1. Spirit Fanfics >
  2. The Empire Of War >
  3. Madrugada agitada

História The Empire Of War - Madrugada agitada


Escrita por: Kallberg

Notas do Autor


Hey meu povo! segundo capitulo do mes saindo do forno! Aproveitem!

Capítulo 16 - Madrugada agitada


Fanfic / Fanfiction The Empire Of War - Madrugada agitada

—E então senhorita? o que fazia lá fora tão tarde da noite? -Shikamaru perguntou. 

—Vai me responder o que te roubou o sono até agora? -Temari rebate, com outra pergunta, a escuridão lhe dava mais coragem. A última coisa que ela precisava naquele momento era parecer amedrontada. 

O jovem lorde não responde nada por alguns segundos, e naquela escuridão se não ouvisse os ruidos dele se movimentando pelo lugar pensaria que realmente estava louca e falando sozinha, ele provavelmente estava confuso com a sua resposta indisciplinada. Mas preferia tomar o silêncio como uma negativa, assim continua, se preparando para fugir dali bem covardemente. —como imaginei. Então, foi muito bom conversar contigo. Eu já vou indo.

Ela nem dera um passo e uma fraca luz fora acesa um pouco a frente revelando o jovem lorde das torres vestindo um leve camisa de linho levemente aberto deixando a mostra parte do seu forte peitoral que era coberto nos ombros pelos fios longos negros soltos. Temari não havia conseguido suprimir o suspiro que escapara pelos seus lábios com a visão, mesmo que dissesse para si mesma que fora pelo susto, internamente sabia a verdade.

—sente-se por favor. -Shikamaru falou sério puxando uma das cadeiras de madeira do conjunto da mesa e colocando a vela em um pequeno castiçal deixado em cima do móvel.

A loira assente a contra gosto e se senta numa cadeira de frente para o lorde, não encontrando outra saída se não obedecer, afinal para todos os efeitos ainda era uma criada.

Sua maldita destruidora de dedinhos! -Temari resmungou internamente para o móvel em que antes batera.

O Nara se mantinha em silêncio observando atentamente a loira que se remexia nervosamente na cadeira, aquilo era perigoso para ela. —sabe... Eu fui procura-la hoje.

Merda! Merda! Merda! —você foi..? -Seu tom de voz era calmo apesar de o alarme vermelho estar tocando em sua cabeça. Que diabos ele poderia querer com ela?

—Sim. Fui até o quarto de lady Hinata esperando encontra-la para pedir-lhe um favor que ao final sua ama se ofereceu para faze-lo em seu lugar. 

—E qual era o favor? -ela questiona com curiosidade.

—eu achei que a senhorita seria uma boa companhia para uma amiga que estava passando por um momento delicado.

—se ela é sua "amiga", você não seria a melhor companhia? - o sarcasmo da garota quase derramava na palavra amiga, ela não era ingênua, o Nara não tinha jeito de quem tem "amigas", até amigos, no masculino, ela tinha suas dúvidas...

—Eu não levo muito jeito com garotas em momentos delicados. -ele mantinha a mesma voz calma e desinteressada de sempre, como se aquilo não fosse importante, mas a mão esquerda dele bagunçado o próprio cabelo denunciava seu pequeno embaraço. —especialmente se envolver lágrimas.

Pela fúria de Gor! Um lorde desse tamanho tem medo de lágrimas?! -seus olhos verdes já lacrimejavam por tentar segurar o riso que vinha preso em sua garganta, mas antes que perdesse o controle o lorde lhe despejou um balde de água fria com suas próximas palavras.

—mas esse não é o ponto. O problema é que fui até lá e você não estava. Lady Hinata se encontrava sozinha em seu quarto.

—Quer discutir meus péssimos serviços como dama de companhia? -Temari perguntou com ironia.

—Não. Quero discutir suas escapadas. -diz Shikamaru um sorriso de canto provocativo que aumenta ainda mais quando toda a musculatura da garota fica tensa ser repente. —Tem que entender senhorita, que esta em minha casa. Eu sei cada pessoa que entra e sai por esses portões. E você tem saído bastante.

—verdade. -ela admitiu respirando fundo, tinha que ser bem convincente. —mas lady Hinata por vezes me pede que cheque algumas coisas lá fora.

