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História The Empire Of War - Estranhas Discussões


Escrita por: Kallberg

Notas do Autor


Relevem qualquer erro de digitação por favor e aproveitem o capítulo!

Castelo Uzumaki 👇

Capítulo 15 - Estranhas Discussões


Fanfic / Fanfiction The Empire Of War - Estranhas Discussões

Estava quente e abafado lá dentro, o sol da tarde batia contra a lateral da carruagem que deixava passar algumas frechas de luz, não que ele precisasse delas para ver a face inchada pelo choro de Ino, ou mesmo ouvir seus sussurros doloridos. Ela pelo menos conseguia colocar para fora seu desespero, ele se encontrava petrificado, tudo o que conseguia pensar era em Lee ajoelhado no chão completamente ferido e ensanguentado, e ainda assim lhe sorrindo como uma despedida, pronto para receber o último golpe fatal por eles. Teve um breve vislumbre do machado dos seus agressores atravessando o pescoço do amigo, pode até mesmo ver a cabeça do moreno batendo contra o chão de terra, fora impossível segurar o desespero e gritar pela vida do amigo.

Mas graças aos deuses sua visão não se concretizou, Jyraia chegara junto com um Rock que ele desconhecia mas que parecia ser muito próximo de Lee, o homem que era ainda maior que seu protetor parou o machado antes que acertasse o alvo, cravando a mesma arma no crânio do agressor de forma brutal.

Menos de uma segundo depois os plebeus que restavam se afastavam com cuidado, aquele não era um Rock para se brigar era perceptível, mas o grandalhão parecia estar feroz, parecia quase como um animal que protege a sua cria. Ele agarrou um dos homens jogando-o no chão, e esmagando a cabeça do homem com um forte pisão.

—Gai! Já chega. -Jyraia falou segurando o braço do Rock, não sabia como o velho sábio havia chegado até eles, mas agradeceria todos os dias aos deuses por isso. Não que isso fosse surpresa, ele sempre chegava de surpresa. —Lee é a prioridade agora. Se quer que o garoto sobreviva deveria leva-lo até um médico e não perder tempo com esses homens. Vamos leva-los as torres.

Mal percebera quando fora recolocado na carruagem, os olhos presos em Lee não o deixava prestar atenção em nada mais, não percebeu que Gai ao levantar Lee tinha lágrimas nos olhos, ou Jyraia trocar duas palavras com aqueles homens e subir na carruagem.

Nem ele, nem Ino disseram nada desde o ocorrido, não questionaram nada ou ao menos agradeçam seus salvadores, pareciam perdidos, e assim permaneceram até o presente momento em que eles se encontravam ali sozinhos na carruagem fechada, enquanto os outros tentavam salvar a vida de Lee nas torres.

Bem... Ele ainda estava vivo quando chegaram lá. Mesmo que não parecessem acreditar que ele duraria muito.

Naruto estava chegando. Ele sabia por que em primeiro lugar conhecia o amigo e sabia que assim que ele soubesse do ocorrido viria, e em segundo a voz do loiro se espalhou pelo campo chamando um nome desconhecido para ele, mas não para Ino aparentemente, que pulou no seu lugar espiando pela janela com seus olhos inchados, não demorou dois segundos para ela pular para fora dá carruagem e empurrar a pequena porta que o separava do mundo a fechando de novo.

Sem dar uma palavra.

Ele não conseguia se conter espiou pelo mesmo lugar que ela fizera outrora a tempo de avistar a loira se jogando nos braços de moreno alto e forte assim como Naruto que ele avistou ao lado do mesmo.

Aquele seria o noivo dela..? Como diabos poderia competir com aquilo?! -Gaara pensou amargurado ao ver a garota afundar seu rosto no peito largo do homem, mas logo depois se repreendendo. —eu nunca poderia competir, com noivo ou sem. Ino é inalcançável para um aleijado. Entenda isso maldito coração!

Continuou sua pequena tortura psicológica observando a cena até o final quando os dois se despediram e saíram juntos, quebrando cada pedacinho em seu interior, e Naruto se pôs a vir em sua direção, com uma cara que ele conhecia bem, aquela seria uma longa conversa.

—você comanda. -disse Naruto ao padrinho que apenas acatou enquanto o loiro adentrava na própria carruagem em silêncio.

Naruto se senta de frente para o amigo e protegido com a face séria, mas Gaara parecia nem vê-lo, tinha a face aérea e a mente vagante por caminhos desconhecidos pelo rei do norte naquele momento.

Vendo que o ruivo não iria iniciaria a conversa, falou:

—eu prometi que protegeria você. Eu garanti tudo o que você precisava para sobreviver. Por que diabos vocês saíram do castelo Uzumaki? Onde você estava fudidamente a salvo?

Os ruídos dos trancos da carruagem agora em movimento foi a única resposta que Naruto recebeu de início, ele normalmente não teria paciência para aquilo, mas nos últimos dias aprendera que nem tudo vinha a galope como ele gostava. Além de que conhecia Gaara o bastante para saber que o amigo precisava de tempo para por sua cabeça naquele momento, ele parecia perdido.

E assim o fez, depois de alguns minutos de silêncio respondeu com seus olhos ainda presos na fresta da cortina. —Eu pedi a Lee que me leva-se até a biblioteca e os criados nos viram. Todo mundo ficou sabendo que eu estava lá.

