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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 31. Trust


Escrita por: mackenzie-

Notas do Autor


OLHA QUEM POSTOU CAPÍTULO RÁPIDOO!

Capítulo 34 - 31. Trust


— Ei… — disse Carl do outro lado do ambiente, batendo com as mãos na mesinha à sua frente. O recipiente de água morna que ele acabara de colocar balançou na mesa, fazendo-me torcer para não despejar ao chão.

Seu peito começou a subir e descer quando ele abaixou a cabeça, ainda apoiando suas mãos na mesa. Notei seu músculo se contrair um pouco, e algumas veias saltarem de seu braço, dando contraste com sua blusa xadrez azul surrada, a qual as mangas estavam estiradas até a dobra do braço.

Ele parecia inquieto com seus próprios pensamentos desde que entramos no quarto para fazer nossa mochila. Apreensivo, eu diria. Dizia meias palavras, murmurava coisas para si mesmo.

— Você não ia limpar o seu olho? — perguntei, sem erguer o olhar para ele, dobrando minha roupa e colocando dentro da mochila.

Não obtive resposta. Apenas sua respiração acelerada. Respirei fundo, fechando o zíper, dando aquela tarefa como concluída. Caminhei até ele, que permanecia na mesma posição de antes. Toquei de leve em seu ombro. No mesmo instante ele se desmancha da posição, sentando-se na cadeira.

Fiz o procedimento normal que sempre fazíamos juntos. Limpava a circunferência ocular, retirando todas as bactérias que provavelmente estaria ali. Enquanto eu prendia o esparadrapo, ele segura meu pulso, fazendo-me parar no mesmo instante.

— Katherine. — murmurou.

— Eu não estou brava com você, Carl. — afirmei.

— Você está certa. Não deveria tomar medidas precipitadas, mas você sabe como aquele cara me irrita em relação a você…

— Tudo te irrita com relação a mim.

— Isso é mentira! — olhou em meus olhos — Apenas não gosto do modo que ele te trata. Você se lembra das merdas que ele fez?

— Carl… — comecei, mas fui interrompida:

— Katherine, aquele cara é um idiota, e eu não te quero perto dele. — soltou meu pulso com brutalidade.

— Carl, me deixa falar, pelo amor de Deus! — me afastei um pouco, cruzando os braços — Ele é um babaca sim, mas todos merecem uma segunda chance! Steve pode ter mudado, assim como Enid está mudando. Dê uma chance para ele. — digo, com autoridade e convicção — E não tente mandar em mim. Dizer com quem devo ou não estar perto. Acima de tudo, sou dona de mim mesma.

Ele me puxa pela cintura, afagando a cabeça em minha barriga. Levo as mãos para seus cabelos morenos, acariciando-os carinhosamente.

— Me perdoa.

— Está tudo bem, também te devo desculpas. — beijei o topo de sua cabeça.

Ele ergueu minha blusa, beijando minha barriga.

— Você viu quem vai meter bronca em casa, né princesinha? — conversou com minha barriga, acreditando ter um bebê ali.

Limpei a garganta, abaixando a blusa. Não queria tocar nesse assunto.

Ele, ainda sentado, ergue o olhar ao meu, observando-me silenciosamente. Seus olhos azuis vidrados a mim. Como esse homem pode estar apaixonado por mim? Como eu posso estar amando-o nesse mundo tão caótico?

Toquei seus lábios, focando neles. Ele é perfeito. Demais para mim, até. Carl faz tudo por mim, desde tarefas bobas, até morrer por mim. Estar do lado dele é perigoso, um grito no vazio, e eu sou eternamente grata por tê-lo ao meu lado. Ele é, e sempre será o homem da minha vida.

Abaixei o olhar, envergonhada. Ele sussurra baixinho um ‘’amor’’, como se pedisse para eu continuar a olhá-lo. Mas eu simplesmente não conseguia. Soltei um risinho baixo, sem graça.

— Você é linda pra caralho. — começou a acariciar minha bochecha com os dedos — Eu já te disse o quão bonita você ficou com esse corte? Combinou com seu rosto… — falava baixo, pertinho — Eu te amo.

— Sabe o que te faria o melhor noivo do mundo? — indaguei, ele responde um ‘hum?’ — Te faria o melhor namorado do mundo se você terminar de fazer sua mochila, a Enid está nos esperando.

