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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 12. Knock


Escrita por: mackenzie-

Notas do Autor


Aproveitem, amores!

Capítulo 13 - 12. Knock


Todos automaticamente me olham, um olhar desacreditado e perplexo. Hesito nos braços de Carl que também me olhava boquiaberto. Me aconchego em seu peito rapidamente, cruzo minhas pernas pousando as mãos entre elas.

— Mas... ele morreu antes de tudo isso acontecer —Tranquilizo todos, que soltam um ar pela boca.

Logo voltamos para a programação normal, todos focados em um plano estratégico para atacar Negan. Admito que fiquei com um pé para trás, porém um pouco chateada, pois sinto falta do meu avô, por mais sarcástico e filho da puta que seja. Aposto que meu pai herdou isso dele: sátira de tudo, sarcasmo e ironia. Depois de muito tempo conversando na igreja, o meu corpo começou a pesar e o tédio veio à tona. Estávamos lá cerca de três horas. Rick é um cara meticuloso, sempre fazendo tudo com calma e clareza; percebo isso pelo modo que fala.

— Katherine e Carl, vocês não estarão no plano —Rick aponta para nós dois, anotando em uma prancheta tudo o que falava.

— Por quê? —Dissemos quase ao mesmo tempo.

— Muito arriscado —Retrucou rápido, sem querer dar satisfações.

— É melhor assim, Kath —Glenn chama minha atenção —Também não quero que se machuque...

Suspiro. Glenn e Maggie fazem o papel de pai e mãe aqui em Alexandria. Acredito que seja apenas comigo, sempre tão cautelosos e preocupados com tudo. Após eu me arrumar para sair da enfermaria hoje cedo, Maggie e Glenn vieram rapidamente para checar como iam as coisas, ficaram um bom tempo conversando comigo até saírem. Me sinto bem com eles.

Daryl nos liberou, eu e Carl não sabíamos o que fazer hoje. Na verdade, hoje especificamente Rick tirou o dia para fazer os preparativos, verificar armas, munições, e a guarda de Alexandria quando saírem.

— Era para estarmos nesse plano —Ele revira os olhos.

— Nem tudo é como você quer, meu bem —Caminho em passos pequenos, sem rumo.

— Sempre estou envolvido, Katherine. Sempre mato o máximo que posso. Você eu até entendo não estar no plano, mas eu? —Disse.

Paro de andar, coloco as mãos na cintura encarando-o.

— Desculpe?!

— Não... —Ele ri, se aproximando com os braços abertos que se encaixam em minha cintura —Você é nova aqui, Kath, normalmente não colocam pessoas novas em planos grandes como esse —Ele começa a beijar meu pescoço, em seguida minha bochecha, minha testa, meus lábios, a ponta do meu nariz.

Rio baixinho, segurando ambas partes de seu rosto para depositar um selinho.

— Sabe aonde quero ir? —Pergunto.

— Onde? —Ele continua a beijar descompensado partes do meu rosto.

— Para fora do muro —Sorrio com o queixo apoiado em seu ombro, ele envolvia os braços em minha cintura, e cafungava o cheiro do meu pescoço, beijando com calma o local, mas, ao ouvir isso, levantou a cabeça para me encarar.

— Nada disso. Esqueça —Negou de leve com a cabeça.

— Por quê? —Semicerro o olhar.

— Porque não, Katherine —Ele me soltou, continuando a caminhar —Vamos para casa, ler uns gibis e comer...

Enquanto ele falava, sai em disparada para o portão, passos apressados. Meus cabelos esvoaçavam, porém, mantive o sorriso de ponta a ponta. Dei a volta no portão, em uma área na qual eu sabia que tinha pouco supervisão. Antes de escalar, bati em minha cintura e senti o revolver ali, me senti segurava.

