1. Spirit Fanfics >
  2. The end is just our beginning -EM HIATUS- >
  3. 19. Just take me in home

História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 19. Just take me in home


Escrita por: mackenzie-

Notas do Autor


Perdoem a demora, mas não desiste de mim e dessa fic não? <3

Capítulo 20 - 19. Just take me in home


Katherine Pierce

‘Você deu para ele, Katherine?’

Tudo roda, meu corpo estremece, e vejo não tão nitidamente o sangue ser jorrado para todos os cantos. Apenas um apito em meu ouvido. Minha cabeça doi, assim como o resto de meu corpo. Titubeio a cabeça algumas vezes, até quase perder os sentidos. Respiração pesada, corpo pesado, mente leve. Quase desmaiando.

Vejo Maggie chorar e berrar, Michonne grita para que pare, os cabelos ruivos de Abraham estão amassados juntamente com o crânio. Peço mentalmente para que eu me recupere logo. Vejo Rick sendo levado, com poucos minutos ele volta. Finalmente veio o que eu temia. A escuridão. Sinto a minha cabeça em contato com a terra. Porém, tenho movimentos breves das mãos, ainda estou consciente, creio eu. Grunhi baixinho, pedindo para que fosse um sonho, ou até mesmo meu pesadelo.

Ouço choro, gemidos, e gritos em protesto. Tudo passa tão rápido que me deixa mais tonta. Me vejo soando frio, vendo meu pai entregando um machado para Rick. Meu estomago revira, me jogo novamente para a terra, pressionando a testa na mesa. Perco os sentidos, ofegante. Lágrimas entornam minhas bochechas, caindo descontroladamente ao chão.

Tento gritar por ajuda, pedir suplicias para que Negan parasse.

Até que sou jogada ao chão novamente, e apenas o calor de um corpo me conforta. O cheiro inconfudivel adentra em minhas narinas.

— Você está bem? — Carl toca no meu corpo. Abro os olhos, vendo pequenos feiches de luz passar pelas folhas imensas das arvores. É dia novamente.

— Baby — murmuro em seu ouvido, agarrando-o com força. Não há ninguém em nossa volta mais.

— Tudo ficará bem, amor — a voz dele me conforta, e eu apenas consigo suspirar em deixar as lágrimas escorrer.

— Me leve para a casa, eu preciso de você — sussurro, falhando na voz.

Ele me ergue do chão, colocando-me em seu colo. Me aconchego em seu peito, vendo todos caminharem paralisados, tentando entender o triste ocorrido. Carl me deixa dentro do trailer, e Maggie se junta a mim. Abraço ela com força, precisando urgentemente de um lado materno.

— Eu preciso ver o Glenn — peço, limpando minhas lágrimas com o dorso da mão, e ela penas me responde com gotas salgadas escorrendo pela sua face.

Glenn não pode ter morrido, ele é meu pai, não é? Ele me trata como uma? Como que aquele filho da puta me tirou a única figura paterna? Contudo, me lembro bem pouco das execusões, na maioria das vezes tudo girava e apitava.

Carl se junta a mim, abraçando-me. Me aproximo de seus lábios depositando um longo e duradouro beijo, como se não o beijasse a séculos. Ele deixa escorrer sua mão para a minha barriga e eu sorrio fraco.

Assim que descemos do trailer ninguém troca alguma palavra, apenas nos mantemos calados e apenas calculando o ocorrido. Assim que entramos na casa de Rick os cabelos de Enid indicava a sua presença ali, que está sentada de costas na cadeira, aguardando-nos.

— Ainda bem que chegaram! — ela se aproxima, de braços abertos, em direção ao Carl, que hesita sua mão na minha — Que saudades, lindo!

— Já disse, Enid. Acabou! — ele me puxa, enlaçando seu braço em meu pescoço.

— Não acabou — riu seco, em seguida, olhou para mim — Me trocou por ela?

— Vamos... vamos apenas subir — peço ao Carl que agora está com a mão na minha cintura. Ainda estou paralisada, implorando o aconchego de minha cama.

Carl me coloca em sua frente, e eu começo a subir as escadas, acompanhada por ele que deixa as mãos pousadas em minhas cintura.

— Carl! — grunhiu Enid.

— Eu vou ser pai, Enid! — Carl grita, frustrado — E eu amo a Katherine mais do que eu já amei qualquer garota — ele me solta, indo até ela, que se assusta — Eu quero, e vou me casar com a Katherine, você aceitando ou não.

— Não diga isso — mostrou um biquinho, e eu apreciava a cena em silêncio.

— Fingida — pode-se ouvir a amargura na voz de Carl, que logo volta a subir as escadas juntamente a mim.

Adentro no banheiro, despindo-me de vestimentas mesmo com a porta aberta. Ligo o chuveiro no quente, deixando com que a terra e impurezas escorressem em gotas de águas. Minha mente não consegue raciocinar e acreditar no que aconteceu. Ou  melhor, não quero acreditar. Perdi Glenn, Abraham e quase perdi Carl.

A angustia e desespero estão instaladas em meu interior e se eu não gritar logo tudo isso irá me consumir. A raiva e ódio tomam conta de meu ser, implorando o sangue de Negan em minhas mãos. Meu corpo quase desfalecido de aquenta nas águas calmas e quentes que caia do chuveiro grande. Carl aparece apenas de cueca box, se juntando a mim no vapor.

Carl se molha na minha frente, passando os dedos dentre seus cabelos. Abraço meu corpo, abaixando a cabeça, deixando que escorresse em meu pescoço. Assim que volto vejo Carl me encarando. Abaixo o olhar, deixando o vazio daquele banheiro se tornar soluços e suplicias de amparo. Os braços pesados de Carl me afaga, tornando ali o meu segundo lar.

