História The edge of the sword ( INTERATIVA VAGAS FECHADAS ) - " Só restava o silencio..."

Manhã, algo por volta das sete da manhã...

— Ei! Quem..— Se cortou Kasaki, pronta a atacar a figura sentada observando o horizonte diante de si, mas logo percebeu que era Diane. Suspirou, arrumou seus longos cabelos cor de ouro velho e se pôs a senta-se ao lado da loira.
— Esta aqui desde o nascer do sol..? Tudo bem se não quiser responder. Eu também não estou muito confortável com essa situação... Eu apenas queria fazer meu trabalho e ganhar a vida, mais aqui estou, dormi embaixo de uma caverna cheia de estranhos em uma dimensão desconhecida...— Desabafou Kasaki, não encarava Diane, apenas observava o sol que ainda não se revelara por completo.
— Tudo que importa é chegar ate Malvit e degolar o porco, certo...? Tem um lado bom, não acha senhorita?— Afirmou Diane em um tom sarcástico, mas aquela camuflagem muito bem montada não enganou Kasaki, anos e anos ouvindo lamurias de suas pretendentes lhe deram uma boa audição, boa o suficiente para ouvir um tremor na voz de Diane. " Um pequenino tremor... Quase imperceptível..."
— Não acho matar um lado bom! Acho que mesmo que a pessoa mereça muito seu final, a morte deve ser apenas uma consequência de seus atos. Mas não dos seus...
— Consequência é...
— A consequência para um assassino inevitavelmente é morrer brutalmente, por isso sempre tento poupar os bastardos, pois sei que alguma hora alguém ira fazer pior com eles do que eu poderia. No final saísse de mãos limpas... É uma boa logica não?
— E quando as suas mãos já estão sujas...?
Kasaki sorriu. logo respondendo:
— Nascemos cobertos por sangue bela dama, você já nasce sujo... O difícil mesmo é...--
— Ei! Vocês duas... O cara verde e a feiticeira indecisa estão chamando, estamos partindo.— Advertiu Misaki já de pé na borda da caverna, segurando seu arco em mãos.
— ... Vamos bela dama.. Vamos ate Malvit!— Continuou Kasaki sem completar sua frase anterior.
— ... Sim... Eu irei ate ele...— Respondeu Diane ainda sem encarar Kasaki.
As duas não demoraram a se juntar ao grupo, encima da rocha que formava o teto da caverna.
— E então...?— Questionou Vilrog, acomodando suas mãos em seu casaco negro.
— O sol desse mundo parece ser bem similar ao do nosso mundo, ou seja...— Começou Turtwin.
—... Nós seguiremos para o norte com base no sol. O palácio de Malvit desse se encontrar no norte.— Completou Stella.
— Palácio? Não seria castelo..?— Soltou Salazar meio sem querer.
— Feiticeiros não constroem castelos, isso é coisa cavaleiros. Os feiticeiros e bruxos preferem palácios com altas torres e Malvit é tradicionalista.— Expos Kasaki cruzando os braços com um sorriso de satisfação no rosto. Todos ficaram surpreso e Antony curioso logo perguntou sem jeito:
— V-Você... Como sabe disso..?
— O quê?! Pareço uma ignorante pra você idiota! Runf! Se não fosse por você ter me atrasado em Blavir eu teria dado cabo daquela besta, pegado a recompensa e dado o fora daquelas ruinas antes disso tudo acontecer! E agora estaria em alguma carruagem real, acompanhando umas belas donzelas ate seus palacetes.
— E-Eh.. Bem ...--
— Calado! Eu disse que acabei? Você me deve por isso! Sim! Bastante ouro! Ruivinho idiota, incapaz... Parem de me encarar!— Disse em alto e bom tom Kasaki encerrando seu surto de verdades momentâneo, ela passou, esse tempo todo se controlando para evitar esse tipo de coisa, mas não resistiu a mínima provocação que seja.
Antony ficou meio cabisbaixo e todos desviaram seus olhares de Kasaki. Salazar puxava uma mecha de seu rubro cabelo e imaginava se aquilo dito a Antony valia para si, mas no final chegou á conclusão simples de quê: " Que morra da peste essa garota estranha! Eu que não devo me preocupar com que ela deixa ou não de pensar..."
—... Bom... Continuando— Suspirou Stella.— Iremos ate Malvit pelo norte, não sabemos o que ele pode apronta e podemos presumi que ele sabe que estamos aqui, então fiquem alertas! Vamos.
— O que diabos ela quis dizer com incapaz...?— Sussurrou Antony em devaneio, a duvida o assolava.

****

A criatura cortava o ar em alta velocidade, se escondia em meio as nuvens, aspirava o cheiro considerado de imundo dos invasores se aproximar. Sua missão? Simples! matar e desossar os invasores.

