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História The Empire Of War - Queima de arquivo


Escrita por: Kallberg

Notas do Autor


Esse é o nosso novo mapa, mais bonitinho e atualizado 😉

Capítulo 22 - Queima de arquivo


Fanfic / Fanfiction The Empire Of War - Queima de arquivo

 

Rei do antigo império shinnobi, Rasa observava as labaredas do fogo aceso em sua lareira, as chamas que dançavam incansáveis destruindo tudo em seu caminho; o fogo era instigante e poderoso, mas ainda assim tinha suas fraquezas, um pouco de água ali e elas se apagavam. 

Era por isso que ele não era o fogo. 

Ele era o ouro, assim como eram conhecidas as areias do deserto que cercava seu palácio. As areias de ouro eram famosas, belas e o mais importante... Eram indestrutíveis. Não importavam as tempestades, o vento, o sol ou chuva... Elas continuavam ali. 

Da mesma forma, não importa o que seus inimigos fizessem ele resistiria assim como o seu ouro, porém assim como o fogo mataria todos que estivessem em seu caminho. Todos. 

Todos aqueles malditos traidores. 

—meu rei. -Dazou se apresenta se curvando perante o soberano. 

—meu rei. -Baki faz da mesma forma logo atrás. —nos convocou, vossa graça... Por qual motivo? 

Rasa que continuava de costas para os conselheiros e de frente para as chamas crispa os lábios antes de falar. —e desde quando preciso de motivos? Eu sou o rei. Vocês só obedecem sem questionar. 

Mesmo de costas os homens puderam sentir a rispidez na voz do Sabaku e se encolheram, Rasa não era conhecido por relevar nada, um homem poderia ir para a forca por muito menos dependendo do humor do soberano. O enorme salão do trono ficou em silêncio, nenhum dos dois se atreveu a interferir novamente apenas acompanhavam com os olhos a movimentação do rei que pegou no apoio acima da lareira alguns papeis. 

—sabem quem me enviou essas cartas. -o rei questionou com seus olhos grudados nos papeis levemente amassados 

—o primeiro selo é difícil não ver vossa graça.  -Danzou toma a frente. —o brasão Hyuuga se destaca bem no selo rompido. Então ouso arriscar que seu remetente é um Hyuuga. 

O rei assente os respondendo. 

—Hitori Hyuuga, um velho conhecido, me enviou essa carta a algumas semanas. -levanta o pequeno papel amarelado que viera dentro do envelope violado. —em suas duas linhas Hitori me descreve uma informação que vocês dois inúteis deveriam saber. -o rei diz pondo o papel contra o fogo o queimando enquanto os conselheiros assistiam intrigados. —minha querida filha esta no norte, tramando contra meu nome. 

—Temari? -Baki questiona alarmado. 

—sim. -Rasa responde simplesmente se virando finalmente para os dois homens. —Também recebi esta outra carta. - leva a segunda ao fogo assim como fizera com a primeira, mas diferente do brasão famigerado dos Hyuuga, aquele eles não conheciam. —essa de alguém que não lhes diz respeito, traz duas importantes informações: uma que o pequeno monstrinho Gaara realmente esta vivo e no norte também... Malditos nortenhos! -era claro o desprezo do homem tanto pelo filho mais novo quanto pelos homens do antigo reino de Konoha. —mas não se preocupem, já tenho alguém resolvendo os problemas tanto da minha princesa quanto o do monstrinho. -sorri diabolicamente se voltando para os homens. —e a segunda informação... -ele anda displicentemente na direção dos conselheiros enquanto sinalizava para que os guardas fechassem as portas do grande salão. os homens olhavam o movimentação assustados. —um conselheiro real estava a trair seu rei. -foram 5 segundos do mais absoluto silêncio, os dois conselheiros engolindo em seco perante a imagem furiosa do rei das terras secas. —Quem é? Quem é o filho da puta?! -Rasa bradou, pela primeira vez alterando o tom da sua voz naquele dia, era realmente estranho que tivesse demorado tanto. —pensei ter me livrado dos traidores no conselho quando matei Tenki. -se aproximou dos homens assustados que agora era seguros por guardas. —mas aqui estamos. Vocês são 2, e um é o traidor. Vocês sabem o que vou fazer com o traidor certo? -o rei se aproximo dos rostos assustados sussurrando. 

—meu rei! -Baki exclamou nervoso. —Pelos deuses! clemência! Não pode nos matar simplesmente por que uma carta de um desconhecido diz que o traímos... Por favor... 

—acha que eu sou idiota?! -o rei bradou e Baki virou seu rosto intimidado. —Eu sei que ha um traidor em minha casa. E sei como descobrir quem é. Vamos jogar um joguinho. 

Acenou para os guardas que agarraram os conselheiros por trás pondo suas espadas contra as gargantas doa homens. 

—O jogo é o seguinte... Eu vou deixar essa pequena ampulheta aqui. -diz ele deixando o objeto no apoio da lareira.—Vocês tem até que  o ultimo grão de areia caia para me apontar o traidor com provas, ou assumir sua culpa, prometo que serei misericordioso se tiver a coragem de se apresentar. -nem um dos dois acreditou naquela clemência. —Porém, se nada for dito nesse tempo meus homens cortam as gargantas de ambos. De qualquer forma o traidor será eliminado. -a voz do rei saia macabra fazendo-os ter arrepios.—Então, vamos começar 

Rasa da novamente as costas para os homens andando pelo salão durante alguns segundos de silêncio. Os homens se tremiam e tentavam encontrar uma brecha mas nada saia por suas bocas. 

—nada? Tem certeza? Já se passaram uns 5 segundos... Agora 8 e 9... E 10... 

—por favor vossa graça, isso é insano, não pode matar um conselheiro real por uma acusação vazia de traição. -Danzou tentou usar a voz da razão convencer o soberano como sempre fazia, mas o rei se vira para ele furioso. 

