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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 26. Would you bleed for me?


Escrita por: mackenzie-

Capítulo 27 - 26. Would you bleed for me?


[...]

— Vocês conseguiram armas? — indagou Enid, com seus olhos castanhos fitando a mala.

— Não, é uma miragem — reviro os olhos, ela me encara com desdém.

— Temos que usar as balas com consciência, não abusem — contou Rick, fechando a bolsa e colocando dentro de um armário. Todos ficaram em silêncio, olhando uma para o outro.

— E quando o Negan chegar? — perguntou, Maggie — Ele virá amanhã...

— Veremos isso amanhã, certo? Já está tarde, todos estão cansados pelo dia longo. Merecemos pelo menos uma noite de folga — anunciou.

O grupo se dispersa como óleo na água, conversando baixinho sobre cada detalhe da caçada, que eu admito não ter rendido nada. Após a minha conversa com Lydia, tratei de me focar nas coisas, porém tudo ia em vão. Em minha cabeça apenas se passava como ele pôde fazer isso comigo, e eu me pergunto como pude fazer aquilo com ele. Lydia parece uma pulga, não larga de Carl, e eu estou começando a achar que eles formam um casal bonito. Aliás, ele sempre teve falha por loiras. Ajeito meu piercing no nariz, partindo para fora da casa de Rick. Maggie me acompanhava em silêncio, perdida em pensamentos, mais do que parecia.

Agarro o pingente do meu colar, vendo que passávamos pelo canto que eu apelidei de ‘Três estrelas’. Recuo, parando um pouco para subir as escadas.

— Não demore para vir — adendou Maggie, continuando a caminhar.

O gramado logo me confortou com suas luzes espalhadas pelo chão. A lua estava tão linda quanto o normal, brilhosa e radiante. As arvores alinhadas pareciam mais esverdeadas, e alguns bancos distribuídos pelo local deixava um ar de elegância. O azul do lago se formavam pequenas ondas quase imperceptíveis e o vento cortante fazia um barulho forte.

Deito-me na grama, olhando para o céu e me controlando para não chorar, mas parecia impossível. O que eu estava na cabeça? Que voltaria e ficaria tudo certo novamente? Que ele não me odiaria? Isso é obvio. Carl foi o cara que tirou minha virgindade e o cara no qual me engravidou. Eu era a mulher mais feliz do mundo com ele. Eu apenas queria salvá-lo desta criança. Só isso. Fui egoísta, apenas pensei em mim mesma, sem dar brecha para pensar como ele se sentiria. Merda, merda, merda. Estar aqui, olhando para o céu parece mais torturador do que eu pensava.

Eu precisava do Carl para sobreviver, independente se fosse dos mortos, ou de mim mesma.

— Você precisa dormir — sua voz soou, fazendo-me erguer-me para olhá-lo por questão de segundos.

Murmuro um ‘aham’.

Meu coração batia mais rápido, e, por um segundo, achei que minhas pernas bambearam, como se eu estivesse vendo-o pela primeira vez.

— Você está bem? — ficou na minha frente, de braços cruzados.

Assenti, desolada.

Eu preciso ficar longe dele, irei machuca-lo novamente. Levantei-me passando por Carl. Ele me impede, segurando o meu braço.

— O que aconteceu?

— Nada — mordo os lábios, deixando meu peso em apenas uma perna — Eu vou te machucar.

— Já estou machucado — deu de ombros.

— Vou te machucar mais.

— Você não tem ideia do quanto estou machucado — negou com a cabeça.

Respiro fundo.

— Só fica longe de mim, por favor.

— Sempre esteve em meus planos, desde que quando você chegou aqui — deu uma pausa — Entretanto eu nunca consegui.

— Você está namorando a Lydia. É sério, Carl. Fique longe — dei um passo para trás.

— Não estou namorando a Lydia — andou em minha direção.

— Para de tentar se aproximar. Eu sei que não quer isso — arrumei meu cabelo, segurando o folego para não chorar — Já se passaram três meses, você está surtando. Não precisa de mim, conseguiu provar isso quando saiu com a Enid, assim como irá me superar com a Lydia.

— Eu nunca estive bem sem você. Uma das piores formas se torturar é te tirar de mim.

Comprimi os lábios.

— Vou ter este bebê e darei para uma mulher que eu conheci, não irei cuidar de ninguém. Assim que der, vou partir e nunca mais voltar, Carl. Isso já está decidido. Então se afaste e diminua este sentimento por mim, porque nunca mais irei voltar.

— Não, não vai — se aproximou, sua voz começou a alterar — Tira da porra de sua cabeça que não vai dar essa criança para ninguém, caralho. Consegue me entender?

— Olha, segue sua vida, tá bom? — suspirei. Ele começa a ficar irritado, seus punhos se fecham. Começo a andar o mais rápido que posso, assim que desço as pequenas escadas e entro no inicio da rua meus passos se agilizam. Percebo que Carl me acompanhava, e logo logo minhas lágrimas não aguentariam.

— Acabou — gritei, sentindo as gotas escorrerem pelas minhas bochechas — Vai para casa! — me virei, correndo desta vez.

Apenas consigo ouvir ele gritando antes de eu adentrar na sala de Maggie:

— Você é minha casa.

[...]

O sol batia no meu rosto enquanto eu escovava os dentes. Meus cabelos caiam em minha face, e, quando acabei de escovar me encarei do espelho. Estava tudo ok hoje. Tentei ao máximo me esquecer de suas últimas palavras e suportar que você ele seria bipolar como sempre fora desde que o conheci. Minha cabeça calculava diversas emoções, e com toda certeza essa gravidez não estava ajudando com os meus hormônios. Gravida aos dezesseis anos de um cara de dezenove. Como pude fazer isso acontecer? Cacete.