—e o que ela iria querer lá? -o lorde fala levantando sua sobrancelha negra em descrença.

—eu... não posso dize-lo. -ela gagueja um pouco, mas isso era suficiente para fazer o moreno se apoiar na mesa se aproximando dela com seus olhos escuros agora intimidadores.

—não pode me dizer? -ele repete irônico. —preciso lembra-la quem manda aqui?

Ele acabara de acionar o gatilho de uma arma perigosa.

—pode mandar nas torres. Mas eu não sou sua criada, não recebo ordens suas, meu lorde. -a Sabaku sorri debochada, podia não ser uma Mei em questão de mentira, mas estava irritada. Nada a deixava mais irritada do que alguém tentando manda-la. —o que faço ou deixo de fazer só interessa a mim e minha ama.

O que fizera era uma tremenda falta de respeito, ela sabia bem, mas não conseguia segurar a bendita língua. Ele poderia mata-la ali mesmo, na verdade ele podia fazer qualquer coisa com ela por motivo nenhum. Afinal, não era como se os criados tivesse muitos direitos. Mas surpreendentemente não viu os olhos negros serem tomados pelas fúria e sim uma pontada de divertimento.

Que diabos..?

—você é corajosa senhorita. Só tome cuidado para que toda essa coragem não custe o seu pescoço. -a voz dele voltou a velha calmaria com os olhos no fino pescoço da loira que o encarava altiva. Ele gostava daquilo.

Shikamaru empurra o próprio corpo para trás voltando a cadeira, não sem antes deixar um olhar significativo para a loira. A irritando com a sua ousadia em provoca-la.

—acho que finalmente cheguei a uma conclusão sobre você sor, mas não sei se devo compartilha-la. -disse ela fingindo decoro.

Shikamaru sorri provocativo.

—tem medo de machucar meus sentimentos? 

Aquilo era tudo o que ela precisava.

—Tem medo de que eu o esteja enganando, mas nunca me pressiona verdadeiramente, quero dizer... Você poderia me jogar no calabouço e me torturar até arrancar de mim o que quer que você esteja procurando. -ela fala calmamente fazendo o lorde das torres arquear uma sobrancelha em duvida. —é como se você estivesse jogando.

—então você me toma com um lorde vaidoso que joga com as pessoas?

—Não. Você esta exagerando amigo. -ela sorri perante a pequena careta indignada do homem. —Eu te tomo como humano. Sabe... todo mundo faz coisas sem perceber que está fazendo de vez em quando, principalmente sob muito stress. Todo mundo tem imperfeições e defeitos meu lorde, nem seu cérebro superior te livrar dessa.

—mas é claro que eu tenho, todos temos. -Shikamaru responde encarando a loira escorada confortavelmente no apoio da cadeira. —agora que já julgou meus defeitos, resta saber quais são os seus. Diga-me algo. Defeitos, segredos..

—achei que você fosse um gênio... -Temari provoca.

—não vidente. -Shikamaru rebate com um pequeno sorriso de lado nascendo. Talvez ela estivesse certa. Ele gostava de jogar. —Então..?

Cravou seus olhos negros nos verdes dela, não deixaria passar nada. Primeiro ela ficou surpresa, em seguida pensativa e por fim um sorriso maldoso cresceu naqueles lábios rosados. 

Ele queria prova-los.

—eu e lady hinata temos tórridas noites de amor, pode avisar ao seu rei que ela já tem dona.

Do sorriso malicioso que nascera com a piada puxara um grande sorriso divertido que se logo transformou numa gargalhada, onde o lorde das torres a acompanhou com entusiasmo, ele não ria a semanas.

—você é louca senhorita. -o moreno cravou assim que recupera o fôlego da maratona de risos.

—para um gênio você demorou demais para descobrir isso. -disse a Sabaku ainda rindo. Seus olhos se pousaram rapidamente sobre a pequena vela que Shikamaru acendera mais cedo que agora se transformara num toco. 

Quanto tempo ficaram ali?

—pelos deuses! Já é tão tarde! -Temari exclamou se levantando da rapidamente da mesa.

Shikamaru segue o olhar dela percebendo também que passaram tempo demais ali.

—Tenho que ir. Hinata deve estar preocupada. -a loira anunciou se pondo a sair da sala, mas para quando a voz do lorde a chama pela segunda vez na noite.