Pressiono minhas testa em seu peito, pedindo para que fosse, mais uma vez, um pesadelo. Gritei, grunhi, xinguei, por fim, me rendi aquele sentimento de  ódio.

— Eu vou cuidar de você  — sussurrou Carl, no pé do meu ouvido — Nós vamos matar ele, tenha certeza disso— Agora é apenas soluços que saem de mim — Irei cuidar de você e do nosso bebê, certo?

— Ser mãe está totalmente fora dos meus planos, Carl. Eu não quero esse bebê — sua face muda, ficando sério.

— Nunca mais repita isso. Se fizemos, teremos de arcar com as consequências — a voz grossa que agora surte como uma maré calma me conforta.
             Assenti, levando meus lábios até os seus.

— A Enid é um problema?— pergunto, trocando de assunto, mas sem querer a resposta. 

Ele sorri.

— Está com ciúmes? 

Reviro os olhos, com um sorriso fraco. Ele se aproxima, me beijando,  dando leves mordidas em meu lábio inferior. 

— Não, ela não é — ele puxa a minha cintura, colando meu corpo ao dele. 

— Eu só aceito a condição de ter você só pra mim — beijo seus lábios com necessidade. Precisando daquilo mais do que nunca. 

— Você me tem. 

Ficamos ali, abraçados com a água em nossos corpos. Eu ainda via a cabeça de Abraham esmagada com sangue e os fleches pouco nítido de Glenn morrendo me vem a tona. 

— Estou com medo — falo, com o rosto enfiado em seu peito.

— Vai tudo ficar bem, ok? — diz, acariciando meu rosto com os dedos, olhando-me profundamente.

— Eu te amo — digo, pressionando meu lábio ao dele, que retribui com audácia.

 

Porém, ficar bem está longe de meus planos...

Fomos dormir, desta vez, sem malicia. Pensando em como seria nossas vidas agora com a presença de meu pai, que aliás, é um filho da puta. Acho a maneira fofa de Carl em colocar a mão em minha barriga, me deixa segura.

Acordamos com batidas fortes na porta do quarto.

— Pombinhos, me deixem entrar,

 Carl me olha sonolento, confuso, eu retruco. Ele se levanta, indo lentamente até a porta, e eu me espreguiço na cama, olhando para a janela que entra raios tênue de luz.

— Se arrume, garoto. Vamos para a minha fortaleza — é Negan, que não está satisfeito com uma noite de terror.

Me assusto, cobrindo meu corpo com o lençol. Meu pai se inclina para o lado, vendo o que acontecia.

— Treparam de novo?

Reviro os olhos com a pergunta desagradavel. É de manhã e Negan fez questão de vir. Incrível.

— Anda menino — Negan apressa-o.

— Para onde vai leva-lo?

— Tenho que conhecer meu genro. Ele irá aprender e entender com que o grupinho mexeu, e como o sogro é. — sorriu malicioso.

— Não o machuque — murmuro em desespero.

— Relaxe, menina! A ultima coisa que irei é machucar seu namorado.

Carl já estava pronto para partir com o meu pai, e eu previa como isso daria errado.

Rick autorizou isso?   Como pôde submeter o próprio filho por medo? Perguntas sem respostas. Quando me dei por percebida, Carl não está com medo, apenas aceitou o fato. A hostilidade em seu olhar é nítida, por isso quer tanto ir atrás e conhecer Negan.

Embora eu não quisesse que isso acontecesse, é tarde demais. Rick não pensou duas vezes antes de atacar os Salvadores sem motivo, e agora irá pagar caro por isso.   

[...]

— Como pôde dizer aquilo, Katherine? — Maggie indaga, desacreditada. Levando sua xicara de café aos lábios.

— Entrei em desespero — respondo.

Não deveria estar aqui em Hilltop, é arriscado, contudo, precisava ver Maggie o mais rápido possível. Me esgueirei pelos portões de Alexandria,  e andei até chegar aqui. Tentei falar com o Rick mas ele já está retraído o suficiente para ouvir sermão de uma garota de quinze anos. Deixei quieto, depois falo com ele. O clima de Alexandria está pesado, ninguém quer tocar no assunto, mas apenas de trocar algumas palavras já entregam a tristeza pelas mortes. Glenn e Abraham foram enterrados em Hilltop, e eu deixei um lembrança para casa um em seus tumulos. Me culpo por não ter intervido Negan, se eu não estivesse perdendo a porra do meu tempo com náuseas poderia ter salvado-os. Fico pensando constantemente em que está havendo com Carl e Negan, que apesar da apresentação inusitada, Negan parece gostar bastante de Carl, que não parece ter raiva do mesmo. Entretanto, a burrada que eu fiz agora me vem na cabeça, culpando-me pelo ato megero, e   apenas ela me ajudará nisso.

— Não consigo calcular a minha vida sem o Carl.

Ela se cala, abaixando a cabeça, possivelmente se lembrando de Glenn.

— Não deveria ter dito aquilo. Não perto de todo mundo.

— Eu não sei o que fazer. Todos estão acreditando nisso! — quase grito, retomando meu tom baixo.

— O seu teste de gravidez deu negativo, Kitkat. Nós duas vimos, e agora sou cumplice — murmurou, colocando os dedos na mesa.

— Eu tinha que salvá-lo, Magg. Foi a minha única opção.  


Notas Finais


Obrigado por tudo, meninas, e me perdoem novamente pela demora. Estou sem notebook, mas do mesmo jeito tentarei postar com frequencia <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...