—por que não? Já fiz isso antes com Tenki com você ao meu lado inclusive. -Danzou engoliu em seco. - Você não questionou a denuncia de traição dele... 

—por que ele era realmente um traidor. 

—exato. E estou fazendo isso porque um de vocês é realmente a porta de um traidor. -os gritos do rei já estavam mais agudos que o normal. 

Danzou se enrijeceu por completo observando algo nas costas do rei, este se virou para entender a reação do homem e rapidamente o fez. A ampulheta estava vazia. 

Acabou o tempo. 

Uma gota de suor escorreu pelo rosto dos dois conselheiros enquanto o rei se voltava novamente para eles. 

Rasa passou pelo rosto de Danzou com a face dura observando cada reação do seu braço direito, ele estava nervoso e seu rosto suava como se fosse uma cachoeira, mas se manteve quieto aguardando a sentença com honra. Rasa apenas ergue o queixo como sinal de aviso antes de continuar em frente observando agora o segundo conselheiro. 

—você é realmente um grande covarde, Baki. -o rei sussurrou assim que pôs os olhos no homem tremulo que havia se mijado de medo. 

—vossa graça... 

—Cale a boca. -Rasa interrompe fazendo-o engolir em seco. —Já basta ter mijado no meu chão, não precisa despejar as suas bostas também. -deu uma pausa como se desafiasse o velho conselheiro a dizer algo, mas diante do completo desespero do homem apenas continua. —você estava lá. No dia que mandei assassinar Karura e o pequeno demoninho. Eu te mandei, estava esperando que tentasse salva-la e então os soldados te matariam, mas não. Você ficou lá, parado, assistindo a morte da única mulher que já lhe tratou bem na vida. Karura viu um potencial em você, era inteligente e astuto. Te trouxe para o castelo e com o tempo você se tornou um de meus conselheiros mais próximos. Karura era sua amiga, sua rainha, seu amor... E você a deixou morrer por que você foi covarde demais para fazer alguma coisa. -o rei falava enquanto Baki balançava a cabeça de um lado pro outro em negação, as lagrimas já saiam de seu rosto sem pudor. Era como uma confissão involuntária. —você o fez Baki. Você ficou assistindo enquanto o corpo dela afundava no rio de jade, sem coragem para pular nas aguas geladas e perigosas para salva-la. -cada palavra do rei era uma facada como se o forçasse a reviver aquela cena um bilhão de vezes. —Então entra em cena alguém corajoso e bravo que pula no rio sem excitar! -exclamou com falsa animação. —Minato Namikaze pulou no rio e conseguiu lutar contra a corrente pesada, as aguas geladas e agitadas e salvar uma pessoa. Minato subiu a superfície trazendo com ele um pedaço de merda ruivo! -a voz dele foi se alterando a cada palavra. —enquanto ele trabalha para tirar a agua dos pulmões do garoto você assistiu até que ele o viu. Minato te viu observando... E só isso. Ele te pediu ajuda já que você tinha conhecimentos médicos. Nesse dia você passou a ser o protetor do mini demoninho. E um traidor. 

—Não meu rei... Eu não... Eu juro que não... Não fui eu... -Baki balbuciava aterrorizado, sabia como acabava aquela conversa. 

—Você sabia Baki. Você ia visitar aquela aberração e depois voltava pra o meu teto como se nada tivesse acontecido. Tudo isso quando deveria mata-lo. Você é um maldito traidor! -o soberano bradou se aproximando em fúria do aterrorizado conselheiro, mas para der repente. —covarde nojento. -murmurou balançando seu pé molhado por pisar na poça de mijo. 

Baki respirou aliviado quando o soberano se afastou andando de um lado para o outro. 

—Você sabe quem é, não é mesmo? -questionou se virando novamente para o conselheiro. —quem escreveu a carta. Quem me contou detalhe por detalhe o que aconteceu... Quem apareceu minutos depois fingindo não ver nada. Quem te odiaria até o seu ultimo suspiro por ter deixado Karura morrer. Você sabe Baki... Eu sei que sabe... 

Baki balançou a cabeça assentindo, se lembrava de quem chegará depois naquele dia. E sabia que um dia lhe cobraria por aquele pecado. Já Danzou apenas assistia a cena nervoso, ele também sabia quem escrevera a carta, fizera a mesma jogada com ele semanas atrás. Poderia estar na mesma situação se não fosse mais esperto que Baki. E Tenki que acabou pagando por tudo. 

Baki tremeu com o rosto de seu acusador vindo na mente. É claro que ele sabia, mas já nem tinha mais forças para dize-lo em voz alta, já nem tinha forças para chorar. Só esperava que Rasa acabasse logo com aquilo. 

—Eu sou culpado. Eu sou culpado. -ele repetiu cansado enquanto Rasa sorria em contemplação por ter conseguido a confissão. —por favor acabe logo com isso. Me mate. Me mate! 

O rei balançou a cabeça de um lado para o outro em negação, o sorriso maldoso quase lhe rasgava a cara enquanto se aproximava —matar? Que tipo de monstro acha que eu sou? -a ironia quase transbordava em suas palavras. -Não planejo te matar Baki, mas o que eu faço com você? O que eu faço com um covarde traidor..? 

♜ 

Sakura coloca o chá quente na xicara de Tsunade com cuidado, a mulher agradece e leva a boca o liquido enquanto a sobrinha serve uma a si mesma. 

—então tia, o que queria falar comigo? -Sakura questiona se sentando na outra extremidade da mesa. 

Tsunade não responde de imediato apenas continua a bebericar seu chá enquanto Sakura aguarda. 

—Eu sei o que esta aprontando Sakura.  -a meistre começa observando a enteada ficar tensa em seu acento. —sei que esta no meio de um plano maluco com Sasuke e Kankuro. 

Sakura suspira nervosa. 

—Tia, eu posso explicar... 