Sai de perto dele, de um modo brincalhão. Com um sorriso estampado no rosto. Ele grunhi, em seguida ri.

— Filha da puta. Isso não se faz!

Um estalo soou no quarto, e eu me inclinei para frente, caindo com a cara no colchão. Ele havia me dado um belo tapa na bunda. Comecei a rir, rir pelo ato dele, e rir de dor.

— Esqueci de dizer que está gostosa nesse short — concluiu.

[...]

Carl Grimes

É incrível como é fácil a mudança de temperatura. De manhã, o sol raiava forte, já agora, nuvens cobrem o céu nas cores cinzas e pretas. Ouve-se alguns raios, mas a chuva ainda não cai, porém creio que em breve começará. Avisto Enid no portão, parada ao lado de um carro, um Tucson branco; ou melhor, costumava a ser branco, agora está coberto por terra.

As ruas de Alexandria se permaneciam em silêncio, todos de luto pelo o ocorrido há alguns dias. Dou graças a Deus por não estar com Katherine aqui. Ela poderia acabar machucada, e nossa situação não era uma das melhores.

Algumas árvores balançavam, e por vezes o vento cortante fazia um barulho chato em nossos ouvidos.

— Melhor partimos logo, antes que a chuva comece… — digo, assim que chegamos perto de Enid, que assente com a cabeça. Ela faz uma concha com a mão, assoprando dentro da mesma, para tentar, de alguma forma, esquentar-se.

— Falta uma pessoa. — sua voz soou um pouco rouca.

Katherine se aproxima um pouco mais, formando uma roda. Estavamos parados ao lado do carro, tratei de pegar nossas mochilas e colocar no porta-malas, enquanto Katherine conversava com Enid.

— Qual é seu plano? — indagou minha noiva, olhando para Enid com aquele seu olhar pacífico.

— Saindo daqui, iremos dirigir até o norte, não é tão longe, mas também não é tão perto. Iremos para uma praia, onde supostamente a Lydia anda conversando com Negan — constatou a morena — Precisamos procurar uma casa para ficar, então é melhor sairmos agora.

Observei Katherine, que se mantinha em silêncio. Ela, calada, conseguia dizer milhares de coisas. Parecia que ela guardava o mundo em seus pensamentos, e isso me assusta um pouco. Aquele olharzinho calmo, é apenas um esconderijo. Katherine observa tudo. Admiro silenciosamente a mulher que me acompanha, ela veste uma Jeans preta, com um sobretudo verde-musgo. Seus belos cabelos soltos, batem um pouco acima do ombro. Katherine havia tirado o seu piercing do septo há um bom tempo, deixando apenas a argola, o que eu, particularmente, preferi. Ela continua linda.

— Como podemos confiar em você? — soltou ela, de repente.

Enid me olha, em seguida para Kath.

— Quer andar com as armas? Fique a vontade. Pode me revistar antes e depois de sair do carro. Carl pode dirigir, eu vou no banco de trás, com o Steve.

— Peraí, o Steve? — quase gritei, sentindo meu sangue borbulhar.

Katherine me lança um olhar, e eu retribuo com raiva.

— Ele vai com a gente… Se ofereceu e não tive como negar — disse, sem graça.  

— Parece que o assunto é sobre mim — ele apareceu, metido, como sempre.

Odeio o modo que ele se sente superior a todos. Isso me irrita de uma tal maneira…

— Baby, se concentre. — Katherine segura meu punho, ficando na ponta do pé para beijar minha bochecha, em seguida meu pescoço.

Puxo Kath, seu corpo bate ao meu lateralmente,de forma rápida, ela deita sua cabeça no meu peito. Coloco uma de minhas mãos dentro do bolso do meu moletom preto com detalhes vermelhos, esperando Enid começar a dizer o que sabia. Meu olhar pareoou sob Steve, que por sinal, mudou muito. Desde de seu físico até o jeito que falava. Ele parecia maduro, e, por ter sobrevivido lá fora, percebera que o mundo não está como antes, e qualquer deslize pode ocasionar sua morte.

