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História The Dumb Girl - Chapter 1 - The Lifes


Escrita por: Triumpharmony

Capítulo 1 - Chapter 1 - The Lifes



Isso não é exatamente um prólogo, são apenas explicações para o melhor entender da história. A história se passa com elementos atuais como Ipods, celulares, computadores, Netflix e etc. Mas o contexto da história é para ser vivido como antigamente, bailes, festas jovens, músicas antigas (mas também haverão músicas atuais é claro).

Tudo que eu quero é que pensem numa época antiga, mas com elementos atuais. Pra ser mais exata, pensem em filmes adolescentes de época. É mais ou menos assim.

Outra explicação, Camila "fala" em libras apenas com algumas pessoas. Pra ela é mais fácil digitar ou escrever tudo o que quer falar.

Bem, é isso. Espero que gostem da história

Camila Cabello Point of View

Meu nome é Camila Cabello. Eu tenho 16 anos e me considero uma adolescente completamente normal. Tirando o fato de que eu não falo nada desde os meus 10 anos. Vocês devem estar se perguntando:

"Então como você está se apresentando?"

Simples. Tudo o que eu preciso falar, eu digito no meu Ipod. As notas dele estão lotadas, porque eu amo falar. Ou no caso, digitar. Mas só o uso mesmo, fora de casa. Desde que fiquei "muda" todos da minha família, quer dizer, os mais próximos começaram junto comigo uma aula de libras. Então, com eles eu comunico com as mãos, e até Sofia me entende. Isso é bom. Vocês também devem estar curiosos para saber o porquê de eu não falar. Bem, quando eu tinha 10 anos...

Flashback

-Mamãe, hoje é meu aniversário de 10 anos! Eu já estou ficando grandona! -Eu dizia alegre à minha mãe, Sinuhe Cabello.

-Pois é! Minha princesa está ficando uma mocinha. -Ela me abraçou e Sofia apareceu.

Sofia, é a minha irmã de 10 meses. Ela é bem legal comigo, e gosta muito de brincar. Parece que nunca se cansa.

-Kaki, eu fiz um desenho pra você. -Ela balbucia falando na língua dos bebês, estende a sua mão e me entrega uma folha dobrada.

-Uau! Está lindo, Sofi! -Eu digo e a abraço. Ela sorri.

-Hoje à noite, iremos fazer uma festinha para você quando chegar da escola. Chame alguns coleguinhas, ok? -Mamãe me disse.

Mas se eu soubesse que minha festa seria o motivo da perda da minha fala, eu jamais teria pedido uma.

[...]

-Mamãe, eu cheguei! -Eu disse abrindo a porta da sala.

Sofi só saía da creche às 18h30. Já eu saía as 17h em ponto, papai estava trabalhando na empresa, portanto só mamãe estava em casa.

Ao não ouvir uma resposta, me preocupei. Ela sempre me respondia, e ela sempre estava em casa. Mas ela poderia ter saído para comprar as coisas para a festa, não é? 

Subi correndo os degraus até o meu quarto, mas no meio da escada notei pegadas de bota. E ninguém na minha casa tinha botas. 

-Mama? -Chamei novamente. Sem resposta.

A porta do quarto dos meus pais estava entreaberta, e uma mancha vermelha me chamou a atenção. Meus pelos se arrepiaram, eu estava com medo do que podia ver. Quando entrei no quarto, me deparei com a pior coisa que eu poderia ter visto:

O corpo da minha mãe estava estirado no chão, e um homem enorme tirava a faca do peito dela. Ele tinha uma máscara no rosto, do filme Pânico. E nas costas um enorme saco com pertences da nossa casa. 

-MAMÃE, NÃO! -Eu corri e pulei em cima dela. 

O homem enorme me agarrou e me jogou na parede. Ele colocou a faca no meu pescoço e eu engoli seco.

-Se você disser mais alguma palavra, por mínima que seja, eu dou conta de te matar. -Disse e fez um corte no meu braço. 

Ele pulou a janela do quarto e sumiu da minha vista. Fui ao encontro do corpo sem vida minha mãe, calada dessa vez. Beijei a testa dela, e vi que segurava com força em sua mão um porta-retrato com uma foto da nossa família. Me deitei em seu colo pela última vez antes do meu pai chegar e nos ver naquela situação. 

Flashback off.

Triste não é? Eu sei. Mas há outro motivo pelo qual eu me calei ainda mais, mas este eu ainda não tenho coragem de falar. Desde então vivemos simplesmente numa casa menor, papa, Sofi e eu. Sofi está com 6 anos hoje em dia, e nos dá bastante trabalho. Ela está uma menina linda e chama atenção por onde passa. Ela costuma a dizer que eu sou a mãe dela, mas nos momentos de rebeldia se recusa a admitir isso. E o pior, ela não se conforma de ter passado tão pouco tempo com a mamãe. Mas não podemos mudar o que já foi feito, infelizmente. 

Eu vou a psicólogos desde o acontecido, mas ainda assim não consegui voltar a falar. Eles dizem que eu associei a fala à morte, e isso pode ser verdade. Eu não sei explicar direito, mas quando eu tento dizer algo, simplesmente não sai.

Mas tenho esperanças de que um dia, algo ou alguém me faça voltar a falar. Será que é possível? 

