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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 09. Bad night


Escrita por: mackenzie-

Notas do Autor


ATENÇÃO, CAPÍTULO MELOSO ABAIXO:
APROVEITEM <3

Capítulo 10 - 09. Bad night


Fanfic / Fanfiction The end is just our beginning -EM HIATUS- - 09. Bad night

Assim que descolamos os lábios um do outro Carl me olha confuso, e um pouco tenso. Seu olho azul tão complexo e cheio de historias. Puxo-o novamente para selar nosso beijo, agora estamos mais necessitados, e queremos cada vez mais o contato corporal.

Carl livra uma de suas mãos da minha cintura para ir até o interruptor, batendo de leve no mesmo, deixando o quarto no breu. Suas mãos voltam para a minha bunda, apertando-a de leve. Eu estava gostado daquilo, gostando pra caramba, na verdade, mas por que me sentia culpada?

Eu seria mais uma na vida dele, seria mais uma menina a abrir minhas pernas. O pior é que: Eu abriria as pernas para ele, perderia minha virgindade e no final, seria largada. Nunca me perdoaria por isso. Desfaço nosso beijo, mas não deixo de enlaçar meus braços entorno de seu pescoço. Ele me olha confuso, contudo, suas mãos se mantinham firmes em minha cintura.

—Eu não posso —Digo baixinho; ele, com calma, tira uma mecha de cabelo que caíra em meu rosto. Me mantive segura em olhar em seus olhos, já Carl, tinha sua expressão serena.

—Por que não pode? —Perguntou, afinal.

—Você já... —Solto um suspiro longo, enquanto olhava para baixo. Me desvencilho de seus braços, caminhando até perto de minha cama. Fico mexendo nervosamente nas pontas dos meus dedos sem coragem de conversar com ele sobre aquilo— Você já transou com todas as meninas de Alexandria, Carl. Eu não quero ser mais uma —Dou de ombros, sem saber mais o que falar, apenas erguer o olhar e encarar uma arvore que suas folhas caiam em minha janela.

—Quem disse isso para você? —Indagou, com o seu tom um pouco alterado.

—Não importa —Rio ironicamente pelo nariz.

—Steve...

—Não importa —Repeti.

—Filho da puta

Me virei, olhando-o com raiva.

—Você não desmentiu —Meus olhos arderam, porém, tentei ao máximo me manter séria —Carl, você não desmentiu.

—Katherine... —Começou.

—Você iria fazer comigo o que faz com todas as outras meninas —Não contive, deixei duas lágrimas escorrerem —Você iria abrir minhas pernas, me foder, e no final, fingir que não existo —Comecei automaticamente a sentir nojo dele, dó pelas garotas que caíram no seu truque, e dó de mim mesma por quase cair.

—Não fale desta maneira, Kath —Ele se aproximou, mas recuei passos, até que minhas pernas batem no pé da cama.

—Me poupe, Carl —Rio —Aposto que ensaia as próximas falas que disser para mim —Mordo o lábio inferior, segurando novamente o choro. Vê-lo ali, tão próximo, porém tão longe. Queria tê-lo novamente, tocar seu rosto, sentir seus lábios, mas parecia tão impossível agora. Nego com a cabeça, olhando para o teto. Cafungo o ar, por fim digo: —Como você, em sã consciência fez isso com elas? Poderiam estar perdidas, ou com traumas... ou... ou... —Respiro fundo, e mais duas lágrimas escorrem, sem juntando no meu queixo— Por favor, saia do meu quarto.

—Katherine... —Ouço-o me chamar novamente, mas ignoro.

—Saia do meu quarto! —Grito. Entretanto, conforme ele se aproxima, vejo nitidamente seu rosto em uma feição pasma, e sem saber o que fazer.

Ele se aproxima mais e mais; seus olhos pidões era de quebrar o coração.

—Por favor —Vacilei na voz, entregando a minha vontade de chorar —Saia do meu quarto.

Carl dá dois passos para trás, em seguida meia volta, saindo em disparada do cômodo.