—eu te acompanho. -Ele fala indo até um canto da cozinha onde a luz das velas não alcançava mas logo volta com um pequeno castiçal acendendo as velas do mesmo na chama da vela que eles outrora usaram. Finalmente se aproximou da loira oferecendo seu braço a ela que depois de alguns segundo de excitação aceita, enroscando seu braço nos musculosos dele. 

Ela não devia fazer aquilo. Era perigoso. 

Mas Sabaku no Temari era rebelde demais para não bater de frente com o perigo.

Hinata apertou ainda mais forte o grosso tecido da manta que usava para se aquecer quando outra rajada de vento bateu contra seu corpo miúdo.

Precisava ficar sozinha e pensar. Era madrugada, qualquer lugar estaria quieto aquela hora, mas queria se afastar nem que seja um pouco do ar pesado da nobreza, e encontrou num banquinho vazio do lado de fora da torre oeste, perto dos criados, o lugar ideal.

Se acomodou o melhor que pode no banco rustico com os ventos frios que anunciavam o inverno batendo-lhe a face. Enquanto sua mente trabalhava.

Ela sempre fora obediente. A filha quieta e tímida que seguia todas as ordens do pai sem pestanejar.

A única pessoa que ela tinha contato regular da sua família era o pai que sempre a visitava durante o seu treinamento em castely rose. Achava que era que era por amor, saudade... mas agora, depois de tudo o que passara percebeu que talvez fosse apenas para garantir que ela continuasse assim. Obediente.

Seu pai a havia usado e manipulado e ainda assim era vista como a culpada por tudo. Como se tivesse mancomunado com tudo o que ele fizera. Parecia que todos no norte só estavam esperando que ela também os traísse.

Estava sozinha ali. Não podia contar com Neji. Temari havia sumido, de novo. E não sabia se podia confiar no rei do norte, nem sabia se ele confiava nela.

Era uma intrusa dentro do seu próprio reino. 

Olhou para cima buscando a luz das lua que sempre a guiou, mas não havia nada, nuvens escuras e carregadas tampavam o satélite de sua família.

Ficara tanto tempo no deserto dos Sabaku que tinha se esquecido como era o inverno no norte. Em alguns dias tudo estaria sobre camadas e mais camadas de neve. Ela sentia falta daquilo.

A escuridão que assolava aquela noite não a deixava ver muito longe mas seus ouvidos treinados captaram o trotar de uma carruagem a alguns metros de distância. Ouviu a movimentação dos homens que guardavam a entrada sul assim como o leve tremular da luz que vinha das chamas de suas tochas acessas. Hinata ficou quieta enquanto observava os homens Naras fazerem seu trabalho e trocarem algumas palavras com o recém-chegado. Um minuto depois a enorme carruagem teve a passagem liberada para passar pelos portões, hinata se esticou no lugar aguçando sua visão para poder ver melhor a figura que se movimentava pelo pátio vindo em sua direção. O quão surpresa ficou quando captou os cabelos dourados do rei que vinha conduzindo a enorme carruagem com seus olhos azuis a observando em curiosidade. Ela provavelmente o olhava da mesma forma.

Naruto levou a carruagem lentamente pelo pátio parando a poucos metros dela, quando surgiu um pequeno e maltrapilho criado com a cara de sono que substituiu o rei na condução da carruagem, para guarda-la adequadamente enquanto o soberano descia da mesma em silêncio observando o sumir com o transporte.

Hinata sabia que ele iria até ela, não havia como fingir que não a havia visto e passar direto. Ela não queria falar, mas não havia como evitar.

—lady Hinata... -Naruto chamou parando enfrente dela. — o que faz aqui fora nessa ventania, especialmente de madrugada?

—Eu estava apenas pensando, mas já estava de saída. -Hinata responde já se levantando, pronta passar pelo loiro, mas esse não se move um centímetro. A Hyuuga levantou seu olhar para o homem que lhe tampava a passagem, Naruto era alto, muito mais alto que ela que era baixinha, e seus músculos diziam que ela não sairia dali se ele não quisesse. Em algumas semanas ela estaria entre aqueles braços musculosos, mas de uma forma que ela não sabia ainda se estava pronta. Mesmo que ele parecesse tentador... 

