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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 14. Break up?


Escrita por: mackenzie-

Capítulo 15 - 14. Break up?


Katherine Pierce narrando*

Acordei com o coração palpitando forte. Foi o pior sonho que já tive. Sonhei que havia encontrando minha mãe morta, ela era devorada por milhares de mortos-vivos, e eu apreciava aquela cena rindo. Horrível. Estico meus braços, percebendo que estou só na cama. O sol bate forte, me impossibilitando de deixar os olhos abertos. Estou soando frio, minhas mãos estão úmidas, e minhas pernas moles.

Trato de me levar, fazendo minha higiene matinal rapidamente no banheiro, tendo fleches curtos da minha noite de prazer. Desço as escadas em pulinhos pequenos, fazendo meus cabelos pularem e caírem em meus ombros. Meus pés descalços logo ficaram gelados, me amaldiçoei mentalmente por não ter pego uma meia.

Vejo todos sentados na mesa, conversando baixo, quase cochichando. Me aproximo com calma, tendo a impressão que não era para escutar aquilo. A cabeça de Rick se ergue um pouco, me vendo, assim como Maggie e Glenn.

— Bom dia, flor do dia — o sorriso forçado de Maggie entregava tudo.

— O que está acontecendo? — pergunto, sem enrolação. Cruzo meus braços ficando de frente com a mesa onde todos estavam. Jogo meu peso em apenas uma perna, fitando todos.

A face de Glenn relaxa, e Rick permanece quieto; difícil as vezes que o via quieto.

— Nada — riu de nervoso— Vocês irão sair hoje para buscar uma sobrevivente, apenas...

Mordo o lábio inferior, tentando me convencer que o que ela dizia não era mentira. Solto um ar longo e duradouro pela boca, sentando-me na frente de Carl que me lança um sorriso reconfortante. Tudo volta para o clima normal. Rick me diz feliz que o plano deu totalmente certo, e que eu estou de parabéns por ter passado para eles a ideia. Comemos, rimos, e provocamos um ao outro, como sempre acontecias nas manhãs de café da manhã. Carl está quieto, apenas comendo e deixando escapar risos baixos das piadas de Glenn. Ele me olha de vez em quando, por vezes, até fica me encarando, mas parece não ser o suficiente.

Glenn me alertou que iria sair logo, para que me arrumasse e descesse com rapidez. Assim fiz, entrei no quarto colocando uma roupa confortável. Carl passa pela porta. Meu coração dizia que algo não está certo, então, resolvo ir até onde ele estava. Mexo nervosamente nas pontas do meu cabelo, vendo-o de frente para o espelho, tirando calmamente o seu curativo do olho, ele percebe minha presença, porém, continua sério.

— Saia, por favor — pediu.

— Por quê?

— Apenas saia — seu tom rígido vem à tona, parando de mexer no pano branco.

Me aproximo dele, tocando em seu ombro.

— Sai daqui, Katherine — eu sabia que iria vacilar a sua voz.

— Eu quero ver — me refiro ao seu olho.

— Mas não vai.

— Por quê? — ele solta um ar longo pela boca.

— Você faz muitas perguntas.

— Sou curiosa.

— É nojento — disse, sobre seu olho.

— Não ligo — murmuro, ficando na sua frente.

Ele suspira. Vejo que seu punho de cerra por um tempo, mas logo se desfaz. Carl começa a tirar o esparadrapo, de vagar, com receio. Vejo o buraco em seu globo ocular. É fundo e tem sangue pisado por todo ele. Dava para ver as camadas de tecido se sua carne. Ele abaixa a cabeça por um tempo.

— Doeu? — pergunto, avaliando aquilo.

— Não, Katherine, fez cosquinhas levar um tiro no olho — diz, sarcástico.

— Idiota — soco de leve seu peito.

— Para de me olhar desse jeito, eu sei que é estranho — Ele começa a desenrolar um pequeno bolo de esparadrapo branco.

Sorrio.

