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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 30. Steve


Escrita por: mackenzie-

Notas do Autor


ALÔ ALÔ, OLHA SÓ QUEM VOLTOU. Leiam as notas finais abores.

Capítulo 33 - 30. Steve


Katherine

Faz duas semanas desde que não vejo as ruas de Alexandria. Duas semanas que não comprimento os moradores, ou que não me deito em minha cama. Hilltop se tornou nossa moradia depois daquele surto, parecia mais seguro nos manter lá, ao ficar aqui, e correr o risco de trombar com Negan. Ele, com toda certeza, não nos quer por perto, então preferimos aguardar.

A preocupação aumentou quando soubemos que Sasha estava morta, e toda a aliança que havíamos feito com outros grupos fora quebrada. Houve uma guerra em Alexandria. Isso foi um caminho livre para nós voltarmos, sabíamos que vários Salvadores havia morrido, e Negan não arriscaria nada após isso. Tínhamos que esperar o inimigo dar brecha de fraqueza para atacarmos, contudo, por enquanto, estamos na nossa.

Assim que saí do carro que Carl dirigia, sentia a brisa fresca que emana da floresta ao lado de nossa comunidade. Como senti falta disso tudo. Algumas pessoas ainda se arriscam a trabalhar depois de todo esse furduncio, Alexandria tinha que funcionar afinal das contas. Temos crianças e adolescente que necessitam de nosso suporte. Mas ainda há esse silêncio perturbador. Todos estão de luto pelo o que ocorreu aqui, e ainda ouve-se boatos de que fora difícil eliminar todo sangue das ruas. Ninguém mais suportava estar submisso e sentir medo de Negan. Eu entendo a raiva dos moradores, mas eles tinham de entender que não temos como atacá-los. Ainda.

A feição devastada das crianças era de cortar o coração. Sempre cuidei muito bem de todos que aqui moram, e é triste ver como estão agora.

— Eu preciso fazer alguma coisa — murmurei para Carl, mexendo nervosamente nas pontas dos meus dedos, ele acariciava meu rosto enquanto eu dizia. Ele brincava com os fios de meus cabelos, e passava gentilmente seus dedos em minha bochecha.

— Nada disso foi por sua causa. Não se culpe. — disse, olhando em meus olhos. Infelizmente, não pude fazer o mesmo, apenas continuei brincando com meus dedos. Ele fez questão de erguer meu rosto e depositar um beijo em meus lábios.

Sim. Eu sei que nada disso foi minha culpa, mas me dói ver Alexandria devastada. Uma comunidade que sempre foi muito alegre, cair desta maneira é horrível. Ninguém sai mais de casa, todos com medo. Como pôde a alegria se esconder desta maneira?

Alguns passos se ouvira do corredor, fazendo todos da sala atrair a atenção para Michonne, que nos lança um sorriso meigo.

— Hum… Carl… Nós… bem… Precisamos falar com seu pai. Agora. — ela parecia confusa no começo, mas logo sua voz se tornou firme.

Ele me dá um beijo estalado na testa, e se levanta. Carl sussurra algo para Michonne, que assente. Observo meu noivo subir as escadas, conversando com a negra ao seu lado, e eu apenas consigo pensar o quão grata sou por tê-lo ao meu lado. Durante toda a minha recuperação ele se manteve ao meu lado, cuidando dos pontos que tive, e eu fiz o mesmo sobre ele e seus machucados. Carl é incrível.

— Como foi em Hilltop? — perguntou Carol, do outro lado da sala, sentada em uma poltrona cinza.

Enid e eu nos entreolhamos, sem saber como responder direito. Passamos a maior parte do tempo caçando, e pensando em estratégias para não sermos atacados ou descobertos por Negan. Carl estava muito machucado, ainda está na verdade, portanto passei a maior parte do meu tempo cuidando de seus ferimentos e acompanhando-o, e agora, praticamente todos os machucados estão se curando.