Porém, os olhos azuis como o mar a fitavam com estranheza, na verdade era quase desconfiança. Ele também não confiava nela. 

Precisava dela, mas não confiava. 

—não se preocupe. Não estou tramando uma rebelião pela sua cabeça ou algo assim. -a morena falou nervosa encarando o rei do norte de igual para igual, mesmo com a diferença de altura entre eles.

Não houve resposta imediata, o que deixava claro que, mesmo que não fosse aquela ideia que ele pensava dela, passara pela cabeça do rei tal situação.

E. aquilo a irritava. —como eu disse, já estou de saída. Se fizer o favor... -ela insinuou sua mão na direção da torre leste, como se o pedisse passagem, mas novamente ele não se moveu.

—me desculpe senhorita. -disse Naruto se afastando um passo para trás lhe concedendo mais espaço, mas antes que a garota iniciasse seu caminho de volta ele continuou. —Não foi minha intenção lhe dar essa impressão.

Hinata dessa vez se aproximou com um pequeno passo de suas pernas, para analisar o rei. Ele parecia sincero em suas desculpas, mas ela não conseguiu distinguir nada em seus olhos azuis mesmo com a proximidade que ela havia novamente criado. Tinha algo diferente nele. Mas não ficaria com dúvidas.

—Você confia em mim? -ela perguntou tirando alguns fios de seu cabelo negro que o vento jogara sobre seu rosto.

Silêncio. Nenhuma resposta foi dita nos segundos seguintes, o rei do norte apenas a encarava em dúvida. Tomando aquilo como uma negativa, Hinata se põem a sair em direção a torre leste decepcionada.

—Eu não sei, não lhe conheço. -a voz grossa do loiro se faz presente fazendo-a parar sua caminhada. —trocamos algumas palavras, mas eu não sei quase nada a seu respeito. Em nome de Gor, até alguns meses atrás nem sabia de sua existência! -Hinata se vira para olhar em sua face enquanto lhe respondia. Ela queria saber se ele falava a verdade e dessa vez os olhos azuis encontravam-se límpidos e claros lhe deixando evidente. Mas mesmo assim ele continuou verbalizando. —Essa é a verdade. Eu simplesmente não lhe conheço para confiar em você.

Era verdade. Eles não se conheciam, eram apenas duas pessoas que foram empurradas para aquela situação. Estava cobrando dele uma coisa que nem ela conseguia naquele momento. Não confiava inteiramente nele, o via apenas como uma pessoa que precisava para proteger o seu povo e nada mais que isso.

Mas precisavam um do outro e se quisessem ter sucesso ao final de seus planos precisariam também ter confiança entre eles.

Hinata voltou a se aproximar do jovem rei decidida, parando de frente para ele. 

—Hinata Hyuuga. -ela fala com a sua mão estendida em um cumprimento. Alguns segundos depois o homem agarra a mão pequena da garota com firmeza mas ao mesmo tempo gentil.

—Naruto Uzumaki. -o loiro devolve o cumprimento selando o acordo implícito. —é uma honra conhecê-la senhorita.

Sorriram um para o outro com seus olhos grudados demonstrando sinceridade. Eles pelo menos tentariam.

Hinata desviou seus olhos dos azuis profundos do rei ao perceber outra movimentação no portão das torres.

Os guardas daquela noite conversavam com alguém que chegava às torres. Aquela era definitivamente uma madrugada agitada.

—quem diabos seria a uma hora dessas? -Naruto questionou ao seu lado. Os dois apertavam os olhos tentando identificar a grande carruagem que passava pelo portão.

Mesmo que Naruto se esforçasse ao máximo e tivesse visão de raio X Hinata ainda seria mais rápida. Afinal ela conhecia melhor que ninguém o esplendoroso brasão de sua família, que vinha cravado na grande carruagem. —É Hyuuga.

Naruto não fazia ideia de quem vinha dentro da bela carruagem que diferente dele viera cercada por diversos guardas a cavalo, dezenas de homens armados e com seus olhos de perola afiados ao menor ataque. 

Ela sabe..? -Naruto pensou se voltando para a morena que observava a carruagem vir na direção deles devagar, o rosto dela der repente fora tomado por seriedade.