— Consegui alguns alimentos com Steve hoje a tarde, são bem poucos, temos que economizar. A tanque do carro está cheio, e tem mais gasolina no porta-malas… — concluiu, em sua mão, ela segura um papel que está enrolado, mas logo abre, mostrando-nos um mapa que ela havia traçado com uma caneta vermelha. — O caminho é esse, temos que passar por tudo isso até conseguir chegar nessa ponte — nos mostrou com o dedo — A partir daí teremos de ir a pé. A passagem está interditada.

Assenti.

Admito que estou um pouco desconfiado de tanta gentileza vinda de Enid, mas parece que Katherine confia muito nela. Tentarei fazer o mesmo, porém apenas para agradar Kath, pois não consigo depositar tamanha confiança na Enid, tampouco em Steve.

Após revistarmos Enid e Steve, tive a total certeza que estavam limpos. Kath decidiu ficar com as poucas armas com ela. Me juntei ao banco da frente, antes de sairmos de Alexandria, dei uma última olhada para minha noiva, que me transmitiu paz no mesmo instante. Essa ideia tem que dar certo.

Deixar Alexandria pela segunda vez em tão pouco tempo foi difícil. Me despedi do meu pai diversas vezes, e recebi vários conselhos de Michonne e Maggie, que estavam preocupado conosco. Disseram-me para cuidar de Katherine, porém mal sabiam elas que Katherine que cuida de mim.

Kath, antes de sair, conversou comigo sobre as possibilidades de dar errado. Comentou que talvez Enid esteja com planos contra nós, mas que ainda sim acreditava que a mesma havia mudado. Notei a aproximação de ambas, e o modo que elas se olham não é mais com raiva. Enid deve a vida para Katherine, pois, no momento de fraqueza, ela estava lá para salvá-la.

Já Lydia… Bem… Após falar com ela, nunca mais a vi. Sumiu de vista, e não tenho indícios de seu paradeiro. O pessoal de Hilltop afirmou que Lydia saiu frustrada de lá, e parecia estar indo para um local formado, e não saindo sem rumo. Isso me preocupou um pouco, pois a loira de bochechas rosadas que eu achava conhecer, parece não ser quem eu pensava. Katherine confiava muito nela, confiava a ponto de pedir para que ela me vigiasse; talvez, o sentimento de amizade não seja recíproco.

Discuti muito com Katherine para irmos nessa jornada. Disse a ela que seria muito arriscado, e que podiamos trombar com Negan. Sua resposta foi simples e direta, disse que se eu não fosse, ela iria sozinha. Quem sou eu para ir contra? Convencer Katherine de seus princípios, é como ir contra a correnteza de uma maré. Eu não a deixaria ir sem mim, portanto, resolvi acompanhá-la.

Meu pai sempre me disse que minha mãe era convicta de seus pensamentos, e que eu deveria conhecer uma mulher assim também. É, parece que encontrei tudo nela. Deve ser pelo fato de Katherine se parecer tanto com minha mãe, que lutei contra o sentimento por tanto tempo. Ter que matar Lori foi a pior coisa que já passei na minha vida, ver seus olhos se fechando, e o corpo adquirindo outra coloração. A sua morte foi significativa, ela morreu por Judith, morreu por amor maternal.

Rick, ao saber do falecimento, não suportou. Ele teve de passar meses em recuperação, para reencontrar o homem que morreu juntamente com a mulher. Ele teve de renascer, mudar seus hábitos, costumes, para restabelecer a sua liderança. Agora? Bem, agora ele está como quando minha mãe morreu. Destruído. Ao falar com ele ontem pude notar o descontentamento em sua voz. Rick perdeu tudo, e, por ter orgulho demais ao pensar que poderia vencer os Salvadores, acabou destruindo-o. Nós não sabíamos quem eram eles, de onde vinham. Apenas, atacamos. Atacamos para termos uma aliança com Hilltop, que aliás, não fez jus com sua palavra.

Não digo que concordo com Negan, e o modo que ele nos ataca, mas dá para notar o ranço que carrega do povo de Alexandria.

— É melhor pararmos aqui. Faz tempo que estamos na pista, precisamos descansar. — disse Katherine, olhando em volta.