Com a respiração ofegante, olho para os lados procurando Carl, ele vinha correndo. Soltei um riso, começando a escalar o muro feito de aço já gasto. Ao chegar no topo, sinto um frio na barriga para descer. Embora estivesse com medo, tinha de pular, pois Carl estava escalando abaixo de meus pés.

Engoli em seco e pulei, cai em pé, por sorte. Corro para a pequena mata, sentindo o seu ar gelado em contato com minha pele. O barulho das folhas secas nem era mais um problema, apenas me importava em achar um lugar para me esconder dele. Passo a língua morna em meus lábios, pois os mesmos estavam ficando secos pelo vento. Me vejo perdida. Estou no meio de várias arvores, percebo que corri bastante.

Uma onda de medo percorre em minha espinha, olho para os lados procurando Carl. Minhas mãos tremiam um pouco por conta da adrenalina. Será que Carl havia me deixado aqui, e neste tempo todo eu estava brincando sozinha? Fico sem saber o que fazer, olho para os lados desesperadamente, não conseguindo mais ver o inicio da mata. As únicas perguntas que rondavam pela minha mente era: ‘Ele me deixou? Será que vai voltar? Ou desistiu? ‘.

— Katherine, cadê você? —Ouço sua voz em um tom risonho.

Rio de mim mesma. Mas que medo idiota. Por um momento achei que ele havia me abandonado aqui, contudo, ele sempre volta, e se por acaso eu me perca, ele irá me procurar, sinto segurança nisso.

— Venha me achar —Deixo espalhar um sorriso em meus lábios, vejo ele vindo cautelosamente, me escondo atrás de uma arvore, mas era tarde demais, ele havia me visto.

Sinto suas mãos segurarem minha cintura antes que eu possa sair correndo. Solto uma gargalhada, ele beija meus lábios rapidamente, cutucando minhas costelas me fazendo contorcer de cosquinha.

— Idiota —Carl resmunga sorridente. Nunca havia visto-o assim, tão amigável.

— Um ponto para você, mocinho —Rio, e ele me beija novamente.

Um grunhido soou forte atrás de mim, o olhar de Carl se ergue rapidamente, suas mãos habilidosas tiram um revolver da cintura atirando na testa do morto.

— Vamos embora daqui —Praguejou

Quando finalmente olho para trás vejo que havia um bando de andarilhos com suas mãos estiradas para comer nossa carne. Eles vinham em sua velocidade, mas estavam muito próximos. Era cerca de vinte mortos-vivos.

Começamos a correr, Carl, por vezes, se virava para atirar, já eu corria sem rumo, sem saber para onde ir. Até que avisto mais um bando vindo dos lados opostos. Saco minha arma e começo a atirar o máximo de posso. Sinto as costas de Carl se chocar com a minha, então ficamos assim, cada um tomando conta de um bando de andarilhos.

Eu conseguia atirar em cheio em suas testas; o corpo morto caia no chão e logo se formou um monte, porém, ao tentar atirar em outro, minhas balas acabam, e, automaticamente uma onda de calafrio com desespero percorre meu interior.

— Carl —Minha voz falha quando um morto-vivo se aproxima com rapidez —Minhas balas...

Ele vira parcialmente a cabeça para olhar o ocorrido, então, agarra minha mão, correndo desorientadamente pelas arvores que tomaram um rumo diferente de antes. Os andarilhos ainda nos seguiam, contudo, agora estavam mais distantes.

Entramos em uma fenda que havia em uma arvore, cabia apenas nós dois ali, e ainda sim ficava apertado. Nossos peitos se chocavam com força, por sorte cabíamos, ou se não estaríamos mortos. A respiração de ambos ofegantes, nossos rostos tão próximos que sentia seu hálito de menta. O seu olhar se focava para fora, onde os mortos passavam intensivamente, andando um atrás do outro.

— Você é esperto, Caubói —Murmuro.

— Se desesperou, não é mesmo, princesa? — Ironizou.

— Idiota —Reviro os olhos.