Desço, pegando uma maçã e notando que todos já estavam na casa de Rick e que dormi mais do que devia. Atravesso correndo toda Alexandria até entrar na casa dos Grimes, e, o grupo me olha de relance ao abrir a porta.

— Tudo certo? Suprimentos separados para dar ao Negan?

— Sim — respondeu Maggie para Rick, segurando seu filho — Vou ficar no mesmo esconderijo de sempre.

— Esconderijo? — indaguei, engolindo a maça que mastigava.

— É. O Rick fez o favor de dizer que eu estava morta.

Ele se empertiga.

— A Katherine não pode ser vista — Carl fala alto, e meu olhar caminha até ele, que estava segurando Lydia em seu colo.

— Katherine, se esconda assim que Negan chegar — disse rápido, no mesmo momento ouve-se nos portões de Alexandria.

— Porquinho, porquinho. Deixe-. me. En-.trar. — a voz grossa de Negan soou.

— Por aqui — uma mão me puxa, sou levada para o mesmo lugar onde as armas estavam.

O escuro com algumas áreas clareadas pelo pequeno vão que tem por d’baixo da porta. Quando meus olhos se erguem observo o azul escuro que tanto amo. Sua respiração que quase falha se junta a minha, e, nos dois enrijecemos quando a porta fora aberta e Negan adentrou na sala.

— Onde estão as minhas coisas? — podia imaginar ele colocando seu bastão no ombro e se curvando um pouco para trás.

— Na dispensa — a voz de rendimento de Rick me irrita.

— Não. As minhas verdadeiras coisa, filho da puta. — o barulho de seu sapato em contato com a madeira soa — Um passarinho me contou sobre umas supostas armas...

— Nós não temos armas

— Minta assim novamente que irei afundar Lucille em sua testa. Olha que ela está com bastante fome, não é mesmo, querida — o sarcasmo dele é perceptível.

A mão de Carl desce para a minha, segurando firme. Ele gira de vagar a maçaneta, olhando para fora no pequeno espaço. Rapidamente, estávamos fora do closet, partindo para a janela no fim do corredor. Pulamos, caindo numa área cheia de arvores. Sem soltar de minha mão, corremos na mesma sintonia. Havia várias pessoas dos Salvadores por Alexandria, olhando para todos os lugares em espreita. Pulamos o muro, tratando de ir para a mata. Assim que paramos sem folego, ele me olha.

— Eles não podem te ver.

— Por quê? O que fiz?

— Você sumiu, Katherine, foi isso que você fez. — começou a andar, furioso — Negan te procurou por todas as partes, e fui ameaçado de morte, eles achavam que eu havia te escondido, e que, se você aparecesse de repente, iriam me matar, pois acreditavam fielmente que você estava escondida.

Minha boca entreabre.

— Pois é. Você fodeu as coisas em diversas maneiras.

O choro entala em minha garganta enquanto tento acompanha-lo.

— Então você tentou me procurar por medo de morrer?

— Não, Katherine. Te procurei porque te amo.

O nó crescia a cada passo que eu dava.

— Pare de me tratar assim. Uma hora diz que sou tua casa, e de repente fica grosso...

— Você merece isso.

Foi à última frase que ouvi antes de cair desmaiada no chão.

{...}

Uma forte dor se instalava em minha nuca. Balancei a cabeça de um lado para o outro até abrir os olhos antes de relutar para respirar. A visão turva de uma parede foi à primeira coisa que eu consegui ver, até meus olhos se acostumarem com a iluminação exagerada e descer mais. Tentei colocar a mão na face, porém era impossível, eu estou amarrada. Quando finalmente consegui ver o que acontecia e recuperar minhas lembranças, Carl estava na minha frente, ajoelhado no chão e com o rosto totalmente ensanguentado. Seu olho inchado e tudo nele estava arranhado ou cortado. O canto de sua boca escorria sangue, assim como seus braços e pescoço.

— Finalmente você acordou — Negan aparece, com Lucille em seu ombro — Achei que terei de mandar meus homens acabarem com o garoto.

— O que você fez? — gritei, chorando. Debatia-me na cadeira e tentei ao máximo sair dali.

— Isso é o que acontece quando você some de repente, querida filha — riu — Você vai ser a próxima. Se prepara.

— Não bate nela — Carl soou fraco, enquanto cuspia sangue.

— Cala a porra da boca — Negan chuta seu estomago, fazendo-o cair e se contorcer.

Os soluços escapavam de meus lábios e mais lágrimas desciam descontroladamente. Negan espancava Carl, que se mantinha em silencio, nem ao menos regia. Quando ele finalmente para, suas mãos pegam a blusa de Carl, que era azul e agora está vermelha, e o deixa de joelhos. Podia perceber sua respiração quase parando, o que fez meu coração bater descompassado.

— Não faz isso com ele, por favor — gritei.

— Bem feito, sua vadiazinha mirim — Negan se agacha, segurando minha bochecha e sacodindo meu rosto — Você dará a luz para o filho sem pai. Acho que nem filho você vai ter, porque vou acabar com essa porra agora mesmo — murmurou.

Ouço Carl tossir, e mais sangue jorrou de sua boca. Negan sai, batendo a porta atrás de mim.

— Isso é minha culpa — chorei — Me desculpa, Carl. Eu só queria te salvar.

— Ele iria te matar. Fui eu que pedi para tomar o seu lugar — contou-me, pausadamente.

— Por que fez isso? — gritei — Era para ser eu, Carl. — chorei mais ainda — Só fodi com a sua vida, você deveria ter deixando. Pelo menos morreria e não perturbaria mais.

— Eu morreria por você, Katherine. 


Notas Finais


Socorro. Me perdoem a demora. O que acharam?


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