Não sabia exatamente o que fazer, apenas ficar olhando o escuro. Meu coração parou de pulsar forte quando ele saiu, minhas pernas tremiam igualmente os lábios. Coloco as mãos no rosto, deixando as gotas encharcarem-na. Eu só queria minha mãe e minha irmã, apenas isso. Apenas abraça-las novamente e dizer como foi meu dia na escola. Queria sair com minhas amigas e fofocar sobre as garotas, não simplesmente estar aqui, chorando por um amor não correspondido e quem sabe se um dia será.

Sentia muito mais do que desejo corporal com ele. O Carl é um complexo de sintonias tão dispersos, porém tão envolventes. Consegue me tirar do sério, em seguida deixar meu coração palpitar a 100km/s. Ele me enfeitiça com o olhar, tira o meu folego... tudo isso ao mesmo tempo!

Eu só queria a minha mãe...

[...]

Desço as escadas de vagar, ainda meio cansada e com os olhos ardendo meio inchados. Com os pés descalços, vou até a mesa redonda, vendo Carl, Maggie, Glenn, Rick e Judith. Eles param de conversar, me olham, e logo voltam a conversar.

—Bom dia para vocês também —Puxo uma cadeira ao lado de Rick, que alimentava carinhosamente a filha.

—Abraham sumiu —Glenn não mede esforços para dizer isso —Temos que ir atrás dele.

—E nós iremos. Eu, Katherine, Carl, Daryl, você e Carol —Rick diz, com aquele vozeirão.

Consigo ver que o olhar de Maggie estava sobre mim, ela revezava a visão de mim para Carl, ambos de cabeça abaixadas comendo suas respectivas comidas.

—Está tudo bem, KitKat? —Maggie toca em minha mão. Ergo minha cabeça meio desorientada, solto um sorriso fraco e respondo:

—Sim, por que não estaria? —Todos param de comer por um tempo, se entreolham, e voltam a fazer o que faziam— Qual é o plano? —Pergunto ao Rick.

—Vimos o carro de Abraham na mata, havia sangue... Ele não deve ter ido muito longe —Glenn responde por Rick.

—Terminei —Me levanto, tirando meu prato da mesa.

—Você nem tocou na comida, Kath —Glenn começou —Vai precisar de energia para sair conosco.

—Sério, Glenn —Respiro fundo, deixando meu prato com resíduos grandes de Waffle —Eu vou ficar bem.

Passo por eles, subindo as escadas.

Vou ao banheiro já com as roupas em mãos. Me olho no espelho. Meu Deus do céu, estou um caco. Minhas sardinhas perderam a graciosidade, meus olhos estão meio inchados, e bem na pontinha há um vergão vermelho. Embaixo dos meus olhos verdes havia uma grande olheira.

Suspiro, ultimamente o que eu mais ando fazendo é suspirar para não perder a cabeça. Abro meu nécessaire tirando de lá um corretivo que eu havia pego da farmácia com a Michonne. Passo delicadamente abaixo. Pela primeira vez nesse apocalipse eu usava maquiagem, pois não usara; acho perca de tempo. Coloco a roupa que eu trouxe, em seguida, penteio meus cabelos, deixando-os soltos. Por sorte eu ainda tinha eles, é a única coisa que salva a minha imagem de louca sem sono para a bonitinha razoável.

Não dormi nada está noite. Apenas conseguia pensar em minha mãe e em minha irmã e aonde elas estariam agora e se estavam bem, ou até pior, se elas estavam mortas. Chorei, chorei demais, chorei como uma criança carente. Chorei também por querer estar nos braços de Carl e não ser mais uma. 

Saio de lá, descendo rapidamente, encontro-me com Rick, Glenn e Carl, eles me aguardavam pacientemente. Olho de relance para Carl, que, assim como eu, não teve uma boa noite de sono. Fomos em silêncio para o carro, na verdade, eu fui. Glenn e Rick que logo se encontraram com o Daryl e Carol não paravam de tagarelar.

Entramos no carro e andamos até a mata que era próxima a Alexandria. Mantive durante toda a rota meu olhar para a janela, sem querer conversar com ninguém. Quando saímos do carro, Rick me deu duas pistolas e mantive por minha conta as facas na cintura.