—duvido que possa querida. -a meistre interrompe a tentativa de defesa da rosada que engole em seco. —mas também não precisa. Se observarmos bem o meu histórico, fui eu que lhe influenciei a esta rebeldia. Eu te entendo Sakura, mais do que qualquer pessoa. Eu entendo que queira se vingar de Fugaku, ele já lhe fez tão mal, mesmo eu dando o meu melhor para lhe proteger. 

—Não precisa mais me proteger, tia. -diz a Haruno com firmeza. —posso cuidar de mim mesma. Posso vencer minhas próprias batalhas. Eu juro que vou fazer Fugaku pagar. 

Tsunade sorri pequeno se servindo de mais chá, mesmo que as altas montanhas que cercavam o norte os protegesse e ao sul nunca fosse tão frio como no norte ainda assim o inverno castigava forte naquela noite. 

—pequena criança... -ela murmura. —Você não pode parar Fugaku. Nem sei se alguém poderia. 

—Você pode! -Sakura exclama exasperada se inclinando na mesa e encarando a Senju. —Eu sei que o unico motivo de eu estar viva hoje é por que você tem Fugaku na palma da mão! Você sabe algo que pode virar esse jogo e eu preciso saber o que é. 

Tsunade suspira negando. 

—Não é assim que as coisas funcionam minha querida. 

—É claro que é! -Sakura exclama espalmando suas mãos contra a mesa num baque. —Fugaku é um monstro! Ele mata pessoas como se fossem insetos, brinca com vidas inocentes, o meu bebe era inocente! Alguém tem que para-lo! Eu vou para-lo. 

Sakura respirava rápido e curto, ela estava quase explodindo, todo o rancor que guardara todos aqueles anos estavam eclodindo de uma vez. 

Tsunade apenas para encarando a enteada de volta, tudo o que vira Sakura fazer nos últimos meses quando não estava naquele estado de piloto automático era se lamuriar, chorar e culpar Sasuke por tudo o que havia acontecido. Ver ela ali, agindo, mesmo que tudo que  a motivasse fosse ódio era reconfortante. Queria dizer que ela estava superando, que aquela depressão profunda que se instalara desde o dia do casamento poderia ser superada, que ela ainda sentia alguma coisa. 

Nada a deixaria mais feliz do que ver Sakura feliz novamente. 

A meistre se levanta pegando sua bolsa de couro e de lá retirando alguns papeis enrolados. —pegue. -estende para Sakura. —são as respostas que você procura. E mais algumas coisas que irá precisar -a rosada agarra os papéis começando a romper o lacre, mas Tsunade segura suas mãos a parando. —Abra apenas quando estiver longe de Fugaku. Muito longe. 

Sakura franze o cenho confusa com o pedido, mas apenas assente. 

—assim que você ler a primeira linha desses papéis você vai ser o maior alvo de Fugaku e nós sabemos que mais cedo ou mais tarde todos os que estão na lista de Fugaku morrem. Todos. 

—até que alguém o mate primeiro.  -Sakura responde séria, estava decidida a levar aquilo até o fim. 

—entendo... -é a única coisa que Tsunade diz por um tempo, o silêncio se prolongou por alguns segundos até que ela volta a se pronunciar abrindo a janela e deixando o vento frio entrar. —esta ouvindo isso? 

Sakura ergue uma sobrancelha sem entender de que ela falava se pondo ao lado da tia na janela. A Senju sorri, era claro que ela não sabia, as vezes se esquecia que a enteada não tinha o treinamento que tinha. Mas ela como ex-arquimeistre de Castely Rose nunca deixaria nem mesmo o mais longínquo ruído lhe passar despercebido. 

—os navios chegaram. -ela diz com seus olhos colados no horizonte branco pela neve. —esse ruído é com certeza da rainha, é um navio grande demais. Meu irmão também deve ter mandado os nossos navios, e se o que desconfio for verdade até a frota Hyuuga estará ai. Logo vai começar. 

—eu preciso ir. Esta na hora de... -Sakura se apruma tentando achar alguma desculpa para sair, Kankuro dissera que deveriam se encontrar antes de tudo. 

—eu sei. -tsunade interrompe. —Tenho orgulho de você, Sakura. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Aconteça o que acontecer sei que vai fazer a coisa certa. -ela olhou nos olhos verdes e confusos da rosada antes de sorrir se afastando novamente. —agora vá. Você tem uma missão a cumprir. 

Sem entender direito o que a tia dizia a rosada paga sua capa e sai da cabana. 

Tsunade volta a janela, observa a enteada até que ela sumisse na fina neve que caia e em seguida se vira para o norte. 

—É bom terem um bom plano. As coisas vão ficar feias. 

♜ 
  
Itachi observava o liquido viscoso escorrendo pelo túnel, Lee e Ino vinham ao seu lado fazendo o mesmo. 

Os tuneis das torres tinham duas saídas, uma na cidade branca próxima aos Naras e a outra na boca do rio de Jade. Os civis que ainda estavam nas torres eram levados pelos tuneis até o comboio na cidade e de lá partiriam seguros e longe dos Hyuuga. Tinha que admitir o Nara era um gênio. Ele tirava proveito de tudo, só pelo cheiro reconhecia aquele liquido no túnel. Era um plano arriscado, mas ao mesmo tempo genial. 

—é aqui que nos separamos. -Itachi diz chamando atenção de Lee e Ino. 

—como assim? -Ino pergunta. —para onde você pensa que vai? 

—tenho negócios a tratar aqui. 

Lee apenas assente pondo-se a andar novamente, mas Ino insiste. 

—você ainda é prisioneiro do norte. Não pode simplesmente... 

—vamos Ino o comboio já deve estar saindo. -Lee segura levemente o braço fino da loira a puxando de volta, e esta lhe lança um olhar raivoso. —deixe ele, eu sei que ele tem motivos nobres para ficar. Confie em mim. 