—por que você quis ir a biblioteca? Sabia o quanto era perigoso sair! Por que se colocou em perigo? -o loiro indagou, mas Gaara respondeu apenas com uma careta indignada. Então, ele continuou. —Eu deixei mais de 100 livros novos para você no seu quarto! Por que eu sei o quanto você gosta deles!

—Sabe por que gosto tanto deles? -Gaara rebateu a pergunta. —por que eu viajo por eles, eu conheço cada canto do reino sem nunca ter ido a nenhum deles necessariamente, eu voo! eu luto! Eu faço qualquer coisa. Mas eu cansei de ver a vida passar através de janelas nas páginas dos livros. Eu quero sentir o vento o bater no meu rosto no auto de uma montanha, quero sentir o gosto de sangue quando levar um soco numa briga, quero amar... -o peito de Gaara subia e descia rápido, descompassado, desabafara de uma vez e mais alto do que ele pretendia, até mesmo Jyraia do lado de fora havia escutado, ele tinha certeza. —eu não queria novos livros. Eu quero viver!

Naruto abria e fechava a boca uma dezena de vezes sem deixar sair nenhum som, ele nunca imaginaria que Gaara se sentia daquela forma, ele nunca havia parado para pensar...

—eu sinto muito se eu te faço sentir preso amigo, essa nunca foi a minha intenção. -diz Naruto com a voz branda, era a primeira vez que lhe era externado aquele sentimento. —Mas tudo o que eu faço é para tentar manter você a salvo. Eu só quero garantir sua sobrevivência.

—apenas sobrevivi por toda a minha vida. Agora quero viver!

—Por isso veio para cá? Ino tem alguma coisa a ver com isso?

—Talvez, mas não faz diferença. -o ruivo respondeu tentando passar uma indiferença para com a loira que ele realmente não possuía.

—ok. Eu não vou insistir nesse assunto. -o Uzumaki diz com o seu olhar deixando claro que voltariam a falar da garota. —Mas como você planeja viver? Vai aparecer para o mundo como o príncipe perdido?

Estava claro o deboche do loiro apesar de ter feito aquela pergunta esperando uma resposta sincera do amigo e assim o recebeu.

—ainda não. Sei que traria problemas para você e para mim nesse momento. Mas não quero passar o resto da minha vida escondido. -ponderou Gaara. —Acho que quando você ganhar essa guerra e assumir o reino seja o melhor momento.

—Ganhar a guerra... Assumir o reino... -O Uzumaki se remexe desconfortável no acento. A carruagem havia parado, provavelmente haviam chegado a seu destino, mas nenhum dos dois fez menção de sair.

—o que foi?

—é só que as coisas estão... loucas. Isso não é tão simples...

—É claro que não é. Isso é uma guerra! -o Sabaku exclama. —Mas você é Uzumaki Naruto! Não há nada que você não possa fazer. Você não desiste até conseguir!

O discurso fora forte e necessário, Naruto agora tinha seus olhos presos nas cortinas fechadas e se mantinha em silêncio.

Naruto Uzumaki estava calado. Nenhuma resposta. Era como se ele estivesse fugindo. Mas Gaara não permitiria isso. Inclinou seu corpo para frente forçando o loiro a olha-lo nos olhos, ele continuou. —promete pra mim que você vai ganhar essa guerra. É a única maneira de eu ser livre.

Naruto engoliu em seco, queria poder dar aquela certeza para o amigo, mas ao mesmo tempo tantas dúvidas e problemas rodavam na sua cabeça. Aquela era a promessa mais difícil que ele sonhara em se comprometer, mas como ele...

Pela piedade dos deuses Jyraia abriu a pequena porta pondo sua cabeça para dentro com um grande sorriso, poupando Naruto da resposta naquele momento.

—Shikamaru tinha razão. A cabana está bem abastecida. Tem tudo o que se precisa e bastante comida.

—ótimo. O que vocês dois acham de jantarmos aqui, juntos? -o Uzumaki propõem decidido a ajudar Gaara a viver, ele poderia conviver com uma ou duas pessoas de confiança por enquanto. A verdade era que Gaara se tornara uma das pessoas mais importantes na sua vida. Ele faria... qualquer coisa pelo amigo.

—por mim tudo bem. -Jyraia responde se pondo a andar de volta para a bela cabana de caça dos Nara.

—Naruto... -Gaara chamou implicitamente cobrando sua reposta para a pergunta passada, mas não precisava, o loiro finalmente tinha sua resolução.

—Eu prometo. Você vai ser livre Gaara.

—Então... Foram os rebeldes que atacaram o tal gigante? -questionou Temari à Tenten depois de longos minutos que elas andavam em silêncio, na verdade já quase alcançavam a entrada do esconderijo.

—Não exatamente. Eles se rebelaram contra o movimento a alguns meses. -Tenten bufa alto em irritação, eram anos de dores de cabeça.

—Então eles são rebeldes da rebelião? -ironizou. —E eu me achava radical.

—Isso não é brincadeira! Eles podem ferrar tudo! -a morena falou quase gritando.

Ela estava sobre pressão, o cerco estava se fechando e eles não podiam se dar ao luxo de confusões, principalmente aquelas que chamavam atenção dos lordes.

—Por que eles se rebelaram? -a loira voltou a questionar agora mais composta, o humor da sua companheira a contagiava, mas aparentemente o nível da irritação dela era infinitamente maior pois nem se dignou a responde-la. —Por que? -insistiu recebendo como resposta apenas um olhar raivoso da rebelde como se ela a mandasse se calar.