Ele sorri, segura em meu queixo depositando um selinho demorado. Então ficamos ali, tão próximos e tão necessitados que nem percebemos que todos os andarilhos de foram. Admito que fora um pouco difícil sair daquela fenda, entretanto, ao sair, Carl vai na frente, já eu tento gravar o percurso caso me perca novamente.

Meus pés começaram a cansar, nem parecia que andamos tudo isso. Até que algo me chama atenção: passamos pelos andarilhos que matamos há alguns minutos atrás, percebo que há algo em sua testa. Me aproximo de um, agachando-me meio hesitada. Olho com precisão o que estava ali: haviam colocado um ‘N’ feito de faca em sua testa.

— Carl —Chamei, mas ele continua a andar —Carl! —Grito, ele vem às pressas.

Sua boca se abre um pouco, logo se fechado. Respirou fundo, titubeou por um tempo, até que continuou a andar.

— Temos que falar sobre isso para o meu pai — disse, sem emoção alguma.

Será que apenas eu senti meu estomago se embrulhar?

[...]

Finalmente pulamos o muro de Alexandria, caminhávamos com calma até a igreja, conversando sobre assuntos diversos e por vezes sem nexo algum, até que vejo Steve se aproximar com seu sorriso malicioso. Percebo que Carl vê o garoto, deixando nosso assunto se esvair por completo.

— Como vai o casal do ano? — Perguntou, sem deixar vacilar o sorriso.

— Como você pode ser tão intrometido?

— Poxa, cara! —Riu Steve —Não fala assim com o seu amigão do peito! — Ele bate de leve no peito de Carl.

— Vamos embora —balancei a cabeça de um lado para o outro, segurando com firmeza o pulso de Carl para sairmos dali e contar sobre o ocorrido na mata, mas ele sacode com brutalidade minha mão, fazendo-me olha-lo com indignação.

— Qual foi? —Parecia que tudo para Steve tinha graça —Peraí, não acredito! —Steve leva a mão para a boca —Katherine abriu as pernas para o rei do gado!

Fiquei um tempo perplexa e enojada pelo modo que falou de mim. Recuo alguns passos franzindo o cenho.

— E aí, Carl? Como ela geme? É igual as outras com quem você dormiu? —Steve imita um gemido fino e agoniante —Ela é virgem, né? Tinha cara.

Fiquei quieta, observando aquela cena desacreditada. Repulsa corria pelas minhas veias e rapidamente o ódio se juntou a ela.

Um soco acerta em cheio a cara de Steve, recuo mais alguns passos. Vejo Carl socar a cara de Steve como naquela vez na van. Minha cabeça roda, náuseas me atingem com força. Respiro fundo focando meu olhar naquilo. O sangue de Steve estava encobertando o asfalto, Carl estava por cima de Steve, que mal conseguia se defender com as mãos. Ouvia-se o seu gemido e as vezes suplicias. Não conseguia fazer nada, parecia que eu havia travado naquele mesmo lugar. Até que Carl saca a sua arma apontando para a testa do garoto.

— Repete! —Gritou ele, porém Steve estava debilitado, apenas cuspia sangue que escorria por sua bochecha rosada.

— Carl! —Me aproximei dele, segurando em seu ombro —Por favor, não faça isso! —Pedi, sentindo meus olhos arderem com vontade de chorar.

— Saia daqui, Katherine! — alterou o seu tom para rouco e moderado.

— Por favor! — implorei.

Entretanto tudo isso foi em vão. Com o movimento que Carl fez para socar o rosto de Steve, seu cotovelo acertou em cheio minha boca. Tudo rodou ao olhar para o céu azul-claro. Ouço vozes se aproximando, Glenn se aproximou pegando-me no colo, sua voz era ouvida por mim como um zumbido.

— O que aconteceu? —Consegui ouvir finalmente.

— O Carl — meus lábios tremem, sentindo as lágrimas escorrer — Ele vai matar o Steve.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3


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