Hinata não fora avisada de uma visita de nenhum parente seu, mas sabia bem, apenas pela quantidade de guardas quem eles guardavam ali dentro. Se suas suspeitas estivessem certas, aquilo não era nada bom. Nem para ela é muito menos para o loiro a seu lado.

A carruagem parou enfrente a eles, os guardas ficaram mais atrás enquanto um pequeno cocheiro desceu, devagar e elegante se curvou displicentemente para o rei e abriu a pequena porta com o belo brasão da família Hyuuga. A torre perola no fundo prateado da lua.

Da carruagem saia não só um homem, não só a confirmação das suspeitas de Hinata... Era uma declaração de guerra.

Hiashi estava movimentando as suas peças no tabuleiro.

—outra vitória pra mim! -o pequeno Hyuuga comemorar com sua espadinha de madeira apontada para a garganta do príncipe. —talvez você devesse desistir perdedor...

Um sorriso maldoso nasce nos lábios finos do moreno fazendo o pequeno príncipe grunhido raivoso.

Mas de qualquer forma os dois já sabiam que aquela não seria a última "luta" do dia, Naruto não desistiria, assim como o fez naquele momento empurrando o "inimigo" para o lado o tirando de cima de si, limpou a poeira dá bermuda e pôs-se em posição de luta. E nem Neji pararia, derrubaria o príncipe nas terras de treinamento Hyuuga quantas vezes fosse necessário. Principalmente naquele dia em que os dois rivais tinham plateia. A plateia mais importante para ambos.

É assim recomeçaram a trocar ataques com suas espadas de madeira "mortais".

—A postura e a tática de Neji é excepcional! Logo será um grande cavaleiro do exército Hyuuga. -apontou o rei observando o garoto derrubar novamente seu filho, e novamente o mesmo se levantar.

—Príncipe Naruto também se mostra um valoroso guerreiro. -o gêmeo mais novo dos Hyuuga fala sentando-se ao lado do rei na varanda de sua casa, que como a de todos os membros da família secundário era nos arredores das terras Hyuuga para a proteção da mesma. —Sua garra e determinação são invejáveis.

—Eu sei que Naruto se tornará um grande guerreiro, mas Neji é um gênio! Quantos anos ele possui?

—10. E o seu filho majestade? Claro, se me permite essa pergunta. -o homem completou humildemente.

—9 anos recém-completados. -o rei do norte respondeu. —nove anos de muita teimosia. -ele ri com o Hyuuga a acompanha-lo. —mas é um bom garoto.

Os lordes continuaram a leve conversa regada a vinho e risadas, sempre que vinha à ponta lua passava para visitar o amigo na fronteira com a floresta da luz, era um belo lugar, rodeado de árvores altas, quente e acolhedor, diferente de todo o resto das terras dos homens de olhos de pérolas.

Os homens praticamente esqueceram das crianças brincando no campo aberto, eles poderiam levar aquilo até o anoitecer. Era sempre assim.

Mas assim que executaram a exclamação de vitória costumeira se levantaram para parabenizar o vencedor, mas diferente das outras vezes não avistaram os fios longos e negros de Neji por cima do príncipe o imobilizando, mas sim a cabeleira loira de Naruto que pulou em seguida correndo para o pai e deixando o Hyuuga caído no chão, finalmente derrotado.

—Eu venci! Eu venci! -Naruto gritava e esperneava com um enorme sorriso no rosto juvenil, e Minato sorriu ainda mais ao ver a felicidade do seu garoto ao ganhar a pequena batalha. 

O rei agarrou o pequeno loiro no colo o levantando no ar como uma honraria ao vencedor enquanto Hizashi parabenizava o príncipe.

Neji assistia a tudo atônito, sem entender como diabos ele perdera. Lutara milhares de vezes com o loiro e era sempre a mesma coisa. Como aquilo acontecera?

O Hyuuga mais velho agora apertava a mão do pequeno príncipe em cumprimento a sua vitória. O perdedor havia derrotado o gênio.

Ele poderia rir se alguém lhe contasse aquela história, e não fosse ele a estar vivendo. Aquilo parecia uma piada. 

Mas não foi a risada dele que ouvira, e sim uma baixa, fina e sapeca risada feminina.