Temari não lidava bem com ordens e ela dificilmente iria acatar algo vindo da morena que se impusera como sua rival, mas nem ao menos precisou iniciar uma discussão, Tenten bufou parando em frente a entrada do esconderijo.

—Esse movimento existe a mais de dez anos! E nunca conseguiram fazer nada. Nada foi mudado! Sabe o por que? -Foi uma pergunta retórica, mas ainda assim Temari levanta seus ombros em um uma confirmação de sua ignorância naquele assunto. —Por que ninguém chega a um acordo. No início, quando a sua mãe apareceu com a ideia de uma revolução foi incrível, todo mundo queria acabar com toda essa pobreza e exploração, todos estavam de acordo com essa ideia. Porém, novas vertentes do movimento foram aparecendo com o tempo e a rebelião foi se dividindo e enfraquecendo.

—Vertentes? Que tipos de vertentes?

—somos um grupo enorme e dentro de um grande grupo diferentes opiniões aparecem e por vezes elas convergem bruscamente. -a morena continuou a explicar se esgueirando pela pequena entrada do esconderijo. —alguns acreditam que devem derrubar o reinado do rei Rasa e que outro sangue do império assuma. Por ser um direito concedido pelos deuses que o seu sangue governe. -Tenten derramava deboche na parte do direito de governo. — e por algum motivo idiota você é a preferida deles para cumprir esse papel. Outros querem derrubar o Rei rasa e botar Naruto no poder do novo império com a supremacia do norte; vindo desse mesmo lado tem uma ponta que só quer separar o norte do resto do reino e reerguer o antigo reino de Konoha. E tem ainda um grupo que quer derrubar tanto o temível Rei do novo império, quanto o idiota rei do norte, que no caso são o nosso grupo problema. Eles só querem matar todo nobre que virem na frente.

Aquilo era novo para a garota, ela até tinha um milhão de duvidas rodando em sua cabeça mas o barulho do interior do acampamento a dispersou do pensamento.

Diferente da primeira vez em que Temari esteve no acampamento, quando o silêncio e a quietude vigoravam, o campo agora explodia em acusações e discussões acaloradas de todos os lados. Alguns formavam uma barreira de proteção em volta de um grande pedaço de madeira que sustentava uma grande bandeira vermelha com um "x" branco e mal pintado, enquanto, outros tentavam com socos e pontapés chegar a bandeira.

Céus! Aquilo estava uma loucura!

—Já começou... - Tenten murmurou antes correr no meio da multidão separando dois homens que trocavam socos e pontapés, os dois tinham as roupas e rostos sujos de sangue, mas apesar de brigarem feio o sangue que ostentavam não era deles, nenhum dos dois tinha ferimento abertos. —Que diabos vocês acham que estão fazendo?! Que caralho! Eu não falei para terem paciência!

—a culpa é dele! - um dos homens falou com o dedo indicador em riste para o outro. —Ele nos convenceu a sair nessa maldita missão. Por isso Dong e os outros estão mortos! Essa ideia idiota de roubar carruagens os matou!

—Eles estão mortos por que todos vocês são uns imbecis! -Tenten gritou antecipando dakao que já se aprumava para rebater. —Dissemos para vocês terem cuidado! Para se acalmarem que logo a revolução vai se erguer sobre as cabeças dos lordes!

—é... Todo mundo diz isso a mais de uma década! Enquanto isso os nossos filhos morrem de fome! -dakao gritou recebendo muitos gritos em concordância. —eu cansei de esperar. Nós temos que fazer algo agora!

Certo... Tenten não tinha respostas para aquilo, afinal, era verdade. Nos anos em que esteve ali com aquelas pessoas não foram poucos os casos como aquele, ela mesma talvez pereceria se Jyraia não a tivesse protegido desde sempre.

Entendia o desespero dos homens, mas não conseguia apoiar a ideia deles de revolução. Era quase doentia.

Apenas dando uma pequena olhada pelo campo ela podia perceber diversos rostos do seu grupo com o rosto pintado com o "x" branco, o símbolo dos extremistas. Ao que parecia eles haviam conquistados muitos apoiadores.

Quando foi que ela perdeu o controle..?

As brigas haviam cessado, os extremistas ecoavam gritos de guerra com força e os seus homens a olhavam esperando uma atitude, esperando que ela pulasse no pescoço de Dakao e o calasse. Ela estava quase cedendo a esse impulso quando um forte estrondo ecoou pela clareira e uma cortina de fumaça subiu cegando-a por alguns segundos. E fazendo todos se calarem imediatamente.

Que caralho..?

A poeira abaixou, deixando para trás a imagem de Temari em pé no pequeno palanque agora semidestruído com a madeira caída aos seus pés e bandeira coberta por terra.

Todos olhavam a figura loira em silêncio, sem entender de onde ela saira.