****

— Vou morrer...
— Deixe de se dramático.
— Estou falando serio... Estou a beira da morte, q-quanto ainda falta...?
— Você esta brincando não é? Foi você quem nos disse que era para essa direção.— Se indignou Vilrog.
— Eu só não esperava que fosse tão longe... Minha espécie não foi feita para caminhar longas distancias, ao menos não em terra.— Continuou Turtwin se apoiando em seu cajado adornado de plumas.
Eles caminhavam no que deveria ser uma fila indiana, na frente ia Stella, atrás dela Antony, depois Kasaki, Misaki, no meio tratava de encher o saco de todos ao seu redor Fuchs. Atrás dele Salazar, Vilrog, Turtwin e Diane vinham.
Salazar ignorava Fuchs pensativo, algo vinha lhe incomodando a algum tempo. Algo ruim...
" Bem ruim..."
Parecia que algo dentro de si queimava, ardia, derretia em chamas.
— Ei! Idiota!— Alertou Salazar com um peteleco na nuca de Fuchs que se expurgo em pulo, encarando Salazar com cara de poucos amigos.
— O que é?! Precisa de algo? De min...?— Disse o protótipo de feiticeiro debocham-te.
— Preciso que cheque os arredores. Afinal... É um feiticeiro não é? Ou será que não consegue?— Provocou o de cabelos vermelhos. Eles ficaram se encarando por algum tempo e Vilrog e os outros atrás lhes passaram.
— Muito bem!..--- Fuchs parecia ensaiar um gesto quando foi interrompido por um grito, não, um rosnar que a todos submetia, eles sentiram as ondas sonoras vibrarem sobre seus corpos. E então disse a menina meia fada, com seus belos olhos azuis arregalados e boquiaberta:
— Dra...gão...Dragão!!!— Gritou se jogando para a sua esquerda, sobre Kasaki, as duas rolam duna abaixo desviando da bola de fogo que atingiu a areia em cheio. Antony se jogou pra frente tentando proteger Stella com o corpo. a fumaça negra subia e diante de todos havia surgido um enorme dragão negro de escamas que se assemelhavam a rochas de uma montanha vulcânica, afiadas.
— Corram! Saiam daquii!!— Gritou Salazar pulando em meio a fumaça e surpreendendo o réptil com sua espada, que tingiu e raspão a barriga do animal, sem efeito algum.—
 

A criatura ganhou altitude dando a volta por trás e se camuflando entre as nuvens cuspiu uma nova bola de fogo que veio pelas costas de Salazar, o envolto de chamas parou a metros dele virando fumaça ao se pega por uma esfera azulada. Mas atrás os olhos de Salazar encontraram os de seu salvador, era Fuchs, apoiado sobre um joelho e de mãos erguidas havia parado o ataque da criatura. Mas o sorriso que já se projetava no rosto de Fuchs foi interrompido quando a cauda da criatura lhe atingiu em cheio no rosto lhe arremessando dois metros do chão, o sangue jorrou de sua face. Salazar gritou, mais antes dele Kasaki arremessou duas facas direto no peitoral do animal, sem sucesso. As facas ricochetearam, mais o dragão encarou firme Kasaki, com seus olhos amarelos e de íris vertical, a criatura tinha seu novo alvo. Disparou voando baixo, Salazar vinha a seu encontro rosando e de espada posicionada, o dragão pareceu sumir diante de seus olhos e apareceu já em suas costas, rumando a Kasaki. Misaki ainda caída, ergue seu rosto rápido o suficiente para ver... Viu um sorriso no rosto da loira.
De perfil, suas duas mãos posicionadas cravavam uma espada na boca da criatura, mantinha-na aberta.
E então disse cuspindo tufos de sangue.
— Parece...Gruhp! Que eu não sou tão boa.. Ahq! com a espada, quanto sou com as facas..
— Ka...sa..ki..— Tentavam falar Misa, seu coração batia lentamente, via tudo se mover lentamente, via Vilrog e Salazar se aproximando armados, mas atrás Diane também corria.. mas ela sabia que era tarde demais.
— E aproposito... Naquela vez na floresta, era eu, e não o ruivo idiota que estava lhe seguindo. Foi mal...— Completou cabisbaixa, só seu sorriso podia ser visto.
Ela sorria.
....!— Silencio.
.....!!— Silencio era tudo.
........!!!— Silencio era tudo que ouvia.
.........!!!! Só restava o silencio...
 

Kasaki não resistiu e por um segundo de descuido o dragão completou sua mordida, rasgou, cortou Kasaki ao meio, seu braços foram mastigados pela criatura, e somente o resto caiu no chão. Pedaços de carne morta.-
— Silencio.
— A criatura tomou impulso e alçou voo novamente.
 

Se foi.
 

E Kasaki também se foi.

— Kasaki... Morreu...?—

Continua...