Havíamos saído da pista fazia um tempo, andávamos na velocidade mínima pelas ruas de uma pequeno vilarejo abandonado. Aquele lugar parecia ser bem bonito antes de tudo isso, se devendo ao fato de ter várias lojas joviais, e uma bela fonte que não funciona há anos. Era bem bonito, porém pequeno. Apenas um trecho no meio de mais e mais estrada. As árvores ainda rodeavam o local, e mortos-vivos começaram a ser atraídos pelo farol. Decidimos juntos em estacionar o carro na floresta, e sair em busca de uma casa.

— Eu acho que essa aqui está vazia —  Katherine disse baixo, porém o suficiente para que o grupo ouvisse.

Mantive o revólver na altura para que pudesse atingir quem atrevesse ir contra o grupo. Enid estava de costas para o grupo, acobertando junto com Steve. Olhei para minha futura esposa, que assentiu de leve para mim. Um vento soprou em nossos rostos, e outro raio cortou o céu, iluminando-o brevemente, em seguida, o estrondo. Notei que Enid e Steve se assustaram, tremendo o corpo de leve. Me contive para não rir.

Estavamos em posição para entrar na enorme casa vermelha a nossa frente. As janelas são enormes, brancas, e estão tampadas por papelões. Parecia ser uma casa de família, pois brinquedos estavam jogados e enterrados na grama que costumava a ser um jardim, mas agora, é apenas terra com flores mortas e sangue.

Katherine me olhou, gesticulou a boca, contando até três, então, abri a porta. Ela bateu na parede, fazendo um barulho alto. Entramos correndo, apontando a arma para todos os cantos. Depois de um breve tempo, concluímos que a casa estava vazia. O cheiro era cítrico, uma mistura de mofo com rosas. Não sei explicar. Um cheiro diferente. Tudo

ali dentro era preservado, os móveis, as quadros, cadeiras, enfim.

— A viagem foi cansativa, deveríamos ir dormir e decidir o que fazer amanhã. — Steve estava apoiando a lateral do rosto na mão, o qual o cotovelo estava apoiado no braço do sofá de couro. Seus olhos quase se fechavam, ele, de fato, estava cansado.

Assoprei o fósforo, apagando-o após acender a vela e deixá-la na mesa de centro. Sentei-me de pernas-de-índio ao lado, abrindo o tupperware que Katherine havia me dado, dentro dele, tinha os brownies que ela separou para mim. Comi com a maior vontade do mundo.

— A porta da frente já foi fechada, e a torneira da pia da cozinha está funcionando. Acho que temos água na casa… — afirmou, se sentando na outra ponta do sofá — Amanhã de manhã nos saímos bem cedo para conseguir chegar até a praia e encontrar o esconderijo da Lydia.

— Não é um esconderijo. Se chama OceanSide. — Katherine disse, sem olhar para nós, vendo um retrato do antigo morador. Ela estava em pé, desfrutando do local, e reparando em detalhes mínimos, revirando tudo que havia ali.

— OceanSide é o nome da praia, não é? — Steve perguntou, quase em um murmúrio enquanto coçava os olhos.

— Que também é o nome da comunidade — ela coloca de volta o porta-retrato no armário, fechando-o — Eu não sei vocês, mas estou exausta. Vou procurar um quarto para dormir.

— Concordo. Boa noite. — Steve pula do sofá, disparando na frente de Katherine, que me aguarda levantar do chão. Ela segura uma lanterna vermelha, grande. A luz era bem forte.

Me aproximo dela, e, enquanto andávamos pelo largo corredor da casa térrea, puxei sua cabeça, depositando um beijo na lateral de seu rosto. Ela sorri fraco, cansada. Pego sua mochila das costas, e carrego comigo. Katherine trata de abrir um dos quartos, e, a primeira visão que temos é de uma cama de casal, desarrumada. O ambiente está arrumado, porém empoeirado. Como se houvesse anos que ninguém entrava ali. Coloco nossa mochila ao lado de uma cômoda de de madeira clara, que em cima tinha um espelho grande redondo, bonito. Caminhei até a cama, tirando silenciosamente a colcha rasgada, e substituindo por outra que estava no armário.

Sentei-me na beirada da cama, tirando minhas botas e a camiseta. Observei Katherine de frente ao espelho. Ela havia tirado o sobretudo, e a blusa de baixo. Estava apenas de sutiã, olhando algo em seu corpo. Sentia falta do seu cheiro, da sua pele. Fazia tempo que não entramos em contato como de costume. Kath está na minha frente e eu não iria perder a oportunidade de tocá-la.

