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História The Duff - Vamos dançar, gatinha.


Escrita por: flarke

Notas do Autor


Olá pessoas, não vou explicar nada aqui porque acho que expliquei no capítulo anterior, but, se você tiver alguma dúvida me pergunta nos comentários ok? Espero que gostem, uma ótima leitura a vocês.

Capítulo 16 - Vamos dançar, gatinha.


Fanfic / Fanfiction The Duff - Vamos dançar, gatinha.

Ouvir todas aquelas palavras de Justin causou-me uma dor enigmática. Agora percebo o quão infantil fui por não notar que um relacionamento entre nós aconteceu tão rápido, totalmente suspeito. Se eu tivesse parado para observar tudo que estava acontecendo entre a gente, as coisas estariam diferentes? Quando ouvi e olhei sua reação ao falar sobre não me amar, eu pude notar nitidamente que ele disse com toda a certeza do mundo, e agora tudo o que sinto é ódio por ter sido uma inútil que não prestou atenção em cada detalhe.

O que mais me entristece é saber que a errada nesse relacionamento fui eu. Talvez eu tenha idealizado demais nosso relacionamento, ser perfeccionista e apenas aceitar um sim como resposta era o ideal, mas eu não pensei na hipótese de tudo isso ser prejudicial, tão prejudicial ao ponto de nos separar definitivamente. Esqueci-me completamente de que Justin antes de termos um relacionamento, era um ser desprezível que sempre me julgava com sete pedras na mão. Tudo isso é culpa minha, somente minha.

Viro-me pra frente olhando novamente para o nada e minha cabeça lateja por tantos pensamentos em minha mente. Ódio, a palavra em si é a que mais predomina. Ouço a voz de Scott me chamar, porém não consigo olhar em seus olhos. Os meus já estão marejados, lágrimas prontas para rolarem em meu rosto e caírem sobre meu colo. Balanço a cabeça lentamente e olho nos olhos do rapaz ao meu lado. Existe compaixão em suas íris. Compaixão que ele não deveria ter de mim. Estou me sentindo tão inútil e idiota.

― Se você não estiver se sentindo bem, nós podemos ir embora. – ele pronuncia calmamente, e eu respiro fundo tentando tirar tudo isso da minha mente.

― Está tudo bem. – minto.

Scott sorri de lado para mim e volta a olhar para frente, e eu faço o mesmo, um pouco meio incerta sobre continuar nesse ambiente. Os minutos passam lentamente e mesmo que eu esteja centrada no que o diretor – que acabou de adentrar o cômodo – diz, o incomodo cresce de segundo em segundo. Olho para os lados repetidas vezes e suspiro aliviada por não ter sinal do loiro por aqui. Então de repente me levanto.

― Eu preciso ir embora. – digo rapidamente andando até a porta de saída sem olhar para trás. Quando passo pela porta sinto uma mão tocar minha cintura e me viro espantada.

― Calma, sou eu. – Stacie eleva as mãos em rendição, enquanto eu não demonstro reação alguma. Andamos até o meu carro e o adentramos, logo em seguida dou a partida e eu vejo a agência ficar distante, trazendo um grande alivio para mim.

No caminho vou pensando em tantas coisas que mal vejo quando uma criança aparece na frente do carro. Piso no freio o mais rápido possível e por pouco não bato meu rosto no volante, por ter sido tão repentino.

Saio do carro velozmente e suspiro aliviada ao ver a menina nos braços da mãe, felizmente sem qualquer arranhão.

― Me desculpa por isso. – peço a mãe que esta segurando firmemente a filha nos braços. Ela olha-me com repreensão e sai do meu campo de visão.

Escuto buzinas atrás do meu carro e noto que provavelmente eu parei o transito. Retorno ao meu carro e volto a dirigir para casa, agora prestando atenção por onde passo. O celular toca dentro da minha bolsa, porém deixo que ele toque, não estou em boas condições para ouvir qualquer um falar. Stacie me olha com piedade e eu respiro fundo para não surtar. Estaciono o carro no estacionamento do prédio, pego minha bolsa e saio do automóvel com minha amiga em meu encalço, ligando o alarme em seguida. Ao adentrar meu apartamento, vasculho minha bolsa a fim de pegar meu celular e saber quem estava procurando por mim. É Scott. Ligo de volta e no terceiro toque ele me atende.

― Está tudo bem? Stacie está com você? – ele grita desesperado e eu reviro os olhos, jogando-me sobre o estofado da sala ― Diga-me que você não se meteu em um acidente. – sorrio pela sua hipótese.

―Eu estou bem e Stacie está comigo, nós estamos no meu apartamento. – indago impaciente.

― Ah, que alivio.

―Só isso? – indago com uma pitada de esperança.

― Só isso, eu acho. Algum problema?

―Tenho esperanças que tudo aquilo que ele me disse é mentira. – digo incerta sobre contar isso a ele, não preciso que mais alguém encha minha cabeça de teorias.