— Eu não acho nojento. Nem estranho — Seguro em ambas partes de seu rosto. Beijo seus lábios com calma. Ele permite a passagem da minha língua em sua boca, me deixando explorar cada parte de sua boca. Quando finalizamos, ele ainda segurava meu corpo contra o dele, me olhando fundo nos olhos.

— Você é incrível — ele balbucia, me beijando novamente.

[...]

A mata escura me dá medo desde a última vez que vim aqui com Carl. Respirava fundo, arfava, mas parecia que minha respiração não ficava quente. Na minha frente estava Abraham, Glenn e Mike, eles conversavam e riam de piadas internas, já Carl, atrás de mim, estava quieto demais para o meu gosto. Sempre olhando para os lados sem emoção alguma. As folhas secas com seus barulhos já não era mais um problema; as arvores imensas me dá calafrios, e a pequena blusa tênue que eu uso não me aquece o suficiente. Meus dentes se batem com frequência, abraço meu próprio corpo em uma tentativa falha de deixar minha temperatura estável.

Carl se aproxima, pegando em minha mão.

— Tudo certo?  — indagou, tirando sua jaqueta de couro, entregando-me.

— Sim — falo sem credibilidade, colocando a jaqueta que tinha seu cheiro. Ele me abraça de lado, caminhando no mesmo tempo que eu — Você está bem? — Dou entonação no ‘você’. Suas mãos hesitam.

— Sim.

— Agora me diga a verdade. Desde manhã todos estão me tratando com indiferença — desabafo.

Ele respira fundo, focando seu olhar no caminho.

— A garota que estamos indo buscar agora é a Enid, minha ex namorada — fiquei desacreditada, mas me permiti escutar até o final— Ela saiu com um grupo para uma caçada, ficou por um ano fora, até achamos que ela havia morrido. Por isso que fiquei com todas as garotas de Alexandria, para tentar esquecer ela. Amei Enid por um bom tempo, estava cego de paixão. Quando finalmente me convencia que estava morta, aparentemente ela conseguiu fazer contato com a gente, por isso estamos indo buscá-la aqui.

Caramba. Um tiro doeria menos. O cara no qual eu gosto, perdeu a namorada e está indo busca-la com a ‘atual’ agora. Fico em silêncio, na verdade, não sabia o que falar... não tinha o que falar. Parece que Carl não se importara se eu responderia ou não.

Avistamos uma casa abandonada. É velha, na entrada tinha cabeças de mortos-vivos, e a porta estava quebrada. Adentramos. Carl me solta, pegando sua arma e ajeitando-a, faço o mesmo. Os moveis estavam quebrados, e tudo revirado. Havia latas de comidas já criando moscas, e sangue por alguns cantos. Até que ouço Glenn gritar algo que não entendi, e todos correm para ver.

Ao entrar na pequena sala vejo uma garota sentada, abraçando os joelhos. Seus cabelos são longos e o rosto pequeno, o nariz de batata e a cara um pouco suja, seus lábios longos chamam a atenção. Ela sorri para mim, fico sem graça, apenas observando a sua situação, foi quando percebi que ela sorria para o Carl.

Enid passa por todos, bate seu ombro no meu, abraça Carl com todas suas forças. O garoto está desacreditado, perplexo, e ao abraça-la fica sem reação. Suas mãos que costumava a ficar acariciando minhas bochechas, agora abraça a cintura dela com força. Glenn, Abraham e Mike ficam intercalando o olhar em mim e nos dois. Recuo passos, engolindo em seco. Ela sorri ao olha-lo novamente, e Carl retribui. Enid segura seu rosto, beijando-o. Carl recebe aquilo inusitadamente.

— Eu senti tanta a sua falta — falou alto, abraçando-o novamente.

— Eu também — respondeu baixo, ainda desacreditado pela presença da garota.

Agora, além de engolir em seco, também engolia o choro que está prestes a vir. Mordo o lábio inferior. Em minha mente passava consecutivamente todos os nossos momentos bons, todas nossas piadas e sorrisos. Consigo vê-los sumir com o vento. Minha cabeça dói por um bom tempo, tentando assimilar tudo aquilo.