Me levantei, não andei muito até chegar até ela, que sorri para o espelho quando me vê. A luz do quarto vinha da lanterna, que estava apoiada na cômoda. O clima do quarto era meio gelado, e já se podia ouvir a chuva caindo lá fora. Alguns raios ainda se instalam no céu, e bem provavelmente a chuva irá se intensificar logo.

Minha pele toca a dela, e apenas com isso já perdi o controle sob meus atos. Katherine se vira com rapidez, tocando seus lábios aos meus com urgência. Minhas mãos deslizam por suas curvas com calmaria e lentidão. Rapidamente, nossas bocas se distanciam, tomo esse momento para descer meus beijos para seu pescoço, eu sei que ela adora, e se desmancha quando faço isso.

Dou uma leve mordida em seu ombro desnudo, voltando a beijar seu pescoço. Suas mãos desabotoam minha jeans, e eu tiro-a rápido, empurrando a peça com os pés para algum lugar do quarto. Senti meu membro endurecer, portanto, pego-a no colo, e volto a beijar sua boca. O fogo logo se instala e o desejo era palpável. Eu precisava dela nesse exato momento.

Coloquei-a na cama de vagar, ficando por cima de seu corpo. Katherine, agilmente, tira seu sutiã, me dando a visão ampla de seus seios. Fico entre suas pernas, puxando sua calça jeans. Tiramos com dificuldade, mas assim que reparo que o único tecido que nos separa de um contato corporal completo era sua calcinha, trato de arrancá-la e jogá-la longe. Katherine me lança um sorriso sapeca, suas bochechas rosadas contradiz com os seus olhos azuis. Era uma mistura de tesão, e amor.

Ela toca minha box, traçando o caminho do meu pau. Me inclino para beijá-la mais, Katherine solta um gemido em minha boca quando agarro seu seio. Ela puxa minha box para baixo, mas não consegue tirá-la, e eu consigo entender o recado no mesmo momento. Tiro a cueca, e toco a cabeça do meu pau em seu clitoris, pressionando um pouco. O moleque* estava estalando, eu precisava penetrar nela.

Kath morde o lábio inferior, e agarra o lençol quando adentro. Começo com movimentos leves, lento, contudo logo aumentou a velocidade. A cada estocada que eu dava, sentia o suor brotar em minha testa. Katherine começa a gemer um pouco mais alto, pressionando a cabeça no travesseiro. Estoquei mais duas vezes, ouço-a arfar. O prazer estava me consumindo aos poucos, me fazendo submisso a ela. Agarro a lateral de seu corpo, conseguindo, finalmente, colocar tudo dentro dela, que grita alto arranhando minhas costas.

Senti que iria gozar em breve, o meu ápice estava próximo. Começo a desacelerar, e quando percebi que gozaria, sai de dentro dela, me jogando ao seu lado, e deixando o líquido escorrer em minha mão.

Meu peito subia e descia, assim como o de Kath. Beijo o topo de sua cabeça quando ela deita em meu peito. O cheiro de melancia que emanava de seus fios era delicioso, não me canso de cafunga-los. A chuva ainda caía lá fora, mais intensa. Conseguia ouvir os pingos caindo no telhado, e o cheiro de grama molhada já começara a se fundir com o ar.

— Estou com sede. — disse, de repente, me tirando de um devaneio.

Dei risada.

Katherine fica de bruços, me olhando com um sorriso.

— Sede? Essa é nova.

— Sabe o que te faria o melhor noivo do mundo? — ela apoia o rosto em suas mãos, me olhando com aqueles enormes olhos azuis.

— Deixa eu ver… — fingi pensar, enquanto acariciava sua nuca — Não é arrumar a mochila, né? Fiz isso hoje cedo. — nós rimos juntos.

— Se você buscar um copo de água para mim. — piscou várias vezes.

Respirei fundo, revirando os olhos de modo brincalhão.

— Você vai ficar me devendo essa. — pisquei para ela, enquanto me levantava para colocar a box e minha jeans.