—Certo, não se dispersem do grupo, mantenham-se perto um do outro —Ordenou, Rick.

Ajeitei a arma em minha mão. Assim que pisamos dentro daquele lugar, o vento bateu em nossos rostos. Era gelado, e conforme andávamos as folhas secas faziam barulhos chatos. As arvores são altas e um pouco tortas na ponta; suas folhas cobriam todo o céu, deixando apenas feches de luz passar entre elas. O lugar era meio sombrio, me dava calafrios. Por um momento tive medo de qualquer coisa aleatoria parecer para me atacar

Os adultos estavam espalhados, e apenas conseguia ouvir o som de sua voz. Carl estava logo ao meu lado, bem distante. Queria que fosse assim até que eu colocasse todos meus pensamentos em ordem. Consigo ver um movimento súbito atrás de algumas arvores, ignorei, pois logo parou.

—Katherine —Ouço Carl me chamar. Fico quieta. —Katherine —Ele me chama novamente.

—Que foi? —Continuo a correr meu olhar pelas arvores, tentando manter meu foco em qualquer detalhe.

—Nós precisamos conversar.

—Não, não precisamos —Reviro os olhos. Ao longe consigo ver um pequeno lago. A luz fraca do sol refletia em suas aguas deixando muito bonito.

—Pode parar de agir como uma vadia mimada e falar comigo? —Falou alto, me deixando ofendida.

—Pode parar de agir como um filho da puta? Seria uma troca.

—Eu nem sei porque perco a porra do meu tempo tentando falar com você —Ele me olha de relance, tentando não tirar os olhos da trilha.

Fico sem silêncio.

—Katherine —Seu tom estava forte, um pouco ríspido.

—É apenas isso que consegue dizer? —Abaixo minha arma, olhando para ele com as mãos na cintura —Katherine, Katherine! —Imito sua voz de uma forma idiota —Sério, se é só isso que pôde dizer, não conseguiremos ter uma conversa norm...— Ele olhava fixamente por cima de meu ombro, e aqui me irritava —Você está me escutando?

Uma dor forte se instalou atrás de minha cabeça, perto da nuca. Sinto uma ardência em minhas costas fazendo-me cair com força no chão, batendo novamente minha cabeça. Gemo de dor de início, contudo, marcas pretas apareciam e desapareciam de minha vista. Me contorci de dor de cabeça, ouço disparos que me deixam atordoada. Tento erguer minha cabeça, vendo bem pouco o que acontecia: eu havia sido acertada por um desconhecido.

Carl acertou em cheio seu peito com um tiro, contudo, para ele não era suficiente; Carl estava socando a cara do indivíduo, deixando com que sangue espirrasse nas folhas do chão. Tudo estava passando lentamente, até que vejo Carl apontar a arma novamente na cabeça dele, o cara tenta impedir, porém era tarde demais para implorar.

Minha cabeça roda um pouco, ela balança de um lado para o outro. Sinto suas mãos me pegar, levantando apenas meu troco do chão.

—Katherine —Carl passou as mãos pelo meu rosto, examinando se não havia qualquer tipo de hematoma. Suas mãos quentes me colocam em seu colo, minha cabeça doía bastante, mas tudo estava tomando cor novamente.

—Minha cabeça dói —Foi a única coisa que consegui dizer naquele momento de tensão.

—Por favor —Pediu, ele estava branco, mais do que o normal.

Consigo finalmente me sentar de lado no chão, agarro com força a sua blusa, aproximando seu corpo com brutalidade contra o meu. Deixo minha mão pousada em sua nuca e meu rosto deitado em seu ombro.

—Você está bem? —Perguntou, segurando ambas partes do meu rosto.

—Estou —Riu fraco, por finalmente ver ele com os olhos marejados —Fez isso com as outras meninas?

Ele ri.

—Diferente das outras que eu só dormi, de você eu gosto —Seus olhos brilham, me perfurando interiormente —Eu gosto de verdade de você, Katherine. Nunca se compare com as outras. 


Notas Finais


Roupa Kath: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=211118343
Espero que tenham gostado meus amores.


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