—Vocês são estúpidos? Acham que umas emboscadas michurucas vão mudar alguma coisa? Acham que alguns roubos a viajantes vai tirar vocês dessa merda? Tudo o que vão conseguir com isso é chamar a atenção e a ira dos lordes. Tudo o que vão conseguir serão mais mortes e mais miséria! -Temari gritou para os rebeldes que a olhavam com caretas confusas e surpresa, mas uma em especial lhe chamara atenção. —O que? Por que está me olhando com essa cara Dakao? -Temari falou se demorando no nome do rebelde com deboche. —esta bravo por que derrubei a sua bandeira patética? Sabe... Vocês não precisam de uma caralhada de bandeiras! Que se foda as malditas "vertentes"! Vocês não são lordes! Não precisão de símbolos para representar a sua casa ou o caralho que for! Vocês são o povo, plebeus, os deixados de lado... Não importa no que você acredita para a revolução ou como pretendem lutar, no fim estão todos no mesmo barco! -seu peito subia e descia rápido, o humor de Tenten realmente a contaminara, ela estava nervosa. —Esse barco está no meio de uma tempestade raivosa e vocês querem quebra-lo em um monte de pedaços e que cada um se segure numa bosta de madeira e se vire. Vocês vão morrer assim caralho! Querem fazer algo? Mudar alguma coisa? -ela demora seus olhos em Dako que assistia a tudo quieto. —Vão precisar um do outro. Vão ter que manter esse barco inteiro.

O campo "explodiu" no mais profundo silêncio, alguns olhos confusos e perdidos fugiam dos verdes intensos dá princesa rebelde, mas dos olhos dela não fugiam algumas mãos subindo aos rostos e limpando a tinta branca do símbolo dos extremistas, eles seriam um barco.

—quem diabos é essa garota? - Dong se questionou em descrença com a virada, mas ainda assim Tenten que estava ao seu lado respondeu.

—Tema. Seu nome é Tema.

Aconteceu de novo. Pensou que poderia ser forte, que conseguiria lutar por algo... Que estúpida. Continuava a mesma menina assustada.

Ela fora covarde. Idiota. Deixara Lee para trás, e agora ele estava estendido em algum canto nas torres entre a vida e a morte enquanto ela tinha as costas esfregadas por criadas em um banho relaxante que o seu noivo a recomendou.

Que porra de amiga ela se dizia ser? Como ela pode..?

Gaara nem conseguia olha-la todo o caminho que fizeram até as torres. Ele devia culpa-la... Ela com certeza se culpava.

Imaginar que Lee poderia morrer por culpa dela a destruía. Imaginar que Gaara a odiava vinha para exterminar os restos. Estava um caco.

Fez todo o caminho até um quarto no alto das torres agarrada ao tronco de Shikamaru, sabia o quanto aquilo era inadequado, e sua mãe surraria se soubesse que ela se jogou nos braços do moreno na frente de todos sem que eles tivessem se casado, mas ela estava prestes a desmoronar, suas pernas tremiam e nem lágrimas conseguia mais derramar de tão fraca que se encontrava. De qualquer forma o Nara a deixou no quarto aos cuidados de uma velha criada recomendando que lhe preparassem um banho quente.

Ela não queria uma porra de banho! Será que ninguém percebia que ela estava desmoronando?! De qualquer maneira ela não tinha forças para negar qualquer coisa, então, apenas se manteve quieta enquanto as mulheres retiravam suas vestes sujas de terra e sangue, e a colocavam numa grande banheira com água morna. As criadas a olhavam com pena pelo seu estado. Pena... Pena elas deviam ter de Lee... Não dela. Ela não merecia aquilo.

Uma pequena criada pega sua mão direita que estava estendida na beirada da banheira, com cuidado e esfrega a áspera bucha contra ela, estava suja de sangue seco, Ino não havia percebido aquilo antes, na verdade sua cabeça só dava voltas desde que foram abordados por aqueles ladrões. Mas sabia bem de onde viera aquele sangue, era de Dakao, um dos homens em que enfiara o frasco quebrado de seu perfume no olho. É... Não se lembrava bem do que acontecerá com ele mas supunha que ele havia morrido... Ela matara um homem... Diabos...

—Aqui. -a voz doce de Hinata a acordou de seus devaneios, a morena tinha sua mão estendida para ela com um grande robe. Ino olhou em volta assustada, as criadas haviam sumido.

Quanto tempo ela ficara ali pensando? -ela pensou encabulada.

Bem... O suficiente para que seus dedos estivessem enrugados e a água quente se tornasse fria.

—onde estão as criadas? -questiona sem mover um músculo para pegar o hobbie oferecido.

—você as dispensou a algum tempo. -a morena responde calmamente, Ino não se lembrava de ter feito aquilo mas ela não se lembrava de ter percebido muita coisa depois que Shikamaru a deixou ali. —Lorde Nara me pediu que ficasse aqui contigo, ele estava muito preocupado, me disse que você estava muito abalada.

Shikamaru se preocupava com ela..? Um sorriso pequeno começou a nascer em seu rosto. A menina Hyuuga gentilmente a ajudou a sair dá banheira e a envolveu com o fino hobbie.

—eu trouxe algo para beber. Só que deixei lá fora -o sorriso gentil dá garota alcançou seus brilhantes olhos perolados, ela emanava uma aura de bondade. Ino não a conhecia mas sabia que se Shikamaru a havia mandado era por que ela podia de alguma forma ajudar. Ela precisava de ajuda.

—minha carruagem foi atacada no caminho para cá e... muita coisa aconteceu. -a Yamanaka falou sentando-se no pequeno banco no fundo da sala de banho. —Eu acho que fui covarde... Sabe... Eu vim para cá para ser forte... Para deixar o meu pai orgulhoso... -ela divagava enquanto Hinata soltava alguns sons engasgados para demonstrar que ouvia, mas após algumas palavras Ino começou a duvidar da atenção da outra e se recriminou por ser estúpida de estar despejando tudo para uma estranha.