— Nebulosos. Estavamos com medo. — digo, afastando uma mecha curta de cabelo, jogando-a para trás.

Carol sempre me deu um pouco de medo. Não é de falar muito e isso me preocupa. Ela julga mentalmente, e não conta a ninguém o que se passa em sua cabeça. Estrategista e sangue frio. Disseram-me que sua filha virou morta-viva, por isso essa sua postura.

Carol descruza as pernas, com o dedo mindinho ela retira um fio branco dos olhos. Ela se levanta, e eu acompanho cada passo seu com meus olhos, atentamente.

— Katherine, poderia me ajudar em algo? — disse.

Gelei completamente. Fiz que sim com a cabeça, e me levantei assim como ela. Carol desviou do sofá o qual Enid estava sentada, e adentrou na cozinha. A morena bochechuda arregala os olhos para mim, e eu retribuo.

— Vou ajudar o Daryl no forte — murmurou para mim, esfregou meu braço, e saiu.

Ok. Agora eu tinha que enfrentar a Carol.

Assim que entrei na cozinha, a vi de costas, procurando coisas no armário. A cozinha era a mesma. Móveis brancos, que cobriam todas as paredes de armário. A pia com louça para lavar, e a janela gentilmente aberta, deixando uma brisa  refrescar o ambiente claro. O chão, como de costume, impecável de limpo. Me impressiono como a limpeza se mantém ótima mesmo depois de tudo isso.

Aproximei-me cautelosamente, receosa. Carol se levante de repente, assustando-me. Soltei um gritinho baixo.

— Está com medo? — ela riu — Não precisa ter medo de mim! — concluiu, colocando no balcão do centro várias tigelas, que, dentro, havia farinha, ovos, e outras coisa para fazer bolo — Eu sei que você sabe fazer ótimos Brownies. Poderia me ensinar, huh? Com toda essa tragédia, creio que tenhamos de recompensar os moradores.

Soltei um ar leve pela boca.

— Claro, sem problemas. Começamos pela manteiga derretida e o açúcar. Misture-os até virar uma pasta. — comandei, sentando no banco, na frente dela.

Assim ela fez, com aquele maldito sorriso no rosto.

— Eu te chamei aqui para contar o que houve. Todos os moradores de Alexandria andam preocupados com o futuro e… — ela respirou fundo, virando um potinho com manteiga derretida no grande pote azul-marinho — Rick anda desamparado. Não sai daquele quarto, ou melhor, não deixamos que ele saia. Ele está louco para ter a cabeça de Negan em mãos… E…

— Qual é seu ponto?

— Eu tenho um plano, e preciso da sua ajuda.  

[...]

— Era o mínimo que eu poderia fazer — sorri para a senhora que pega com felicidade o recipiente no qual coloquei meus famosos Brownies.

Todos gostaram muito, inclusive as crianças. Contei com a ajuda de Maggie, que me acompanhava de casa em casa. Seu filho estava preso em seu peito, por um suporte, como um canguru. Ele dormia tranquilamente, e aquilo só me fazia pensar no bebê que eu costumava a carregar em minha barriga e como ele deve ter sofrido. Soltei um suspiro longo, recordando-me que ainda não havia contado sobre a morte de nosso filho ao Carl, que ainda acreditava em minha gravidez.

O clima estava agradável. Não se era mais sentido o mormaço, apenas um calor suportável. Tinha, como de costume, o vento gostoso de sentir, e os raios solares que dava uma cor ao cenário.  

Afastei o pensamento mórbido quando Enid se aproxima de mim e de Maggie, correndo.

— Kath, você precisa ir até o portão — tentou tomar fôlego.