― Esqueça isso Blanche, Justin é um idiota que só queria brincar com você. – ele pronuncia provavelmente irritado por eu estar insistindo nesse assunto no qual já deveria ter morrido pra mim.

― Vai ser difícil, tudo que eu senti por ele era verdadeiro e não é tão simples fingir que nada aconteceu. – respiro fundo tentando encontrar mais palavras para dizer o quanto isso é aterrorizante pra mim ― Só estou magoada.

― Eu imagino quanto B, mas você terá que ser forte pra continuar na agência vendo ele todos os dias. – o rapaz no outro lado da linha diz calmo, tentando em convencer disso.

― Claro. Vou desligar, acho que Stacie vai ficar um pouco comigo. – olho para a garota deitada em meu sofá mexendo no celular.

― Ok, qualquer coisa me liguem. Até mais. – desligo o celular e sento no sofá, colocando as pernas da minha amiga acima das minhas pernas.

Encosto minha cabeça no estofado e respiro fundo novamente, pela milésima vez só hoje. Não consigo imaginar outra vez  Justin falando todas aquelas coisas pra mim. Pensei que o sentimento que ele tinha por mim era verdadeiro, mas a quem estou querendo enganar dizendo que ele me amava ou algum dia me amaria? Eu só sou a DUFF que nunca vai ser notada por um garoto, ainda mais pelo garoto que eu sou apaixonada há anos. Ele destruiu tudo o que vivemos, e eu pensava que tudo que passamos fazia algum sentido pra ele.

No outro dia.

10h55min

Acordo sentindo dores no meu corpo todo e nem sei bem o porquê, após eu e Stacie chegarmos da agência, comemos alguma coisa e ficamos jogando conversa fora, sem tocar no assunto Justin, o que foi um grande alivio pra mim. Não estou em ótimas condições para conversar sobre algo que irá me destruir todos os dias, a cada vez mais, na verdade acho que nunca vou estar preparada para relatar sobre esse assunto que quero manter intocável. Lembro-me de minha amiga ter saído cedo do meu apartamento para ir a agência, enquanto eu fiquei aqui deitada pensando sobre absolutamente nada, tudo que fiz foi olhar para o teto e ficar horas assim. Sei o quanto o diretor irá encher minha cabeça, mas a ultima coisa que eu tive hoje é força para encarar essa situação de frente, mas isso não se estenderá, pois estou prestes a mudar tudo isso e não ser mais a idiota que Justin Bieber deu um pé na bunda.

Hoje o dia parece estar todo ao meu favor. À noite a agência dará uma festa pré-comemorativa do novo desfile de duas semanas, e com toda certeza todos estarão lá, se embebedando até não agüentar mais, e quando digo todos, isso também me inclui. Estou ciente do quanto as pessoas irão zuar com a minha cara, mas não posso me esconder sempre que haver um problema.

Levanto-me da cama e caminho em direção ao meu guarda-roupa pegando uma lingerie e um conjunto qualquer para ficar em casa. Levo todas as coisas no banheiro e tomo um banho relaxante, para tirar de mim todas as tensões causadas na semana. Após terminar meu banho e ter me trocado adequadamente, ando até o grande espelho que há no guarda-roupa e me vejo no mesmo. Estou com olheiras horríveis embaixo dos olhos e se eu quiser escondê-las hoje, com toda certeza terei que abusar da maquiagem como se ela fosse minha única amiga que poderá me ajudar.

Desço para o andar de baixo e entro na cozinha tendo em mente procurar algo para comer. Pego tudo que vejo pela frente e vou para sala ver algumas séries. E assim fico o dia inteiro, até chegar a hora que tenho que me arrumar para a festa.

Hora da festa.

21h25min

Passo a última camada de mascara de cílios e me olha pela milésima vez no espelho e pela primeira vez no dia me acho apresentável. Stacie já me mandou mensagem perguntando se eu já estou pronta para nos encontrarmos na porta da agência e eu respondi que ainda estava me arrumando, mas quase no fim. Pego meu celular e coloco no bolso de frente da calça de cós alto que estou usando. Respiro fundo antes de trancar meu apartamento e adentrar meu carro no estacionamento. Ao estacionar o carro quase perto da entrada da agência desço do mesmo e ao ligar o alarme ando vagarosamente até Stacie que está encostada na parede mexendo no celular. Aproximo-me dela e ao chegar bem perto grito o mais alto possível para que ela se assuste, e bom, digamos que consegui com sucesso, já que Stacie quando está no celular é mais distraída que tudo.

― Filha da mãe! – ela grita irritada pela minha brincadeira ― Você me paga! – a loira bate no meu braço e eu rio pela sua irritação. Pego em seu braço e adentramos a agência, logo pegando o elevador para o andar no qual acontecerá a festa.