Glenn percebe, pronuncia alto:

— Vamos embora.

[...]

Esperei na rua Carl sair da enfermaria onde Enid estava. Ao chegar em Alexandria ela falou com todos, e algumas pessoas não ficaram muito feliz com a sua volta. Muitos nem a cumprimentaram. Como podiam odia-.la? Enid sempre está com um sorriso no rosto, falando alto, e esbanjando piadas.

— Se lembra naquela vez que pulamos em um lago para correr de um morto-vivo? — ela ri ao relembrar um ocorrido com Carl.

— Foi muito divertido — respondeu, Carl com um sorriso amigável.

Tentei ao máximo conversar com ele, contudo era pequenas conversas, ele nem ao menos tentava prolonga-las ou me envolver nisso. No carro, quando estávamos voltando para cá, ela brincou com todos, até mesmo comigo, que apenas sorri fraco. Carl estava quieto, não disse nada sobre o ocorrido ao chegar aqui, apenas correu com a garota para a enfermaria.

Minha cabeça estava a mil por hora, assimilando tudo o que ocorreu nas últimas duas horas. Descobri tudo isso tão rápido, sem tempo para detalhes e explicações certas. Carl namorava esse tempo todo, apenas ‘terminou’, pois achava que a menina havia morrido. Carl ama Enid, e só de pensar nisso sinto vontade de chorar. Só sentia angustia e vontade de gritar bem alto, mas não podia. Carl parecia nem se importar com que eu acharia sobre isso, ele nem se desculpou pelo beijo ou por não me dar bola. Simplesmente fiquei largada, e ele nem ao menos se deu por percebido. Não conseguia vê-lo com outra garota a não ser eu. Sempre o via sorrindo comigo, não com outra garota desconhecia ao meu ver.

A todo momento queria chorar e debulhar as palavras que sentia nesse momento. Apenas... me calei. 

Vejo ele caminhar até mim com um sorriso de ponta a ponta, ao chegar perto de mim, Carl tenta me dar um selinho, mas desvio.

— O que foi?

— Não vai dar — digo sem titubear— É melhor terminar isso agora do que depois.

— O que não vai dar, Katherine? — perguntou, sério.

— A gente. Não vai dar. — balanço a cabeça, tentando afastar o choro.

— Por conta da Enid? — Eu assinto— Pelo amor de Deus, Kath! Só estou feliz porque... — eu o corto:

— Porque sua ex voltou e agora poderá se livrar da idiota que usou para esquece-la?

Ele fica quieto, me olhando. Rio, balançado a cabeça negativamente. Começo a andar para a casa de Rick, segurando o choro.

— Isso mesmo — ele grita — Vai embora só porque não aguenta me ver conversar com outras garotas sem ter crises de ciúme! — nego com a cabeça, caminhando mais lentamente.

As lágrimas desciam descontroladamente, e eu cafungava as vezes.

— O que está fazendo aqui ainda?

— Está agindo feito um babaca — cerro o punho.

— Você acabou de terminar tudo entre nós! Esperava que eu reagisse como?

Minha cabeça doía ao ouvir aquelas palavras, apenas deixava descer aquelas gotas salgadas pelas minhas bochechas.

— Eu te amo, porra! — gritei, empurrando seu peito— E eu não vou conseguir dormir ao seu lado sabendo que ama outra — ele recua, se calando na mesma hora— Eu não mereço ser mais uma pessoa descartável na sua vida. 

Recuo passos, fitando-o. Carl estava sério, filtrando tudo o que eu havia dito. Limpo minhas lágrimas com o dorso da mão.

— Eu te amo Carl, será que não consegue perceber isso? — sussurro, deixando-o parado no meio da rua.


Notas Finais


Me perdoem pelo capítulo meio pombo, tá? Me desculpem se houver algum erro de gramática, abores. Obrigado pelo carinho <3


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