Um desespero se instalou em meu peito, e a coisa que vinha na minha cabeça era a imagem de Negan. Coloquei de modo desajeitado o tupperware na mão de Maggie, que agarra com firmeza. Corri juntamente com Enid pela extensa rua, agarrando meu revólver na cintura, preparando para sacá-lo na primeira tentativa de tiroteio. Eu não deixaria Alexandria ser atacada pela segunda vez em tão pouco tempo.

Assim que avistei meu ponto de chegada, havia várias pessoas armadas na frente, esperando o portão ser aberto para atirar contra o inimigo que bate do outro lado. Tirei minha arma da cintura, apontando para a mesma direção que todos. Engoli em seco, sentindo minhas pernas tremerem. Percebi que minha vestimenta casual era muito fácil de ser atingida. Meu shorts e regata com toda certeza não impediriam a bala de entrar facilmente em minha pele. Isso era desesperador.

Senti o suor brotar em minha pele quando os raios fortes de luz atingiram meus olhos claros. O portão estava sendo aberto. Engatilhei a arma, e torci para que pudesse ver o Carl pela última vez.

Quando meus olhos correram pelo o grupo do outro lado, reconheci várias faces, dentre elas, uma bem comum: Steve. Era ele mesmo. O cabelo loiro desgrenhado e olhos castanhos. O seu físico havia mudado, estava mais forte. Atrás dele, várias pessoas da nossa idade, que ergueram os braços em redenção quando viram que estávamos apontando contra eles.

— Katherine! — a voz ecoou, fazendo todos me olharem.

Abaixei minha arma, com um sorriso amarelo.

— Steve? O que faz aqui? — indaguei.

— Se me der permissão para entrar, estarei disposto a contar tudo o que aconteceu… — ele dá um passo para frente, olhando em nossa volta.

A rua que estava era deserta, apenas eles estavam ali. O grupo inteiro estava sujo, como se não tomassem banho há dias. Muitos deles magros demais; pareciam famintos, perdidos, desamparados. Precisavam de suporte, comida, água, roupas…

Por estarmos com os revólveres mirados para eles, o medo das crianças era visível. Steve era o único que se mantinha com o olhar erguido.

Olhei para Daryl que observava a situação em cima de um forte. Ele fez que sim com a cabeça, então todos começaram a entrar.

— Foram dias tensos, Kath… — falou Steve, colocando as mãos na cintura, enquanto observava por sob meu ombro o seu grupo subir a rua para se limpar e se alimentar.

— Por onde esteve? Você sumiu de Alexandria. — digo, cruzando os braços, olhando-o diretamente nos olhos.

Steve me lança um sorrisinho, coça a nuca, e se aproxima um pouco.

— Fiz muitas merdas, Katherine. Muitas. Tive que ir embora, até falei com Rick sobre isso. Não queria que ninguém soubesse da minha partida, e eu sabia que você estava com muitas merdas pra lidar. — respirou fundo, pegando uma de minhas mãos. Seus olhos castanhos tinha um contraste com a claridade do sol. Ele sorri para mim, com os dentes perfeitamente alinhados. A pele morena continuava a mesma, apenas mudava o fato dele estar sujo.

Steve beija meus dedos, do mesmo modo que Carl beija os meus antes de dormir, em seguida, coloca minha mão espalmada em sua bochecha, fechando os olhos.

— Eu senti falta de você. Muita. Fui embora por sua causa, tinha que me reconstruir. Então, conheci esse pessoal e vi que era hora de voltar, e te reencontrar.

Steve olhava tão fixamente em meus olhos que me senti hipnotizada, sem saber o que falar.

— Pois deveria ter ficado onde estava. — a voz me era reconhecível. Carl.

Percebi a faísca que formou quando Carl e Steve se entreolharam. Engoli em seco, olhando para os dois. Observei Carl começando a ficar bravo, o punho cerrado, maxilar travado, e olhar desafiador. Já Steve, com seu olhar de deboche, um meio sorriso, e preparado para se defender.

Peguei a mão de Carl, me aproximando para dizer em seu ouvido.