Chegando ao andar no qual queríamos, posso já ver no começo muitas garotas sacudindo seus traseiros de um lado para o outro como as dançarinas em um vídeo clipe do DJ Khaled.  Stacie pronuncia que irá cumprimentar algumas pessoas e eu apenas me afasto de todos e sento-me numa banqueta de um bar improvisado. Sinto o olhar das pessoas pesar sobre mim e tento de todos os jeitos desfazer minha frustração. Encolho-me na cadeira e peço que as horas passem correndo, para que possamos sair logo desse bar. Todas às vezes é a mesma coisa. As duas – quando ainda existia amizade entre mim e Hope – dançam, flertam, beijam quem elas quiserem e a amiga super protetora aqui que evita beber bebidas alcoólicas apenas fica analisando os garotos depravados desse lugar, observando se algum deles irá se aproveitar das pobres garotas totalmente bêbadas e foras de si. As pessoas poderiam me apelidar de babá, já que tudo que faço é ser a cuidadora das amigas, completamente sem juízo.

Viro-me completamente para olhar o bartender quando vejo Justin me fitando e sorrio quando seu olhar cruza com o meu. Beberico mais um pouco da minha Coca-Cola recém pedida e olho para o relógio pela milésima vez desde que entrei no recinto. Já consegui perder Stacie de vista e tudo que quero é sair daqui ou ser chamada por alguém para ir dançar, porque sozinha eu não vou. Analiso o rapaz que acabou de sentar ao meu lado quase se submergindo na sua bebida alcoólica de coloração estranha.

Quanto mais o tempo passa, mas vejo que os garotos ninfomaníacos e babacas dessa agência não têm cérebro e sim somente pênis. Já não consigo mais contar nos dedos quantos já se esfregaram em uma das garotas desse local, e o incrível é que elas gostam. Ah, mas quem não quer ser esfregada e quase abusada pelos modelos com corpo quase completamente definido? Claramente, apenas eu.

Uma pessoa se senta ao meu lado e eu quase reviro os olhos por perceber que tal ser humano irá acabar com minha paz que deveria ser inalterável. Sinto o cheiro forte de perfume masculino e por um instante paro apenas para me lembrar que usa esse perfume especifico. Oh não.

Justin joga-se no banco ao meu lado e observo sua respiração ofegante. Não posso surtar agora, agora não.

― Porque ainda está sentada aqui, B? – ele diz, totalmente sem fôlego pela agitação ― Vamos dançar, gatinha. – sinto vontade de vomitar quando ele pronuncia o gatinha de modo claramente pervertido.

― O que você está fazendo aqui? – indago irritada pela sua presença, eu esperava que ele fosse me ignorar a noite inteira.

― Eu vim fazer uma pergunta, apenas. – o encaro e tenho esperança que ele retome o assunto inacabado de ontem, mas logo volto a me lembrar do idiota que ele é, arqueio as sobrancelhas.

― Stacie ainda está com o Scott? – franzo meu cenho pensando no quão idiota essa pergunta é, ele sabe muito bem que os dois estão juntos.

― Como se você não soubesse. – digo sarcástica revirando os olhos e fitando minha coca-cola.

Não quero me sentir a estraga prazeres e pedi-la para ir embora, ainda mais antes das dez e meia. Ela não tem culpa se eu sou uma garota anti-social que é reservada demais para dançar no meio de todos os modelos da agência na qual faço parte. A música parecia mais alta a cada minuto que se passa, e minha cabeça dói fracamente.

― Poderia conversar com ela, não é? – o olho totalmente indignada e respiro fundo para não deixar que lágrimas rolem pelo meu rosto.

― Saia daqui antes que eu jogue minha coca na sua camiseta impecavelmente branca. – digo nervosa e ele sorri como se estivesse se lixando para o que eu vou fazer.

― Ah DUFF.

Semicerro meus olhos e seguro o corpo com o conteúdo marrom em minha mão com tanta força, que sinto meus dedos doerem. Em um movimento rápido me coloco de pé e jogo o conteúdo do meu copo na direção do Justin. A coca-cola voa por ele todo, pintando a sua pólo branca de aparência cara. Gotas do líquido marrom escuro rolam em suas bochechas e encobrem seu cabelo castanho. Seu rosto brilha com furor, e sua mandíbula range ferozmente.

― Para quê isso garota? É louca? – ele cuspi, limpando o rosto com o dorso de sua mão.

― Tem certeza que quer saber o porquê eu fiz isso? Certeza absoluta seu idiota prepotente? – eu grito, com os punhos fechados ao meu lado.

― De maneira honesta, DUFF, não tenho a mínima idéia. – ira faísca nas minhas bochechas.

― Vai te catar Justin! – grito feroz em direção a porta na qual entrei.

As pessoas riem de mim e outras de Justin, e mesmo com a altura do som, consigo ouvir alguém falar alto e em bom som. ― Foi dispensado pela DUFF, Justin? – e logo após a pessoa ri com toda vontade do mundo.


Notas Finais


Espero que gostem, amo vocês demaaaaaais, beijos e até sz


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