Lauren Jauregui Point of View

Meu nome é Lauren Jauregui. Tenho 17 anos e levo uma vida não tão completamente normal. Meu pai trabalha numa empresa de materiais de construção, ganha o suficiente para sustentar nossa família. Minha mãe tem uma confeitaria no centro cidade, a Jauregui's Cakes. Eu tenho um irmão mais novo chamado Christopher, ele tem 9 anos e ama me irritar. Minha outra irmã se chama Taylor e tem 12 anos, ela sofre de crises existenciais. 

De uns tempos pra cá, tenho observado uma certa garota na escola. Ainda não sei o nome dela, mas nunca ouvi uma palavra de sua boca. Ela é linda e misteriosa. Sempre anda com seus fones no ouvido, batucando os dedos no ar. E sempre mostra algo na tela do Ipod para alguém quando está conversando. 

Eu diria que eu e meus irmãos somos como a série Drake & Josh. Eu sou o Drake, Taylor é o Josh e Chris sem dúvidas é a Megan. Uma vez o encontrei no meu quarto pintando o espelho com os meus batons novos. Se eu gritei? Bem... Ele só teve que ficar uma semana com tampões de ouvido.
Basicamente, minha vida se resume a isso. Não namoro ninguém atualmente, porém estou aberta à pessoas novas. Histórias diferentes me fascinam. Assim como uma certa garota...

°°° 

Camila Cabello Point of View

Eu estava no carro com meu pai e Sofi. A mesma reclamava o tempo todo por não estar "devidamente apresentável" para ir à escola naquele dia. Isso, porque ela passou exatos trinta minutos no banheiro arrumando somente o cabelinho. Eu estava completamente desanimada naquela segunda-feira, o sono me consumia cada vez mais. Eu havia ficado a noite toda estudando para a prova da Srta. Willcocks, de matemática. Capturei o pequeno Ipod prateado em meu bolso de trás, e escrevi nas notas.

Tchau papai, até mais tarde. Te amo, e bom trabalho. 

Ele sorriu e me abraçou. E fez um gesto como se dissesse "Eu também". Eu revirei os olhos e escrevi novamente.

Papai, eu sou muda mas escuto perfeitamente bem. Se esqueceu?

Ele riu.

-Me desculpe filha, é que... Eu realmente esqueci, já fazem seis anos que eu não ouço a sua doce voz. -Disse cabisbaixo.

Me desculpe, papa. Eu sei que é difícil pra você, mas também é pra mim.

Sorri fraco e saí do carro, voltando logo em seguida ao notar o rosto emburrado de Sofi.

Também te amo, pirralha.

-Eu te amo, Kaki. Boa aula! -A pequena abraçou meu pescoço e depositou um beijo em minha bochecha.

Bati a porta do carro e caminhei em direção à entrada da escola, onde Dinah -minha melhor amiga- me esperava sorrindo.

-Chancho! Como você está? -Ela perguntou me abraçando.

Vou bem, e você? Na verdade, não muito bem. Tenho psicológa hoje à tarde, eu não aguento mais Cheechee.

-Mas você precisa, meu amor. É ela quem vai te ajudar a voltar a falar um dia.

Eu realmente espero. Já são seis anos.

-DEZ ANOS?! -Ela gritou alto capturando a atenção de todos.

Dinah pare de gritar. Vai chamar a atenção de todos. E eu disse seis anos.

-Me desculpe. -Ela riu fraco.

Nesse momento uma menina desconhecida por mim passou por nós. Seus olhos verdes prenderam a minha atenção, e eu a acompanhei com o olhar até ela sumir na multidão de alunos.

-Alguém aqui está interessada na Jauregui... -Dinah me cutucou.

Ei, eu não estou interessada em ninguém. 

-Está simmm! -Ela entoou um couro.

Por que você não procura a Normani e me deixa em paz? 

-Ei! Sem grosserias, quem faz grosserias aqui sou eu! -Ela retrucou. -Mas qual é o problema em se interessar por alguém?

Dinah, quem se interessaria por uma menina que não fala nada?

-Muita gente, acredite. Você é muito mais que só voz. Você é incrível, chancho. 

Eu te amo Dinah.

-Eu sei. -Ela disse rindo.

Normani e Ally não vem? 

Ally era uma menina de nossa classe muito legal. Apesar de nunca termos no falado - literalmente - eu percebo o modo extrovertido dela com Dinah e Normani. Eu fico mais distante por vergonha, é claro. Mas não faltarão oportunidades para conhecê-la. Eu sinto isso.

-Ally viajou com os pais para ver a avó. Ela já adiantou todas as provas dessa semana. -Dinah me respondeu. -E Normani está chegando bem ali.

Olá Mani, bom dia!

-Bom dia, Mila! -Ela sorriu e me abraçou. 

Eu adoro abraços.

Vou ao banheiro, meninas. Não estou me aguentando.

Elas assentiram e eu fui caminhando entre as pessoas até finalmente chegar ao meu destino glorioso. Quando abri a porta dei de frente com alguém e derrubei a sua mochila.

Peguei meu Ipod do chão rapidamente e pude ver que a tela dele tinha uma pequena rachadura. Droga, e agora? Mas pelo menos ele estava funcionando. Ajudei a menina a recolher as coisas do chão, ainda sem ver quem era. Ao levantarmos e nos encararmos, quase caí pra trás. Seus olhos verdes e intensos fitavam minhas órbitas castanhas de uma forma intensa. 

A única coisa que consegui fazer no momento, foi desbloquear o Ipod e escrever.

Me desculpe, eu sou muito desastrada.



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