—eu confio em você. -ela diz seria. —mas não confio nele. 

—ele salvou a sua vida. 

—isso não o impede de... -Ino para sua argumentação der repente olhando ao redor e encontrando o túnel vazio 

Ela estava abismada e Lee apenas sorriu se divertindo. O Uchiha era um bastardo cheio de surpresas. —podemos continuar? 

(...) 

Jiraya observou os últimos soldados saírem dos tuneis em direção ao segundo andar, o trabalho deles ali já estava feito, só precisavam esperar a hora certa. 

—Já faz um bom tempo, mestre Jiraya. -uma voz ele não escutava a tempos chamou fazendo-o se virar rapidamente. Itachi Uchiha, mais magro e com certeza mais fraco andava em sua direção. —devo dizer desde o fatídico  casamento de meu irmão e Sakura... 

—acredito que esteja certo... 

—É realmente uma vergonha que não tenha ido me visitar em minha masmorra. -Itachi começou com um sorriso irônico. - Logo você meu velho amigo. 

—quando te procurei meu amigo, depois dos terríveis acontecimentos nas festividades do casamento você não me recebeu. Talvez por temer me revelar algo... -Jiraya devolveu da mesma forma. 

Itachi apenas acenou em concordância, os dois estavam jogando antes e agora, talvez em lados diferentes, talvez pelo mesmo lado, ou ainda por lado nenhum. —ha fardos que um homem tem que carregar sozinho. -Itachi suspira se escorando nas paredes do túnel. —Então, estão trabalhando com pessoas do sul? -diz apontando para o fim do túnel que saia no rio de jade. 

Ele estava claramente mudando de assunto. 

—sim, seu irmão esta no meio. -Itachi ergue uma sobrancelha com a mova informação. —ele acredita que pode te salvar dessa maneira. E Kakashi, Sakura e Kankuro. 

—Kankuro? Um sangue do império? -diz desacreditado. —o que você contou a Kankuro que o fez mudar de lado? -Itachi questiona desconfiado. Jiraya da de ombros como se não fosse com ele, mas o Uchiha insiste. —qual é mestre Jiraya? Sabemos que você sabe muito, você guarda os segredos mais antigos de todo o reino e sabemos que o rei tem muitos. Você com certeza é o responsável pela mudança abrupta do orgulhoso Kankuro. 

Jiraya suspira era difícil esconder algo de Itachi. 

—Não disse nada demais. Apenas mandei um simples carta que o alertava de que nem tudo o que ele acreditava era verdade. Principalmente quando saíram da boca de seu pai. - diz e Itachi assente, confiar no rei era um erro, mas sendo Kankuro criado pelo homem aquilo deveria ser algo natural. —eu acredito comandante Uchiha, que filhos não tem que pagar pelos erros dos pais. O sangue do império é mais que Rasa, essas crianças merecem a chance de trilhar seu próprio caminho. 

—concordo. -Itachi diz se desgrudando da húmida parede. —é uma pena que Sasuke teve que pagar pelo do pai. 

Jiraya se vira olhando para luz no fim do túnel. —quem imaginaria que Fugaku iria tão longe... 

Itachi solta um riso curto tombando em ironia. 

—Você imaginava. E eu sabia. -o Uchiha diz olhando para o mesmo local que o velho mestre, o barco que esperavam pontou no horizonte. —você não pôde fazer nada, mas eu pude. Eu posso. 

—o que vai fazer Itachi? -Jiraya suspira indo direto ao ponto, estava cansado de joguinhos. 

—hoje Sasuke vai iniciar uma nova missão, ele vai pra longe do meu pai. -ele diz com seus olhos presos no rio. —já é hora de livrar o meu irmão de um fardo que a muito ele carrega. -se vira levemente para o mais velho. —É hora de contarmos a verdade mestre Jiraya. Toda a verdade. 

♜ 

Sakura andava praticamente correndo pelo acampamento Uchiha, não havia ninguém do lado de fora das barracas, a neve que caia os fazia se encolher no interior de suas cabanas, a maioria dos soldados eram Senju e do império que quase não tinham contato com o inverno, ali praticamente na beira do rio de Jade era o pico do inverno sulista. A neve estava ainda caindo fina daquele lado do rio, as montanhas que cercavam o norte não só mantinha invasores longe como também mantinha boa parte dos ventos frios do inverno nortenho por lá, tornando o inverno sulista muito mais ameno, tanto que ele nunca chegou ao extremo sul dos Sabaku que se isolavam no deserto. Naquela época do ano era ao sul que aquela barreira geográfica servia. 

Sakura apertou mais sua capa ao redor do corpo, no norte ou não ela ainda sentia frio. Sasuke e os outros deviam estar a esperando, o combinado era antes do primeiro navio se encontrarem. Ela precisava correr. 

—Sakura! -Sasori a chamava com um pequeno sorriso acenando com uma mão. Ela parou meio receosa, não tinha tempo e ele nem deveria estar ali. 

—Sasori... Eu sinto muito mas não posso ficar. Tenho que... 

—se encontrar com aquela trupe e rouba a rainha. -Sasori completou e Sakura estancou em seu lugar. 

—como você..? 

—como sei? É simples. Você não é a única invisível que se esgueira pelos cantos para conseguir as coisas. -diz se referindo aos mapas que ela roubara de Fugaku. Sasori retira de sua capa uma pequena adaga se aproximando de Sakura que recuava a cada passo que ele dava. —Você esta panejando roubar o império e eu como sangue do império devo executa-la por isso. 

Em seguida ele ergue sua mão e em fúria corre em direção a rosada. 

Porém, uma longa espada prateada o intercepta antes de chegar a garota e num brusco movimento o força a recuar. 

Sasori se vira novamente, não mais visualizando Sakura mais sim Kankuro que se mantinha a frente dela com sua espada erguida para ele. —Você não é um sangue do império, bastardo! 

