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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 17. Turn back, please


Escrita por: mackenzie-

Capítulo 18 - 17. Turn back, please


Katherine Pierce 

— Sério, você vai ter que passar no médico... — Maggie diz, segurando meu cabelo.

Ergo um pouco a cabeça, cafungando o ar fora da privada. O cheiro é horrível.

— Mas, meu amor, você nem comeu direito — continuou Maggie, calmamente.

— Eu não sei... — começo, limpando o canto da minha boca, entretanto logo sinto à vontade e o gosto amargo voltar em minha garganta fazendo-me debruçar-me na privada, jogando tudo para fora novamente.

— Quando eu for para Hilltop vou te levar junto, porque não vai dar para ficar assim o tempo todo — ela fala com paciência, mexendo com carinho em minha nuca.

— Ela está bem? — ouço Carl, mas a sensação estava tão ruim que o ignoro.

— Ela parece bem, Carl? — Maggie solta uma risadinha amarga.

— Vou chamar a Denise — sua voz fica preocupada.

— Não precisa — grito, me levantando rápido, fazendo Maggie dar passos para trás.

Ele aparece na porta, e de início, se assusta. Limpo minha boca com o dorso da mão, indo até a pia onde começo a escovar os dentes. Vejo pelo espelho Maggie olhar hesitada para Carl, que retribui. Ela coloca as mãos na cintura, olhando-me com reprovação.

— Você terá de ir com a Denise ou para Hilltop — Maggie suspira, batendo as mãos na coxa — Não vai melhorar de uma hora para outra.

Assenti, passando por ambos, que me olham sem entender. Pego minha mochila, descendo as escadas em pulinhos.

— Para onde está indo? — Carl desce atrás de mim, desengonçado.

— Não importa — abro a porta, atravessando-a.

Agarro a alça da mochila que se passava pelos meus ombros, deixo com que o vento soprasse meus cabelos que caem em lindamente novamente. Mordo o lábio inferior, desejando não chorar. Ouço os passos apressados de Carl atrás de mim.

— Eu não vou estar lá para te salvar — ele diz, segurando em meu pulso.

— Quem disse que eu preciso ser salva? — sacudo minha mão, soltando da dele.

— Por favor, Katherine — pediu, acompanhando meus passos.

— O que você quer de mim? — me aproximo dele, com o olhar semicerrado. Ele se cala, pressionando um lábio ao outro — Diga, Carl, o que quer de mim?

— Eu te quero de volta — titubeou para dizer estas palavras.

— A é? Não acredito em você. Porque na primeira oportunidade você me deixou pela outra — grito, com vontade de chorar.

Todos os meus sentimentos estavam esculhambados. Quero gritar, chorar e até sair correndo. Quero aceita-lo de volta e dizer que o amo. Mas a vida é injusta o suficiente para não me permitir isso.

— Eu te deixei? — ele retruca, irritado, se aproximando com raiva — Você simplesmente me largou com a chegada da Enid. Ficou com ciúmes e sumiu, saiu andando. E você diz que eu te larguei?

— Você me deixou ir Carl — murmurei, recuando.

— Estava bem na cara que você queria acabar com tudo. A final, foi você que partiu sem explicações — gritou, e quando se deu conta que eu estava amedrontada, ele cambaleia dois passos para trás.

— Você simplesmente me ignorou com ela por perto. Você parece um cachorrinho domado e sem palavras, como pôde se tornar isso? — cerro os punhos — Você me deixou partir, você se contentou com isso, você que quis isso!

— Queria que eu fizesse o quê? Você foi quem quis ir embora — sua feição irritada me assusta. Mordo os lábios inferiores, dando início a um choro silencioso.

— Eu queria que você viesse atrás de mim, Carl — meus lábios tremem, mexo nervosamente nas pontas dos meus dedos, encarando os mesmos, vendo as gotas salgadas cair entre elas— Você sempre foi tão duro comigo, nunca demostrou que verdadeiramente me queria por perto. Nunca correu atrás de mim — suspiro, limpando as lágrimas com a mão, olhando-o — Eu apenas queria que viesse atrás de mim, pelo menos uma vez.

— Eu quero você agora — seu tom acalma, ele pega em minha mão, mas eu tiro-a no mesmo momento.

— Você acha que sou algum tipo de garota que você se cansa e joga fora, e depois percebe que errou pede para voltar? E eu simplesmente voltarei? — sorrio fraco, me virando.

Agarro as alças da mochila, andando de cabeça erguida. Os meus olhos não conseguiam conter a vontade de chorar. Não choro pela situação, mas sim por ama-lo de uma forma incomum. Choro por ele não me chamar novamente, não querer me ter por perto. O que ele diz são apenas palavras, que no final, nem ele sabe se poderá cumprir.

Pulo o muro, caindo em pé do outro lado. Encosto minhas costas no muro de metal, pensando seriamente para onde iria a partir de agora. Limpo as lágrimas que desciam e começo a minha caminhada sem destino.

Adentro na mata, passando por caminhos que já havia feito milhões de vezes. Tento me convencer que estava tudo bem, entretanto, bem no fundo, sinto o medo constante me esvair por inteira. Algo ali não está certo, eu sei disso. Sento-me, apoiando-me em um tronco, abro minha mochila, deixando a arma entre minhas pernas, pego o livro que havia alugado da livraria de Alexandria.