—por que você acha que foi covarde? -Hinata pergunta trazendo uma bela e brilhante bandeja com duas xícaras e o bule de chá prometido.

Ela não esperava que a loira fosse querer ficar na sala de banho que era úmida e escura, mas após observar melhor percebeu a posição encolhida da outra, parecia um passarinho assustado que preferia se esconder no fundo do ninho. Agora entendia porque o lorde das torres que nunca havia tido nenhum interesse em trocar mais do que duas palavras com ela fora procura-la para pedir que fizesse companhia para a dama.

—Eu... Eu fugi. Eu corri e deixei para trás uma pessoa... Alguém que era meu amigo... -a voz entrecortada de Ino deixava claro que ela estava próxima de uma nova crise choro, a culpa a estava sufocando, mas antes que a primeira lágrima caísse um fino grito rasgou sua garganta enquanto ela pulava para fora do banco de madeira. —que diabos?! -ela gritou indignada ao identificar o projétil que lhe fora jogado nas mãos despretensiosamente e que ela jogara longe no susto, era uma pequena adaga, brilhante e afiada que lhe deixara um pequeno corte na mão.

Olhou assustada para a garota que a acompanhava, os olhos perolados neutros a analisavam em silêncio, mas um pequeno sorriso brotou nos lábios finos e rosados ao pegar a adaga e guardar em meio aos tecidos de seu longo e cheio vestido novamente. —Fez bem em fugir. Você ia morrer se tentasse lutar. -e assim ela simplesmente se inclinou para perto da loira com uma xícara cheia de chá.

—Eu tentei lutar! -Ino exclamou se afastando com a mão o chá oferecido em contrapartida a morena apenas dá de ombros tomando um longo gole do liquido.

—você tentou? Quem te salvou é a mesma pessoa que você abandonou?

Xeque-mate.

O silêncio se instaurou nos minutos seguintes, Ino chocada e Hinata ocupada terminando com seu delicioso chá.

A conversa não se estenderia mais dali se a Yamanaka não se manifestasse, Hinata parecia mais interessada em secar o bule de chá do que na conversa, ela quem viera oferecer os ouvidos e desistirá depois de duas palavras.

Mas Ino precisava daquilo, precisava falar, sentia que podia explodir se não o fizesse.

Já não mais possui seu pai, que por mais que fosse homem era o seu porto seguro, conversava muito mais com ele que com a mãe. Não podia faze-lo com Gaara, ele devia odiar-la, Shikamaru nunca demonstrava interesse em ouvi-la normalmente quem dirá chorar no ouvido dele, e Lee... Bom... Ele não podia ouvi-la naquele momento. Ela estava sozinha e precisava de alguém.

—Sim. Ele se feriu por que tentou me salvar. -falou a contra gosto se sentando novamente ao lado da garota, e agarrando a segunda xícara que viera com o conjunto do chá e enchendo-o.

A morena ainda se mantinha em silêncio mesmo com ela cedendo a sua provocação, mas pelo canto do olho podia perceber o sorriso sorrateiro que nascia nos lábios molhados da garota, aquilo irritava Ino, ela conseguira o que queria e ainda zombava! Mandou para dentro uma grande e raivoso gole do chá sem se importar se estava quente, mas o quão surpresa ficou quando sentiu o frio e cortante sabor de álcool descer rasgando pela sua garganta quase o manda de volta.

—Isso não é chá! -Ino exclamou entre uma e outra tossida enquanto a sua acompanhante explodia em gargalhadas.

—"Uma garota precisa muito mais de vinho que chá." É o que diz uma grande amiga minha. -Hinata aponta se recompondo da pequena explosão. —Você se ouviu?

—o grito? As tosses? Sim eu ouvi? -ironiza irritada.

—Não, antes. Você aceitou o que aconteceu. Não soava como culpa compulsória e depressiva, soava como um fato, por que é um fato. doloroso, mas verdadeiro. Você tentou lutar, deu o melhor de si, mas quando aquilo não foi mais o suficiente o seu amigo tomou a frente, por que ele com certeza te ama, e essa é a verdade. Ele não se feriu por sua culpa, ele se feriu porque ama os amigos. -o doce sorriso de Hinata abriu espaço novamente com os olhos de pérolas quentes  se aproximou da loira devagar. —Você não é covarde ou idiota lady Ino. Você apenas não usa todo o potencial que tem. Acredite em mim você é especial.

—Você acha? -aquela era a pergunta mais insegura que ela já tiveram coragem de fazer em voz alta, geralmente ela tinha uma opinião sobre tudo, até sobre si mesma, boa ou ruim ela nunca pedia a confirmação de ninguém, por mais que o quisesse.

—Eu acho. -Hinata sorriu gentil colocando  a as xícaras e o bule na bandeja. —tenho que jogar uma água nisso pra ninguém reparar, não ia ficar bem... você sabe...

Ela mudara completamente no decorrer da conversa, primeiro era pura gentileza e sorrisos e der repente um poço de frieza, e novamente voltava com aquele ar de princesa da bondade. Era quase como se ela se transformasse em outra pessoa, como se ela tivesse mudado seu personagem no jogo...

Aquela garota com certeza era uma grande jogadora, podia gostar dela, poderiam ser amigas afinal ultimamente ela vivia no meio dos homens.

