assustados. Estóico saiu com Sven e Gosmento - Sven pelas ovelhas e Gosmento por ter a certeza de que, seja lá o que tivesse acontecido, era culpa do Melequento -, Bocão esrava cansado demais para assistir mais meia hora do afilhado encarando a moça e Baldão e Estrume precisaram apenas de um olhar do futuro Chefe para saírem e deixar os adolescentes - quase - sozinhos. 

Soluço soltou uma respiração pesada e Astrid se levantou dando os poucos passos até ele. 

 -M'Lord, se não quiser... - Tentou dizer, mas pela segunda vez na noite Soluço a interrompeu ao balançar a cabeça. 

 -Eu preciso apenas acalmar os nervos. 

 Ela assentiu e pacientemente esperou, não havia demorado muito, Soluço sabia que precisava acabar com aquilo enquanto o Conselho estivesse ocupado com sabe-se lá o que então respirou fundo e forçou as mãos a parerem de tremerem, as colocou nos quadris dela e a puxou para perto para em seguida fechar completamente o espaço entre eles ao selar os lábios nos dela. 

 Astrid fechou os olhos, se deixando ser conduzida. Suas mãos repousaram no peito dele e ela pôde sentir as batidas do coração do marido contra sua palma e saber que ele estava tão nervoso - provavelmente por ser tão inexperiente quanto ela - fez com que suas pernas enfraquecessem e sua pele levemente esquentasse. As mãos dele liberaram um pouco do firme agarre que tinham em seus quadris e ele passou os braços pela cintura dela a puxando para mais perto - se é que era fisicamente possível - e Astrid precisou puxar uma respiração, abrindo a boca para faze-lo, mas tal respiração foi perdida quando sentiu a língua dele invadir sua boca e ela se sentiu derretendo outra vez. 

 Soluço a conduziu até a cama, se deitando lentamente sobre ela e colocando os lençóis brancos sobre ambos. Quebraram o beijo por falta de ar e enquanto Astrid retomava a respiração as mãos de Soluço subiam por suas pernasm fazendo com que a fina camisola também subisse; não tinham tempo para retirarem o resto das roupas e para Astrid seria melhor assim, então Soluço apenas desfez as cordas da calça e se posicionou dentro dela. 

 Ele a olhava como se pedisse permissão para continuar - um ato estranho para a garota, mas ela não estragaria o momento com perguntas que poderiam ser feitas depois -, ela assentiu e prendeu uma respiração quando o sentiu começar a entrar dentro dela devagar, quebrando suas barreiras, chegando até o "lacre", sua inocência, e lágrimas encheram seus olhos com a onda de dor que lhe atravessou a espinha. Soluço parou e a olhou com o cenho franzido. 

 -Te machuquei? - Perguntou e ela balançou a cabeça. 

 -Eu estou bem. - Suas palavras eram um pouco trêmulas, mas sua respiração voltava ao normal e a dor já passava. 

 -Me avise se estiver te machucando. - Pediu levando uma das mãos ao rosto dela para secar uma pequena e solitária lágrima de dor que escorria por um de seus olhos. Astrid assentiu e ele voltou a se mover. 

 Para trás, para frente, para trás, para frente. Não houveram mais incidentes e não demorou muito para que Soluço sentisse os espasmos e Astrid sentisse o líquido espesso dentro dela. Se deitaram lado a lado e ficaram em silêncio enquanto recuperavam o fôlego. 

 Do lado de fora, Cabeça-Quente revirava os olhos por não ter conseguido ver quase nada. A Thorston se levantou e saiu pisando duro na grama, arrantando Perna-de-Peixe - ainda de olhos fechados - com ela.  


Notas Finais


➡O Mjölnir (martelo de Thor), era deixado no colo da noiva para que a abençoasse para os herdeiros nascerem fortes e saudáveis.
➡A consumação realmente era assistida, não achei informações de quem eram as testemunhas, é provável que fossem as famílias dos noivos, mas como não tinha certeza, coloquei o Conselho.
➡Os votos de casamento são os mesmos que o Cabeça-Dura leu quando acidentalmente "casou" a Cabeça-Quente com o Perna-de-Peixe.
➡O casamento era o ritual mais importante para os vikings, por isso as regras não podiam ser quebradas, qiebrar as regras do casamento significava serem amaldiçoados por Freya.
➡Dia de Freya é o que hoje chamamos de sexta-feira.


Então, gostaram?
Comentem expectativas.

See ya 😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...