Começo ler os parágrafos, estrofes e linhas. Tudo parecia tão vazio e sem sentido. Queria correr daqui e dizer que o quero de volta o mais breve possível. Deixo o livro apoiado em minhas coxas, olhando para o céu azul. Suspiro. Que merda, viu?!

Sinto refluxos indo e vindo em minha garganta, logo pensando que vomitaria, contudo, ouço passos; as folhas secas entregam qualquer inimigo. Pego a arma, me levantando. Apoio a mesma em minhas mãos, mirando-a para todos os cantos. Penso rápido, com medo do que me aguarda. Minha visão embaça e a vontade de vomitar começa a crescer cada vez mais. Sinto resíduos de comidas em minha garganta, me agacho parcialmente, vomitando, dando adeus ao gosto de menta refrescante.

Minha visão embaça, vejo um homem se aproximar. Cambaleio para os lados, piscando fortemente, mas tudo vai em vão, não consigo mais conter meus pés, apenas me mantenho firme mentalmente.

— Por favor — murmuro para o homem que se aproximava cada vez mais.

O escuro me deu boas vindas, e meu corpo se encontra no chão, desmaiado.

[...]

Sinto mãos me afagarem na cabeça, e outra segurava forte a minha mão. Resolvo ficar de olhos fechados, mesmo percebendo que a luz forte está acesa. Uma dor de cabeça forte se instalou, fazendo-me gemer internamente. Me pergunto onde estou e o que aconteceu, apenas me lembro da floresta e da briga com Carl. Mas, agora, sei quem está ao meu lado. Quem não saberia? Apenas pelo cheiro tênue reconheceria a distancias. Ele conforta e acaricia meu rosto, sem pensar duas vezes.

— Ah, Katherine... — sua voz rouca diz baixo — Me arrependo tanto de ter vacilado com você — ele para de acariciar meus cabelos, indo para bochechas, como costumava fazer — Eu achei, por um tempo, que quando Enid voltasse tudo voltaria ao normal, que tudo seria como antes. Eu a amei por um bom tempo, mas ela se foi; reapareceu, é claro — ele riu nervosamente, acreditando mesmo que eu dormia — Dormi com várias garotas, para tentar preencher algo que achei que Enid preenchia, mas na verdade, ela era que havia esvaziado tudo. — ele leva os dedos para os meus lábios, tocando-os rapidamente — Você é minha cura, Katherine. Porém sou idiota o suficiente para deixar tudo escapar — ele deixa pousado a mão em minha bochecha — Eu te amo, Kath. E queria poder dizer isso para você quando acordasse, mas seria impossível.

Meu coração derrete, e uma vontade incontrolável de chorar vem a tona. Nunca ouvi Carl dizer palavras tão bonitas e sinceras. Sei que são sinceras. O seu ‘eu te amo’ foi o mais puro e cauteloso que já ouvira. Não sinto raiva, nem remorso. Apenas uma vontade de beija-lo agora mesmo.

— Bora, cara, tem gente querendo ver ela aqui fora — uma voz ecoa. É Steve.  

Sua boca vai até minha testa, depositando um beijo demorado. Carl se levanta, ouça seus passos indo embora. Se ele me deixou ir, não cometerei o mesmo erro.

— Eu também te amo — respondo, em um tom moderado. Ele para, se vira, incrédulo.

— Você está acordada?

— Estava treinando para quando morrer — reviro os olhos.

Carl volta, caminhando em passos longos até mim.

— Você está bem? — diz, calmo, baixo, com um sorriso envergonhado no rosto.

 — Estou. O que aconteceu? — me sinto confortável, acomodando-me naquela cama da enfermaria.

— Eu fui atrás de você — começou, mas o interrompi:

— Eu sabia que iria.

— Saiba que sempre irei atrás de você — riu baixinho — Então, te vi desmaiada perto de uma arvore... te trouxe para Denise, e está até agora dormindo.

— Não tinha ninguém comigo? — pergunto, relembrando-me que havia um homem.

— Não. Sem hematomas, sem tiros, sem passos, sem nada — diz, rápido.

— Eu vi um homem — comentei.

— Deve ter imaginado — deu de ombros — Vou indo. Mas voltarei. Tenho assuntos a tratar ...

— Vejo você mais tarde — sorri, como uma garota de doze anos apaixonada.

— Vejo você — murmurou, sorrindo de volta.

Assim que saiu, Steve entrou desesperado, fazendo-me encara-lo com uma pitada de desdém.

— Como você está? Está bem? Que saudades! Temos que conversar...

— Estou bem — sorrio amarelo — Conversar sobre o quê?

Ele puxa a cadeira que Carl estava sentado há alguns segundos atrás. Steve pega em minha mão, e automaticamente fico envergonhada.

— Lembra do nosso beijo? — indagou.

— Sim — lembro-me mesmo, como uma memória descartada. O beijei para causar ciúme no Carl, pois eu havia visto-o vindo.

— Percebi que estamos nos aproximando muito, e... eu gosto de você, sabe? — riu superior, ficando em silêncio em seguida.

— E ...?

— Namora comigo, Katherine? Te farei a menina mais feliz do mundo!


Notas Finais


Espero que tenham gostado, meus amores <3


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