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História The end is just our beginning -EM HIATUS- - 03. Back off


Escrita por: mackenzie-

Capítulo 4 - 03. Back off


Katherine Pierce

Agora eu estava em desespero, os dois se socavam no chão da van, Michonne gritava, e eu não sabia o que fazer além de assistir aquilo. Então, tratei de fazer algo: puxei a blusa de Carl, mas foi em vão, ele era mais duro do que uma rocha para sair dali.

— Carl! — grito — Sai de cima dele!

Segunda tentativa; terceira; quarta.

Na quinta tentativa, conseguir tirá-lo de lá às forças, porém seu cotovelo acertou em cheio o meu olho, fazendo-me ver estrelinhas enquanto cambaleava alguns passos para trás e batia com força nas costas do banco da frente.

— Você está louco, Carl?! — Michonne gritou para ele — Até quando você vai ser assim? Hein?

Agora, meus dois olhos lacrimejando pela dor constante no local, me sentei em um dos bancos e abaixei a cabeça, tentando massagear o local que foi acertado.

— Olha o estado do Steve — Michonne estava completamente furiosa, dava para perceber pelo seu tom de voz — Está tudo bem, Katherine? — ela vira parcialmente a cabeça para me olhar.

Não respondo, aquela cotovelada havia doídodoido demais, e mal conseguia abrir o olho.

— Está tudo bem? — a mão do Steve pega no meu pulso, e eu apenas me perguntava como ele estava vivo.

— Ãn, é... Estou sim — Tiro minha mão do local e tento olhá-lo, contudo, conseguia abrir bem pouco o olho.

Soltei um ar pesado de desespero ao olhar a sua face. Estava completamente ensanguentada, e, se meu olho estava inchado, o dele estava mil vezes pior. Carl havia o socado com raiva e havia tido sucesso com isso.

— Meu Deus — me desespero, colocando ambas mãos ao lado de seu rosto, logo ela foi completamente preenchida por seu sangue — Michonne, precisamos voltar agora para Alexandria.

Michonne se vira rapidamente para olhar o estado de Steve, e, agora, nós duas estávamos preocupadas.

— Senta aqui — puxo-o, colocando no banco ao meu lado. Viro-me para tentar limpar aquele sangue com a sua blusa, mas ia ser em vão — Carl, pega esparadrapos que pegamos na farmácia.

Ver Steve totalmente esfolado me dava agonia. Eu queria limpá-lo e deixá-lo bem o mais rápido possível.

— Eu não vou pegar porra nenhuma — retrucou.

Agora meu sangue fervia. Steve estava quieto, e seus olhos estavam quase fechados, ele iria desmaiar e, se desmaiasse, teria convulsão.

— Pelo amor de Deus, Michonne, vai mais rápido, ele está quase desmaiando — as lágrimas escorriam pela minha bochecha — Steve, por favor, fique aqui. Não durma. — eu tentava mantê-lo acordado.

Estava soluçando, e o desgraçado do Carl não movia uma palha para me ajudar a deixar Steve bem.

— Por favor, Carl, pega um esparadrapo — pedi, novamente.

Ele ficou quieto.

Respirei fundo, contei até cinco. Tirei uma mecha de cabelo dos olhos com as costas da mão, que acidentalmente deixou minha bochecha suja de sangue e lágrimas. Levantei-me, indo até onde Carl estava.

— Olha aqui, seu infantil de merda — apontei o dedo para o seu rosto — Você acaba de bater em um garoto que acabou de desmaiar. Temos que nos manter juntos porque, se caso algo aconteça, todos irão colaborar. Pense se estivesse no lugar dele? Se dependesse da sua atitude estaria morto. Portanto, pare de agir como uma criança mimada e me ajude a salvar aquele garoto.

Carl se levanta, se aproxima de meu corpo, e eu, por um segundo, sinto medo do que ele possa fazer comigo.