—alias, meu nome é Hinata Hyuuga.

Ah vai tomar no cu!

—Hinata Hyuuga? Herdeira dos Hyuugas? -Ino pergunta recebendo como resposta um aceno confirmativo de Hinata que a olhavam sem entender direito. —seu pai matou o meu. -a Yamanaka recuou dois passos se afastando da morena como se ela tivesse uma doença contagiosa.

—yeah. A participação dele em mortes paternas é bem comum ultimamente. -Hinata suspira cansada.

Que merda ele havia se metido? Que caralho de merda ele havia metido todo mundo?!

Tudo estava uma bagunça! Ele virara o mundo de cabeça para baixo e causou uma guerra. Era culpa dele. Ele enfiara uma bendita lâmina no peito do homem que considerava uma pai. Ali ele ferara tudo. Devia ser castigo dos deuses pelo seu pecado.

Fizera tudo por amor, por amor a Sakura, seu irmão, e seu filho que nunca chegara a ver; e ironicamente ele perdera todos. Um de cada vez.

Primeiro foi Sakura. Ela estava com Naruto quando ele o flagara com a espada cravada no peito do rei, o pai do loiro e a imagem de um para os outros dois do trio. Ela vira toda aquela merda. Grávida.

Então, tudo se tornou um caos. Naruto perdeu a cabeça, todo mundo perdeu. Tinha espadas se chocando por toda parte, gritos e sangue manchando o chão imaculado das vinulas, tudo parecia um borrão, ele não se lembrava bem como saira das vinulas e atravessara a ponte, mas se lembrava de chegar ao castelo e encontrar tudo uma loucura, Sakura quase perdera o bebe.

Aquilo o deixara em desespero, não podia peder os dois!

...Que idiota, não havia percebido que já os havia perdido.

Sakura não queria vê-lo após a confusão, ele era proibido de entrar no quarto dela ou ao menos estar no mesmo ambiente que ela. Com o acidente todos ficaram sabendo da gravidez inclusive o seu pai. Então ele mostrou pela primeira vez algum interesse na sua não mais noiva. Saji, filho de Itachi era uma criança doente e fraca, não servia para ser um lorde Uchiha no futuro, e a gravidez de Sakura era a chance deles terem o herdeiro que o lorde da fortaleza negra desejava, então Sakura ficou sobre os cuidados diretos do seu pai, ele estava sempre junto a rosada que parecia cada dia mais pálida, assustada, doente, e Sasuke não podia fazer nada. Fugaku queria garantir que a criança nascesse forte e saudável, pena que aquilo não durou mais que algumas semanas... E ele perdeu o filho também.

E por último o seu irmão. Itachi se sacrificara por ele, e agora não conseguia salva-lo, se não fosse rápido poderia perde-lo para sempre.

Não podia perde-lo. Não aguentaria outro baque daquele. Seu irmão era tudo o que lhe restara.

—Uchiha. -a voz de Kankuro chamou, o tirando de seus devaneios. —que porra você tem na cabeça para invadir uma reunião de guerra?

—Eu precisava fazer alguma coisa! -exclamou se virando der repente e encarando o Sabaku que o seguia. —Vocês vivem nessas reuniões discutindo um milhão de estratégias inúteis, enquanto o meu irmão que é o comandante especialista em estratégia está preso nas malditas torres! E ninguém faz nada!

—comandante ou não Itachi não é prioridade aqui. O que precisamos é derrubar as torres e invadir o norte, se o seu irmão vai ser resgatado nesse processo ou não, ninguém se importa.

—ok, mas eu me importo! -Sasuke exclamou com seus olhos enchendo-se de lágrimas der repente. Itachi era a última luz guia que ele tinha, sem o irmão estava perdido. —eu não ligo pra essa guerra ou o caralho a 4! Tudo o que eu quero é o meu irmão de volta. Faço qualquer coisa por isso.

—ele é realmente importante para você, ham..? -não era bem uma pergunta, era mais uma constatação.

Mas Sasuke já havia segurado de mais e precisava despejar aquilo, respondeu:

—ele é a única pessoa que me sobrou. Itachi é a última corda que me prende a vida. Sabe como é isso?

Kankuro engoliu em seco, sua expressão era neutra mas seu interior remoía em memorias duras do passado. Ele não tinha uma corda. Estava se afogando. —bem... você tem algo. Só precisa recuperar a sua boia salva vidas.

—Esse é o maldito problema! Eu não posso mudar nada! Por que eu não faço parte da porra do conselho de guerra!

—Que merda, ham..? -Kankuro debocha se encostando em uma arvore próxima aproveitando sua sombra, e irritando o moreno com seu descaso.

—É, diferente do seu pai o meu não me favorece no crescimento de patente como cavalheiro. Tudo que conquistei foi com o meu esforço. -alfinetou, mesmo sabendo que sendo esses rumores verdade ou não o Sabaku era um dos maiores guerreiros do sul.

—você esta certo. Meu pai ajudou na minha carreira militar, toda ela, até a guarda real. -o tom desinteressado do Sabaku surpreendeu Sasuke pois sabia que a suposição de que o rei colocara o filho naquela posição irritava profundamente moreno, tanto que já mandara diversos homens para ter uma conversa com Gor apenas pela menção do assunto. —Ele ajudou demais... Por que ele faria isso..? -Sussurrou baixo mas devido a proximidade que estavam o Uchiha escutou.