Aquilo o despertara, olhou para os adultos que ainda falavam com o loiro sem demonstrar que tivessem ouvido algo. Neji chegou a cogitar que Naruto tivesse batido com muito mais força do que ele possuía e agora estava ouvindo coisas, mas a fina risada voltou a se manifestar, dessa vez acompanhada de um sussurros de "bem feito gênio!"

O jovem menino virou seu rosto rapidamente para a direção de onde vinha a voz, na floresta, e via... Nada além da floresta da luz. 

Ele estava ficando louco?

—Hey cabeludo! Vai ficar aí pra sempre? -atrás dele com o corpo meio escondido pelas folhas de um grande arbusto uma pequena garota de cabelos castanhos fala acompanhada de uma risadinha. Aquela menina estava rindo dele. —Vocês gênios não são de nada, no primeiro soco vocês não levantam mais.

Neji não sabia o que dizer, estava confuso. Quem era ela pra começo de conversa? Que diabos uma menina fazia na floresta? Ele não sabia, mas sabia que seus olhos castanhos brilhavam em deboche, ela o estava chamando de fraco.

—Neji venha para dentro! Vocês já brincaram o suficiente! -Hizashi chamou a atenção do filho.

—já estou indo. -obediente como sempre o menino respondeu mas sem nunca retirar os olhos da morena, e com seus olhos cravados nos castanhos dela, a observou sumir no meio das floresta.

Atônito e sem mexer um músculo até não ter nenhum vestígio dela ali.

(...)

—Neji! Neji! - a voz longínqua chamava seu nome. —acorda! 

Ele conhecia aquela voz, só que imaginou que nunca mais fosse ouvi-la. Imaginou que talvez ainda estivesse sonhando, mas mãos quentes e levemente calejadas da garota balançavam seu corpo de um lado para o outro com certa brusquidão. Tudo muito comum dela

—Tenten... -Neji murmurou sonolento ao se deparar com os olhos castanhos da morena, os mesmos olhos... —o que você..?

De forma quase que não intencional levou sua mão direita ao rosto dá menina como se para se certificar que era ela realmente ali.

—Não há tempo. Você precisa levantar! -diz ela empurrando a mão do Hyuuga para longe o forçando a se sentar na grande cama em que repousava. —seu avô está aqui!

—Meu vô?! Ele está em ponta da lua cuidando das coisas. -Neji esfregando suas mãos em seu rosto tentando se manter desperto.

Olhou para fora da sua janela que ele esquecera aberta, a lua era encoberta por inúmeras nuvens carregadas, aquela era uma noite sombria, na verdade já devia ser madrugada já que ele fora dormir já tarde.

—a quanto tempo você está nas torres? -Ele questiona confuso, a última vez que vira a Mitashi ela não quisera lhe dizer para onde ia, na verdade ela não quisera lhe dizer nada. Ele tinha tantas duvidas... Por que ela tinha que ser tão escorregadia? —Por que não me procurou? Por que sumiu? 

—Te procurei hoje. -Tenten responde ignorando a última pergunta. —eu não estou brincando Neji. Hitori acabou de passar pelos portões das torres.

—O que ele iria querer aqui? 

—Eu não sei. Caso você não se lembre eu e Hitori nunca fomos melhores amigos. -ela ironiza nervosa. —mas eu sei que se ele está aqui teremos problemas. Todos terão. Perto de Hitori o seu tio Hiashi é um santo!

Neji ouvia quieto e pensativo, conhecia o avô e sabia que se ele se dera o trabalho de descer da ponta da lua para vir até às torres, ele tramava algo, e tinha o pressentimento de que era pior do que Tenten imaginava, Hiashi devia estar envolvido com a visita do patriarca dos Hyuugas. Precisava encontrar Naruto.

—me ajude a colocar uma roupa. -Neji fala arrancando o lençol que o cobria revelando toda a sua nudez.

—pelos deuses! -Tenten exclamou virando seu rosto para o lado oposto.

—Sério Tenten? Não à nada aqui que você já não tenha visto. -ele ironizou enquanto Tenten se levanta praguejando baixinho a insolência do homem enquanto procurava alguma coisa para cobri-lo e eles pudessem sair logo.

A morena sabia que ficar muito tempo sozinha com Neji acabaria levando-os a perguntas que ela não queria responder, e nem descobrir as respostas de outras.