— Eu amo você. Não faça nada que se arrependa. Deixe isso para lá. Ele veio em paz.

— Eu sabia que você voltaria… — começou Carl, irritado pela situação — Mas saiba que você não tem espaço aqui. Eu não o quero aqui.

— Você não comanda Alexandria, Carl. — Steve diz, com desdém — Você não vai conseguir me afastar de Katherine.

Foi aí que Carl começou a se aproximar de Steve, acertando-lhe um soco. Segurei seu braço musculoso, em uma tentativa de pará-lo. Steve cambaleeia para trás, com a mão no olho direito. Assim que atingido, o olho de Steve começara a ficar vermelho, com tonalidades de roxo. Parecia doer pra caralho.

— Katherine não te quer aqui. Ela te odeia — gritou Carl.

— Parem os dois! — gritei — Deixem de ser infantis! — fiquei entre eles — Steve suba e vá se limpar — olhei para Steve, que assentiu, calado — Carl, em casa a gente conversa.

— Baby… — ele começa, e eu o interrompo erguendo a mão, pedindo para que parasse. Seus ombros despencam, então ele me dá um beijo na têmpora.

Carl é bem mais alto que eu, e chega a ser estranho me ver mandado ele fazer algo pela diferença. Ele é forte, musculoso, alto, a sua voz é grossa. Diferente de mim, que sou minuscula. Olhei diretamente em seus olhos, e percebi o arrependimento por ter feito o que fez.

Ao fundo de tudo aquilo, vejo Enid parada, aguardando a minha bronca ser realizada. Ela me lança um meio sorriso, se aproximando. Enid é alta, seus cabelos são longos, negros. Seus olhos fundos, castanhos. Ela é bonita, e está se tornando mais bonita ainda por tentar reverter o seu carácter. Andei conversando com ela ultimamente, e parece que estamos dando início a uma bela amizade. Me soou verdadeiro quando ela disse que se arrependia por tudo que fez com Carl e comigo.

— Você conhece a Lydia, não conhece? — fiz que sim com a cabeça.

Os olhos de Enid titubearam, ela engole em seco, e me puxa para mais perto, como se tivesse receio de dizer o que iria dizer a seguir:

— Eu a vi falando com Negan…

Minhas sobrancelhas se juntaram. Me inclinei um pouco para olhar para Carl, que faz o mesmo que eu. Seus braços se cruzam, dobrando o tamanho deles.

— Impossível, o pessoal de Oceanside odeia ele e…

— Oceanside? — Enid e Carl dizem praticamente juntos.

Merda! Eu não deveria dizer nada sobre lá. Me arrependi no mesmo segundo.

Mordi os lábios. Acho que era hora de dizer sobre lá. Mas creio que não seja o local apropriado.

— É uma comunidade que encontrei quando fugi de Alexandria… — digo, sem parar para as perguntas que viriam a seguir — Mas isso conto outra hora. Apenas tenho a certeza que Lydia não fala com Negan.

— Bem, foi o que vi… — Enid parecia estar sendo sincera — Talvez tenha sido ela que contou sobre o armamento.

Olhei para Carl novamente, que nega com os lábios comprimidos.

— Desculpa, Enid. Eu ainda não consigo confiar em você. — dei de leve com os ombros, chateada por falar isso para ela.

— Faça uma mochila, nós vamos sair por um tempo. — Enid parecia confiante — Eu posso provar para você que Lydia tem ligação com Negan!


Notas Finais


Perdão pela demora. Tive um mega bloqueio criativo, mas espero que vocês tenham gostado! A fanfic vai continuar sim, e tem muitas coisas por vir aí, hein? Me digam o que estão achando da Enid ser amiga da Kath. Acham que a Enid está sendo sincera com a Kath e com o Carl? Comentem, pois isso incentiva o capítulo sair mais rápido, porque sei que realmente querem mais.
UM ENORME BEIJO!


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