—irmão...  -Sasori sorri se levantando. —ainda não entendi por que se virou contra nosso pai, mas lhe aconselho que saia. Sua vida não vale a morte dessa traidorazinha. 

—Achei que éramos amigos... Como eu não percebi sua loucura todo esse tempo? -Sakura sussurra chocada. 

—por que você é estupida, Sakura. Se acha esperta, mas é uma garotinha tola. 

A voz de Sasori destilava veneno assim como suas poções, ele queria machuca-la.  

—Você é um filho da puta falso! -a Haruno exclama indignada, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa impensada Kankuro interfere. 

—Vá embora Sakura. Eu cuido disso. -Kankuro diz para a rosada atrás de si. —vá até Sasuke e Kakashi na beira do rio, encontro com vocês depois. 

—Não pode lutar sozinho contra Sasori! É perigoso. -Sakura interfere preocupada. 

—é claro que posso. Isso daqui termina em um minuto. -Kankuro garante. —agora vá. Não temos muito tempo até a chegado da rainha. -apesar da ordem do guarda real Sakura se mantem estancada atrás dele indecisa. —Estou contando com você para fazer Kakashi e Sasuke chagarem a rainha. Agora vá! 

Como se apertasse o botão "on" Sakura pulou em seu lugar assentindo e se pondo a andar na direção do rio. 

No mesmo momento Sasori se põem a correr até ela a atacando. —Não pense que pode fugir do sangue do império Sakura! 

Mas mais uma vez seu ataque é interceptado por Kankuro. —já falei que você não é um sangue do império! -com pura força o Sabaku força a espada do ruivo para trás o empurrando de volta enquanto Sakura sumia de suas vistas. —melhor sacar uma espada de verdade bastardo, se não vou partir isso no meio. 

Sasori limpa o suor de sua testa, aquilo absolutamente não era por calor já que a neve caia sobre suas cabeças, nem por estar se movimentando, ele mal fizera dois movimentos. Aquele suor era de preocupação pois Sasori sabia que não era páreo para Kankuro, o Sabaku não era o comandante da guarda real a toa. Tinha que jogar com todas as suas cartas se quisesse vencer. 

Kankuro ainda o encarava aguardando alguma reação, um ataque desmedido ou uma boa espada de combate no interior de sua capa, mas Sasori não era um cara de lutas então ao invés da espada, que Kankuro esperava quando enfiou sua mão no interior de sua capa negra, ele pegou um punhado de um pó branco, e pegando Kankuro de surpresa o joga contra o rosto do guarda real que fecha seus olhos com força ao perceber o ataque inusitado, mas já era tarde de mais, seus reflexos não eram tão rápidos quanto o pó leve. 

—mais que merda! -Kankuro grunhi esfregando seus olhos que ardiam como o inferno. 

—esse é pó é uma de minhas criações. -Sasori diz com a face orgulhosa. —ele deixa o oponente cego temporariamente, me dando espaço para atacar de qualquer lugar. 

—Você não luta com honra! -Kankuro acusa irado atacando com sua espada o ar. 

—honra nunca manteu ninguém vivo. -Sasori rebate se aproximando sorrateiramente de Kankuro que para seus ataques escutando seu discurso. —Principalmente alguém como eu... Você esta certo kankuro sou um bastardo, não tenho terras nem nunca tive treinamento militar, jogo como posso para sobreviver. Não tenho os benefícios de um lorde para me dar ao luxo de lutar com honra. É por isso que te vencerei aqui, por isso serei o ultimo sangue do império vivo... Por que eu sei jogar com as cartas que tenho! -Exclamou antes de empurrar sua espada contra Kankuro num ataque dali seria fatal. 

Contudo, sua espada passa no vácuo deixando apenas um arranhão no ombro do Sabaku pois esse se abaixou antes de ser verdadeiramente atingido surpreendendo Sasori, que o considerava vencido pela cegueira. Num rápido giro Kankuro acerta as costelas do bastardo com sua espada fazendo o urrar e cair na neve manchando-a com seu sangue. —Você tem passos pesados, bastardo. 

Sasori tinha a espada de Kankuro tão firmemente contra seu pescoço que chegava a escorrer sangue por ele, Kankuro não estava brincando. —Você esta aqui a mando do meu pai, me diga quais foram as ordens dele. -era uma ordem. 

—diferente de você irmão eu não traio família. -Sasori provocou, aquela seria a única resposta que sairia de sua boca. 

—bom que você não é minha família, então. -Kankuro dispara. —Você vai morrer por... -Kankuro iniciou sua sentença, mas parou der repente sentindo uma fisgada no peito, em seguida outra mais forte que o faz retrair grunhindo de dor. A terceira veio o fazendo cair ajoelhado de dor na neve fria. —o que... esta... acontecendo..? 

—você deveria se lembrar irmão que sou o mestre dos venenos. -Sasori diz se levantando com dificuldade pelo ferimento de suas costelas. —minha adaga estava impregnada com veneno. Não se preocupe, eu não vou mata-lo agora irmão. -Sasori sussurrou com um sorriso sádico. —Você não é o sangue do império que devo exterminar.  Mas você vai morrer eventualmente. Esse veneno em especial era uma das amostras testes do que nosso pai me pediu, o problema dela é que ela era muito letal, papai pediu algo lento e progressivo. Mas esse veneno vai se espalhar pelo seu organismo e você vai morrer em no máximo 2 dias. -decretou sorrindo e dessa vez Kankuro pode ver sua satisfação em vence-lo sua visão finalmente tinha voltado, pena que tarde. 

—seu... Bastardo! 

—sim. Mas o bastardo te venceu Sabaku. -Sorriu ainda mais. —tenha uma boa morte. 

♜ 

1, 2, 3, 4... 10... 16... 