Encontrou uma bermuda de algodão e jogou para o Hyuuga se mantendo de costas teimosamente, ela pode ouvir Neji bufando com a sua atitude, assim como, o tecido resvalando pelo corpo do moreno enquanto o vestia com dificuldade, afinal ele ainda estava em recuperação, sua perna ainda estava um caco. 

—Pronto, vamos. -o Hyuuga chama esticando seu braço na direção da morena, que se vira para ele, a chamando para se juntar a ele, mas a menina apenas o olha com uma sobrancelha levantada em um questionamento mudo. Com isso, o homem se levanta bufando. —Em primeiro lugar eu estou com a perna ferrada e preciso me apoiar em alguém para chegar ao meu avô e descobrir que diabos ele esta fazendo aqui. E em segundo... -ele da um pequeno pulo com a perna boa passando seu braço pelos ombros da Mitashi possesivamente. —Você não vai fugir Tenten. Nós vamos conversar.

—Então... Lorde, guerreiro e gênio... O que mais? -Temari pergunta ainda com seus braços entrelaçados nos de Shikamaru enquanto subiam outra das escadas que os levavam ao topo das torres onde ficava o quarto de Hinata e também do lorde daquele lugar.

—o que mais haveria para saber?

—Sempre a mais para saber. - ela retruca. —E então..?

—Eu acho que vou ficar com a mesma tática que usou mais cedo. "Vai me contar mais sobre si mesma?" -o lorde pergunta com um pequeno sorriso a voltar contra ela a própria resposta quando ele lhe questionara o que fazia fora das torres. A loira apenas ficou em silêncio assim como ele ficara, e tomando aquilo como resposta ele sorri se voltando para as longas paredes de pedra de sua casa.

Pisaram novamente sobre um degrau, voltando a subir outras escadas, a altura das torres as vezes incomodava um preguiçoso como Shikamaru, mas sabia que era necessário. 

E ainda mais, eles já estavam chegando ao seu destino.

Temari, seguindo o exemplo de seu acompanhante se volta para a parede ao lado, as janelas davam para o rio de Jade e a margem onde estavam os Uchihas, aquela escada era estreita, tanto que as vezes ela raspava seu braço na parede fria mesmo que os dois andassem com a lateral de seus corpos quase colados. Era também bem inclinada e assim ia ficando cada vez mais, quanto mais alto eles subiam e iam para um outro andar, só tinha um lugar em todo o mundo conhecido que possuía torres mais altas que a dos Naras, na ponta da lua dos Hyuugas, o castelo deles não tinha o nome a toa, diziam que a ponta da torre de perola chegava a tocar a lua de tão alta, e também diziam que fora construída exatamente com o propósito de ser maior que a dos Naras numa demonstração de poder. Picuinhas a parte, apesar de mais alta, a torre dos Nara tinha algo que os Hyuugas não tinha, algo que ela só percebera naquele momento.

Soltou uma exclamação divertida, parando der repente. —Fizeram de propósito?

—o que? -Shikamaru questionou se voltando para a menina um degrau acima de onde ela parara, ficando ainda mais alto que ela.

—Isso. -ela fala batendo seu braço direito contra a parede de pedra, era seu braço bom, seu braço de luta, como o da maioria dos homens que lutavam com uma espada.

Genial.

—Então você percebeu? -Shikamaru solta uma pequena exclamação impressionado, não eram muitos os que percebiam aquilo. Não até tentarem lutar entre suas paredes, quando já era tarde demais. —Sim, isso foi pensado pelo meu ancestral Shikano, na era dos reis quando todas as grandes casas que ainda se intitulavam reinos começaram a construir seus palácios, enormes, grandiosos e belos... Mas nós Naras nunca fomos o seres mais vaidosos do mundo, então não construímos um castelo. Construímos paredes grossas e seguras, e assim foi construído tudo aqui, para a segurança de nossa família. Nossas quatro torres principais não são tão altas por beleza ou vaidade, o segredo são as escadas que usamos para chegar ao topo, elas são construídas em espiral e giram no sentido horário justamente para complicar a vida de qualquer invasor: quem sobe a escada fica com os movimentos do braço direito prejudicados pela parede central da escada, e não teria espaço para golpear com a espada. Assim como você agora. -o Nara desce ficando no mesmo degrau que a loira pegando o fino braço da menina e olhando o pequeno vermelho que ficara em sua pele branca com os bates que ela dera. —Já nós, os defensores do castelo teríamos uma posição vantajosa, acertando os inimigos de baixo pra cima, e com espaço suficiente do lado direito pra dar força ao golpe! A não ser que o castelo fosse atacado por um batalhão de canhotos... -ele solta uma pequena risada engasgada se aproximando ainda mais da garota. Nas batalhas a parede central servia para atrapalhar os inimigos, mas naquele momento servia ao seu lorde de outra maneira, era o encostos da loira que se encontrava prensada entre a parede e ele. —Mas ai também temos outros truques...