—por que ele é seu pai. E pais geralmente querem o melhor para os seus filhos. pelo menos deveria ser assim. -havia um pingo de amargor na voz dele é aquilo não passara despercebido por nenhum dos dois.

—Não é como se Fugaku ligasse para alguém...

—Ele se importa com Itachi.

—Qual é Uchiha?! Eu não tenho tempo para ciúmes idiotas. -Kankuro se levanta bufando sem paciência. —nem sei por que diabos estou falando com você

—Eu não tenho ciúmes de Itachi! -Sasuke exclama indignado.

—É claro que você tem! Qual é?! O filho perfeito, grande carreira militar, exímio estrategista, já possui a própria família formada pelo mais fino sangue nobre do sul, o próprio herdeiro... E você..? -as duras palavras do Sabaku atingiram em cheio Sasuke que escutava tudo calado, não responderia aquilo, todos já sabiam seus infortúnios. —Pois é. Não me admira que Fugaku prefira o filho mais velho...

Kankuro deu as costas para o Uchiha que apertava suas mãos com todas as forças que tinha para não partir para cima do outro, por mais que fosse difícil de ouvir sabia que o Sabaku estava certo em quase tudo, exceto por um detalhe.

—Sim, Itachi é melhor que eu em tudo. Ele sempre foi. Mas eu não tenho ciúmes do meu irmão. Eu o amo, e vou lutar por ele até o fim.

Kankuro escutará tudo quieto, mas Sasuke não conseguia ver sua reação quando o Sabaku nem se dera o trabalho de se virar para ele.

Cansado, o moreno decide seguir seu caminho, não tinha muito tempo, na verdade nem sabia por que o perdera conversando com o ex-príncipe, eles nunca foram amigos ou coisa do tipo. Nem entendia por que ele fora falar consigo.

—hey Uchiha! Passe na minha cabana amanhã cedo. Vamos salvar o seu irmão.

Ok. O que diabos dera em Kankuro?

A escuridão da noite já caia pelas terras dos Naras, a lua escondida por nuvens escuras deixava o caminho estreito por onde as garotas passavam o puro breu, sendo ainda acertadas por fortes ventos frios. Elas se demoraram demais no acampamento, por mais que os resultados fossem agradáveis.

 —Dakao vai ficar quieto, pelo menos por enquanto. -Temari divagou assim que viram o campo aberto que antecedia as torres. —Um problema a menos na sua listinha. De nada... -ironizou tentando atingir Tenten que se mantinha em silencio durante todo o percurso, que definitivamente não era curto. De qualquer forma funcionara pois a morena se virou furiosa.

—problema resolvido?! Você faz algumas pessoas se calarem e acha que esta tudo resolvido? Existem outras 40 bases com disputas de no mínimo dois grupos pelo "poder" e acredite em mim eles não se dobram por discursos baratos! - Tenten apontou tentando segurar o tom de voz afinal já estavam praticamente nas torres. —Só pra acrescentar logo será inverno, e diferente do que vocês do deserto estão acostumados, o inverno vigora forte no norte, as paredes das casas e peles de animais não são suficientes para aquecer os homens, os campos são improdutivos, pessoas morrem de frio e fome! E quando eu digo pessoas, quero dizer os plebeus que são deixados do lados de fora das muralhas dos castelos, deixados a própria sorte. Quero dizer aquele povo no acampamento! Quando inverno chegar e os primeiros morrerem quero ver se eles ainda vão comprar a sua ideia de barquinho.

O tom de voz áspero da Mitashi saia ainda mais frio que o vento cortante que batia contra ela, ela parecia prestes a explodir desde cedo e finalmente o fizera, Temari queria argumentar, dizer que estavam no caminho, que elas dariam um jeito, mas a morena fora mais rápida dando sua cartada final.

—Você não sabe nada sobre nós princesa. Nem sei por que tenta... Pro seu bem, volte para a merda do seu castelo e continue a viver a sua vida perfeita. -Ao final Tenten se virou continuando o caminho até a o portão norte das torres, enquanto a Sabaku ficava para trás tentando engolir tudo o que lhe foi dito, era como se um bolo de pedra estivesse forçando sua garganta.

Só que Sabakuno Temari era teimosa demais para deixar alguém força-la a engolir alguma coisa. Ela nunca deixaria por aquilo mesmo.

Tenten já estava a poucos passos do grande portão de ferro quando Temari a alcançou virando-a com brutalidade, afinal uma vez dentro dos muros das torres seria impossível ter aquela conversa.

—sim, eu sou uma farsa! Não sei nada sobre acampamentos, inverno, fome e o caralho a quatro! Eu só finjo ser uma de vocês. Mas quer saber? Eu tento! Enquanto você que vive aqui a anos e ao menor grito do adversário se calou. -a Mitashi apertava sua mão com força se segurando para não partir para cima da loira, aquelas palavras doíam mais que um soco. —Pode ficar bravinha, implicar com cada palavra que sai da minha boca, mas aqui está a verdade! Tem mais rebeldia em uma gota de sangue meu do que em você inteira.

O soco veio pela direita, forte e rápido, acertando em cheio o queixo de Temari, a fazendo cambalear para trás, ela sabia que ele viria, sabia muito bem a quem estava provocando, mas nem por um segundo pensou em desviar, essa nunca fora a intensão.