—tem 21 soldados Hyuuga lá fora. Precisamos passar por eles para chegar ao outros lado. -Shikamaru discorre escondido atrás de um pequeno armário da antiga cozinha com Temari ao seu lado. —eu devia ter vindo direto, já devia estar lá... 

—Mas você não esta. -a garota diz categórica. —então vamos fazer assim: 11 são meus e 10 seus. 

—como é? -Shikamaru questiona descrente. —eu sou o homem aqui. Eu devo... -mas ele não terminou pois os dois pares de ouvidos treinados capitaram os passos de alguém se aproximando, a pequena discussão deles havia chamado atenção. —Merda... 

Não demoraram dois segundos e a primeira espada de prata aparecer diante seus rostos acompanhada de um rugido do Hyuuga. Já preparado Shikamaru intercepta a lamina prateado com sua espada, sombra. Aproveitando-se da abertura da guarda do Hyuuga Temari lhe afunda a espada no peito num golpe rápido e fatal. 

—1x0 pra mim! -a loira lhe lança uma piscadela antes de pular para o lado já lutando contra outro Hyuuga que vinha ver o que acontecera. 

Atônito, Shikamaru demora alguns segundos para absorver a imagem daquela mulher, não havia ninguém como ela no mundo, Temari era simplesmente fascinante. 

—isso é trapaça! -ele grita de volta com um leve sorriso antes de seguir o mesmo caminho que ela atacando os Hyuugas. 

Shikamaru não conseguia se concentrar muito bem, eram muitos Hyuugas e eles apenas dois, não poderia iniciar um duelo se não seria morto pelos muitos outros, via um e outro soldado passando pelas suas vistas atentas, atacava um e outro tentando cobrir todos os pontos, matou dois Hyuugas com golpes certeiros no pescoço enquanto escutou Temari gritar "3x2 pra mim!" ela aparentemente conseguia lutar e prestar atenção nele, o que era extremamente perigoso. 

Temari estava contra um grande armário mais ao fundo da velha cozinha, não tinha muito espaço e lutava contra três Hyuugas ao mesmo tempo, as coisas estavam ficando feias. Conseguiu acertar sua espada no peito de um que urrou caindo no chão, e gritou a Shikamaru o placar mesmo que tudo estivesse feio ela nunca deixaria transparecer. 

O primeiro atacou e ela desviou atacando o segundo que a intercepta com as duas pratas Hyuuga colidindo num tintilar que fazia os ouvidos doer. 

Pelo canto do olho Temari observou o primeiro que a atacou vindo pelas costas com sua espada erguida pronto para ataca-la, mas antes  pudesse fazer qualquer coisa uma espada atravessou o peito do homem o fazendo engasgar com o próprio sangue. Uma espada longa e fina, a sombra, assim que retirou a espada de volta o corpo sem vida do homem caiu e por trás dele  Shikamaru  sorrindo irônico. 

Vendo-se agora livre Temari gira o corpo atacando o segundo Hyuuga pela lado oposto acertando de baixo para cima o peito do soldado num rasgo profundo. Antes mesmo que ela se virasse Shikamaru já estava ao seu lado. —5x4 pra mim, querida. -ele sussurra próximo ao seu rosto ainda com aquele sorriso irônico. 

Temari sorri de volta para Shikamaru erguendo sua espada ensanguentada. —ainda ha tempo de reverter esse placar. - ela acena para as costas do Nara, que vinham o resto dos Hyuugas raivosos. Parecia que não acabava. 

—oh racinha dificil! -Shikamaru murmura irritado enquanto Temari sorri com aquilo, numa batalha a calma do Nara ia para o espaço. 

Os Hyuugas formaram um cerco de frente para eles aguardando o momento certo para iniciar o ataque, Hyuugas eram extremamente organizados. 

Um bate forte foi escutado assustando não só os Hyuuga como aos dois. Os Hyuugas olhavam para todo lado procurando de onde vinha o barulho assim como Temari que estava perdida, mas Shikamaru sabia bem o que estava, afinal aquela era a sua casa. 

Outro baque e dessa vez puderam perceber que vinha do grande armário que Temari era empresada anteriormente, alguns Hyuugas se aproximaram mais para investigar o que era, Temari faz menção de fazer o mesmo, mas Shikamaru a puxa para trás a fazendo a o olhar estranhamento, mas antes qualquer um dos dois pudesse esboçar seus pensamentos um terceiro baque foi ouvido e dessa vez o enorme armário veio a baixo caindo num baque surdo em cima dos Hyuugas. Os esmagando. 

Com a queda do móvel uma passagem fora revelada e por ela passou uma Hyuuga furiosa e em suas costas um grande tronco balançava seguro por cordas nas paredes do túnel. Provavelmente fora o que ela usara para derrubar o armário pesado. 

—cadê ele? -Hinata questionou irada, parecia sair fogo de seus olhos tamanha sua irritação. —cadê aquele filho da puta do Naruto?! -ela não parecia questionar para ninguém em especial, na verdade parecia nem tê-los percebido ainda. Só estava com a mais pura raiva. —quem ele pensa que é pra me tratar como uma burra inútil?! Aquele filho de uma puta! Eu vou mata-lo! 

Shikamaru assistia ao pequeno surto sem acreditar naquilo, se ela estava ali queria dizer que não era uma traidora, mas definitivamente era maluca. 

—Seu amigo esta morto. -Temari diz se virando para ele, com aquela cara de se ela quiser eu ainda ajudo. —e você também se tem alguma coisa haver com isso. 

Ele estava rodeado de mulheres malucas! 

♜ 

Kakashi e Sasuke colocavam tudo o que iam precisar dentro do pequeno e simples barco, tinham que passar despercebidos, a neve não ajudava apenas os navios sulistas a se esconderem, mas eles também se aproveitariam para tomar a rainha. 

Apesar de tudo eles  estavam preocupados pois nem Kankuro nem Sakura haviam aparecido ainda e nenhum dos dois era dado a atrasos. 