—que truques? -Temari murmura debilmente com a proximidade do homem.

como foi que eles acabaram daquela forma? -ela não se lembrava, mas era bom...

Com a pergunta um sorriso sacana nasce nos lábios finos do moreno que se aproxima ainda mais da bela garota, ele queria beija-la. Era só nisso que ele pensava naquele momento.

A respirações quentes batiam uma contra a outra com seus olhos dançando entre seus olhos e suas bocas desejosas. Shikamaru segurou a cintura fina de Temari a puxando mais para perto, colando seus corpos, a garota absorta na sensação das mãos e calejadas do lorde dançando pelo contorno de seu corpo não esboça nenhuma reação contraria. O Nara apaixonado pelo corpo da menina se mantém na dança quieta, seus corpo se atraiam como imãs, fundou seu rosto contra a curva do pescoço da loira deixando alguns beijos e mordidas quentes. Sem palavras. Eles não precisavam daquilo. Palavras não iam conseguir traduzir o quão intenso era aquele momento. Eles só precisavam ter seus lábio grudados um contra o outro, e nada mais importava. 

Seguindo finalmente sua vontade, o Nara se desgruda do pescoço quente do garota se aproximando do seu objetivo final, os lábios rosados e ofegantes que ele necessitava provar. Lento e quieto em contraste a loira ofegante e inquieta ele se aproximou o suficiente apenas para sentir a textura suave dos lábios quentes de Temari, tinha gosto de céu. Ele precisa de mais, muito mais. Decido a sorver mais daquele mel puxou o rosto da loira grudando suas bocas com vontade e desejo.

pelos deuses!

Pena que só durara um segundo, no momento seguinte sentiu o braços que antes o abraçavam o empurrar para trás com força fazendo-o bater contra a prede contraria. Desnorteado o jovem lorde se volta para perguntar a loira o que diabos dera nela, mas antes o fizesse escutou uma fina exclamação vinda do alto das escadas.

—Puta que pariu! -Tenten e Neji vinham descendo as escadas com o moreno sendo amparado pela garota. 

—Temari? -a voz doce de Hinata chamou agora nervosa, a jovem herdeira dos Hyuugas vinha subindo as escadas junto com um Naruto e Hitori Hyuuga que tinha a sua pose de arrogante de sempre. Como se não ligasse para a cena deles.

Shikamaru esperava a chegada do ancião dos Hyuugas, sabia que Hiashi não ficaria parado, mas com certeza não o esperava naquele momento!

Agora não havia nenhuma vantagem nas escadas para o jovem lorde, não importava de onde viriam os ataques, eles estavam ferrados de qualquer forma.

Como era aquela frase..? Sorte no amor, azar... Quem se importa?

Shikamaru Nara estava com azar nos dois.


Notas Finais


Apresento a vcs a regina gorge da fic, também conhecido como Hitori Hyuuga! As outras três são só os zangões dela kkkk

Tenten e Neji tem uma história ( ͡° ͜ʖ ͡°) e é outra parte misteriosa do passado dessa menina... Mas o Neji vai pressionar ela pra gente 👏👏
Naruto e Hinata vão tentar se conhecer e ser amiguinhos, mas isso dura até quando? As coisas entre eles vão acelerar nessa nova fase que vem...
O Shikamaru quer pegar a Temari. Ele quer pra caralho! ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Não. Ele não esta apaixonado pela nossa princesa rebelde, mas como já dizia o pensador contemporaneo Ed Sheeran "i'm in love with your body"🎶

Enfim,espero que tenham curtido o cap e até mais 😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...