— Eu matei a minha mãe para salvar a minha irmã, atirei bem na cabeça dela. As pessoas que eu mais amei estão mortas, inclusive a minha namorada. Eu vi todos morrerem, desde meu pai postiço até o pai de outras pessoas. Matei mais gente do que você já viu em sua vida. Isso mesmo, pessoas, não mortos-vivos. Sofri dias sem a presença de uma mãe e uma irmã, que poderia morrer neste mundomudo. Meu pai era duro de roer, não me dava atenção, apenas me protegia e, nem por isso, me dava amor. Perdi um olho com um tiro certeiro, perdi amigos de Alexandria, e tem um grupo de babacas querendo matar todos daqui. — ele me deu um empurrãozinho — Então, pare de achar que você é a salvadora, porque não passa de uma mimada que não sabe sobreviver neste mundo.

— Você não me conhece, Carl. Não tem direito de me julgar sem nem ao menos saber pelo o que passei — erguia o olhar para encará-lo com raiva. — Agora sei porque não gosta de mim. Porque sou mais comunicativa e atrativa que você. Você sabe que sou boa no que faço.

Ele segurou meu punho com força, com tanta força que achei que o quebraria.

— Parem de discutir — Michonne alertou no banco da frente.

— Vai pro inferno, seu mimado de merda — murmurei com raiva, olhando-o bem nos olhos, contudo, sentia lágrimas brotando novamente no canto dos meus, que estavam meio fechados por sua cotovelada.

O carro ficou em total silêncio. Sem gemidos meus de dor nem os de Steve. Michonne estava quieta, dirigindo o mais rápido que podia. E Carl me encarava, mas a sua expressão era vazia, como se tivesse perdido de tudo em sua vida. Ele era apenas um garoto solitário.

Meu pulso doía, e eu mal conseguia deixar os olhos abertos. Entretanto, algo em mim queria saber mais de Carl, mais do que ele almeja em sua vida. Eu queria explorar o Carl, sei que ele vai muito mais do que os olhos azuis cativantes.

Sua mão começou a afrouxar, e sua respiração se aproximava cada vez mais da minha. Fiquei nas pontas dos pés para conseguir alcançar sua nuca, na qual deixei minha mão enlaçar em torno.

Finalmente, colamos nossos lábios. Não titubeei para deixar sua língua adentrar em minha boca. Sua mão percorrepercorreu a lateral de meu corpo, me puxando para mais perto. Era impossível querer parar com aquilo, era bem mais forte do que eu.

Nós estávamos completamente sintonizados.

Tivemos que parar, embora não quiséssemos. Michonne finalmente havia chegado a Alexandria. Carl ainda estava ofegante, admito que eu também. Porém, neste momento, Steve, para mim, era mais importante.

Impressionei-me quando Carl ajudara a levar o garoto até a enfermaria de Alexandria. Uma loira com os cabelos presos logo pegou-o no colo e expulsou a gente de lá.

— Ele vai ficar bem — disse Michonne, enquanto andávamos pelas ruas com destino a casa de Carl.

— Eu espero que sim — abaixo a cabeça, mexendo em meus dedos, inquieta. Michonne passa suas mãos entorno de meu ombro, afagando-me.

— Tenho que pegar as coisas da farmácia dentro da van — ela me solta, parando de andar, fazendo com que eu e Carl olharmos para ela — Vão para casa —sorriu fraco.

Andamos em silêncio. Eu estava, de fato, preocupada com o Steve, porém parecia que a única coisa que passava em minha mente era a boca de Carl em contato com a minha. Eu queria senti-lo novamente, parecia necessário para mim agora. Mas parece que para ele foi só um beijo; Carl andava em silêncio, sem apreciar a paisagem, apenas andava.

Avistamos a casa dele. Por incrível que parece, ele abriu a porta para eu passar. Suspiro, resolvendo subir as escadas. Contudo, sinto suas mãos me puxando para baixo, fazendo-me cambalear alguns passos e chocar meu peito contra o dele. Ergui o meu olhar; uma sensação boa percorreu em minhas veias, era bom tê-lo ali, era bom sentir que ele me olhava.

Ambas suas mãos estavam em minha cintura, pressionando meu corpo ao dele. Seus lábios queriam estar nos meus assim como os meus nos deles. Queria descobrir o que ele pensava ao me encarar assim, mas a única coisa que eu pensava era: ”Porra, que lindo”.

Sem pensar duas vezes, nos beijamos novamente. Mas, agora, era um beijo calmo, lento e cheio de malícia.


Notas Finais


Obrigado pelos comentários, meninas sz


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