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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 27. Where are us?


Escrita por: mackenzie-

Notas do Autor


Amorinhas, o capítulo ficou pequeno, porém não queria deixá-las sem nenhuma postagem justo agora que estou me recompondo e cheia de ideias. Enfim, aproveitem.

Capítulo 28 - 27. Where are us?


 

Apenas consigo entreabrir a boca e soltar um suspiro longo após ver ele naquela situação. Carl estava irreconhecível. Tudo nele está cortado, desde o rosto até o corpo. Além de me preocupar demais, a forte dor no meu coração é constante. Relutando contra as cordas, as lágrimas escorriam em meu rosto e eu já não me sentia a mesma. Meu estomago revirava a cada minuto que encarava o rosto ensanguentado de Carl, e piorava mais e mais.

—Vou acabar com essa porra — Negan aparece da porta, se aproximando com a Lucille em mãos — Vamos lá, Lucille. Faça um ótimo trabalho...

Como num fleche, o rosto de minha mãe e minha irmã passa pela minha mente, fazendo-me cessar imediatamente o choro. Com a voz firme, pergunto:

— Cadê minha mãe?

O bastão levantado ao ar pronto para acertar em cheio no topo da cabeça de Carl se distancia. Os olhos negros e malvados de meu pai se voltam a mim, desta vez, mais furiosos.

— Cadê a porra da minha mãe? — gritei.

— Ela não está aqui — toda aquela confiança parece ter sido esvaziada.

— Você matou ela? Caramba, faz todo o sentido. Você matou a minha mãe, Lucille — minha garganta seca, minha visão que se mantinha no chão agora se ergue para encará-lo — Seu monstro!

— Eu não a matei! — o seu grito ecoou, e meu corpo fora jogado para o chão. Ainda amarrada, fico ali, deitada, olhando com desgosto para o homem que um dia chamei de pai. Meu rosto latejava com o forte tapa que recebi, em minha barriga sinto um chute.

Arfei, tossindo logo em seguida. Minha visão fica turva e embaçada, dou boas vindas à escuridão novamente...

{...}

Gotas de água atingem minha testa, mexo meus olhos por debaixo da pálpebra até abri-los e encarar o teto preto. Por um tempo, creio que aquela escuridão fosse a minha morte, porém sinto o cheiro horroroso e alguns gemidos no canto do pequeno lugar. Rapidamente, me rastejo para algum canto daquele lugar desconhecido sem saber onde estou. Abraço os meus joelhos e olho para todos os cantos, esperando nervosamente para que eles se acostumem com a escuridão e me ajudam a decifrar o que está havendo. A última lembrança que tenho é de Carl apanhando, seguido por eu deitada no chão, sendo agredida por Negan. Mordo os lábios ao sentir a dor constante em minha barriga, massageando o lugar, respiro fundo e tento conter qualquer sentimento que ousasse vir à tona naquele momento.

— Quem está aí? — digo, tão baixo que me sinto inútil.

— Kath?

Levo um susto, soltando um gemido enquanto tateio o chão a procura da voz que tanto amo. O piso frio e úmido me deixa desconfortável, porém comodidade foi à primeira coisa que aprendi a não dar preferencia desde que tudo isso aconteceu. Toco em um pé, me aproximo mais, vendo os olhos azuis inchados, seguidos pela bochecha e pele quente.

— Você tá vivo! — murmuro, puxando sua camiseta para aproximar seu corpo contra o meu. Ele solta um ‘ai’, porém ignoro. O seu cheiro continua ali como todas as vezes que cafunguei o seu perfume durante a noite, mesmo estando cheio de sangue e sujeira.

Sua mão tremula toca as minhas costas, e eu apenas consigo soltar um ar seguido por choro, mas logo limpo.

— O que aconteceu?

— Ele te bateu, saiu furioso da sala e alguns caras nos jogaram nesse lugar. Uma espécie de cela — contou-me, pausadamente.

Não consegui fazer nada além de encarar seus olhos e me culpar por tudo interiormente. O seu hálito batendo em minha bochecha, a força sempre se sobressaindo em seu modo de falar. Ele fora espancado por escolha própria e mesmo assim, não briga, não joga a responsabilidade em mim, tampouco, se mostra ferido por dentro. Acaricio sua bochecha, e pressiono minha testa com a dele. Carl estava muito fraco para fazer qualquer coisa, porém seus dedos afundam em minha pele das costas quando nossos lábios se tocam. A mistura de sentimentos me atingem com força. Tento me conter, porém parece impossível. Estar aqui parece tão certo, entretanto tão errado e cruel. O gosto do sangue de sua boca se mistura com a minha saliva, não me importo com o gosto do ferro que se instalou, e sim com o contato quente e firme que ele me proporciona. 

Assim que nos distanciamos eu sussurro:

— Eu também te amo.

Seu rosto continua com a mesma feição, todavia os seus lábios se curvam em um sorriso, o que me faz deixar desabrochar um igual.

— Como você se sente? — indaguei, desfazendo-me dos joelhos apoiados no chão e me sentando em pernas de índio, na frente dele.

— Mal — não titubeou — Quebrado.

Seguro em suas mãos, algumas veias saltam de seu dorso nas cores azuladas e roxas.

— Nós precisamos sair daqui o mais rápido possível — respirei fundo.

— Preciso dormir — replicou, e eu o encaro sem entender — Você ficou cerca de doze horas desacordada, Katherine.

Cacete.

— E você não dormiu? Está louco?

— Não, não dormi. Não consegui, na verdade. Você ficava se remexendo no meu colo, parecia perturbada, então fiquei até se acalmar — deu de ombros.

Puxo-o para mais perto, forçando-o a deitar a cabeça em meu colo. Acaricio seus cabelos morenos, enquanto olho fixamente para uma das paredes. Carl beija minha cocha, deixando sua bochecha pressionada na mesma, virado de lado. A mão que deixo descansar não chão ele pega, enlaçando a dele e dando beijos em meus dedos, cada um deles. Não se importou se minha mão estava suja, ou até mesmo com odor estranho; apenas os beijou. Ainda segurando minha mão, ele se estica até minha barriga, depositando um beijo por cima da blusa. Então, ergue o tecido, encostando a bochecha ali.

— Filha, a sua mãe foi muito filha da puta comigo, sabe? — dou um riso pelo nariz, mesmo fodido ele não perde a manha de me deixar mal — E como eu te disse, continuo amando ela mais do que minha própria vida, acho que provei a ela hoje.

Mordo os lábios, esperando o pior, e o que ele iria continuar a falar. Parecia uma eternidade quando ele parava para pensar no que iria dizer.

— Enfim, não sei como dizer isso, e sei que aqui não é o lugar apropriado para isso, mas em casa dou o presente para Katherine... — meu corpo se extasia, paro de mexer em seus cabelos para descer o olhar e encará-lo — Pergunta para a sua mãe se ela quer casar comigo...

Um nó se formou em minha garganta, pensei que fosse engasgar, porém só era um choro que segurei esse tempo todo.

—... Casar... Com você?

— Gaguejei?

— Sou muito nova para isso, Carl.

— A sua barriga e circunstâncias dizem ao contrario.

— Você é louco — dou um risinho; uma lágrima pinga em sua testa, limpo com urgência.

Carl se aconchega sem saber que estou mais nervosa que o normal, quase a ponto de tremer.

— Tudo bem, eu espero a sua resposta — deu uma pausa enquanto bocejava e segurava mais firme minha mão — Eu sempre irei te esperar.

Depois de muito pensar, uma resposta veio em minha mente, porém era tarde demais, Carl já havia pegado no sono. 


Notas Finais


O que acharam?


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