Paro na frente do espelho para arrumar meu cabelo, tendo a total certeza que era hora de cortá-lo. Abro a porta do quarto, saindo com passos curtos no piso de madeira. A lanterna menor veio comigo, e na barra da jeans coloquei o revólver. O corredor era largo, e as paredes que não havia porta tinha quadros pendurados. Pelo visto, a família que morou aqui era bem grande, pois há mais de três quartos e banheiros distribuídos.

Ouvi um barulho na cozinha, de alguém comendo. Acreditei ser Steve ou Enid, porém mesmo assim peguei o revólver.

Um raio rugiu, me assustando. Quando virei o corredor para entrar na cozinha, vi Enid sentada na mesa de jantar, comendo um pacote de bolacha, sozinha.

— Não foi dormir ainda? — perguntei, colocando o revólver na cintura novamente.

— Não estou com sono. — respondeu, levando outra bolacha a boca.

Assenti, desconfiado. Um vento atingiu meu peito, fazendo-me arrepiar. Andei até a bolsa que deixamos comida, agachei e peguei uma garrafinha de água. Quando estava preparado para voltar ao corredor, fui interrompido pela voz baixa de Enid:

— Você não me ama mais, não é?

Virei-me, sendo pego de surpresa. Juntei as sobrancelhas.

— Como assim?

— Amar, Carl. Você não me ama. Eu acho que nunca me amou de verdade. — ela ergueu o olhar para mim, que permaneço quieto.

— Eu te amei por um tempo sim. Mas… Bem… Agora eu sou apaixonado pela Katherine, e será assim pelo tempo que durar, e se depender de mim, será para sempre.

— Não há nada que eu faça que possa reverter isso, já percebi.

— Não há nada que possa fazer. Desculpa. — seguro a garrafinha com as duas mãos, triste por ter que falar isso para ela.

— A única coisa que te peço é desculpas, por ter te magoado, e por ter feito você passar pelo o que passou. Fui egoísta, e manipuladora. Cai na realidade, e tomei um soco da vida. — respirou fundo — Soube que minha mãe morreu há alguns meses, a encontrei já zumbificada. Foi a pior coisa que já passei em toda minha vida, e agora sei que estou sozinha, por mim mesma. Refleti em minhas atitudes, e percebi que fui imatura. A primeira pessoa que devo desculpas é a você e a Katherine.

— Enid, você foi uma das primeiras garotas que amei, e sempre terá um espaço especial guardado comigo. Sou grato por todos os momentos que passamos juntos, independente de brigas e erros. Éramos bem jovens quando começamos a namorar, e é uma pena que o destino tenha nos separado.

Seus lábios se curvaram em um sorriso fraco. Ela ainda estava sentada na mesa, me olhando. Seus cabelos negros e longos batiam um pouco abaixo dos seios, e seus olhos castanhos estavam vidrados em mim. Ela parecia apreensiva.

— Saiba que estou feliz por você e pela Katherine, e mais feliz ainda por ter me perdoado. Prometo tentar reverter todas minhas atitudes não apenas com vocês dois, com todos de Alexandria. Desejo toda a felicidade do mundo a você. — ela se levanta, ficando na minha frente, com um meio sorriso.

É óbvio que Enid está triste, dava para perceber, mas a sinceridade estava nítida em cada uma de suas palavras.

— Eu já sou o homem mais feliz do mundo apenas por ter Katherine como minha noiva — sorri, ao lembrar de como a pedi em casamento — Bem, agora é sua vez. Encontre o rumo na sua vida, e não desapareça mais. A Katherine gosta muito de você, e parece tentar te incluir em tudo. Seja feliz. — ela sorri de volta para mim.

Nossos peitos se chocam quando ela me abraça com força, e eu retribuo. Enid foi uma parte de mim, e eu não posso simplesmente fingir que nada aconteceu. Eu mato e morro pela Kath agora, mas houve este relacionamento com Enid que não pode passar batido.

Fecho os olhos com força, esquecendo de tudo que aconteceu antigamente conosco, e dando espaço para uma futura amizade. Passei meses ao lado de Enid, e sei de cor e salteado quando ela está mentindo. Mas agora tenho a total certeza:

Ela havia mudado, e merece o meu voto de confiança.

 


Notas Finais


Ai, o que acharam da Enid? Comentem o que estão achando da história, amores!
*moleque: apelido carinhoso para pau (haha)
Beijos!


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