—eles já deviam estar aqui. -Sasuke diz preocupado observando o bosque antes do acampamento coberto pele neve branca por onde não saia ninguém. 

Já estava ficando louco com aquilo até que avistou uma figura coberta por uma capa preta sair por entre as arvores do bosque. De inicio não puderam reconhecer o recém chegado, mas logo Sakura abaixou o capuz mostrando seus fios rosados inconfundíveis. 

—por que demorou tanto? -Kakashi questionou assim que ela estava perto o bastante para ouvi-lo. 

—encontrei com Sasori. -Bastou aquilo para Sasuke ficar alerta, não confiava no Aksuna. —ele descobriu nosso plano e me atacou. -no exato momento Sasuke se levantou do barco andando até a rosada, a segurando pelos braço e observando cada parte dela a procura de ferimentos. —não estou ferida Sasuke. 

—Então o que aconteceu? -Ele questiona preocupado. 

—Kankuro apareceu e ficou para lutar com ele. Passei pela ala medicinal para pegar algumas coisas por isso demorei mais um pouco. -Sakura falava meio afobada, fora uma correria para chegar até ali e encontra-los. —Kankuro ainda não chegou? -dessa vez sua voz saiu preocupada, o Sabaku havia dito que levaria um minuto. 

—Não. -Kakashi responde da mesma forma. 

—Kankuro não demoraria tanto só para lutar com Sasori... Alguma coisa aconteceu -Sasuke divaga. 

—Eu vou busca-lo. -Kakashi anuncia, não dando a chance de nenhum dos outros dois companheiros o contrariar pega sua espada e sai andando pela neve, mas antes que chegasse a metade do campo um novo individuo sai por entre as arvores do bosque, mas daquela vez trazia outro a tiracolo. Porém, quem quer que fossem aquelas pessoas tombaram assim que avistaram o trio. 

Kakashi fora o primeiro a reagir correndo até os dois desconhecidos, seguido por Sasuke e Sakura que imediatamente correram até os recém chegados se surpreendendo quando reconhecem a primeira figura caída. 

—tia! -Sakura exclamou assustada ajudando a tia a se levantar enquanto Kakashi desembrulhava o segundo individuo. 

—Mas o que diabos aconteceu com ele? -Kakashi questiona assim que reconhece a figura desacordada de Kankuro. 

—Sasori o acertou um golpe com uma adaga envenenada. -A ex-meistre conta. —ele vai morrer se não encontrarem a cura. 

—e como encontramos a cura? -dessa vez Sasuke pergunta. 

—não existe uma cura. 

—Então ele vai morrer. -Sakura constata alarmada. 

—Não. -Tsunade sorri fraco, aquelas crianças eram muito afobadas, assim como ela, Jiraya, Mei e Karura eram quando jovens —Levem-no ao Norte. Encontraram uma cura lá. 

Não precisou dizer duas vezes  e Kakashi levantou o corpo mole do Sabaku andando na direção do barco e sendo seguido pelos outros. 

—o que é essa coisa vermelha nos braços dele? -Kakashi pergunta apontando com o queixo a uma rodelas vermelhas no braço do companheiro. 

—É um dos primeiros sintomas do veneno agindo no corpo. -Tsunade responde enquanto eles andavam quase correndo pelo campo coberto de neve. —esse veneno que Sasori usou nele era um protótipo de uma "arma" que Rasa o pediu para desenvolver, é mais rápido e violento que o final, mas também é mais "curável" se assim posso dizer. 

—Espero mesmo que seja. -Sasuke diz assim que chegam ao pequeno barco entrando primeiro enquanto ele e Kakashi ajeitavam para colocar Kankuro para dentro de maneira confortável. Logo atrás Sakura entra enquanto Kakashi se põe a empurrar o barco de volta ao rio com dificuldade. 

—deixe eu te ajudar. -Tsunade diz antes de se juntar ao Hatake no trabalho, empurrando o barco com uma força anormal. 

Quando já estava fundo o bastante os dois trocaram um rápido olhar antes do Hatake pular subindo no barco e a ex-meitre parar na água enquanto o observava o pequeno barco ir. 

—o que esta fazendo? -Sakura questiona sem entender nada enquanto Tsunade se mantém estática no lugar. — tem que vir conosco! ficar ai é perigoso. 

Mas Tsunade continua sem responder então Kakashi o faz por ela 

—ela esta infectada. -Kakashi diz com seus olhos colados nos da ex-meistre. 

—como assim? -a rosada questiona começando a se desesperar 

—olhe bem para o pescoço dela Sakura. -o cavaleiro aponta e só então a rosada percebe o grande ponto da jogada. —ela tem as rodelas vermelhas como Kankuro. 

—Eu fui o teste de Fugaku e Sasori para o veneno final. Eles vem me envenenando a semanas sem que eu se quer suspeitasse até que fosse tarde demais. 

—Nós encontraremos uma cura! Assim como encontraremos para Kankuro! Por favor venha -Sakura implorou já com lagrimas escorrendo pelos seus olhos. A Senju era como uma mãe para ela. 

—Não ha mais tempo. Eu te amo minha flor de cerejeira. -foi tudo o que Tsunade disse antes de virar as costa para a enteada e voltar a superfície coberta de neve. 

—Não! Não por favor! -Sakura implorou quase se jogando do barco na tentativa de voltar para a tia, mas sente dois braços fortes a segurando firmemente, Sasuke. —por favor pare esse barco! Pare! por favor! 

Mas contrariando a seus pedidos desesperados Kakashi pega os remos do barquinho os levando cada vez mais ao norte. Os ataques as torres já haviam começado, os estrondos da batalha encobriam os gritos de Sakura e chamavam os sulistas para lá, onde eles esperariam a ponte ser abaixada para atacar. 