—Você sabe dar um soco Tenten, tenho que admitir, isso doeu. Mas sabe o que dói mais, é saber que você é uma farsa também. Olha só para você "eu sou a líder de um acampamento rebelde, mas nunca faço porra nenhuma" -Temari apontou com um sorriso debochado enquanto imitava a voz da morena. —Tenho que concordar em uma coisa com o babaca do Dakao, você diz que pessoas pessoas morrem, sabe como e por que, mas nunca faz merda nenhuma! É por isso que o movimento não sai do lugar! Por que você não tem uma gota de atividade, você não é rebelde!

A garota que desferira anteriormente o soco se mantinha quieta apenas escutando tudo, era a sua vez de ouvir dizia seu cérebro, mas no fundo a morena sabia que não retrucava pois o coração era ferido. E ela querendo ou não aquilo transparecera para a Sabaku que a olhava curiosa.

—Você não é uma rebelde..? -aquela frase era mais um pergunta que uma afirmação, mas os olhos castanhos deixaram mais uma vez escapar a confirmação que Temari precisava. —Você não é uma rebelde. Você nem é plebeia. Você era nobre..?

OK. Já a deixara ir longe demais!
—e por que você supõe isso? -Tenten perguntou com deboche.

—por que você faz exatamente a mesma cara que eu quando alguém diz que eu não tenho modos de criada. -a loira apontou com a sua face ainda em descrença. —pelos deuses! O que aconteceu com você?

—o que aconteceu comigo? -Tenten indagou indignada, mas por mais raivosa que ela estivesse Temari não dava o menor sinal de que sabia do que ela falava. Aquilo a deixava ainda mais irada. —vai se fuder sua vadia do caralho! -A mitashi saiu andando voltando ao seu caminho até às torres pisando duro, aquela era a parte que mais a irritava.

—Qual é a sua porra?! Por que você age como se cada merda que acontece no mundo é minha culpa?! -Temari indaga andando ao lado da morena, forçando a com a sua presença, mas nem assim arrancando uma resposta da outra. Ficaram em silêncio enquanto passavam pelos guardas do portão adentrando ao pátio  tomado pela penumbra da noite, mas assim que se viram longe dos olhos dos homens Nara a loira continuou. —ok. Eu descubro. Eu vou descobrir que merda você esconde.

Ela esperava outra explosão nervosa por parte da morena, mas tudo o que recebera como resposta foi um riso irônico seguido de uma provocação:

—você deveria se preocupar com o próprio pescoço princesa. Por que enquanto corre atrás do meu passado Shikamaru esta rondando você, preparando a pequena ratoeira para pega-la e mandar te degolar.  E eu vou estar na platéia assistindo com um imenso sorriso. -ela sorri com vontade como se imaginasse a cena e se vira para ir-se, a Sabaku faz menção de segui-la e continuar a discussão teimosamente, mas Tenten se volta para ela rapidamente mantendo o sorriso irônico. —você vai pelo outro lado princesa, no solo das torres é o lugar dos criados, os plebeus rebeldes. Vossa majestade deve subir pela torre leste.

Então ela foi antes que Temari reiniciasse a discussão em que ela já havia se esgotado.

—filha da puta. -Temari resmungou antes de se direcionar até a entrada da cozinha por onde ela saira mais cedo.

O dia a esgotara, ela precisava de uma cama, um travesseiro e repassaria aquela conversa em sua mente, afinal ela era teimosa demais para deixar aquilo para lá, ia descobrir o que Tenten escondia.

Adentrou silenciosamente na velha cozinha escura e silenciosa, não conseguia ver um palmo na sua frente, colocou os braços estendidos por instinto tentando encontrar os obstáculos antes de bater neles, mas não funcionou muito bem, uma vez que amassou seu dedinho do pé contra uma estrutura de madeira que parecia ser a mesa do lugar. —Puta que pariu!

Não deu pra segurar o grito, ela nem conseguia pensar direito com toda aquela dor subindo pelo seu corpo. Podia aguentar uma lâmina Uchiha rasgando-lhe a pele mas aquela batida era agoniante, era anormal, não conseguia segurar os milhares chingamento s que vinham a sua mente e proferiu todos eles.

—senhorita Tema..?

Merda... Maldita criatura com a boca amaldiçoada!

Ela não acreditava naquilo. Tenten devia mexer com algum tipo de magia negra. Num primeiro momento achara que havia batido muito forte e aquilo era uma alucinação da sua cabeça, mas quando a voz forte e rouca voltou a chamá-la percebera que não era alucinação ou impressão, era ele ali. 

Ela estava ferrada.

—lorde Nara...


Notas Finais


Oi minha gente! Olha eu aqui trazendo o primeiro capitulo do mês!
Antes de tudo eu quero deixar claro que eu sou muito Shikatema shipper mesmo! Kkkk 🙌 e no proximo vai ter uma cena que eu adoro ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Agora o resto do capitulo kkkk
O que deu no Kankuro manos?
Narutinho agora decidiu que ou vai ou racha kkk
Ino meio perdida e hinatinha sendo rainha como sempre, mas o hiashi causando problemas para ela também. 💁 #hiashimatadordepais
Temari dona da porra toda! Arrasando nos rebeldes! E a Tenten é nobre! Como que ela foi parar nos rebeldes? 😱 a temari vai ter que descobri kkk
Enfim, se gostou deixe o seu comentário aqui embaixo por favor e até logo 😘


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