Como um pressagio a primeira bandeira Uchiha apareceu por entre as arvores do bosque, mas aquele era um cavaleiro solitário, Fugaku Uchiha vinha a cavalo empunhando uma bandeira com  brasão Uchiha, conhecido como Sharingan. 

—abaixem-se! -Kakashi instruiu rapidamente. —e mantenha silêncio. Se Fugaku nos ver estamos fudidos. 

Sasuke se abaixou e levou consigo, mesmo que a contragosto, Sakura. 

Eles tinham sorte que a neve que caia os camuflava o suficiente para Fugaku não os encontrar daquela distancia. 

Assim que Fugaku chega perto de Tsunade desce de seu cavalo fincando a bandeira de sua casa na areia coberta pela neve. 

—Tsunade! -o lorde Uchiha chama pondo-se ao seu lado na beira do rio. —o que? Esta passando mal? -questionou, mas ficou sem resposta pois a mulher claramente não conseguia balbuciar uma palavra. O veneno de Sasori funcionava. —Você esta  um ataque cardíaco? -voltou perguntar mesmo que soubesse a resposta. Tsunade levou a mão ao coração com dor caindo de joelhos —Se Sasori estiver certo logo seu coração vai parar. -divagou agora se voltando para o rio. —mas morrer assim é sem graça, assim Sakura não vai sofrer tanto... -o olhar de Tsunade esbugalhado pela dor se virou para ele agora em fúria, como uma ameaça, mas ela se esquecia que agora já não tinha armas contra ele. —É eu sei que ela  aqui, o bastardo do império me disse que ela viria pra cá. E vou faze-la sofrer Tsunade. Vou quebra-la em pedacinhos por dentro. Quer ver? - questionou com ironia antes de puxa-la para cima pelo cabelo, a agarrando por trás e sacando sua adaga que foi ao pescoço branco da lady.  —Sakura... Eu sei que esta aqui... Estou com a sua tia... Apareça ou eu a mato! -ele cantarolava como as velhas rameiras dos vilarejos que Sasuke e Naruto chamavam de bruxas, por trás você sentia a podridão. 

Sakura choramingava baixinho enquanto sasuke a apertava cada vez mais em seu abraço com medo de ela fazer alguma besteira. 

—Você tem que se lembrar que foi você quem começou com isso, Sakura. Você me desafiou. E a sua amada tia vai morrer por sua culpa. 

Ao ouvir aquelas palavras a rosada se desespera tentando pular do barco para implorar pela vida da , mas Sasuke a agarra novamente a segurando mais em cima quando ela podia manter seus olhos grudados na cena que se desenrolava na superfície. 

—é uma armadilha Sakura! -Sasuke tenta convence-la 

—Eu sei, mas ele vai mata-la... -aquilo era certo. -Você sabe disso Sasuke 

—se nos revelar Sakura ele vai matar todos nós. -Kakashi interfere ainda abaixado. 

—Não vai vir salvar a titia..? ultima chance! Dole uma... Dole duas... E três! -assim que  contagem para ao invés de puxar sua adaga rasgando a garganta da Senju ele a puxa de volta para longe do alvo. —eu também não viria. Ela já não vale muita coisa, e já vai morrer de qualquer forma em minutos... Hum.. Mas eu quero ter essa honra, matar a poderosa Tsunade Senju e ainda te fazer sofrer Sakura... Não ha prazer maior.

Fugaku empurra sua adaga contra o peito de tsunade, indo e voltando por todo o seu tronco a esfaqueando como um espeto sem dó nem piedade, na verdade um sorriso maldoso nascia em seu rosto por saber que onde quer que Sakura estivesse ela estava assistindo. 

Sakura esperneou e chorou no barco a cada nova facada que ele desferia, ninguém sabia machuca-la tanto quanto Fugaku. 

Sasuke a agarrou abafando com suas mãos o máximo que podia de seus gritos, mas quanto as suas lagrimas não havia nada o que fazer, desciam copiosamente, sem controle. Fugaku conseguira mais uma vez mata-la. 

—vai ficar tudo bem. Eu te prometo. Vai ficar tudo bem meu amor -Sasuke sussurrava em seu ouvido quando ela já chorava um choro mudo, quebrado e doloroso. 

Sakura se lembrava de já ter ouvido as mesmas palavras do Uchiha na noite que seu filho morrera. Que Fugaku os matou. A ela e ao bebê. 

Nada ficou bem.


Notas Finais


Queridos foi mal a demora, mas me deu a louca e eu reformulei praticamente tudo o que ia acontecer nessa batalha. Inicialmente o plano era só esse capitulo e mais outro de umas 5000 palavras +-, agora temos além desse mais outros dois que tbm seram mais ou menos do tamanho desse de 7000 palavras. Ou seja tem muuuuita coisa pra acontecer ainda. Os dois proximos capitulos já foram iniciados (por isso também demorou estava escrevendo os tres capitulos meio que ao mesmo tempo pra não ter furos.) e já temos os titulos "QUEIMA DE ARQUIVO PART. 2" e "EXTINÇÃO" o que quero dizer é: façam suas apostas de quais cabeças iram rolar. 😅
No capitulo passado eu avisei que nesse veriamos muito mais o sul e seria muito mais tensão e sofrencia que lacre e pra começar a Tsunade já rodou bonito e eu realmente fiquei mal pela Sakura, a bicha já é toda depressiva e quando ta saindo do buraco o Fugaku vem e mete um chute na cara dela e a joga de volta ao fundo do poço. Sinceramente o Uchiha é um demonio.
Quem se lembrava do Baki lá nos primeiros capitulos? Dele com o Gaara e a Temari? Ele é importante amigos...
O veneno do Sasori ta causando cara! Sera que o Kankuro escapa?
Itachi e Jiraya sabem muuuita coisa hein e já tava na hora de eles abrirem pra geral
Não prometo outro capitulo ainda esse mes por que minha vida ta uma loucura, mas se tudo der certo volto no inícinho de setembro 😉


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